Meu namorado é um Lobo [EM RE...

By Dudanortepelosul

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*EM REVISÃO* Ambos são diferentes. Mas os opostos se atraem. Nessa história, Katryna Thompson, com seus 16 an... More

Um
Dois
Quatro
Cinco
Seis
Sete
Oito
Nove
Dez
Onze
Doze
Treze
Quatorze
Quinze
Dezesseis
Dezessete
Dezoito
Dezenove
Vinte
Vinte e Um
Vinte e Dois
Vinte e Três
Vinte e Quatro

Três

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By Dudanortepelosul

Acordei com meu despertador gritando a música In My Mind sem parar numa altura inexplicável. Apertei o botão para finalizar o despertador e me levantei. Me arrumei e desci com a mochila já nas costas.

- bom dia, querida.- disse minha mãe e leva a xícara de café nos lábios.

- bom dia.- sorrio e pego uma torrada. Saio de casa comendo e o lobo branco se passou pela minha cabeça, apertei o passo o mais rápido possível até chegar no colégio.

Subo as escadas rápido e sinto que estou sendo observada. Olho para trás, mas não tinha ninguém além de um casal se beijando. Viro para continuar andando mas dou de frente com um "muro". Desço escada abaixo rolando feito uma bola de futebol e assim que paro, vejo tudo girar.

- mas que inferno.- digo tentando me levantar mas minha perna doía muito. Comecei ser rodeada por vários alunos e foi me faltando ar. Alguém segura meus braços e eu encaro aquele par de olhos azuis perfeitos.

- saíam de cima dela.- ele grita raivoso e me pega no colo. Minha visão estava totalmente embaçada e eu sentia o perfume delicioso que vinha dele.

- eu já te achava um completo idiota, agora acertar minha melhor amiga é demais.- escuto a voz de Madu gritar isso.- pra onde está levando ela?- e eu não ouço mais nada, caí dentro da escuridão imensa e apaguei.

(...)

- ela está acordando.- escuto uma voz feminina dizer isso. Abro meus olhos lentamente e me acostumo com a claridade.- bem vinda, bela adormecida.- a moça diz e eu presumo que é uma enfermeira. Seus cabelos estavam presos em um coque bem alinhado e ela usava uma roupa totalmente branca.

- onde estou?- minha voz saiu falha e eu levei minha mão até meus cabelos. Percebo o tanto de fio que estão conectados a mim.- o que é isso?- pergunto me referindo ao soro que estava injetado em mim.

- bem, isso aqui é um hospital. E mocinha, você está com suspeita de anemia.- ela diz e eu tento me levantar e vejo uma faixa enrolada em minha perna.- você também machucou alguns tendões. Quase quebrou a tíbia, querida.- ela diz e injeta alguma coisa no soro.- descanse.

- olha, eu não vou dormir. Eu quero saber cadê minha mãe e eu nem sei ao certo o que estou fazendo aqui, e...- sinto meus músculos relaxarem.- uooou, acho que vou mesmo dormir.- sorrio e me escoro na cama novamente.- eu não acabei com você. Ao menos preciso de respostas mas...- minhas pálpebras pesam.- deixe pra lá.- eu digo e sinto meus olhos se fecharem sozinhos. Novamente apago.

(...)

- ISTO É CULPA SUA.- escuto a doce voz de Madu que estava extremamente irritada.- parece que é cego e não olha por onde anda.

- olha quem fala né.- a voz de Gustavo ecoou em minha mente. Eu reconheci sua voz, por que ela realmente mexe muito comigo.- você derrubou seu suco de uva em mim no meu primeiro dia de aula, Maria Eduarda.

- e você mal chegou no colégio e derrubou minha amiga da escada.- ela diz com a voz um pouco mais alterada.

- eu já disse que foi sem querer.

- EU NÃO QUERO SABER.- ela grita novamente.

- tem como ficarem calados? Estou tentando descansar aqui.- digo baixo, em um tom totalmente calmo.

- Katryna...- a voz de Madu se suavizou enquanto ela chamou meu nome.- graças a Deus, você está bem.

- bem, bem, eu não estou. Estou bastante cansada e dois babacas não param de gritar no meu quarto.- digo e dou um sorriso e abro meus olhos.

- como é bom ver seus lindos olhos azuis.- escuto a voz de Gabriel dizer isso e olho devagarinho para a porta do quarto. Lá estava ele, escorado com um sorriso e um olhar preocupado sobre mim. Gustavo ainda não havia pronunciado nada, e algo me dizia que ele nem ia.

- e qual é a sua, idiota?- digo olhando para Gustavo que faz cara feia.- sou tão pequena assim, ou é minha beleza que chama tanto a sua atenção?- digo sorrindo tentando quebrar o clima.

