Hero of The Story - Tradução

By r_zoldyck1

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Talvez o destino não quisesse que Hermione Granger fugisse. Talvez o destino quisesse que Hermione Granger mu... More

Introdução
Sinopse
Main Cast
Aesthetics
Playlist
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 54
Capítulo 55
Epílogo
Extra 1
Extra 2
Extra 3
Extra 4

Capítulo 53

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By r_zoldyck1

LIII

Oh deus estou tão cansado de ter medo

(Six by Sleeping at Last)

~*~

31 de janeiro de 1981

— Isso é realmente necessário, James?

Ela bufou quando James a empurrou no sofá e colocou Harry em seu colo. Cautelosamente, ela observou enquanto ele rapidamente subia para o lado oposto do sofá e mexia na câmera Wizard, espiando as lentes e ajustando-as conforme necessário até que estivesse satisfeito.

— James...

— Sim, é necessário, — ele respondeu com firmeza, um tom de finalidade em sua voz. — Desde que Harry nasceu, não temos um retrato de família decente, Hermione. É tradição do Puro sangue contratar um fotógrafo oficial para tirar uma foto da família assim que um novo herdeiro nasce, mas vendo como tudo está fodido agora, realmente não podemos fazer isso agora, podemos?

— Linguagem, — ela sibilou, cobrindo imediatamente as orelhas de Harry com as mãos. — Você sabe que Harry ainda não disse a primeira palavra!

O canto dos lábios de James se ergueu em um pequeno sorriso de desculpas. — Desculpe, velho hábito, — ele disse enquanto caminhava em direção ao sofá e se sentava ao lado de Hermione. — Estou tentando o meu melhor.

— Eu vou azarar você se a primeira palavra de Harry for um palavrão, — ela olhou com raiva, fazendo-o sorrir amplamente. Ela então gesticulou descontroladamente para a câmera e acrescentou, — E eu acho que isso ainda é desnecessário, James.

— É tradição, — ele insistiu novamente.

Hermione suspirou e franziu a testa para a câmera. Eles ficaram confinados dentro de casa por um mês e Hermione estava começando a achar que James já tinha enlouquecido. James Potter era um bruxo ativo e aventureiro, afinal. Claro que ele seria o primeiro a ficar inquieto, forçado a se esconder dentro de casa sem ter para onde ir.

— Hermione, — ele aplacou, — vamos lá. Mostre um grande sorriso. Você não quer que Harry veja sua carranca ridícula em nossa primeira foto de família, quer agora?

— Isso é ridículo, — disse ela com petulância. Colocar um sorriso no rosto era ridículo, especialmente considerando a situação deles agora. Tirar uma foto parecia um pouco bobo para a morena.

James abaixou a cabeça e olhou para ela, um sorriso compreensivo no rosto.

— Mostre esse seu lindo sorriso, amor, — ele bajulou. — Por Harry. — Ele estendeu a mão e beliscou levemente a bochecha de Harry, que se mexeu no colo de Hermione e tentou se esquivar do toque de seu pai.

Os olhos de Hermione se suavizaram enquanto ela olhava para Harry. Aos seis meses, ele ganhou alguns quilos. Seu filho ainda exauria os pais, descobrindo novos lugares com sua habilidade recém-adquirida, engatinhar. Era muito cedo para ele começar a engatinhar, embora os livros de bebês que ela usara como escrava durante a gravidez a assegurassem de que alguns bebês começariam a engatinhar muito mais cedo do que outros. James uma vez apontou que Harry tinha os genes dela; é claro, ele começaria a adquirir habilidades que seriam consideradas um pouco avançadas para sua idade.

— Hermione?

Ela balançou a cabeça e suspirou, olhando para James.

— Eu ainda acho que isso é ridículo, — ela murmurou. — Mas... — Ela olhou carinhosamente para o bebê gorgolejante em seu colo e sorriu. — Por Harry.

