- Vocês estão agindo como se eu fosse dá uma notícia péssima, parem de me olhar com essas caras. – comecei
Alguns riram e outros continuaram com as mesmas caras emburradas ou sei lá o que expressavam certas delas
– Vocês já devem saber o que eu devo está fazendo aqui – faço outra pausa – ou não.
- Senhorita, você deve se apressar a hora de recolher já está perto – sussurra Alvo ao meu lado
- Então bruxos, a maioria esmagadora já deve está sabendo de tudo o que ta rolando comigo. Descobri que sou uma bruxa a pouco tempo, que sou a herdeira da minha família também, estou me acostumando com a rotina ainda e antes de mesmo da adaptação começar muitos de vocês já sabiam de mim. Eu queria dizer que apesar me tacharem de muitas coisas, as coisas estão realmente uma bagunça na minha cabeça. Sobre tudo. E é tudo mesmo. Mas venho aqui abortar um sério problema que está acontecendo.
Sem olhar para nenhum deles apenas para o chão iluminado me dirijo a pontoa esquerda da mesa dos professores, arrumando a capa das casas e logo depois colocando as mãos nas costas.
- Eu não estou metida em nenhum complô com o senhor Malfoy. Muitos sabem e sabem o errado, que eu estaria "supostamente" sendo amante dele enquanto Pansy estava no seu castigo. Como posso dizer isso: ISSO NÃO ACONTECEU. E se depender de mim isso nunca irá acontecer. Então escutem todos da minha boca: eu nunca terei nada com o senhor Malfoy, eu não o amo.
Aquelas palavras foram as mais fortes que eu falei em toda a minha vida. E de alguma maneira isso tocou o coração de Draco, pude ver ao longe sua face meio tristonha, agora ele estava sentindo como era ser rejeitado, e uma parte do meu corpo sentia prazer com isso já outra sentia pena. As outras pessoas da Sonseria, possuíam o mesmo semblante até as minhas amigas: queixo caído e olhos arregalados. Lufa-lufa estava distraída demais, Grifinóia e Corvinal estavam atentas a tudo.
- Acho que não seria necessário, expor o Malfoy tanto assim – diz o pai de Draco atrás de mim na mesa dos professores
- Me perdoe, mas seria. Ele me expôs também senhor Malfoy, e eu fiquei realmente muito chocada – falei baixinho
- Eu sou uma bruxa, eu quero curtir isso aqui. Eu amo mágica. Então espero que realmente todos já tenham entendido o objetivo desse meu discurso hoje. Boa noite. – antes mesmo de terminar a frase alguns alunos já se levantaram saindo da sala comunal e fazendo barulho
Desço os degraus devagar e vejo que Harry já estava ali em baixo me esperando, com um semblante curioso e assustado. Tudo bem? Eu não fiz mais que a minha obrigação, eu não ia ficar sendo tachada de apelidos e sendo alvo de fofocas de gente que não tem o que fazer. Eu não quero e nunca quis confusão para o meu lado, mas parece que eles querem.
- Você foi muito corajosa. – elogia ele me puxando para o canto
- Obrigada – digo me soltando de suas mãos pálidas – você está bem?
- Por um momento achei que você iria sei lá... sobre o Rony
- Rony? O que ele tem haver?
- Ainda não te contaram né?
- Parecem ter me contado? – falo séria
- Não precisa falar assim – ele pareceu magoado e veio me abraçar
- Senhorita Gaunt, você arrasou tudo mesmo – chega Zabini ao meu lado antes de Harry poder encostar em mim
Ao percebr que Potter estava ali o empurra.
- Posso dá uma palavrinha com você? – Zabini pergunta desleixado
- Claro. Mais tarde, agora preciso falar com o Potter, um instante Zabini.
Pego na mão direita e Harry e o levo para o Hall de entrada enquanto ele não para de perguntar onde estamos indo, o mando calar a boca. Sem deixar seu lado certinho, ele volta a dizer que já tocou para recolher. Sento no banco mais próximo a porta principal do Hall e ele permanece em pé.
