Meu Imortal - A Maldição De V...

By LarissaWalters

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HISTÓRIA CONCLUÍDA ✔ 2° lugar em Fantasia no Concurso Atlantis 1° Edição 3° Lugar em Fantasia no Concurso A.E... More

Prólogo
Capítulo I - Rosa Negra
Capítulo II - Pequena confusão
Capítulo III- Misterioso Herói
Capítulo IV- Homem de capuz
Capítulo V- Misterioso V.G
Capítulo VII - Em apuros
Capítulo VIII- Socorro
Capítulo IX- A Aberração
Capítulo X- Não é ela, Viktor!
Capítulo XI - Fuga
Capítulo XII - Alcateia
BOOK TRAILER OFICIAL (TEMPORÁRIO OU NÃO)
Capítulo XIII - Não há esperanças
Capítulo XIV - Quem sabe um começo.
Papo sério...
Capítulo XV - Lembranças
BOAS NOTÍCIAS!!!
Capítulo XVI - Fio de cabelo
Capítulo XVII - Tentando um recomeço
Capítulo XVIII - Pedido de partida
Capítulo XIX - Lar doce lar
Capítulo XX - A adaga
Capítulo XXI - Misterioso V.G. desvendado
Capítulo XXII - Pedido inesperado
Capítulo XXIII - O salão de dança
Capítulo XXIV - A Magia de uma valsa
Capítulo XXV - Visita de uma velha inimiga
Capítulo XXVI - Sonhos disformes
SOCORRO!!
Capítulo XVII - Um pouco sobre a maldição
Capítulo XXVIII - Grande confusão
Capítulo XXIX - A voz em sua cabeça
Capítulo XXX - O livro
Capítulo XXXI - As letras se revelam
Capítulo XXXII - A Maldição de Viktor
Capítulo XXXIII - Fuja!
Capítulo XXXIV ­­­- O início da tempestade
Vocês decidem!
Capítulo XXXV - O retorno de Elizabeth (parte I)
Betas
Capítulo XXXV - O retorno de Elizabeth (parte II)
Alguns pontos..
Capítulo XXXVI - A voz no corredor
Capítulo XXXVII - Uma vida por uma vida (Parte I)
Capítulo XXXVII - Uma Vida por uma Vida (Parte II)
Capítulo XXXVII - Uma Vida por uma Vida (PARTE III)
Epílogo - Somente aquela que o amaldiçoou, o libertará (Parte Inicial)
Epílogo - Somente aquela que o amaldiçoou, o libertará (Parte final)
COMUNICADO IMPORTANTE

Capítulo VI- Outra vez não!

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By LarissaWalters


Boa leitura :D

____________________________________________________________________________________________________

           Kristen passou uma boa parte de sua noite em branco, olhando e passando os dedos pela superfície gélida da adaga de seu misterioso herói fujão.
Embora o objeto não lhe dissesse muito sobre seu suposto herói, aquelas pequenas letras esculpidas majestosamente em cor prata eram a sua única pista até ali. Uma hora ou outra o dono teria de vir pegá-la de volta e ela descobriria quem a salvou daquele bêbado repugnante e o agradeceria de coração. Ou pelo menos ela esperava que ele viesse pegá-la de volta.

V.G.

Mas de fato ela deveria admitir que aquelas delicadas letras não lhe diziam nada, por mais que ela tentasse ver de outra forma. Poderia ser o nome do proprietário ou a sigla de quem forjou a adaga, ou talvez as iniciais do nome de uma seita secreta de sanguinários, ou quem sabe somente duas letras sem significado nenhum. As possibilidades eram muitas, mas parecia que cada uma das possibilidades a seu alcance lhe levavam a nada.

Somente com aquelas letras ela duvidava que fosse encontrar o dono daquilo. O nome dele poderia ser Valentin Gabriel ou Vlaus Gutemberg. Ou quem sabe Vagner Gilberto, ou inúmeros outros nomes que começavam com essas mesmas letras que só a levariam a enlouquecer com a quantidade de possíveis combinações. Maldições! Ela nunca saberia quem a ajudou quando precisou? Quem fora o sujeito que correu rua a fora e sumiu sem deixar nem mesmo um rastro de sua presença? Quem fugiu e a ignorou-a quando chamou por ele? Por quê fugiu, afinal?

Quando Kristen sentiu que perder sua noite de sono não a levaria a conclusão alguma, largou a adaga em cima da mesa-de-cabeceira e virou-se para o lado aguardando o sono vir.

