Helena - A Filha Do Mar E Da...

JenniferLourhane

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Helena Fitch pensava ser uma garota comum, mal sabia ela do quanto estava enganada. Após a morte de seus pais... Еще

Trailer do livro... Até logo, Pessoal!
Prólogo
A escola e sua... nova professora?!
O telefonema
Um pequeno acidente
Um adeus que eu nunca vou dar
Vazio.
Olhos de Anjo
Uma surpresa nem tão agradavel
Solidão
Consequências de um pesadelo
Irmãs
Detenção
Hello again
Garota da Mamãe
Caça-Bandeiras

Acampamento meio-sangue

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JenniferLourhane

Helena Ponto de Vista:

Tudo que vi assim que meus olhos se acostumaram com a luz foi verde, verde para todo lado, e depois uma luz branca quente —mais conhecida como sol — iluminar meu rosto.
O cheiro de terra molhada entra pelas minhas narinas, junto com o perfume de rosas margaridas, as preferidas da minha mãe.
— É lindo, não é? — A voz de Lyra me tirou do transe.
Era, no geral, uma floresta normal.
Não sei se o enorme pinheiro que se estendia a nossa frente ou a incrível sensação de segurança que fazia ela diferente.
— Sim — Respondi — Muito bonito — Não sabia realmente do que ela falava.
Vi o Sr.Hastings tirando bolsas pretas do porta malas, foi só aí que consegui reparar em quão musculoso era o meu pseudo professor.
— Ella, temos que ir antes que Quiron corte nossas cabeças pelo atraso — Hayley falou, o nome ainda soa estranho, mesmo na minha mente.
— Quem é Quiron? — Lyra perguntou.
— Um velho amigo — Respondeu Sr.Hastings aparecendo atrás de mim, me fazendo pular.
De repente, talvez um pouco do meu pensamento lógico me fez duvidar das verdadeiras intenções do casal de "professores" com três adolescentes.
Será que tudo o que a gente "viveu" foi o efeito de alguma droga que eles nos deram porque eles são serial killers que vão nos matar e vender nossos órgãos no mercado negro por milhões de dólares?!
Srta. Blanchard revirou os olhos, aparentemente percebendo meu olhar de apreensão, ela disse:
— Este é o acampamento meio sangue, vocês vão estar seguras enquanto estiverem aqui — Sua voz se tornou arrastada — O pinheiro vai nos proteger.
— Como uma árvore vai nos proteger?! — Olhei para ela como se fosse louca.
Seu olhar poderia, facilmente, ter atirado facas em mim. Ela respirou fundo, mas quando ia me responder com algo desagradável, a copa da árvore se remexeu.
— O que foi isso?! — Perguntei, dando dois passos inteligentes longe do Pinheiro.
— Parece que Peleu também não gosta de você — Ela falou rindo, porém senti sua malícia no "também".
— Quem é Peleu?! — Lyra indagou, tentando miseravelmente manter-se quieta.
— A coisa que você nunca vai querer bater de frente — Quem respondeu foi Hayley, com um sorriso divertido brincando nos lábios.
— Vamos pessoal, não quero ter que escutar Quiron rinchar no meu ouvido — Veio Sr.Hastings caminhando com as duas bolsas nas costa e nos guiando à frente do Pinheiro.
Quando o ultrapassamos veio uma sensação estranha no fundo do meu estômago... como se eu estivesse literalmente em outro mundo, até o ar desse lado é diferente.
Olhei para a entrada de madeira, que possuía uma gravura esculpida na madeira com alguma língua estranha... espera... serrei um pouco os olhos, como se de alguma forma, os rabiscos na madeira significassem algo para mim.
— Meio-sangue — Sussurrei o que consegui ler, demorando um tempo para me dar conta da minha própria proeza.
— Sim — Hayley falou comigo pela primeira vez desde que paramos — Sabe o que isso significa?
Tentei procurar na mente algum momento onde aquelas palavras já foram pronunciadas, parecia tudo tão distante...

