Just be Mine | Livro I | Séri...

By AutoraBeaLourenco

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PLÁGIO É CRIME! (Art. 184 - Código Penal) CONTÉM CONTEÚDO ADULTO [+18] Vencedor do 2º lugar na categoria hot... More

Capítulo II
Capítulo III
Capítulo IV
Capítulo V
Capítulo VI
[OFF] AVISO IMPORTANTE
Capítulo VII
Capítulo VIII
Capítulo IX
Capítulo X
Capítulo XI
Capítulo XII
Capítulo XIII
Capítulo XIV
Capítulo XV
Capítulo XVI
Capítulo XVII
Capítulo XVIII
Capítulo XIX
Capítulo XX
Capítulo XXI
Capítulo XXII
[OFF] Book Trailer - Just be Mine
Capítulo XXIII
Capítulo XXIV
Capítulo XXV
Capítulo XXVI
Capítulo XXVII
Capítulo XXVIII
Capítulo XXIX
Capítulo XXX
Capítulo XXXI
Capítulo XXXII
Capítulo XXXIII
ALWAYS BE MINE - Livro II - Série Mine

Capítulo I

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By AutoraBeaLourenco

Já faz onze anos que meu pai faleceu. Onze anos na frente da Auto Hans Co. Onze anos da pior época da minha vida. Quando me sento em meu escritório e penso nisso sinto vontade voltar ao passado e renunciar o que fiz. Eu queria a empresa, mas não queria me casar. Pelo menos não com Melissa. Se não fosse pelo meu pai... Lembro me daquele dia como se acontecesse todas as noites antes de dormir.

Eu ainda estava com vinte e um anos, concluindo minha graduação em economia, foi como se tudo já estivesse arquitetado minha vida inteira. Thomas Hans, meu pai, adoeceu por conta de um câncer que destruiu seus pulmões. Não foi por falta de aviso, por conta do estresse ele soltava fumaça mais que uma chaminé. Estava fraco, quase perdendo sua lucidez e com seus dias literalmente contados. Minha mãe, Dra. Ellen Hans, pediu que eu fosse visitá-lo pois nós dois precisaríamos ter essa conversa cedo ou tarde. Sobre os negócios da empresa.

Assim fiz, apesar de ainda acreditar que tudo ficaria bem e meu pai se recuperaria. Eu não me sentia ainda pronto para cuidar de todos os negócios da família, mas ele dependia de mim. Quando entrei no quarto senti o coração apertar ao ver meu pai entristecido ligado aos aparelhos olhando vagamente pela janela de seu quarto. Bati levemente na porta para não assustá-lo.

-Filho!?- Ele disse sem virar o rosto.

-Como sabia que era eu?- Me aproximei de sua cama.

-Eu sempre sei quando se trata de você.- Pude ver seu sorriso enfraquecido.

-Minha mãe disse que queria me ver. Aconteceu alguma coisa?- Preferi fingir não saber.

-Você sabe que eu tenho pouco tempo, filho.- Sua fala era quase fúnebre de tão vagarosa- Nicolas, você é o único com quem posso contar para continuar com aquela empresa. Não confio em ninguém que não seja você, então me prometa que não irá deixar ninguém derrubar o que construímos sozinhos.

-Pai, eu...

-Shh...- Ele me interrompeu segurando minha mão- EU sei melhor que qualquer outra pessoa que você está mais do que pronto para assumir o meu lugar, Nicolas. Nós o criamos pra isso. Confio piamente em seu potencial.

Aquelas belas palavras de meu pai me tocaram, naquela época acho que ainda tinha um pouco de sentimentalismo dentro de mim, eu não podia dizer não e acabar com todo o esforço e luta de meu pai para erguer a empresa por medo meu.

-Tudo bem, pai. Pode contar comi...- Fui interrompido.

-Não é só isso, Nicolas.

-Como assim?- Franzi a testa.

-Um velho como eu só quer ter garantias que a nossa linhagem não vai acabar em você, não é mesmo filho!?- Thomas apertou os olhos como se estivesse sorrindo- Quero que se case primeiro, antes de assumir a empresa.

-O quê!?- De repente me senti sufocado.

-Você já é um adulto. Está na hora de se casar e começar sua própria família. É meu último desejo antes de partir.

-Mas, pai...

-Não.- Ele levantou o indicador- Apenas pense nisso, depois conversaremos mais.

-O horário de visitas acabou.- Uma enfermeira entrou no quarto.

Voltei para minha casa com a cabeça fora do lugar. Achei um absurdo o pedido dele, eu pensava "como vou achar uma noiva tão rápido?". Decidi então compartilhar minha indignação com a minha mãe, o que acabou não sendo uma boa ideia. Ela já tinha tudo planejado com meu pai, caso eu aceitasse a proposta. Ultrajante é a palavra que melhor define aquele dia. "Um casamento arranjado? Por favor! Em que século acha que estamos?". Enfim, foi uma discussão terrível que tive com ela. Mas depois de tudo minha mãe ainda conseguiu virar o jogo e fazer eu me sentir culpado.

-Seria capaz de negar ao seu pai seu último desejo? Como pode, Nicolas? Os Hans nunca dão as costas à família.