— Aí está, — James disse, abrindo um sorriso enorme. Ele puxou sua varinha, deu um pequeno aceno e a câmera produziu um suave 'clique'. — A câmera irá piscar na contagem de 'cinco'.

Hermione finalmente dirigiu seus olhos para a câmera e mostrou um pequeno sorriso. Cinco segundos se passaram e houve um pequeno flash de luz, mas é claro, é claro que Harry tornaria isso difícil para seus pais exasperados. Aos três segundos ele começou a se contorcer, estendendo a mão para o novo animal de estimação da família, um gato branco chamado 'Bola de Neve', e quase caiu do colo de Hermione.

A família Potter tirou mais algumas fotos, e depois de doze tentativas e com os pais muito nervosos, James considerou a foto aceitável.

Com outro aceno de sua varinha, a fotografia foi produzida e ele a colocou dentro de um pequeno porta-retratos. Ele sorriu amplamente e deu a Hermione para ela ver.

Uma risada suave escapou de seus lábios. A fotografia em movimento girava várias vezes, de Harry sufocando Bola de Neve enquanto apertava o gato contra o peito. Os olhos castanhos de James estavam brilhando intensamente em diversão enquanto a imagem de Hermione sorria, e então ria às custas de seu pobre gato.

— Você gosta disso?

Hermione deu um sorriso.

— É maravilhoso.

~*~

31 de março de 1981

— Harry, — James gritou exasperado. — Por favor, por favor, coma sua comida.

O menino de oito meses balbuciou ruidosamente palavras incoerentes, seu rosto comicamente contorcido de frustração, enquanto ele começava a jogar vários alimentos em seu peito e, para desgosto de seu pai, no rosto de James. James estava começando a cheirar a comida de bebê, o que reconhecidamente o deixou com nojo depois de tentar uma vez. Por mais que tentasse, ele não conseguiu persuadir Harry a comer a gosma nojenta. James uma vez raciocinou a Hermione que a mistura estranha de várias refeições nutritivas não deveria ser servida a ninguém, nem mesmo a bebês, mas sua esposa garantiu a ele que Harry precisava delas para crescer.

— Você é uma ameaça, — James suspirou, beliscando levemente as duas bochechas de Harry. Os balbucios de Harry ficaram mais altos, como se retrucando maravilhosamente uma boa resposta que deixaria Hermione orgulhosa. James não duvidava que seu vocabulário fosse tão extenso quanto o de sua mãe, mas agora, os balbucios eram uma bagunça incoerente.

Uma leve bufada chamou sua atenção para Hermione, que tinha acabado de lavar os pratos.

— Quando eu pedi para você alimentar Harry, estava esperando que a comida estivesse dentro de sua boca. Não em todos os lugares, mas.

— Ele é uma ameaça, — James lamentou, colocando o pequeno garfo de plástico de volta no prato de Harry. — Eu não sei como você faz isso, Hermione. Eu sou horrível em lidar com Harry.

Hermione riu.

— Você está indo muito bem, amor, — ela assegurou. — Harry é realmente um punhado.

— Mas você cuida dele maravilhosamente, — ele raciocinou. — Estou arrasado nisso.

— Você está indo muito bem, — ela insistiu enquanto caminhava em direção ao par bagunçado. Ela ergueu Harry em seus braços, que então instantaneamente agarrou seus cachos e os puxou alegremente. James bufou com a careta de dor no rosto de Hermione. — Bem, alguém precisa tomar banho agora.

Harry exclamou uma série de gritos felizes, balbuciando mais contra os ouvidos de sua mãe enquanto Hermione os levava para o banheiro.

Antes de cruzar a soleira, ela parou e olhou para James.

— Parece que você também precisa de um banho, — ela ressaltou.

— Obrigado, — James brincou sarcasticamente. — Eu vou limpar depois que você der banho em Harry.

Hermione ergueu uma sobrancelha.

