Autorização Para Amar | Kai H...

بواسطة Beldaluaz

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Após uma vitoriosa e consagrada carreira em sua terra natal, os Estados Unidos da América, a bicampeã mundial... المزيد

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بواسطة Beldaluaz

"O coração como inimigo da razão, nos faz perder a chance de viver aquilo que é confortável, para viver o fervor da fantasia"

Assim que chegaram em Londres, já tinham que se preparar para o treino no dia seguinte, Dasha aproveitou para pensar em tudo que aconteceu.

Foi bom que ele conheceu sua família, mas sua intenção com aquilo era que ele se assustasse e decidisse se realmente quer ficar, não é todo mundo que aguenta a família por amor, ainda mais tão cedo assim, em seguida na Alemanha quando ela decidiu por ter mais intimidade com Kai, novamente pensando, que se ele quisesse apenas isso já teria tudo para sair fora.

Mas nada, ele não aparenta ter um momento em que vai querer dizer para as pessoas ao seu redor o que são e não gosta de ser cobrado por isso para proteger Sophia, Dasha só não entendeu o porquê, ele não parece ligar para o quão estranho é para ela ter que mostrar seu telefone quando ele quer por ciúme, mas não poder sequer andar de mãos dadas.

Nunca se achou grudenta nem nada do tipo, mas também reconhece que algumas coisas são básicas.

O fato dele não a apresentar devidamente para seus próprios amigos e a estranheza deles com isso, fora as vezes que ele se esquivou, a faz pensar.

Kai é inconstante.

Ele sabe o que quer, o que precisa, mas não sabe executar, se desespera e no fim, não faz nada.

Não é o jeito dele, já viu fotos dele e de Sophia o suficiente para saber, que Kai, não é esse tipo de pessoa, já o viu com os rapazes pessoalmente e em fotos o suficiente, para saber que ele não é assim.

Ela não entraria nisso sem procurar um pouco sobre ele.

Relacionamentos devem ser equilibrados, ser o ponto de equilíbrio e bem estar na vida, um porto seguro, um lugar para ser você mesmo e descansar, alguém para confiar, alguém para sonhar ao seu lado e se você não tem isso, precisa desenvolver ou pular fora simplesmente.

E com esse pensamento em sua mente, parou o carro no estacionamento sem perceber Kai do seu lado segurando a porta, ela acabou por dar um pulo de susto.

"Desculpa se te assustei" Ele sorri fraco.

Ela apenas concorda, indo até a outra porta e pegando suas coisas.

"Daqui 15 minutos será que você pode subir na sala da Ann ?" Ele questiona com a voz meio nervosa.

"Claro, eu invento uma desculpa para Emma" Dasha afirma trancando o carro.

Ela esperou que ele andasse, mas ele ficou ali parado.

"Eu pedi para ela nos atender, então eu também vou estar lá" Ele avisa aparentemente inquieto.

"E você já falou com ela ?" Ela questiona.

"Falei algumas coisas" Ele afirma fazendo ela entender.

Dasha bateu na porta de Ann, por alguns segundos se perguntando se vale a pena.

Rapidamente a porta foi destrancada e ela abriu para que Dasha entrasse.

Ann se sentou em sua cadeira e Kai preferiu ficar em pé, observando os enfeites.

"Dasha me diga o que está acontecendo" Ann pede.

Dasha assim fez, Ann pacientemente ouviu Kai apenas a observou de canto.

"Ele me disse exatamente a mesma coisa e isso é bom, porquê não temos desacordo narrativo, significa que nenhum aparentemente escondeu nada ou inventou para se proteger" Ann afirma.

"Dasha eu vou ser franca, Kai criou uma fantasia na cabeça dele, que se ele se relacionar com qualquer outra pessoa, será uma traição com Sophia, talvez pelos muitos anos juntos, talvez pela falta de confiança ou talvez pela dependência emocional que ele tem por ela, não sei se ele já falou sobre isso com você" Ann revela fazendo Kai se remexer e Dasha negar.

"Muitos acham que dependência emocional é algo banal ou simples, mas não existe nada simples nisso, precisa ter um apoio de amigos e família muito grande e terapia para conseguir sair disso, por isso não pense que é fácil" Ela pede.