É muito fácil convencer alguém usando esse tipo de arma psicológica. Habilidade perigosa quando não usada do modo certo e que não sabia, porém mais tarde descobri que havia herdado da minha mãe.

Não pude demorar muito para dizer ao meu pai qual seria minha decisão, então assim que o comuniquei que minha resposta seria "sim" ele já puxou de baixo de seu travesseiro os documentos para que a empresa passasse a pertencer a mim. Desde sempre sorrateiros, pelo menos desde que me conheço por gente. Enquanto isso minha cuidava de meu "casamento" pelas minhas costas. Hellen sempre gostou de viver de aparências. Até aquele momento eu era diferente dela, mas depois de tantos absurdos eu mudei drasticamente. Principalmente depois de descobrir com quem iria me casar.

Melissa James, uma conhecida de infância que sempre quis namorar comigo. Ela dizia que eu era "bonitinho", mas sinceramente nunca senti nada por ela a não ser repulsa. Confesso que quando éramos mais novos aconteceram alguns beijos e carícias, mas nada além de coisas normais de criança. E isso não me fez sentir a vontade sobre casar com ela.

Nossas mães sempre foram melhores amigas, se conheceram na faculdade e engravidaram praticamente no mesmo tempo. Nunca gostei da família James. Um bando de interesseiros que desfilavam os luxos de uma vida desonesta com dinheiro lavado dos outros. Frederick James, pai de Melissa, é um banqueiro corrupto. Como sei disso? Antes de falecer meu pais me deixou bem ciente sobre as pessoas quais conhecia e graças a ele ninguém nunca conseguiu passar a perna em mim.

Era um beco sem saída pra mim.

O dia do meu casamento foi o mais horrível e terrível de todos da minha vida inteira. Meu pai estava em seus últimos dias, deram alta para que ele pudesse ver seu último pedido sendo realizado. Fiquei ao lado dele durante toda a festa e me recusei a cumprir todos esses protocolos de conduta de noivos em casamentos, desde "a primeira dança" até "fotos românticas". Sinceramente eu esperava que não podia ficar pior, mas ficou.

Depois da festa havia um hotel reservado para os "noivos", o qual eu não tinha conhecimento até então. Era a suite presidencial. Entrei andando ligeiro sem esperar por Melissa, peguei o cartão-chave do quarto e me deparei com uma cena ridícula de garrafas de champanhe e pétalas espalhadas pelo quarto. Não disfarcei minha frustração.

-Tenha dó!- Nem pus os pês dentro do quarto.

-Você nem me esperou!- Ouvi Melissa se arrastando pelo corredor e saí da porta para que ela pudesse entrar- Nossa! Isso é incrível!

-Que bom que tenha gostado.- Estendi o braço para entregar o cartão e ela me puxou para dentro.

-Já pode tirar minha roupa, agora eu sou a Sra. J. Hans.

-Infelizmente.- Disse friamente e joguei o cartão em cima da cama afastando Melissa de mim.

Ela nem ao menos parecia uma pessoa real. Todo seu corpo era esteticamente modificado e tinha tanta maquiagem no rosto que parecia que iria quebrar. Ela obviamente não se importou sobre o fato de não querer me deitar com ela, suas intenções já eram bem claras pra mim e naquela noite ficaram mais ainda.

-Faça o que quiser, Nicolas.- Ela abriu uma garrafa de champanhe- Já tenho um anel, um sobrenome e documentos que comprovam nossa "união". Claro, seria ótimo se tivéssemos uma foda bem gostosa agora, mas...- Ela me olhou de cima a baixo.

Simplesmente virei as costas e saí do quarto. Não tive pena de deixá-la sozinha naquele hotel e voltar para minha casa. Parecia um filme de terror sem fim ver as malas e caixas dela espalhadas pelo meu quarto. Graças aos meus pais a casa era muito grande, escolhi um outro quarto e me mudei na mesma noite. Era uma suíte inacabada, com um closet tão enorme quanto o quarto, uma porta falsa bem no meio do guarda-roupas, ideal para me esconder de Melissa caso ela me procurasse.

Na manhã seguinte Thomas Hans veio a óbito. Meu mundo caiu. Meu pai era o único parente próximo que eu tinha, não tinha laços nem com minha própria mãe e depois dele só sobrou o nosso fiel motorista, Steven. Que até hoje é o meu único amigo.

Nunca me senti tão sozinho, tão sombrio, tão desamparado. Minha mãe saiu de viagem com um projeto de levar assistência médica até países subdesenvolvidos, pelo menos estava fazendo algo produtivo. Sempre fiz questão de me manter distante de Melissa, e na verdade, ela nem lembrava que eu existia, a menos que o dinheiro acabasse.

Os anos se passaram e eu me tornei uma outra pessoa. Centrado, pragmático, controlador, frio e persuasivo. Foquei todas as minhas energias no trabalho e assim tornei a Auto Hans Co. uma das empresas mais poderosas e multimilionárias do ramo automobilístico. Prometi ao meu pai que não deixaria ninguém me controlar ou tirar a empresa de mim. Eu era o dono do meu próprio universo, onde não havia tempo pra perder as energias com sentimentalismo.

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