— Por que você não pula para dentro da banheira também? — ela sugeriu, então continuou sua jornada dentro do banheiro.

James bufou uma risada, mas seguiu-os para dentro, mesmo assim.

Hermione já estava acenando com a mão enchendo a banheira com água morna. Ela despejou sabão dentro e depositou um Harry nu dentro da banheira quando havia bolhas por toda parte. Harry, que eles descobriram que adorava tomar banho, já estava batendo palmas animadamente. Seu balbucio alegre aumentou quando Hermione conjurou um anel flutuante invisível ao redor de seu torso, apenas para manter sua cabeça acima da água sem precisar segurá-lo constantemente.

— Entra, James, — ordenou Hermione, ainda com as costas contra as dele enquanto começava a limpar a gosma do rosto e peito de Harry com uma toalha molhada.

O bruxo de óculos suspirou e se despiu. Hermione deu-lhe espaço enquanto ele se acomodava dentro da banheira, com as costas pressionadas contra a borda. Harry estava sorrindo amplamente, oferecendo a ele seu amado patinho de borracha.

Ele silenciosamente observou enquanto Hermione balbuciava para o filho deles, colocando beijos aleatórios em suas bochechas molhadas até que Harry estava uma bagunça risonha. Seus olhos castanhos suavizaram com o quanto ela idolatrava Harry. Ele sempre pensou que ela seria a mais rígida dos dois, mas James já tinha essa suspeita que Hermione estragaria Harry muito, embora ela tentasse o seu melhor para ser uma boa mãe.

Hermione, então, tinha espremido shampoo nas palmas das mãos e gentilmente espalhado pelo cabelo bagunçado de Harry.

— Oh, Harry, mamãe te ama muito, — ela balbuciou com ternura, certificando-se de que nenhuma espuma de xampu caísse nos olhos azuis e claros de Harry.

Os sentimentos pegajosos em seu coração aumentaram. James adorava quando estava assistindo Hermione interagir com Harry. Embora ela constantemente assegurasse que ele estava fazendo um bom trabalho cuidando de Harry, ela era infinitamente melhor do que ele jamais poderia sonhar em ser. Talvez, Hermione já tivesse muita prática como mãe dos Marotos em Hogwarts. Afinal de contas, eles eram um punhado, agindo como um bando de crianças com traços de travessura. Claro que cuidar de Harry não seria um grande problema para Hermione. Além disso, de suas inúmeras histórias sobre Hermione Granger e suas aventuras com seus meninos ridículos, parecia que cuidar de outras pessoas era natural para ela.

Ele tinha ficado em silêncio, contente em assistir Hermione mostrar seu amor pelo filho em suas próprias maneiras. Agora, limpo e sem nenhuma espuma de sabão no cabelo, Harry estava feliz batendo seu patinho de borracha na água, emitindo pequenos sons de prazer maravilhoso que só ele conseguia entender.

— Sua vez, — Hermione disse, os olhos azuis brilhando enquanto ela corria em direção a James. Antes que ele pudesse protestar, ela já estava limpando gentilmente seu rosto e peito com a mesma toalha molhada que usara em Harry.

James se sentiu maravilhosamente macio e bem amado. Ele não tinha certeza de como ele estava agora, mas se ele pudesse dar um palpite, ele provavelmente teria um olhar apaixonado em seu rosto. Ele realmente queria fazer um comentário provocador e sarcástico, apenas para perturbar Hermione, mas não queria perturbar o olhar pacífico em seu rosto, tão aberto e cheio de amor.

Hermione fez o ritual completo que sempre fazia durante o banho de Harry. Ela esguichou xampu nas palmas das mãos e espalhou no cabelo mais bagunçado e grosso de James. Havia uma concentração ridícula em seu rosto, como se o simples ato de passar o líquido escorregadio por cada um de seus fios fosse um teste difícil que ela precisava superar.