"Bom eles chegaram aqui de outro país, sem saber bem o idioma, sem saber onde morar, os melhores lugares, os costumes enfim, tiveram apenas um ao outro, no meio de pessoas desconhecidas, um país desconhecido, um universo desconhecido, Kai teve a maior conquista até o momento de sua vida ao lado dela, teve o maior crescimento e amadurecimento ao lado dela, algumas pessoas simplesmente não ligariam e terminariam para ir atrás do que algumas pessoas dizem, pessoa a altura"

"Mas Kai preferiu ficar com ela sobre qualquer circunstância, a colocando em uma nuvem de problemas e descontando nela tudo de negativo que acontecia no dia, quando ela fez as malas e foi embora, ela se desprendeu dessa situação, mas ele não, Sophia provavelmente está bem, mas ele não, ele finge, Kai sabe fingir muito bem" Ann revela.

"Ele olha para tudo e vê ela, ele olha os cachorros e se lembra dela, ele vem para cá e se lembra dela, ele se deita e se lembra dela, ele vai jogar e se lembra dela, não que ele não goste de você, mas dias antes de tudo acontecer ele esteve no meu consultório, afirmando com unhas e dentes que a culpa de tudo isso era sua, depois que ela foi embora fez o mesmo" Ann fez Kai ficar agoniado e Dasha o encarar.

"Ao invés de resolver isso primeiro e depois tentar alguma coisa com você, ele foi impulsivo e foi atrás de você, ele não parou de te associar com uma coisa ruim, ele não deixou de achar que você tem culpa por isso, Dasha ele te trata como amante porque na cabeça dele, você é a amante" Dasha o mediu.

Nenhum dos dois teve coragem de dizer nada.

"Eu sei que a verdade dói mais é a verdade, vocês só precisam resolver isso juntos, se quiserem ficar juntos, se não vocês tem todo direito de terminar, Dasha segue a vida dela e Kai vai tratar esse problema" Ann propõe.

"Vamos resolver isso" Kai afirma.

"Eu preciso ir" Ela ajeita seu cabelo.

Apenas se levantou destrancando a porta, Kai olhou na direção dela e vendo que realmente ela saiu se sentou na cadeira de frente para Ann.

"Ela não gostou" Ele a encara.

"Ninguém iria gostar" Ann retruca.

"E agora ?" Ele questiona.

"Precisa se perguntar se realmente gosta dela e se sim, mostre, se não, apenas termine lembra que em uma consulta eu te disse que você está apaixonado, paixão é perigosa Kai, ela desaparece muito rápido e é muito intensa, depois que some não tem mais o que fazer, ainda mais nesse caso, você agiu feito louco atrás dela, com fotos, fatos, datas, curiosidades para agora que finalmente está com ela, pelo que você me fala, perdeu a graça, não a torture se um dia gostou dela, deixe ela ser feliz e vai ser feliz, ela está fazendo o que você quer, ela está cumprindo com suas exigências e ela não pediu nada demais, ela apenas quer que você diga que estão juntos, segure a mão dela" Ann pede.

•••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••

Ainda naquela tarde Kai a chamou para ir naquele mesmo café de dias atrás, Dasha ficou receosa, até porque na última vez, ele preferiu ficar falando em alemão com alguém.

Ela se sentou em uma mesa ao lado da janela, enrolando uma mecha de seu cabelo enquanto o espera.

Ele surgiu ao seu lado, mas paralisou com um flashe.

Paparazzi.

Kai rapidamente pegou seu corta vento, antes solto em sua mão e jogou em Dasha para tentar a cobrir ela, que não entendeu nada, puxou rapidamente o objeto olhando para ele.

"Que merda é essa ?" Ela questiona impaciente.

"Um paparazzi se esconde e vamos correr" Ele avisa.

Dasha o encara sem acreditar.

"Não obrigada, se quiser correr fique a vontade" Ela afirma, vendo Kai de fato desaparecendo do estabelecimento, empurrando algumas pessoas que fizeram questão de reclamar.

Ela olhou para janela, vendo um homem com a câmera e uma camisa e calça estranhos, como se quisesse se camuflar.

Ela pegou o corta vento o dobrando bufou e se levantou, saindo do estabelecimento.