                                 ***

          Pela manhã Kristen sentia-se exausta. Além de ter dormido tarde ainda teve uma noite conturbada de sonhos mais conturbados ainda. Ela não lembrava-se muito bem do que havia sonhado, apenas lembrava-se de flashes onde olhos amarelados e sem vida lhe fitavam. Ela lembrava-se bem daqueles olhos que pareciam ver sua alma ao mesmo tempo que a dilacerava com a força de seu olhar enigmático. Quando ela acordou no meio da madrugada seus pêlos estavam eriçados do mesmo modo em que haviam ficado quando estava na presença daquele que roubou um pouco de sua respiração e não foi de uma forma boa. Quando deitou-se novamente e tentou dormir, novamente aqueles olhos lhe fitavam, pareciam estar tatuados em suas pálpebras para assombra-la e enche-la de arrepios.
Para pertuba-la com seus olhos de íris enigmáticas e sombrias.
Agora lá estavam olheiras ao redor de seus de Kristen para entregar que perdera um bom tanto de sono por causa de um sujeito que nem sequer seu rosto ela poderia descrever.

— Parece que alguém perdeu um bom tanto de sono caminhando por devaneios — um voz lhe chamara para a realidade. Kristen estava já a algum tempo sentada numa cadeira rente ao balcão de madeira gasta segurando uma xícara de café intocado.

— Olá, minha irmã — Kristen voltou seu rosto disperso para Elena que aproximava-se envolta com um belo e simples vestido amarelo de manga cumprida. Era incrível que por mais simples que fossem as vestes de Elena, o simples fato de estar a vesti-la já se tornava o mais belo e invejado vestido.

— Estás bem, minha irmã? Pareces dispersa... — ela lhe deu um beijo na testa da outra como de costume — No que estás a pensar?

— Estou bem, Elena, somente penso no meu bendito herói fujão — e sorriu simpática. Elena foi para detrás do balcão para pôr seu próprio café.

— Herói fujão? — ela deu uma risadinha divertida — Foi assim que apelidou o misterioso cavalheiro?

— Ah, nem vem, este apelido lhe caiu muito bem, tem de concordar comigo — Kristen tomou um gole de seu café já morno.

— Já lhe disseram que és péssimas para escolher apelidos? — e sorriu.

— Não, e nem vão pois esse fato não é verídico. Você mesma é a prova de tal, bateram sua cabeça na mesa, ganhaste um belo galo, e de bônus o apelidei de mascote. Tudo baseado em fatos reais — Elena fez uma careta de reprovação para Kristen que por sua vez apenas rira.

— Eu deveria ter me calado. Agora vais rir de meu masc... quer dizer, meu galo a tarde inteira — Kristen deu uma risada alta.

— Estás a ver? Até tu mesma já gostastes do apelido de te dei.

— Shiu, nem mais uma palavra ou largo esse café em cima de ti — Elena deu uma maleada na mão onde segurava uma caneca de café.

— Não serias capaz! — Kristen levantou-se parcialmente preparada para correr.

— Eu não teria tanta certeza — no momento seguinte Elena estava dando a volta no balcão pronta para atacar Kristen com café. Mas Kristen não esperara nem mesmo um momento para correr em meio as cadeiras e tentar esconder-se atrás delas.

— Ponha esta caneca em um lugar seguro e onde eu possa ver! — Kristen disse entre risos olhando atentamente para Elena que olhava-a divertida segurando a caneca perigosamente em direção a Kristen.

— Que foi, minha irmã, porquê estás a fugir? Só quero brincar com você — ele deu uma risada alta e maléfica. Kristen acompanhou a risada.

— Não gosto de brincar contigo.

— Ah, mas por quê? Sou tão divertida. Por que não fica parada para que dê tudo certo, hã?

— Largas já isto! — Kristen gritou em meio a risadas.

— Eu acho que não — no segundo seguinte Elena correu em direção a Kristen e jogou o café da caneca em sua direção, mas a mais nova fora mais rápida e desviou do líquido. Elena fez uma careta de quem fez algo errado.

— Por que a careta, minha irmã? Não gostaste de saber que sua mira é tão ruim assim?

— Perdão Elliot — Elena disse. Kristen ainda não havia entendido até que virou-se em direção a onde Elena olhava.

— Nossa, que estrago você fez, Elena — Kristen disse divertida vendo a figura de Elliot que havia acabado de chegar parado no batente da porta todo molhado de café.

— Pelos Deuses, Elena! — ele disse passando a mão por cima da roupa agora manchada de café — Isso ainda estava quente, sabia? — ele disse divertido.

— Perdão, perdão — ela foi até Elliot e começou a olhá-lo por todas as partes — Eu queimei-te? Diz-me se o machuquei em algum lugar, vamos cuidar disso.

— Calma, calma. Eu estou bem, não poderia esperar recepção mais calorosa. Literalmente — ele sorriu. Kristen riu levemente, Elena sorriu sem jeito — Minha irmã, preocupe-se agora só com quem irá limpar essa lambança toda. Não podemos abrir a taverna e esperar que nossos fregueses escorregem.

— Ela! — Elena e Kristen apontaram uma para a outra e gritaram em uníssono.

— Nem vem, você que começou com isto! — Kristen acusou.

— Quem foi mesmo que me provocou falando do meu galo? — Elena rebateu cruzando os braços de frente ao peito.