Com um sorriso bobo e apaixonado no rosto, ele abaixou a cabeça para mais perto de Hermione. Ela recuou um pouco surpresa, seus dedos ainda passando por seu cabelo cheio de shampoo.

— Mamãe também me ama muito? — ele perguntou descaradamente.

A morena piscou seus olhos arregalados antes de soltar uma risada suave, os cantos de seus olhos enrugando com felicidade genuína.

— Muito, muito mesmo, — ela assegurou.

James riu e pressionou seus lábios contra os dela.

~*~

31 de maio de 1981

Ela mal tinha saído do banho quando James de repente entrou no banheiro, seus olhos castanhos incrivelmente arregalados.

— James! — ela gritou de surpresa. — O que é isso? O que há de errado?

— Harry, — foi tudo o que ele conseguiu respirar.

O pânico instantaneamente tomou conta dela enquanto ela segurava apressadamente uma toalha ao redor de seu corpo. Seu cabelo ainda estava molhado, mas Hermione não se importou. Diferentes cenários passaram por sua cabeça enquanto ela rapidamente seguia James. Harry estava gravemente ferido? Ou, Merlin e Morgana, Voldemort e os Comensais da Morte foram capazes de encontrá-los mesmo quando foram muito cuidadosos?

Seu coração estava batendo descontroladamente dentro do peito quando ela chegou à sala de estar. O chão inteiro estava cheio de brinquedos de Harry. Ela viu Bola de Neve enrolada contra um brinquedo de veado de pelúcia, abrindo um olho azul para olhar curiosamente para os pais em pânico.

Os olhos de Hermione vagaram ao redor enquanto ela tentava ver se havia intrusos em sua casa. Quando ela não viu ninguém, seus olhos imediatamente procuraram Harry. Ele estava piscando como uma coruja para seus pais, uma mão ancorada no sofá. Ele estava cambaleando precariamente, como se fosse cair em sua bunda em breve.

— O que é-

O que quer que ela estivesse prestes a perguntar não escapou de seus lábios. Hermione engasgou, o queixo caiu quando Harry deu a eles um sorriso pegajoso e começou a cruzar contra o sofá. Harry começou a se levantar sozinho e se apoiar contra os móveis e Hermione sabia que era apenas uma questão de tempo antes que ele pudesse andar por conta própria.

Ao lado dela, James caiu de joelhos e abriu os braços.

— Vamos, cara, — ele pediu. — É isso.

Harry balbuciou sons animados. Ele fez uma pausa quando chegou ao final do sofá e quase caiu, mas segurou-se firmemente no sofá e olhou para seus pais.

— Vamos, Harry. Só um passo, — James continuou a insistir, o sorriso em seu rosto largo e cegante.

Hermione prendeu a respiração quando as mãozinhas de Harry se soltaram do sofá. Por um momento, ele cambaleou precariamente. Braços ocultos já estavam abertos à sua frente, prontos para se apoiar no caso de ele cair. Mas ele era um menino curioso, e assim que se encontrou se equilibrando sem cair, Harry deu um pequeno passo na direção de seus pais. Então outro. Quando deu o terceiro passo, ele caiu de bunda e caiu na gargalhada.

A morena tinha lágrimas nos olhos, mas o sorriso em seu rosto era inconfundível. James estava rindo ruidosamente no chão, já rastejando em direção a Harry para pegá-lo em seus braços.

— Seu idiota! — ela gritou, chutando-o na bunda. Surpreso, James quase perdeu o equilíbrio. — Achei que algo ruim tivesse acontecido com Harry!

— Língua! — James rindo apontou quando alcançou Harry e o ergueu no ar.

Ela estava muito tonta para perceber que amaldiçoou na frente de seu filho, também caindo de joelhos para elogiar seu filho brilhante.

~*~

31 de julho de 1981

James Potter estava muito entediado. Tão entediado que pensou que logo ficaria louco.