Deu exatamente de cara com o paparazzi que aproveitou.

"Porque você e o Kai Havertz estavam na cafeteria juntos ?" Ele questiona.

"Temos horários de intervalo parecidos, jogamos no mesmo time, qual o problema em tomar café com alguém que eu vejo todo dia ?" Ela fala a primeira coisa que vem a cabeça.

"Porque ele correu ?"

"Ele não tem muitos motivos para querer estar sendo fotografado"

"Sabe qual a situação dele com Sophia Amélia ?" O homem questiona, Dasha pensa bem e bufa decidindo falar algo que no fundo ela teme ser verdade.

"Estão tentando reatar, mas tá sendo difícil estamos todos na torcida" Ela dá seu melhor sorriso falso.

O homem concorda satisfeito.

Não demorou muito para a notícia ter se espalhado pelos tablóides ingleses e alemães, fazendo uma boa quantidade de amigos e familiares irem atrás de Kai, saber a respeito.

"Eu não sei quem foi falar isso" Ele comenta abrindo a porta de seu apartamento.

É a primeira vez que Dasha foi convidada a ir, justamente porquê Kai vai se mudar desde os últimos ocorridos não conversaram.

"Eu falei, aquele paparazzi perguntou sobre nós pensei que você fosse preferir assim do que alguém suspeitando da gente" Ela afirma.

Kai apenas a observa, viu o perigo de sua fala, se ele concordar vai ficar claro que seu problema está em estar com Dasha e se ele negar, ela provavelmente vai questionar porque ele ainda não tornou aquilo público.

Não tiveram chance de falar sobre nada e ele sente que ela não está com o melhor humor, desde o incidente na cafeteria.

Pelo menos o mais importante, que seria seus cachorros gostarem, aparentemente deu certo.

"Que bom que gostaram de você" Ele resmunga vendo ela acariciar um deles.

"Acho que você tem que ser uma pessoa bem desagradável para um cachorro não gostar de você" Ela fala rindo da felicidade do animal em receber carinho.

"É porquê eles estão acostumados com a Sophia" Kai fala no automático, se cortando e encarando ela que imediatamente se levantou saindo de perto dos três.

Um silêncio encômodo invadiu o ambiente.

"Bom vamos, eu já tirei bastante coisa mais deixei as coisas pequenas por último, tem umas duas caixas em cada cômodo, para colocar o que é de cada cômodo nelas" Ele comenta.

De fato sofá, mesas, estantes não estão mais ali.

Ela subiu as escadas atrás dele, vendo o que restou, Kai não parece gostar muito de cores vivas, pelas fotos penduradas pelo apartamento adora animais, em algumas ele está em uma fazenda, em outras em um hospital com algumas pessoas e outras em o que parece ser um orfanato.

Até onde ela se lembra, ele nunca comentou nada sobre.

Parou bruscamente, acabou se distraindo com as fotos sem perceber que já tinham chegado no quarto, ele abriu a porta e acendeu a luz, apontou para as caixas.

"Aqui estão, mas eu queria falar com você primeiro" ele pede fazendo sinal para ela entrar.

"O que foi ?" Conversar agora ? Bom por isso ela não esperava.

"Eu quero saber se você ainda quer continuar comigo, porque eu quero, mas pelo que ouvimos da Ann, não sei, talvez você não queira mais" Kai a encara atrás de uma resposta.

"Só estou aqui, porquê eu quero Kai, eu vou tentar, mas eu preciso que você pare de falar dela, eu não tenho o menor problema com ela, mas cada vez que você fala o nome dela, você se lembra e fica mais difícil de esquecer e eu acabo magoada" Kai sente um alívio, se ela quer tentar já é uma ótima notícia.

"Eu vou me esforçar" Ele garante se aproximando dela.

Passou os braços por sua cintura, aproximando seus corpos mesmo Dasha não parecendo muito a vontade, aproximou seus rostos, seus olhos se encontraram e ele percebeu a confusão nos olhos dela e acima de tudo o desconforto e ele sabe bem por que, já que a evitou a dias, selou seus lábios logo sendo afastado por ela.

Ele entendeu o recado, certas coisas não podem acontecer só quando ele quer.

