— opa. Ciúmes, Gustavo Rocha? - falo.
— E se for? Vamos logo, quero tomar esse açaí. - ele diz ainda com a cara fechada.
Nós fomos o caminho todo em silêncio. Gustavo não fala nada, com certeza ele está com raiva. Me sinto mal.
Assim que chegamos na casa dele entramos e colocamos os potes de açaí na mesa. Gustavo pegou o leite em pó, jujubas, granulado, calda e as colheres.
— hum, está uma delicia né? - puxo assunto.
— tá. - ele fala totalmente seco.
Podia ter ido dormir sem essa, Valessa.
— pois é. Eu estava pensando em nós dois fazermos algo mais tarde.
— não sei, não estou no clima. - ele levanta e vai se sentar no sofá.
Vou atrás dele e sento ao lado dele no sofá.
— Gus? - ele não respondeu. - Gus? Gustavo? Tavinho?... Gigante?... Amor? - passo a mão em seu rosto. - fala comigo por favor.
— pode falar, estou ouvindo. - ele fala sem me olhar.
— para por favor. Nós não íamos brigar hoje lembra? - falo ja decepcionada.
— como se fosse fácil não brigar contigo né? Você fica dando seu número para esses garotos. - ele se levanta.
— para. - levanto e pego no seu braço.
— para o caralho, agora me escuta. Você é linda mano. Não pode sair passando seu número para qualquer um. - ele grita.
— nossa Gustavo, não me trata como criança, caramba. Você é um idiota, um idiota que fica ainda mais lindo bravo. - sorri e abraço ele.
— não te trato como criança, sua baixinha ignorante. - ele me abraça também - só quero seu bem, eu gosto de você. - ele sorri.
— tá bom, tá bom, chega de viadagem. Vamos tomar o açaí? - sim, sei muito bem estragar um clima. Burra!
— vamos, chata. - ele diz e dou língua para ele.
Fomos comer na cozinha, Gustavo joga açaí no meu cabelo, e eu jogo nas costas dele.
Ele continua a guerrinha e joga calda na minha cara, corro atrás dele e joguo granulado dentro da bermuda dele. Ele me olha com aquele olhar malicioso como só ele sabe fazer.
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