Perdendo-se pelo Caminho

By VivianeeCosta

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Antes de começar a ler essa história aconselho ler antes "Caindo pelo Caminho", que está completa no perfil... More

SINOPSE
PRÓLOGO
Capítulo Um
Capítulo Dois
Capítulo Três
Capítulo Quatro
Capítulo Cinco
Capítulo Seis
Capítulo Sete
Capítulo Oito
Capítulo Nove
Capítulo Dez
Capítulo Onze
Capítulo Doze
Capítulo Treze
Capítulo Quinze
Capítulo Dezesseis
Capítulo Dezessete
Capítulo Dezoito
Capítulo Dezenove
Capítulo Vinte
Capítulo Vinte e Um
Capítulo Vinte e Dois
Capítulo Vinte e Três
Capítulo Vinte e Quatro
Capítulo Vinte e Cinco
Capítulo Vinte e Seis
Capítulo Vinte e Sete
Capítulo Vinte e Oito
Capítulo Vinte e Nove
EPÍLOGO
Bônus !
Agradecimentos
Novo Livro!

Capítulo Quatorze

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By VivianeeCosta

—Tem certeza que consegue fazer isso? —indaga mais uma vez Júlio me olhando nos olhos. Ele estava esperando o menor sinal de hesitação da minha parte, mas ele ficaria esperando. Eu estava decidida, e se só eu poderia fazer essa parte do plano para salvar a minha irmã, eu farei sem hesitar!

—Eu consigo!

—Ela consegue, Júlio. —afirmou Julia do outro lado da mesa me mandando uma piscadela.

   Estávamos todos sentados ao redor da mesa de jantar de Henrique. Júlio ao meu lado e Julia do outro com Hugo ao se lado e Henrique na cabeceira esticando a planta da casa de Alexander. Não fazia a mínima ideia de como ele havia conseguido a planta da casa, mas o que importava é que a tínhamos. Traçamos detalhadamente o plano que seria executado amanhã à noite. Tudo estava acertado e combinado. Cada um sabia o que tinha que fazer para que tudo o ocorresse bem. E eu sabia exatamente que tudo dependia da parte que eu iria realizar. Era arriscado e um deslize me levaria a acabar com tudo antes mesmo de começar. E era por isso que eu entendia a preocupação que eu via nos olhos de Júlio ao me fazer essa pergunta novamente.

Tudo bem! —ele cedeu ainda parecendo meio contrariado.

—Se tudo ocorrer como o planejado... —comentou Hugo concentrado como eu nunca o virá. Ele sempre estava calmo e descontraído quando estava ao redor de Julia, mas agora ele mostrava seu lado profissional. Como todos os homens na mesa. —Entramos e saímos pela frente já que não tem saída por aqui.

   Ele apontou para o final da planta da casa onde Henrique explicará que não tinha nada além do muro alto que rodeava em torno da casa e árvores. A planta até mostrava o subsolo, mas como todos nós e até mesmo Henrique não tinha entrado onde as garotas eram mantidas quando não estavam trabalhando, e como Alberto devia ter reformado todo o subsolo para os seus negócios, teríamos que contar com a sorte ao passar pelas portas marrons.

—Sem falar que temos que passar pela segurança da frente com dois carros. —incrementou Júlio ao voltar atenção para a planta também.

—É por isso que eu vou pedir ajuda aos meus velhos amigos. —sorriu Henrique. —Vou pedir a eles que agitem um pouco a outra casa de Alberto que fica nos arredores de Berlim. E quando o gerente pedir a ajuda de Alexander para acalmar os ânimos lá. Será a hora que terá um terço de capangas e vai ser a hora que deveremos estar agindo.

—Tenho certeza que ele te receberá a qualquer hora. —comentou Júlio ao virar o rosto para mim.

   Seus olhos mostravam em conjunto com sua expressão seu desagrado. Fazia dois dias desde a festa e os acontecimentos no penhasco, e eu poderia ver a diferença que aquele dia fez para Júlio. Ele já deixava (pelo menos na maior parte do tempo) eu ver o que ele pensava. Tinha sido como um muro derrubado por mim em suas barreiras quase indestrutíveis. Ele estava deixando eu ver o que o desagradava livremente...

   Limpei rapidamente o sorrisinho que meus lábios quiseram formar com esses pensamentos. Já que Júlio pareceu entender errado, pois até levantou uma sobrancelha na minha direção e só faltou furar meus olhos do jeito incisivo que ele me encarava.

—Isso é bom, não é? —disse tentando soar neutra. Como se seu olhar não causasse nenhum rebuliço em meus nervos, já nervosos!