Ele saiu do quarto, ela se virou para o guarda roupa para começar a retirar as coisas, arrastou a porta vendo que não tem tanta coisa assim, esticou seu pé para pegar algumas caixas e pelo barulho deve ter jóias.

Apenas as colocou na caixa separada, duas mochilas que ela também não abriu foram direto para a caixa, alguns livros e cadernos também forma direto para caixa chegando o momento das prateleiras. A curiosidade é grande, mais prefere não descobrir nada sobre Kai por enquanto, já basta o que estão passando. Pegou os enfeites e quadros, mas para sua surpresa o pesadelo está no banheiro, não sabia que Kai é tão vaidoso, ele tem um armário inteiro de cremes e perfumes de todo tipo e para toda ocasião, suspirou buscando a caixa, com certeza precisaria de cuidado, afinal boa parte é de vidro.

Entre tantos vidros automaticamente e colocou um na caixa, o pegando novamente, é seu perfume, mas como ele sabe e se for de Sophia que ela deixou ali.

Bufou o colocando na caixa de novo.

Se levantou pegando a caixa e a colocando no canto.

Aparentemente acabou, apenas resta vasculhar o cômodo e passar para o próximo.

Aquele era o quarto deles não foi difícil saber, as paredes contam histórias e isso não é mentira, no canto perto do guarda roupa, quase imperceptível ela viu uma mancha de batom, se aproximou vendo que a mancha na verdade é um coração com k+s.

"Um belo lugar Kai" Ela resmunga.

Abriu novamente o guarda roupa, se deparando com uma porta no fundo, que com certeza não é um cofre, se agachou a abrindo com um leve puxão, a porta retangular ficou parada, exibindo algo um tanto quanto estranho, uma bolsa preta enorme.

Dasha se levantou, indo até a porta vendo se Kai não se aproxima, assim que viu o corredor vazio, fechou a porta e voltou até o guarda roupa, colocou a mão sob o tecido para tentar saber o que é, mas deu um pulo retirando rapidamente, aquilo é estranho porque esta tão escondido.

Dasha começou a suar frio, que merda é essa ? Se perguntou. Puxou forças de onde não tem para descobrir, logo agarrou o saco o puxando para fora, abriu o zíper não pensando duas vezes.

Jóias, anéis, brincos, pulseiras, colares, broches, cartas, maquiagem e até mesmo perfumes, não precisa ser muito inteligente para saber de quem é.

Espirrou um pouco do perfume em seu pulso, sentindo o cheiro de café com tom amadeirado.

Fechou a bolsa e a guardou novamente onde estava, fechou o guarda roupa e desceu indo de encontro a Kai.

"Está tudo nas caixas" Ela avisou.

"Obrigado" Ele agradece simples.

Ela se escorou em uma cadeira

"Você tá pronto para sair daqui de verdade, deixar tudo que aconteceu, deixar o sentimento para trás, as mágoas, eu entendo que é um processo, mas você precisa entender que tem que se esforçar para disso" Ela afirma o medindo.

"Sim, eu vou que cheiro é esse ?" Ele questiona se aproximando.

"Te lembra alguma coisa ou alguém ?" Ela pergunta, Kai encarou os olhos castanhos da garota os olhos nunca mentem.

Ela é ardilosa e aquilo é uma armadilha.

"Eu..." Kai foi calado por uma ligação, seu telefone começou a tocar insistente.

Ele não atendeu, nem respondeu Dasha que ainda o encara.

"Não vai atender ?" Ela questiona.

"Vou" Ele concorda.

"Quem é" Dasha o encara ele estremece.

"Número desconhecido, por quê esta tão interessada ?" Ele questiona se defendendo.

"Você que tem a mania de precisar olhar telefone, mensagens, mas quando eu pergunto é errado ?" A tranquilidade de Dasha começa a fazer Kai ficar ainda mais agitado.

Ele a ignora, atendendo a ligação. Mas a primeira palavra que ele pronuncia em inglês logo é corrigida para alemão e o nome em seguida, é claro em qualquer língua.

Dasha esperou ele terminar.

Kai colocou o telefone na bancada e evitou se virar na direção dela.

"O que ela quer ?"