Ele e sua família já estavam escondidos há sete meses. Os primeiros meses foram toleráveis; ele estava feliz porque sua família estava segura e ele podia passar todos os dias com eles. Harry estava crescendo continuamente e se tornando um menino inteligente e saudável e trouxe alegria para seus pais. James estava infinitamente grato por eles terem sido capazes de testemunhar seus primeiros momentos, e ele foi capaz de se relacionar com Harry o quanto quisesse.

Mas, novamente, James era um homem imprudente e aventureiro. Ele passou os meses anteriores tentando explorar cada canto e recanto da Casa dos Potter que seus pais os presentearam. Pelo que ele sabia, esta casa costumava ser a casa de Linfred de Stinchcombe, antes que ele conseguisse dinheiro suficiente para prever a construção da Mansão Potter. O sótão da casa continha várias notas escondidas do pai fundador da família Potter e quando Hermione e Harry estavam ocupados, James se encontrava enfiado dentro do sótão, praticando alguma magia obscura que seu ancestral havia inventado.

Suas habilidades de transfiguração haviam melhorado maravilhosamente e às vezes, Hermione se juntava a ele em sua prática. Ela ainda conseguia confundi-lo com suas proezas mágicas, ensinando-lhe alguns feitiços avançados. A maioria deles ela aprendeu quando era Hermione Granger, explicando que a maioria deles salvou sua vida muitas vezes para contar.

No entanto, a novidade dessas sessões com Hermione também havia diminuído há muito tempo, e James havia assumido um novo hobby em vez disso. Ele sempre foi um cozinheiro decente; quando ele era criança, ele se esgueirou até a cozinha da Mansão Potter e exigiu que Pokey o ensinasse a preparar refeições decentes para seu lanche da meia-noite. Agora, com sua própria família, James assumiu a responsabilidade de preparar suas refeições todos os dias. Hermione era decente na cozinha também, sem dúvida depois de ajudar Anya a preparar suas refeições por anos, mas James insistia em fazer essa tarefa todos os dias, feliz em alimentar sua família e melhorar suas habilidades culinárias ao mesmo tempo.

Mas então, como todos os hobbies que ele adquiriu durante seu esconderijo forçado, James também se cansou de cozinhar.

Ele sabia que era uma coisa ridícula de se sentir quando deveria estar grato por ele e sua família ainda estarem seguros e vivos. Mas havia momentos em que ele se lembrava de suas missões de auror, lutando ao lado de seus melhores amigos para pegar os bandidos, e ele sentia falta desse sentimento.

Ele tentou esconder esses sentimentos de Hermione, sabendo que ela parcialmente se culpava por colocá-los nessa situação, mas às vezes, ele a pegava olhando para ele com olhos tristes e culpados. Eles andavam nas pontas dos pés em torno de tópicos sobre o mundo exterior, mantendo suas conversas sobre amigos e família no mínimo, para não tornar tudo deprimente. James já havia cometido um erro ao se perguntar em voz alta se a Ordem havia feito um plano para derrotar Voldemort, já que todas as suas horcruxes já haviam sido destruídas, e Hermione passou o dia restante se preocupando até ficar doente. Ela havia escrito uma carta longa e sinuosa exigindo que Dumbledore os atualizasse, mas Dumbledore ainda não tinha enviado uma resposta e Merlin, Merlin maldito, James logo iria enlouquecer.

O alegre 'ding' do forno o trouxe de volta à realidade. James balançou levemente a cabeça para livrá-lo de tais pensamentos deprimentes. Afinal, era o primeiro aniversário de Harry.

Hermione logo entrou, carregando um caroço suspeito em uma bandeja. Ela ainda estava usando seu avental usado favorito, rosa e com babados, enquanto colocava a bandeja na mesa. Harry, que estava sentado em sua cadeira alta, balbuciou alegremente ao ver o bolo, já estendendo as mãos para tentar agarrá-lo.