Ainda havia alguns alunos ali conversando e se dirigindo as masmorras, então eu tinha que prestar muita atenção no que eu iria dizer e fazer, a qualquer momento poderia virar alvo de fofocas novamente.
- Queria só te pedir desculpas pelo...
- Sobre isso – ele esfrega a mesma mão que eu peguei na nuca – estou super ferrado por sua causa
- O que houve?
- Hermione está formando uma má impressão de você e mandando me manter longe. Quero saber se o beijo foi só por causa de Draco, ou havia algo a mais.
O que ele está querendo dizer com isso? Ele espera eu responder, entretanto permaneço em silêncio esperando ele me dar mais dicas sobre o que está realmente acontecendo.
- Sei lá, eu tenho direito.
Sem sucesso.
- Peço desculpas a Hermione, mas acho que com o meu discurso de hoje ficou bem claro para ela. Sobre você... Potter, vai doer muito que direi agora. Mas realmente eu agi errado, porém ele precisava daquilo.
- Você me usou – sussurra ele para o chão
- Me perdoe - me levanto rapidamente com medo dele ir embora
- Então você não sente nada por mim? É a hora de colocar as cartas na mesa.
- Eu estou confusa
E realmente estava.
- Eu também. Está disposta a dar tempo ao tempo? Parar um pouco – soluciona
- Sim, exatamente o que quero fazer.
- Ótimo.– ele se despede com um aceno
- Espere
Antes de virar as costas o puxo pela sua capa, ele reagi empurrando minha mão agressivamente.
- Você não está magoado por ter te usado? Ou sei lá, eu não quero o seu mal.
Eu não queria o magoar, na realidade é a coisa que eu menos quero nesse mundo, Potter sempre foi um ídolo para mim, apenas uma ficção há anos atrás e de repente eu descubro que estou no mundo dele e ele no meu, estamos aqui juntos tendo uma conversa peculiar e delicada sobre sentimentos. Eu não queria mudar a história, eu não queria mudar o seu destino, porém ao mesmo tempo não queria o infeliz. Eu estou mais culpada agora, por mudar a história oficial a história que eu estou. Entretanto, isso já era esperado desde há um mês.
- Eu sei. Não estou magoado, apenas tentando engolir isso. Mas está tudo bem, foi só um beijo mesmo não foi?
Ele perguntava um tanto inseguro com a minha resposta.
Agora eu não entendia, em um instante queria saber se foi mais que isso e no outro ele afirmava ou tentava afirmar para ele mesmo que não passou de uma junção de lábios?
- Não me faça perguntas difíceis de responder
- Vamos esquecer então? Esquecer o beijo e a sua cara de pau
- Tenta me desculpar.
Ele sorri.
- Obrigada Potter – o abraço forte, mas ele não retribui
Passei meus ante-braços sobre seu pescoço e pude sentir sua respiração. Ele deu as costas assim que o soltei.
Desci as masmorras e não havia visto Zabini ainda, pode não ter sido tão serio quanto ele havia dito. Também precisa ficar ligada no que ele queria comigo, não pedira esquecer que ele também era amigo de Draco, minha conversa com ele não precisaria ser tão sigilosa quanto ele pareceu me dizer. Subi para os dormitórios e Pansy esperava encostada na porta do seu dormitório com um livro na mão e na outra sua varinha.
- Boa noite Gaunt – ela me cumprimenta assim que passo ao seu lado
- Boa noite. - e fui entrando no quarto
Antes que eu pudesse girar a maçaneta ela se dirigiu até a mim numa velocidade assustadora, e agarrou meu pescoço com suas mãos suadas e sadias me colocando contra porta e eu vi minha respiração ficar mais devagar, mais difícil, mais pesada, de um segundo para o outro, sabendo o que poderia acontecer nos próximos minutos tentei manter estática a força que Pansy fazia no meus pescoço segurei suas mãos com a maior força que pude e ela percebeu isso, arremessou minha cabeça contra a porta duas vezes, enquanto ela soltou umas das mãos eu puxei seu cabeço e ela soltou meu pescoço. Ela agarrou sua varinha e eu agarrei a minha, bati na porta fortemente e depois de segundos ficou claro que minhas amigas não estavam mais ali, a herdeira vai se virar sozinha.