"Ela não é como você, independente ok, ela precisa de mim, ela é só uma garota indefesa, uma menina, eu não posso abandonar ela assim, ela não sabe se virar, você já é madura o suficiente e para entender" Ele começa a atropelar as palavras.

"Vocês são diferentes, Sophia não era bruta, nem mandona, ela era fina, não perde a cabeça por qualquer coisa, diferente de você que me ataca"

"Porque você tá tão tenso, eu só perguntei o que ela quer" Dasha afirma.

"O perfume é de quem ?" Ela pergunta.

"Dela"

"Eu acho linda a forma como você trata ela, como se fosse um ser iluminado, que precisa ser zelado, como se fosse seu maior bem e me trata como se eu fosse um estorvo, que precisa ser escondido"

"Dasha.."

"Kai" ela se aproxima, tentando pegar sua mão, mas ele desvia e se inclina para trás, sem olhar para ela.

"Vai ser feliz com ela" encarou o chão, colando seus próprios lábios, para não ser capaz de falar mais nada, puxou o anel prata com uma fina e delicada fileira de pedras e deixou sob a bancada.

Kai não pestaneja, não a olhou, não suspirou, apenas esperou que a porta fosse fechada e o motor do carro ligado, indicando que ela já está longe.

O jogo dos rapazes contra o Real Madrid chegou e não foi surpresa para ninguém a eliminação, ao mesmo tempo que pareceu que tentaram lutar, já que seria a única chance de um troféu na temporada, pareceu que o estádio inteiro estava apenas aguardando a derrota, apenas queriam saber como aconteceria.

Por mais que já soubessem, aquilo foi doloroso para o coração já ferido dos blues, foi doloroso para equipe de marketing, para a comissão técnica que já tem os dias contados, todo trabalho e esforço foram em vão, foi para os funcionários que tanto lutaram pelo temporada e foi doloroso para o ego dos jogadores, um ano de trabalho, treino, investimento jogados no lixo, três técnicos, milhões em salários, novos jogadores, um novo dono, Todd como um bom empresário bilionário de sucesso, sabe que as vezes tem que perder dinheiro para conseguir mais dinheiro.

Mas aquilo no Chelsea já está passando dos limites, ele mesmo pessoalmente viu o jogo e fez sua aposta, conversou com os jogadores antes do jogo, mas nada surte efeito no time, seja técnico novo, jogador novo ou aumento de salário.

Talvez sejam apenas um novo Tottenham.

Prometeram para ele um dos melhores times na Europa, o investimento da sua vida, o time que mais cresceria em 10 anos, que teria os principais talentos das ligas européias, ele que não fazia ideia de como é o mercado do futebol, apenas sabe que lucraria muito.

Mas são muitos desafios.

Liderar uma equipe de milagres, de funcionários espalhados na Europa, desde base espalhadas de crianças, até administradores para lidar com jogos e torcida.

Contratações e gastos, desde a pessoa da faxina até o mais novo atacante, algo que por um motivo, sua equipe de finanças e matemática faz questão de o tirar do sério, com reuniões semanais.

Escândalos na mídia, que até agora deram muito entretenimento, já que sempre amou uma fofoca, até ver o caos se instaurar, após Ben ficar saidinho demais em uma balada.

E o que mais o trás felicidade, o time feminino, o vestimento delas é minimo e mesmo assim, elas entregam tudo que conseguem.

Abramovich, sem sombra de dúvidas foi um dos melhores donos de equipe feminina, sempre investiu sem medo, tratou como prioridade, foi próximo, sempre falou sobre seu time dando ênfase, que o futuro do clube seria o que chamam carinhosamente, Chelsea Ladies.

Quando Abramovich chegou, tratou de trazer Emma do Arsenal, para o inimigo mais forte de Londres, naquela época quase vinte anos atrás, futebol feminino não tinha público, crianças brincando em um gramado tinham mais torcedores.

Durante seu tempo viu que passaram a jogar para 100 pessoas e um cachorro, como ele gostava de falar, depois de uma péssima experiência. O investimento foi aumentando e com apoio de Emma, forçaram cada vez mais tornando hoje o time forte tão forte, que consegue disputar finais de Champions, tão forte que consegue lotar um estádio sem torcida organizada, apenas os torcedores mais fanáticos, porém que se sentem intimidados de acompanhar os meninos pelo clima hostil.