— E quem foi mesmo que jogou o café? — Kristen sorriu vitoriosa.

— Ah, nem vem que quem começou com isso tudo foi... — Elena tentou falar mais foi interrompida.

— Eu adoraria ver até onde esse momento criança de vocês iria, mas infelizmente, não me mates Elena, mas será tu a limpar esta sujeira toda — Elliot falou.

— O quê? Até tu, meu irmão, estás do lado de Kristen? Isso é um complô contra mim — disse indignada provocando  um riso sonoro em Kristen.

— Não me interpretes mal, mas tenho outra tarefa para cabelo de fogo — Elliot disse sorrindo ao terminar.

— Tu sabes que detesto quando chamas-me de tal apelido — Kristen fez bico. Elliot riu.

— Hoje fui tratar negócios com nossos abastecedores de sempre, mas o homem está doente e não pôde atender ao meu pedido.

— E onde entro nesta tua história, Elliot?

— Tu, cabelo de fogo, irás ao encontro de um abastecedor sujerido por um conhecido meu. Dizem que suas bebidas são tão boas quando as habituais.

— E tu, por qual motivo não vais? Já não estavas a andar pelo mundo?

— Eu adoraria ir e livrar-te, mas estou cansado e Elena não vai limpar tudo isso sozinha.

— Não há mesmo mais opções que evitem minha ida a este abastecer? — Kristen fez cara de gato pidão, Elliot sempre cedia.

— Sabes mesmo me manipular, Kristen — ele sorriu terno — Mas não, não há outras opções para ti hoje.

— Maldições! — Elliot riu.

   

                               ***

          Já era de tarde, o sol brilhava forte no céu sem núvens. Kristen arrumava-se para partir ao encontro do tal abastecedor citado por Elliot. Ela detestava ter que sair, na verdade preferia ficar na taverna.

— Cá está o endereço que tens que seguir — Elliot disse entregando um pedaço de papel amassado e um pouco manchado de café.

— Elliot, isto demasiado distante! — Kristen protestou ao ver o fim de mundo onde iria ter de ir.

— Pega essa tocha e levas contigo caso chegues tarde — ele entregou uma tocha apagada para ela — E nem adianta vir com este bico que de nada mudará.

— Argh! — ela protestou — Não podes mesmo ir?

— Tenho que aprender a resistir teus charmes — ele sorriu — Agora apresse-se!

                             ***

       — Maldições! — disse Kristen parando para olhar onde estava. Já havia um bom tempo que ela havia saído a procura do tal abastecedor, mas, pelo que tudo indicava, ela havia errado o caminho.

— Nem posso acreditar que fui capaz de fazer isto! —  ela resmungava irritada consigo mesma. Quanta burrice! Como pôde errar um caminho que já havera passado outras vezes? Maldição!

No céu a lua já se posicionava majestosamente para iluminar a noite. Ao redor de Kristen só haviam árvores, pois ela errara o caminho que daria para a estrada de terra e acabou parando na floresta. Quanta idiotice. O som da noite que se iniciava era de aves nortunas e o balançar das folhas das árvores ao sabor do vento. A esta hora Elliot e Elena deviam estar loucos a sua espera. Ela nem queria imaginar o sermão que ouviria por ter sido tão dispersa quanto ao caminho certo.

Quando Kristen notou que ficar na floresta no meio da noite não a ajudaria em nada, até porque o caminho não era aquele que se encontrava, acendeu a tocha no caso de algum animal tentar ataca-la e decidiu voltar a taverna. No chão os galhos quebravam sob seus passos e um pouco da escuridão densa era quebrada pela luz alaranjada na tocha em mãos. A esta hora a taverna já haveria de estar aberta, ela só esperava que a bebida não acabasse naquela noite ou seu sermão já certo somente se aumentaria. Maldita burrice!

Kristen caminhava entre as árvores com poucos intervalos entre si, quando tropeçou em algo e foi ao chão.

— Argh! Já não me basta ter andado tanto para nada, agora ganhei belos cortes nas mãos! Essa noite não poderia ser mais perfeita! — falou irônica.

— Não mesmo — uma voz seguida de uma risada sagaz invadiu seus ouvidos. Seu corpo estremeceu ao reconhecer aquela voz grave e nojenta.

— Oh céus! — ela exclamou ao reconhecer as três silhuetas que lhe cercavam intimidadores e cheio de olhares sujos.

— Sentiu minha falta, gracinha? — o homem sorriu sádico com dentes amarelados e a sujeira de seus pensamentos a esculpir seu rosto. Kristen sentiu seu corpo estremecer ao som daquela voz que tanto a havia lhe assustado dias antes — Agora acertaremos nossas contas, meretriz maldita!

___________________________________

Olá, olá Jubinhas do meu ❤. Como estão? Aceitam um café? ☕

Algo a declarar, hã? O que pensou depois das últimas palavras? Digam, digam, digam!

Que tal uma ⭐?

Aguardo manifestações 🎉🎉

Até logo ❤❤

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