Capítulo XI

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Minhas energias estavam completamente renovadas, seu corpo me aqueceu durante a noite toda e não senti frio, nem insônia... Foi perfeito! Desejei que todas as noites da minha vida eu pudesse passar com ela. Queria tanto que tivesse a conhecido antes, mas infelizmente Bea seria nova demais pra casar comigo quando eu tinha vinte e um anos, mas eu juro que queria. Teria sido a esposa dos meus sonhos, o casamento dos meus sonhos, a lua de mel... De repente já era de amanhã, abri os olhos e a vi dormindo tranquilamente em meus braços, fechei os olhos novamente e sorri, mas me lembrei que estávamos no escritório e teríamos que trabalhar. Olhei para o relógio de parede checando as horas. Já passavam das 09:00!

-Caralho!- Sussurrei- Bea...- A chamei acariciando seu cabelo.

-Hmm...- Esticou seu corpo todo sobre o meu.

-Perdemos nosso horário.- Disse tranquilamente.

-Droga!- Ela se levantou rapidamente.

-Fique calma, você já esta no escritório. Pelo menos não vai chegar atrasada.- Sorri a observando. Ela semicerrou os olhos.

-Pois é, vai ser bastante auto explicativo me verem sair da sala do meu chefe desse jeito.- Bea passou as mãos por seus fios completamente lisos.

-Você não deve explicações a ninguém além de mim, Bea.- Levantei para vestir minha roupa.

-Eu vou tentar melhorar isso.- Respirou fundo- Posso usar seu banheiro?- Pegou seus sapatos e vestido.

-Você pode usar tudo que é meu, mais ainda se for eu mesmo.- Sorri vestindo a calça.

As palavras simplesmente deslizaram pela minha boca, eu nunca disse isso, nem nada parecido a ninguém. Bea sorriu e se aproximou de mim, me beijou brevemente segurando meu rosto.

-Não demoro.- E se dirigiu até o banheiro.

Terminei de me arrumar, conferi meu rosto na tela do celular e abri as cortinas. O dias estava um pouco nublado, parecia que ira chover bastante, do jeito que eu gosto. Sentei em minha poltrona e liguei meu notebook esperando que Bea voltasse. Alguém bateu a minha porta de repente, não estava esperando visitas e eu não fui avisado sobre a chegada de ninguém, então deveria haver um bom motivo para que ousassem me incomodar. Meu coração disparou em desespero ao abrir a porta.

-Melissa!?- Disse exasperado.

-Bom dia querido.- Entrou sem ser convidada, novamente com seu visual destonando do meu ambiente.

-O que você pensa que está fazendo aqui? Não pode aparecer no meu trabalho desse jeito.- Fechei a porta para que não vissem o "espetáculo" prestes a acontecer. Então me lembrei que Bea ainda estava no banheiro. Que merda!

-Você não volta pra casa há dias... Temos muito pra conversar.- Melissa andou pela sala reparando o local- Bela decoração, mas deveria arrumar sua cama ao se levantar.

-Não temos nada pra conversar.- Bati na mesa- Você quer dinheiro? Eu te dou dinheiro.

-Não! Eu quero falar sobre o nosso filho!- Melissa falou tão alto que era impossível Bea não escutar.

Que inferno! Eu não queria que ela descobrisse desse jeito.

-Como pode ter tanta certeza que está grávida? Você já fez os exames?- Meus dentes rangiam.

-Está me magoando, Nicolas.- Revirei os olhos ao ouvir isso- Só porquê você não se lembra não significa não aconteceu nada entre nós. E acho que você se lembra que gostou muito de me ver de quatro enquanto batia na minha bunda com aquele...

E Bea saiu do banheiro fazendo a outra calar a boca. Melissa olhou Bea de cima a baixo, com um olhar de desdém, enquanto Bea sorria educadamente, mas eu sabia que era forçado.

Just be Mine | Livro I | Série "Mine"Onde as histórias ganham vida. Descobre agora