Nessa semana Todd está ainda mais nervoso, as meninas enfrentariam o Barcelona novamente, sem Erin graças a penalidade por jogar medicada contra o Lyon e não avisar sua técnica ou médicos responsáveis, se colocando em risco e sem Melanie, que ainda se recupera do nariz.

Duas semanas se passaram desde a confusão na casa de Kai, ele sabe o que aconteceu, como e porque. Sophia apareceu, perguntando como ele está, o emprego que conseguiu na Alemanha tem ajudado e ela está tentando continuar a vida como influencer, já que pelo visto como modelo não teria mais oportunidade, tem conseguido se virar, apesar de os comentários das pessoas serem maldosos, não tem mais as jóias, as bolsas, nem as roupas, é sim muito orgulhosa e engole calada os comentários.

Mas sua melhor amiga, namorada de Timo, a disse algo estranho, que Kai quer falar algo, o que exatamente ela não sabe, mas resolveu ligar.

Desde então Kai não falou com Dasha e ela não falou com ele se toparam no estacionamento mas Kai fingiu que não vou anda.

Dasha até foi escondida, falar com Ann, mas o que a médica falou foi claro.

"Eu te avisei que ele não ia esquecer, agora você entendeu o quão desafiador é lidar com essas pessoas"

Dasha por mais que se sinta mal por tudo não se deixa abalar talvez seja um defeito na vida de atleta as vezes você tem mais decepções do que felicidade então já está acostumada e com a inconstância de Kai e de acordo com Ann talvez ele a procucere talvez não.

De certa forma ele a lembra sua mãe, mas por sorte ele não tem o mesmo humor que ela, já sofreu muito com o humor dela e suas crises, até aprender a viver com pessoas assim, por pior que fosse, nada é pior do que viver com as emoções de um bipolar, ainda mais quando o bipolar tem o dever de te criar e amar.

Mas ela não podia imaginar que logo, passaria ali gratuitamente, apenas para provocar.

"Cuidado com onde essa bola vai parar, não dá meninas jogam como meninas"ele ri dando um soquinho no ombro de.

Dasha respirou fundo, se fosse em outra ocasião já estaria chutando as bolas dele, mas resolveu lidar de uma forma melhor, não vai perder sua razão.

Descobriu que Lampard, adora saber o que seus jogadores fazem quando não estão sob seus olhos, talvez a melhor forma seja colocar a boca no trombone e já contar de uma vez, tudo que ela sabe que está acontecendo.

Não queria agir assim, como fazia na universidade ou em Chicago mais algumas pessoas só tem noção de seus atos quando as autoridades os questionam e se tem uma coisa que Dasha faz muito bem, é confusão, por isso mesmo arrumou briga com um político, com a organização de futebol americana, com seu ex-técnico e com seu chefe.

Não seria difícil lidar com eles.

Sua mãe avisou que chegaria no dia do jogo com seu país e irmãos, aquela foi uma ótima notícia, principalmente depois de tudo que aconteceu com Kai.

A única coisa estranha, seria tentar explicar por que não estão juntos, ela imaginou e de fato foi.

"É mais saudável dar esse tempo, não estava dando certo e eu não quero estar com alguém que me esconde das pessoas próximas a ele, ou sei lá, do mundo" Ela disse simples, batucando os dedos na caneca de chá, o melhor é evitar alguns detalhes, se um dia voltarem, Kai precisaria ser bem recebido de volta e sabe que eles já não tem facilidade em gostar de pessoas.

"Pelo menos você tentou" Arcadia remunga.

"Mas e vocês como estão ?" Ela questiona, o silêncio foi ensurdecedor, começaram a trocar olhares entre si e se mexer, Dasha ergueu a sobrancelha sem entender nada, deixando Arcadia ainda mais nervosa.

"O que importa é que minhas Tupperware, estão bem" Arcadia afirma alto, assustando Dasha que não entendeu nada.

"O que tem suas Tupperware ?" Questiona intrigada.

Arcadia encara Lisandra e ambas passam a encarar o chão, ao invés da garota, talvez assim seja mais fácil não falar nada.