Agosto de 2009, Helena tinha 7 anos.
Papai! Eu não quero dormir! — Protestou a pequena Helena, com sua coruja de pelúcia abraçada ao peito.
Henry, como de costume, vinha sempre ao quarto de Helena para lhe desejar boa noite depois de sua esposa, porém desta vez, a garotinha estava dando trabalho por causa dos lotes de açúcar que recebera na festa de aniversário de seu colega.
— Mas é hora de princesas estarem em suas camas — Ele respondeu gentilmente.
— Papai! Eu não sou uma princesa! — Helena parecia indignada com a comparação — Eu sou uma guerreira! Lembra, papai?! Eu combato dragões ferozes! — Disse, como se fosse a coisa mais lógica no mundo.
— Oh, sim... qual é o seu super poder, nobre guerreira? — Um sorriso brincava nos lábios do homem enquanto curvava-se.
— Hum... — Ela colocou um pequeno dedo no queixo — Eu não sei... — Disse tristemente.
— Deixe-me ajudá-la
Seu pai foi para uma prateleira azul e tirou de lá um livro, em seguida, sentou-se à beira da cama de sua filha.
— Olhe, esses aqui são Perseu e Hércules! Veja como são bravos! Eles foram guerreiros fortes apesar de serem meio-sangues, isso quer dizer que mesmo você sendo "pela metade", não significa que você deva se limitar em fazer as coisas mal feitas — Ele mostrou dois homens fortes com armaduras e olhos corajosos.
— O que é meio-sangue, papai? — Helena perguntou, testando na língua a nova palavra que aprendera.
— Significa que você tem um papai ou mamãe que são muito, muito fortes, fortes como Deuses.