- eu juro que foi sem querer, pirralha.- Gustavo diz e eu arqueio a sobrancelha.- acho que a sorte nos ama.- ele sorri.

- ela pode amar você, mas a mim ela odeia.- sorrio e logo depois fico séria pra ir cortando qualquer tipo de intimidade.

- olha só quem acordou.- um senhor de aparentemente 40 anos entrou na sala, era o médico.- pronta pra fazer uma "penca" de exames?- ele diz sorrindo e olhando os papéis na sua mão.

- ô, nunca estive tão pronta.- levantei os braços fingindo entusiasmo, fazendo Madu e Gabriel rirem.

- terão que sair. O horário de visitas, acabou.- diz o médico e volta a atenção à mim.

- olha, vou ser sincera. Eu odeio agulhas.- digo sorrindo.

(...)

- eu não quero dormir aqui.- digo com os braços cruzados encarando minha mãe com um bico imenso.

- eu sempre mandei você se alimentar direito, Katryna Thompson.- minha mãe fala brava, mas sempre mantendo a calma de uma pessoa controlada.- mas não, você sempre preferiu besteiras, e olha como está agora.- ela aponta para o soro.- só vai receber alta amanhã de manhã, e olhe lá, por que precisamos ver os resultados do exame.- minha mãe se vira e sai do quarto sem deixar eu pronunciar mais nada sobre o assunto.

- maldito carinha dos olhos azuis e cabelos castanhos. Maldito Gustavo.- sorrio balançando a cabeça e voltando a me deitar.

(...)

Acordo com uma imensa vontade de ir ao banheiro. Me levanto da cama com cuidado, mas eu iria precisar de ajuda. Vejo a maçaneta da porta girar, e a porta se abre, revelando aquele lindo par de olhos azuis.

- o que está fazendo aqui?- pergunto arqueando uma sobrancelha.

- eu vim ver como está uma anã encrenqueira que eu sem querer derrubei de uma escada.- ele diz sorrindo.- e você está fazendo o que aqui?

- estou de repouso por que um brutamontes me empurrou de uma escada e os médicos descobriram que eu tenho mil e uma doenças.- reviro meus olhos.- ei, idiota. Tem um tempinho para me levar até o banheiro? É rápido.- digo me levantando com cuidado.

- eu ajudo.- ele segura em minha mão e nossos olhos se encontram, e logo em seguida eu encaro seus lábios rosados. Como ele é lindo, meu Deus.

(...)

Recebi alta logo pela manhã, depois de ser medicada e tomar várias vitaminas e mais um litrão de soro.

- eu realmente não sei como mudar sua alimentação, já que você passa a maior parte do tempo sozinha, Katryna.- minha mãe resmunga enquanto dirige para nossa casa.

- o que vai adiantar mudar minha alimentação?- pergunto olhando pra ela e voltando minha atenção para a janela.- nada vai adiantar, eu gosto é do que não presta.

- vê se presta atenção por onde anda dá próxima vez. Por pouco você não está usando um gesso pesado nessa sua perninha seca.- minha mãe diz por fim e eu solto uma risadinha.- seus amigos vão te fazer uma visita lá em casa hoje.

- tanto faz.- e a conversa se encerra com o meu tanto faz.

(...)

"Din Don"

A campainha toca e eu desvio minha atenção do meu livro.

de Coração para Coração.

Já é a segunda vez que leio, e sempre choro nas mesmas partes. Meus olhos lacrimejaram e eu os limpei, e fiquei esperando que os dois adolescentes loucos invadissem meu quarto. Madu e Gabriel.

- por que esse babaca tem que vir com a gente?- Madu diz irritada.

- Maria Eduarda, ele é um cara legal.- Gabriel diz e a voz deles estavam se aproximando do meu quarto.

- é Maria, eu sou um cara legal.- a voz rouca fez eu soltar um sorriso bobo. Ele veio me ver.

- NÃO DIRECIONA A PALAVRA A MIM, TU MACHUCOU MINHA PULGA.- Madu diz abrindo a porta do meu quarto. Lhe mostro o dedo do meio e ela sorri, vindo me abraçar. Gabriel deixa um beijo em minha bochecha e Gustavo me encara.

- veio me ver, idiota?- pergunto e ele abre um sorriso nos lábios.

- não, eu estava passando pela porta e tinha uma placa escrito "Enjôo aqui dentro". Não consegui conter a curiosidade.- ele diz e eu começo rir.

A companhia dele me faz bem, e mesmo sem conhecê-lo, algo nele me chama atenção.

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