—Isso é ótimo! Não é mesmo Júlio? —ouvi Hugo perguntar com um tom divertido.

—É. —rebateu Júlio duramente fuzilando Hugo com os olhos quando virou para o amigo. Júlio já voltava para sua expressão indecifrável mais uma vez quando cruzou os braços sob o peito, que estava revestido por uma camisa branca sem mangas. Suspirei internamente mais uma vez quando tentava saber o que se passava em sua mente.

—Vocês me fazem ver que morar sozinho é uma merda! —riu Henrique fitando Júlio com a mesma diversão que se encontrava nos olhos verdes de Hugo. E também recebendo o mesmo olhar que Hugo recebeu há míseros segundo atrás. —Bom, deixa eu ligar para os meus velhos amigos e mandar ele se prepararem....

   Henrique continuou rindo quando se levantou e já foi tirando o celular do bolso discando algum número.

—Vêm comigo Hugo... —disse Julia mandado um sorriso doce antes de se levantar. —Agora!

—Vai lá cãozinho amestrado. —escarniou Júlio quando Hugo se pôs de pé sem pestanejar.

—HAHA! —riu Hugo abertamente mostrando que sua risada era no mínimos contagiante. —É melhor prestar bastante atenção nessas suas palavras, meu amigo.

   Antes de sair andando confiantemente atrás de Julia ele fez questão de mandar uma piscadela junto com um sorriso conspiratório para mim. Que eu até tinha entendido o significado, mas decidi que não queria raciocinar totalmente o significado por trás deles na minha cabeça. Não queria pensar que tinha algum tipo de poder sobre Júlio...

—Eu vou subir...

   Me levantei pronta para ir quando Júlio ao meu lado se levantou também e antes de eu dar um passo ele já segurava meu pulso. E mais uma vez foi impossível não sentir o pequeno choque que surgiu com o contato de sua pele na minha.

—Vêm comigo. —ele pediu me encarando e eu sem o meu próprio consentimento assenti.

   Qual era o meu problema em pensar quando Júlio estava me tocando ou me encarando como agora?

   Não sabia qual era o problema e agora não seria o momento para descobrir, já que caminhando calmamente atrás dele eu tentava acalmar meus nervos. As milhões células no meu corpo tinham no mínimo uma dose de ansiedade! Eu não conseguia parar de pensar em amanhã e de como a minha parte seria essencial! Se eu fizesse algo errado, além de Marisa continuar lá presa, eu também ficaria e não poderia mais ajuda-la...

—Aí! —praguejei quando bati nas costas de Júlio, que havia parado e eu tão perdia nos meus pensamentos ou nervos que nem tinha percebido.

—Você parece prestes a ter um ataque de nervos em... —ele começou assim que virou para mim e analisou meu rosto por alguns segundos. —3...2...1.... Agora!

—Ah, pelo amor né?! Você realmente vai ficar aí contando quando eu vou um colapso nervoso?! —me revoltei por sua contagem. —Olha aqui seu...seu....

—Seu...? —ele incentivou abrindo aqueles olhos esperando pela a minha resposta... 

   Que não venho!

—Arhg! Eu estou uma pilha de nervos! —lamentei. —E você não está ajudando!

—E como eu poderia te ajudar?

—Não sei. —eu disse derrotada. Não sabia o que fazer para parar os pensamentos de que tudo poderia dar errado amanhã. —Você tem algum calmante que me ajude dormir hoje?

   Duvidava que conseguisse dormir está noite pensando que o dia que tanto eu tinha esperando, tinha finalmente chegado.

—Não. É mesmo se tivesse não daria um para você. —ele retrucou e levantou a mão quando eu iria replicar indignada. —É por isso que eu quero que você venha comigo.

   Ele abriu uma porta da qual eu nunca nem tinha visto ou talvez tenha?

   Mesmo sem entender passei por ele é comecei a descer as escadas que se seguiram assim que atravessei a porta.

—Me diga que vai ter um fim nessa escada e que esse fim não será ruim ou doloroso para mim. —tentei brincar já que não conseguia enxergar nada. Se não tivesse o corrimão que a minha mão esquerda segurava mortalmente, eu acho que já teria encontrado o final dessas escadas de um jeito nada bom.

—Calma. —acalmou Júlio ao meu lado descendo os degraus sem nenhuma dificuldade aparente. —Confia em mim...

   Senti sua respiração tocar meu ouvido quando ele soltou suas últimas palavras. 

   Droga

   Isso realmente não estava ajudando a descer essa interminável  escada!