— Tem certeza que é comestível? — James perguntou, examinando cautelosamente o bolo que ela insistira em fazer. Ele confiava na comida dela, é claro, mas o bolo realmente parecia suspeito.

Ela lhe lançou um olhar leve.

— Então não coma, Potter, — ela retrucou, uma carranca irritada em seu rosto.

— Merda!

James bufou divertido e olhou para a criança animada. As bochechas de Hermione ficaram vermelhas enquanto Harry continuava a entoar a calúnia, embora James notasse que ela estava tentando ao máximo não rir.

— Oh Harry, querido, por favor. Isso é um palavrão, — Hermione implorou, fazendo James bufar mais uma vez. Ela o perfurou com seus estreitos olhos azuis. — Você nunca vai superar isso, não é?

— Não, — James respondeu alegremente, estalando o 'p' com muito gosto.

Harry começou a falar, zombando de respostas monossilábicas para retransmitir o que ele realmente sentia. Acontece que sua primeira palavra foi, hilariante, 'Merda', que ele sem dúvida copiou de sua mãe. James se lembrava claramente de como sua esposa o ameaçou a não falar palavrões na frente de seu filho em crescimento, para que ele não o copiasse. Curiosamente, foi Hermione quem ensinou a Harry sua primeira palavra e a morena ficou mortificada com isso desde então.

— Mama! Mama! — Harry então chorou animadamente, tentando alcançar um punhado de bolo. Hermione imediatamente cortou uma pequena porção e colocou no prato de Harry. A criança não teve escrúpulos em agarrar alguns pedaços e enfiá-los dentro da boca, enquanto lambuzava suas bochechas rechonchudas. Harry cantarolou de alegria e sugou seus dedos, seus olhos azuis arregalados e brilhantes de felicidade.

— Bem, pelo menos alguém está gostando do seu bolo, — brincou James, distraidamente conjurando lenços de papel do nada para limpar as bochechas bagunçadas de Harry. — Vamos, Harry, diga 'Dada'.

— Mama! — ele repetiu.

— Não, Dada.

— Mama!

James suspirou e franziu a testa para Hermione.

— Por que ele não diz isso? — ele choramingou.

— Bem, obviamente é porque ele me ama mais, — ela respondeu descaradamente. James zombou em protesto, observando enquanto Hermione levantava Harry de sua cadeira alta e começava a acariciar o aniversariante. Hermione não parecia se importar como as mãos e bochechas bagunçadas de Harry espalharam chocolate nos cachos grossos de sua mãe.

— Seu cabelo vai sufocar Harry em um futuro próximo. Tenho certeza disso, — o bruxo de óculos brincou, estendendo a mão para beliscar a bochecha de Harry.

Hermione fez uma careta de dor enquanto Harry felizmente puxava um de seus cachos. — Ele parece muito feliz com o meu cabelo, no entanto, — ela apontou. Ela então abriu um grande sorriso quando Harry balbuciou alegremente, como se estivesse tentando contar à mãe como foi o dia dele. O olhar de Hermione estava unicamente em Harry, satisfazendo o pequeno ao responder-lhe com palavras que levaram Harry a continuar seu discurso incoerente.

James sorriu afetuosamente e descansou sua bochecha contra sua palma voltada para cima, contente em assistir a dupla mãe-filho interagir. Os sentimentos pegajosos que sempre sentia ao vê-los ressurgiram em seu coração mais uma vez e verdade seja dita, ele poderia passar o dia inteiro apenas observando-os juntos, o amor e a felicidade evidentes entre eles. Embora ele ficasse irritado às vezes, quando Hermione zombava de que Harry a amava mais, James não pôde deixar de concordar secretamente. Porque realmente, como Harry não poderia? Hermione foi incrível com ele, paciente com ele, e olhou para ele como se ele fosse o mundo dela.

Ela então pegou seu olhar e seu largo sorriso vacilou.

— O que? — ela perguntou.

— Você é muito bonita, — respondeu ele sem pensar muito. — Você conhece isso?