Sai de perto da parede e fui para o fundo corredor. Pansy apontava a varinha para mim com muitíssima força. Comecei a pensar o porquê dela está com tanta raiva assim de mim? Eu não havia arruinado nenhum plano dela, não que eu saiba. Não basta depois do castigo, ela realmente estava disposta a levar outro e acaso ser expulsa de hogwarts amanhã de manhã no máximo. Mas isso não importava para ela; poderia morrer, mas antes me mataria. Os seus olhos úmidos refletiam a raiva que sentia por mim e o sorriso malicioso entregava de que eu estava prestes a me dar muito mal.
- Você se acha muito esperta não se acha? Seu sangue ruim de merda. – desabafou ela rapidamente pegando seu livro do chão e jogando para dentro do quarto.
Tentei lembrar de algum feitiço bom que havia para dar um jeito nessa buldogue de porcelana.
- O que eu te fiz garota? – ajeito minha varinha na mão
- Iaya, Iaya, Iaya você não cansa de querer tentar ser boazinha não? Ai garota e esse discurso de hoje? O que você tinha na cabeça?
- Acho que ficou claro. A passagem está aberta agora para você Parkinson, vá em frente fique com o Draco.
- Você não percebe que ele gosta é de você? Bruxa burra. - eu já tinha ouvido aquilo.
Aquilo pareceu doer nada obstante, ao mesmo tempo pareceu um desabafo sincero, não doeu em mim de fato eu não senti nada ao saber que Draco gostava de mim, nem um arrepio.
- Por que?
- Porque você é poderosa, você é diferente, você é atraente.
Ela estaria me elogiando? Que universo eu vim parar?
- Eu? – rio alto forçadamente – se liga!
- Se liga você. Desde que você chegou ele não tira o seu nome da língua.
- Ele tem um jeito esquisito de se interessar
- Por que ele é o Draco Malfoy, o bruxo mais poderoso da sonserina até você chegar. Ah, e futuro comensal da morte. - ela sorri maquiavélica
- Ele se sentiu ameaçado – revelei entendendo quase tudo
Minha cabeça lateja, dói. Eu mal consigo respirar, de repente o corredor ficou abafado.
- Alarte Ascendare – lança - Finalmente você entendeu, mas agora que já está tudo decifrado eu posso acabar com você Ela pôs o cabelo liso para trás e molhou os lábios
- Azaração bafo de pimenta – lanço – Desaugeo.
Que feitiços estúpidos sua imbecil.
- Ah garota, de especial você só tem a reputação. – ela fala tranquilamente
Os dentes dela aumentaram assustadoramente, Parkinson pareceu uma caricatura e eu tentei segurar o riso,ela pulava reclamando da dor que estava sentindo na garganta com o meu primeiro feitiço.
- Engorgio! –gritou ela segurando a varinha com dificuldade
Não consegui me esquivar a tempo apenas me joguei no chão esperando virar algo horrendo; desconhecia o feitiço, todavia não me atingiu. Vir-me-ei para verificar acontecera. Ele estava lá, de uma maneira ou de outra ele me salvou. Como ele chegou atempo? Onde ele estava esse tempo todo? Por que ele se meteu na minha frente, a briga era minha ele não tinha que se meter junto dela. Eu não entendia, eu não conseguia compreender a minha cabeça atrapalhava cada vez mais a inferir nessa ideia louca que ele teve. Tudo bem. Eu não queria mesmo fazer esforço para entender, o feitiço também não o atingiu, ele havia usado um feitiço de proteção, com certeza, antes de se jogar na minha frente. Ele estava cara a cara com a buldogue que ainda gemia de dor porém cada vez menos nesse momento por se assustar tanto quanto eu.