   Mas eu já confiava nele até demais, então não estava realmente preocupada com o que eu encontraria no final desses degraus.

—E chegou! —felicitou Júlio quando ouvi ele saltar ao meu lado. 

   Parei de imediato quando ele saltou. Fiquei com medo de dar um passo para morte, já que o salto pareceu distante.

   Antes que eu pudesse fazer qualquer movimento senti mãos fortes na minha cintura.

—Você pode soltar o corrimão se quiser.

   Sem pestanejar soltei e repousei minhas duas mãos em seus ombros, que aparecerem imediatamente ao encontro delas. E por fim deixei que as mãos que seguravam minha cintura, e causavam algumas sensações em meu corpo, me erguer do chão por alguns segundos antes de meus pés encontrarem o chão firme novamente.

—Acho, que obrigado por isso. —meio que sussurrei quando desci às minhas mãos dos seus ombros pelos seus braços fortes, que ainda estavam ao meu redor. 

    Mesmo no breu que se encontrava aquele lugar , me senti minúscula em relação a ele. Mas isso não me causou mais do que certa atração, que eu já sentia fortemente por ele.

—De nada. —disse ele no mesmo tom sussurrado que eu havia dito. —Eu vou acender a luz...

   Ele invés de me soltar e ir fazer o que ele havia dito. 

   Se aproximou mais ou eu me aproximei? 

   Deus! Nem meus próprios movimentos eu consigo discernir mais?!

—É uma boa ideia você fazer isso! —eu disse tomando o controle do meu corpo novamente e dando um passo para trás escapando de suas mãos quentes em meus quadris.

   Ouvi seus passos se afastarem de mim e uma luz tomar o lugar e me cegar por breves segundos. Quando tudo se tornou perfeitamente visível me deparei com um cômodo grande e com acessórios no mínimo peculiares. Até mesmo tinha uma porta preta do lado oposto onde nos encontrávamos.... Parecia até um estúdio para atirar... E sim, era um lugar para atirar mesmo, constatei.

—Homens normais teriam uma televisão gigantesca na parede para assistir pornografia é uma mesa de bilhar em seus porões...—eu comentei quando olhei de volta para Júlio que se encontrava apoiado com os tornozelos cruzados perto de uma mesa cheia de facas, adagas e tudo pontiagudo, que de encontro com as luzes florescentes se tornavam brilhantes. —E não um cômodo de preparação para guerra!

   Virei para trás e vi as escadas iluminadas pela mesma luz que iluminava tudo ao redor. As escadas seguiam até a porta lá em cima que tinha um interruptor perto da porta. E sem falar que quando se faltava cinco degraus para o chão de concreto fino e branco, ela virava para o outro lado deixando uma parte aberta e sem corrimão. Isso explicava o salto de Júlio...

—Você sabia exatamente que tinha um interruptor lá em cima, né? —eu virei na direção de Júlio apontado para cima. —E que me fez descer essas escadas medonhas sem a luz necessária! Eu poderia muito bem ter dado um passo para a morte.

—Você não teria. Eu estava do seu lado o tempo todo. E bem, eu queria ver o quanto você confia em mim. Porque não é todo mundo que aceita passar por uma porta escura sem saber o que se espera do outro lado. —ele sorriu mostrando uma covinha e eu revirei os olhos e tratei de cruzar os braços me recusando a acatar seu teste.

   Mas tudo bem! Eu tinha aceitado sem nenhum momento questionar. Mas o que se pode fazer quando você está sob os olhos quentes e enigmáticos, de um lindo homem que faz você sentir muitas coisas ao mesmo tempo? Eu te respondo: Nada!

—Para que exatamente você me trouxe aqui? —eu me aproximei de onde ele estava e fiquei olhando impressionada para a mesa e seus objetos fatais.

—Escolha uma. —ele apontou para todas as faquinhas e facões que se misturavam na mesa. —Eu sei que você perdeu seu canivete naquela noite... —vi ele respirar como se o pensamento daquele dia causasse tanta revolta nele, quanto nojo e uma pequena dose de medo que David tinha causado em mim. —Bom, você vai precisar de uma para amanhã. Então por que você mesma não escolhe uma?

   Ele continuou me olhando calorosamente com aqueles olhos pingados de um dourado, que eram completamente lindos e incomuns. O jeito caloroso que ele me olhava trouxe uma vermelhidão as minhas bochechas. 

   Notável, é claro. 

   O frio daqui só me deixava mais pálida. Eu segurei mais um pouco seu olhar, mas acabei desviando quando um a pontada de luxúria se pôs a ficar visível neles. Não queria ter que comparar a luxúria que começava a aparecer em mim também.