Talvez Dasha não precise saber, certo ?

Dias atrás

"Joe é como eu disse, a torta estava maravilhosa, mais aqui tem essa de framboesa, também é boa" Arcadia afirma já cansada das lamentações.

Joe desolado, encara o prato vazio e a torta de framboesa.

"O único doce que eu mais amo é torta de cereja, com uma colher de chantilly fresco, isso é maldade" Ele resmunga com um bico e olhos azuis cintilantes, graças ao reflexo do prato de porcelana a sua frente.

"Eu sei querido" Arcadia lamenta, com um pano de prato em mãos, que usou para colocar a torta quente na mesa.

"Dasha veio aqui não é, fiquei sabendo, Elliot me contou, Cincinnati fica do lado, por que ela não foi me ver ?" Joe questiona com um bico, brincando com o garfo, enquanto Arcadia arregala os olhos para Lisandra, que para na hora o que está fazendo e a encara.

Ao perceber ele encara as duas desconfiado.

"Ela estava com pressa, tinha acabado um amistoso e depois tinha que voltar para Inglaterra" Arcadia desfarça.

"Bom eu vou comer essa torta, mas só porque o pé de framboesa foi nosso bebê que plantou" Joe pisca para Arcadia, que sorri sem ar para ele.

"Isso come, ficou maravilhosa" Ela garante.

"Mamacita, você está me escondendo alguma coisa" Joe a encara, enquanto dá sua primeira garfada na torta.

"Eu ?" Arcadia finge estar ofendida do melhor jeito mexicano, suas pulseiras douradas fizeram barulho, enquanto sua mão foi em direção ao peito, fingindo estar insultada e seus olhos castanhos em direção ao chão.

Joe continuou a encarando e Arcadia começou a suar frio, procurando o altar no corredor com os olhos, começando a rezar.

Joe bufou e se levantou, pegando algumas Tupperware e colocando sobre a mesa, pegou sua mochila e começou a colocar elas dentro, Arcadia arregalou os olhos, mas permaneceu quieta até Joe encontrar no armário sua coleção com glitter.

"Tá fazendo o quê ?" Ela questiona com medo.

"Vou levar tudo embora e queimar, já que vai continuar me escondendo" Ele afirma, tranquilamente colocando a mochila cheia de vasilhas ao seu lado, junto de uma sacola também com vasilhas e pegando outro pedaço da torta.

"Não, minha coleção de glitter não, nem se acha mais desse tipo" Ela afirma vendo Joe rir.

"Que pena"

"Ela trouxe o Kai e aparentemente eles estão juntos" Arcadia falou.

Joe soltou o garfo no mesmo momento espantado.

"Sim, ela trouxe aquele louva-Deus alemão aqui, mas eu acho que ela não gosta dele não, só está entediada mesmo, ele é muito sem tempero, não tem nem lado para chegar"

"Eu acho que ela deve ter pensado que o fato de eu ter saído de Londres, significa que voltamos para aquela situação" Ele afirma.

"E não voltaram, vocês não terminaram ?"

"Não, eu apenas fui embora por quê o time me chamou, mas não tem problema, eu tenho um coração enorme senhora Arcadia e eu amo sua filha, tenho certeza que já terminaram essa palhaçada deles" Joe sorri para Arcadia que fica confusa.

"E se não tiverem terminado ?" Ela questiona.

"Então acho bom ele gostar de trisal, porque a Dasha não sabe viver longe de mim, nem eu dela, passamos por coisas muito piores, estamos juntos a dez anos, não vai ser qualquer pé rapado que vai acabar com isso, se ele quiser é assim" Joe afirma tranquilo.

Se levantou colocando de volta cada Tupperware em seu lugar, para alívio de Arcadia, porém do corredor, Lisandra fez sinais nada legais, sim ela não devia ter falado nada.

London, United Kingdom

O primeiro tempo mal começou e Dasha já não está com a cabeça no jogo, o estádio esta muito cheio, gente demais gritando e conversando, aquilo dá uma sensação estranha, quase pânico, principalmente quando olha para cima e vê o mar de gente, sim a festa está linda, mas aquilo começou a deixar ela sem forças.