Suas bochechas ficaram vermelhas e sua expressão ficou tímida.

— Pare de me provocar, — ela cuspiu, lançando lhe outro brilho de luz. — Eu sei que já estou coberto de chocolate por causa das mãos bagunçadas de Harry.

Seu sorriso cresceu largo, notando as listras de chocolate em seu nariz e queixo. Ainda assim, ela era incrivelmente bonita; Hermione deveria saber.

— Eu não estava brincando, — ele protestou, já embalando a palma da mão contra a bochecha dela. — Você é realmente muito bonito, Bigodes. Doce Merlin.

Ela rindo afastou a mão dele, mas James sorriu e se inclinou para beijá-la nos lábios. Harry choramingou e tentou afastar o rosto de seu pai, fazendo Hermione explodir em risadas suaves.

— Que azar, cara, — James resmungou para o menino irritado. — Você vai ter que aprender a compartilhar sua mãe.

~*~

Hermione finalmente terminou de lavar os pratos do jeito trouxa e enxugou as mãos no avental. Ela então o removeu da cintura e o pendurou em um pequeno gancho.

Quando seus olhos azuis escanearam a cozinha, ela distraidamente balançou a varinha para colocar tudo de volta em seu lugar. Ela lançou um olhar exasperado para a cadeira alta de Harry, previsivelmente a mais bagunçada entre todos os móveis em sua pequena cozinha. Ela sacudiu o pulso mais uma vez e só ficou satisfeita quando a cadeira dele estava impecável.

Ela então saiu da cozinha e foi para a sala, notando que James e Harry já estavam no quarto. James consertou os brinquedos espalhados de Harry, mas perdeu alguns brinquedos escondidos sob o sofá e a mesa.

Uma vez que tudo estava limpo, Hermione começou a checar suas proteções.

Satisfeita de que as proteções que ela, Dumbledore e James colocaram ainda estavam intactas, Hermione sacudiu a varinha pela última vez, apagando as luzes.

Hermione então caminhou para dentro do quarto, um bocejo suave saindo de seus lábios. Tinha sido um dia agitado, com o primeiro aniversário de Harry e tudo, e ela mal podia esperar para se aninhar ao lado de James e dormir a noite toda.

Ela vacilou em seus passos, avistando seu marido já roncando suavemente em sua cama com Harry pacificamente em seu peito. Hermione não conseguiu impedir o sorriso largo e confuso de aparecer em seu rosto, notando como, mesmo dormindo, a dupla pai e filho eram maravilhosamente parecidos. Pela forma como suas testas se enrugaram ou como suas bocas estavam ligeiramente entreabertas, era sem dúvida que Harry cresceria para se parecer com James em todos os sentidos, exceto em seus olhos. Felizmente, o ego de Harry não seria tão grande quanto James, no entanto.

Seu sorriso se tornou afetuoso enquanto ela lentamente puxava Harry do peito de James. Harry choramingou baixinho em seus braços, e Hermione o empurrou levemente, cantarolando uma canção de ninar baixinho até que ele se acalmou mais uma vez. Depois de se certificar de que seu bebê não acordaria, Hermione deu um beijo na testa de Harry e o deitou dentro do berço.

Hermione então vestiu sua camisola e voltou para a cama. Ela sorriu para os óculos tortos ainda empoleirados no nariz de James e gentilmente os afastou. Ela então o colocou na mesa de cabeceira e subiu na cama ao lado de James, colocando a cabeça em seu ombro. Ele imediatamente envolveu a cintura dela com um braço e a puxou para perto, apesar de estar dormindo. Ela sorriu contra seu ombro e deu um beijo em sua mandíbula, murmurando um suave 'eu te amo' sob sua respiração. Uma série de palavras incoerentes voou de seus lábios antes que ele começasse a roncar novamente, obviamente dormindo profundamente para ser acordado.