—Acho, que vou escolher essa... —comecei a passar a mão por cima tomando cuidado é claro, com as lâminas. —Aqui!

Peguei a adaga média que se encaixa perfeitamente e mim mão. Ela tinha o punhal preto com alguns símbolos espirais e sua lâmina prata lisa e fina. Não duvidaria se partisse no meio um fio de cabelo, como nos desenhos animados.

—Ótima escolha. —ouvi ele dizer. — Agora vêm aqui.

   Segui atrás dele ainda segurando a bela adaga. Parei quando ele parou em meio onde lá na frente se encontrava alguns alvos vermelhos.

—Você não quer que eu acerte um daqueles alvos, né? —perguntei apontado adaga na direção dos alvos.

—Não. Você não precisará ter uma aula dessa hoje. Você só ameaçara Alexander, e não precisará acerta-lo a distância. Só quero ver se você consegue dominar a adaga para usa-la sem causar um corte em você mesma. —seu jeito simples, direto e bem profissional não combinava muito bem com seus olhos, que ainda continham lá no fundo uma pontada de luxúria.

—Acho, que não vou conseguir fazer nada com você aí na minha frente. —acabei dizendo.

   Ele assentiu e um sorriso quase entrou em seu rosto enquanto ele saía da linha de frente da minha visão. Me concentrei o tanto que pude em pegar a adaga do jeito, que juguei ser certo, e aponta- lá para frente. Antes que eu pudesse perguntar se desse jeito eu não causaria um corte em mim e sim no meu oponente, senti um corpo se aproximar de mim por trás. Senti meus pelos eriçarem ao sentir as mãos de Júlio deslizarem pelo meu braço e descobertos, já que uma regata azul tinha sido a minha escolha rápida de hoje, até chegarem na minha mão que segurava adaga.

—Desse jeito.... —ele disse baixo e aos meus ouvidos soou totalmente sensual. —.... Você domina melhor e não soltará tão fácil...

   Isso com certeza não era a ideia que eu tinha para me concentrar...

*♥*♥*♥*♥*♥*♥*♥*♥*♥*♥

   Algum tempo tortuoso depois estávamos finalmente na porta do quarto, onde eu não via a hora de me jogar na cama e só acordar pronta e disposta para realizar o regate de Marisa. Júlio tinha me dado uma aulinha básica sobre como usar definitivamente uma adaga.

   Se essa era a básica temia conhecer a avançada!

   Além de me dar uma arma na minha mão e me deixar, do jeito certo dar alguns disparos. Não seria da noite para o dia que eu aprenderia atirar precisamente, mas era um bom começo. Amanhã ao entrarmos no subsolo da casa de Alexander seria bom eu ter uma leve noção de como segurar uma arma e se necessário atirar.

—Acho que não precisarei, afinal, de um calmante para dormir. —eu encostei minha cabeça na parede e fechei os olhos por alguns segundos.

   Abri os olhos para verificar se Júlio ainda estava ali há alguns passos de mim. E sim, ele ainda estava lindo e quente bem ali ao meu alcance.... Tinha perdido as contas quantas vezes nessas últimas três horas tinha me reprendido por pensar coisas inapropriadas com Júlio tão perto de mim. E eu não soube se era para me torturar todas as suas aproximações e mãos bobas! Não que eu não tivesse adorado...

—Posso pedir uma coisa?

—Peça. —ele respondeu dando de ombros com as suas mãos que se encontravam dentro dos bolsos de sua calça escura.

—Me abrace está noite... —eu disse antes que um pensamento me impedisse. Eu queria tentar dormir com a calma que ele me passou nessas últimas horas. —Juro não te atacar! —brinquei enquanto olhava ele se aproximar de mim calmamente e abaixar a cabeça de lado.

—Não estaria preocupado em você me atacar...mas sim ao contrário. —senti um o aquecimento familiar em minhas bochechas e todo o meu corpo com suas palavras.

—Eu confio em você. —sussurrei.

   Com um sorriso convencido de lado ele se abaixou capturou minha boca em um beijo casto delicado. Mas antes que eu pudesse colocar todas as minhas últimas energias naquele beijo ele afastou seus deliciosos lábios dos meus, mas não se distanciou o corpo do meu.

—Irei te abraçar está noite...


♥*♥*♥*♥*♥*♥*♥*

Ooow Também quero um abraço kkkk

Espero que tenham gostado desse capítulo e que estejam preparados para o próximo, onde a primeira parte do regaste de Marisa será realizado *o*♥

Obrigado, e até sábado!

Many Kisses



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