Pode ser o barulho, com certeza não é acostumada com tanto barulho, já jogou em muito estádios lotados, mais estádios que cantam não, muito menos estádios que reagem com tudo que acontece em campo, para isso ela com certeza não tem preparo psicológico e pôde notar ser apenas ela, já que todas estão focadas.

A quem ela quer enganar, os estádios europeus são diferentes e apaixonados, os americanos apenas apreciam o jogo, nada de cantar ou xingar o time adversário.

As vaias são fortes a cada momento que uma das garotas do Barcelona pega na bola, com certeza um clima hostil e elas precisam disso, já que estão sem algumas jogadoras.

O uniforme está a incomodando em um nível absurdo, o tecido escolhido para os times femininos da Inglaterra foram padronizados e Todd mexeu em alguns detalhes, o tecido absorve todo suor do corpo, fato que elas demoraram para perceber, acreditando que ele apenas era justo demais, com o uniforme colocado no corpo e já não tão grandinho, o desconforto é nítido em parte das garotas, o calção que antes ia até perto do joelho, agora acaba antes da metade da coxa e com o tecido piora a situação.

Apesar de não ser de hoje que estão todas reclamando, não terão solução alguma.

Segundo a organização inglesa de futebol, assim os uniformes ficam mais femininos, apropriados e o tecido seria o mais indicado para esportes.

Foi o combo perfeito para Dasha, os gritos, o uniforme ela simplesmente não consegue se concentrar em nada, não que fosse necessário, já que a bola ainda não chegou muito perto dela.

Durante uma cobrança, Dasha que tentou pular, acabou se desequilibrando e caindo, rapidamente se apoiou para se levantar, mas sentiu algo pisar em sua panturrilha, a pessoa assim que viu, rapidamente tratou de tentar ajudar, mais já é tarde.

Dasha sentiu aquilo irradiar até seu musculo, a sensação de um corte, misturado com uma pressão foi insuportável, a fazendo trincar os dentes, enquanto uma garota a sua frente pergunta o que está acontecendo e o que ela está sentindo, em meio a algumas desculpas.

"Tudo bem, não foi sua culpa" Dasha garante para garota, os dois médicos apareceram já descendo a meia de Dasha.

"Não adianta olhar, não dá para jogar, isso não vai passar, tá doendo demais" Ela afirma ambos se entreolham.

Jogadores não falam isso.

"Eu tô falando sério, não dá" Ela repete, com a mão pressionando a panturrilha.

Lauren passou a mão pelo cabelo, começando a ficar tensa.

O médico estendeu sua mão para a ajudar a se levantar.

Ela ficou em pé, mas assim que deu o primeiro passo, já se abaixou, novamente colocando a mão no local.

"Precisamos de uma maca" Um deles afirma.

"Não precisa, eu não quero sair de maca, eu consigo andar" Ela teimou.

"Então vamos andar lentamente" Ele pede cauteloso.

Com uma careta nada agradável e arrastando um pé, passaram pelo gol andando lentamente pela grama, os aplausos e caretas de preocupação são perceptíveis em todo estádio, Dasha passou por Emma, que se aproximou um pouco.

"Não se preocupe, você vai ficar bem" Ela torce dando um sorriso preocupado.

"Obrigada"

Ao chegar na entrada do vestiário, Dasha ergueu uma mão, agradecendo pelos aplausos, entrou no corredor frio do Stanford bridge.

•••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••

Oi tudo bem ?

Demorei eu sei, em minha defesa eu volto com mais explicações sobre cadê Sophia, a mulher tomou chá de sumiço ein.

Inclusive, os capítulos anteriores passaram por correção de erros beleza ✍️

Não tivemos capa de capítulo por motivo de, minha galeria não tá dando acesso e as fotos todas não aparecem aqui no wattpad.

Pois é gente, Kai precisa se resolver.

Gente eu comecei uma fic de imagines, de tudo quanto é esportes hóquei, formula 1, futebol, basquete, futebol americano então cambada, quem quiser ou gostar de outras coisas, dá uma olhadinha, quem sabe vocês gostam.

Amo vcs 💙

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Você e sua mãe tinham acabado de se mudar para a casa do seu padrasto e foi então que você descobriu que teria um meio-irmão, você só não esperava sa...