O Flashback passou pela minha cabeça tão rápido que minhas feições se acenderam em reconhecimento.
— Meio Deuses — Eu disse, olhando para minha ex-Melhor amiga.
— Olha, olha... Que bom que ela pensa — Disse Srta. Blanchard.
Ella — O sotaque sulista do Sr.Hastings repreendeu.
O que foi? — Ela perguntou, desentendida. Sinceramente, cadê uma emissora de televisão para essa atriz?!
— Andem! — Sr.Hastings ordenou, depois de notar a tensão entre mim e a mulher de cabelos curtos.
Dizer que me senti no filme "Tróia" e "Spartacus" quando entrei foi um eufemismo! Me senti literalmente viajando pelas prateleiras do meu pai, dentro dos livros de história que possuía.
A primeira vista parece um monte de adolescentes normais fazendo tarefas incumbidas apenas para fazê-los passar tempo, mas quando você dá uma segunda olhada, você nota as diferenças.
Todos os diferente rostos que via usavam armaduras e roupas de couro, alguns empunhavam espadas e outros tinham seu arco. Também tinha aqueles homens-bodes que... O que? Homens-bodes?!
Tão surpresa quanto posso parecer agora, era algo que eu pude esperar de um lugar onde ninguém ousaria entrar.
— Então eles são semi-deuses?! — Perguntou Lyra, enquanto andávamos com o Sr.Hastings nos guiando.
— Sim — Respondeu Hayley — Os melhores estão aqui — Disse brilhantemente, depois seus olhos ficaram negros — Não naquele acampamentozinho romano no meio do tártaro.
— Existe outro? — Os olhos de Lyra ficaram largos.
— Sim, e é um péssimo lugar para pessoas com cérebro — Hayley disse com desdém.
Depois de ver um grupo de campistas acertar adagas em urso (sim, um urso), me pronunciei:
— Suas atividades são bem peculiares, não é mesmo? — Tentei parecer divertida, mas o medo na minha voz não sumiu.
— Você não sabe o quanto... — Hayley pareceu perdida em seus pensamentos.
Conforme fomos entrando mais no acampamento, observei pequenas casinhas com diferentes cores, tamanhos e texturas ao longe formando um círculo, pude contar 20.
— O que é aquilo, Sr.Hastings? — Perguntei, sem tirar os olhos de lá.
— Ah? O Que? — Olhou para mim e depois se virou para onde eu estava apontando — Ah... Aquilo são os chalés, é lá onde vocês vão ficar.
— Oh... — Olhei com mais admiração, elogiando internamente o arquiteto.
— E Helena — Olhei para o Sr.Hastings — Me chame de Ambrel.
Eu sorri para ele, emocionada que ele, pelo menos, esteja tentando socializar.
Cada campista que passava por nós cumprimenta Hayley, Srta.Blanchar e Ambrel, como se fossem velhos amigos que apenas ficaram fora por um tempo, todo mundo parecia legal com esse trio em particular, porque eu e Lyra permanecíamos atrás, tendo que enfrentar as encaradas brutais de cada um, claro que tinha alguns que nos olhavam diferente, quase com... pena? De repente, um olhar de reconhecimento brilhou no meu rosto.
— Vocês são semi-deuses também! — Exclamei olhando para os dois adultos.
— Você demorou tanto pra descobrir isso?! — Perguntou Ambrel sorrindo.
— Claro que nós somos, nenhum mortal pode passar pela barreira mágica — Srta.Blanchard nos apresenta sua lógica.
— Então como eu passei?! — Pergunta Lyra, ainda mais confusa.
— Também queremos descobrir — Ambrel olhou para ela com dúvida.
— E eu? — Exclamei, porque se Lyra não podia entrar e entrou, logicamente esse seria o meu caso também!
— E você? — Ambrel pergunta, confuso.
— Sim! Então quer dizer que eu não sou mortal?! Quer dizer que eu sou... que eu sou meio-sangue também?! — O pânico se instalou em meus olhos, e alguns campista acabaram notando minha alteração.
— Dá pra se acalmar!? — Hayley revira os olhos —Você tera a resposta para essas e outras perguntas logo! Agora, basta se manter calma!
Eu me contorci um pouco.
— Olha, tudo isso aqui parece uma loucura total! Você realmente acha que é só "ter calma"?! — Lyra nos defendeu.
— Meninas, já chega! — Ambrel falou com a voz cansada — Já estamos chegando!
— Chegando aonde? — Perguntei.
— Sabe, eu gostava mais de você quando tava dormindo! — Ambrel suspirou.
Tentei disfarçar minha indignação.
Olhei para um tipo de arena, onde vários garotos e garotas lutavam entre si, mais um em particular me chamou atenção... Will?
Eu dei alguns passos perto do campo mas a voz de sinos da minha ex-professora de história me chamou.
— Vamos, Helena! Nós estamos chegando! — Ela grita.
Relutantemente me afastei, mas percebi que Will notou minha presença.
De longe avistei uma placa escrita "casa grande", nós chegamos mais perto quando senti a mão macia de Lyra entrelaçando seus dedos aos meus.
— Está com medo? — Perguntei, ela simplesmente acenou com a cabeça e apertou minha mão mais forte — Vai ficar tudo bem.
— Chegamos! — Anunciou Hayley passando entre Lyra e eu, fazendo com que soltemos nossas mãos... o que deu de errado com ela?!
A casa era realmente grande com coloração azulada e pilares gregos, havia também flores brancas cercando o lugar e uma fonte com frente a entrada.
A porta da casa se abriu, primeiro mostrando a cabeça de um homem de meia idade com barba a fazer e cabelos cacheados até os ombros, depois apareceu seu corpo... ou o corpo de um cavalo!
Por extinto dei dois passos para trás com olhos grandes para a criatura na minha frente... centauro.
— Calma, criança! Eu não vou machucar você, fique tranquila! — ele falou calmamente, me lançando um meio sorriso.
— Oi, Quiron! Senti sua falta! — Hayley cumprimentou o cara com um sorriso gigante.
Embora a minha cabeça esteja girando, tenho certeza de que ainda pode ficar pior.

Olá! Pois é, de novo uma atualização! (As coisas estão andando)😅
Espero que tenham gostado, deixem seu comentários, vou responder vocês.❤️

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