Ela ainda se sentia muito acordada, porém, seus pensamentos mais uma vez preenchidos por um plano que vinha formulando há semanas.

Eles já estavam escondidos há sete meses e Hermione estava lentamente perdendo a cabeça. Ela podia ver que James estava ficando inquieto e doía como ele estava fazendo o seu melhor para esconder o que realmente estava sentindo, para que não a preocupasse. Mas ela ainda viu como ele estava ficando impaciente com toda a espera. Dumbledore ainda não tinha dado notícias sobre o que planejava fazer para derrubar Voldemort, e isso estava começando a deixá-la frustrada. Sev era o único que se correspondia com a família, já que era o Guardião do Segredo, mas mesmo suas cartas eram vagas, apenas garantindo que a Ordem estava fazendo o possível para lutar contra a tirania de Voldemort.

Hermione a princípio aceitou o destino deles e esperou pacientemente que o plano de Dumbledore se concretizasse, mas depois de sete meses escondida, Hermione sabia que já tinha que fazer algo. Isso não poderia continuar assim. O Halloween estava se aproximando rapidamente e a agonia de antecipar a chegada inevitável de Voldemort a estava comendo viva. Ela confiava em Sev de todo o coração, e ela duvidava que sua família fosse traída por ele no final, mas Hermione tinha esse pressentimento de que para acabar com Voldemort de uma vez por todas, ele teria que encontrá-los no final.

Consequentemente, as engrenagens dentro de sua mente giraram por semanas, tentando chegar a um plano sobre a melhor forma de atrair Voldemort para uma armadilha. Ela tinha ficado acordada até tarde da noite algumas vezes para aperfeiçoar seu plano. Uma parte dela se sentia culpada por esconder isso de seu marido, mas Hermione queria que tudo fosse perfeito em sua mente primeiro, antes de lançar sua ideia.

Ela nem tinha certeza se funcionaria... se ela sairia viva. Mas verdade seja dita, ela estava tão cansada de esconder, de correr longe de um assistente mal que tinha feito a vida miserável, passado e presente.

Com um brilho resoluto em seus olhos azuis, ela segurou James com mais força.

Seu plano já estava concluído e ela prometeu a si mesma que começaria a colocá-lo em ação amanhã.

~*~

1 de agosto de 1981

Hermione estava frustrantemente distraída o dia todo. Ela não tinha certeza se James tinha notado, mas seu marido não comentou, muito ocupado brincando com Harry na sala de estar.

O jantar havia terminado e Hermione agora estava lavando os pratos na pia. Ela deu as boas-vindas à monotonia de lavá-los do jeito trouxa enquanto sua mente corria a cem milhas por hora, repetindo seu plano de novo e de novo até que fosse tudo em que ela pudesse pensar.

Tamanha era a distração dela que ela nem percebeu quando James entrou na cozinha. Foi só quando ele foi pressionado atrás dela que ela percebeu que não estava mais sozinha.

— Oi, — ele sussurrou, seu hálito quente lavando a pele exposta de seu pescoço, fazendo com que arrepios surgissem ali.

O que quer que ela estivesse pensando voou pela janela, terrivelmente distraída por algo duro cutucando sua bunda. James deu um beijo no pescoço dela e o prato que ela segurava quase escorregou de suas mãos.

— James! — ela resmungou sem fôlego, mas James apenas sorriu afetadamente contra o pescoço dela e deu-lhe outro beijo caloroso.

— Onde está Harry? — ela conseguiu perguntar.

— Dormindo, — ele assegurou. — Eu tenho você só para mim agora.

Seu aperto em seus quadris era forte e seguro. Sua respiração engatou quando ele inclinou levemente sua cabeça para que ele pudesse ter acesso total a seu pescoço esguio.

— Eu ainda não terminei com os pratos, — ela choramingou, fechando os olhos com força quando a língua dele acalmou o ponto sensível debaixo de sua orelha.

Sem se afastar, James agarrou sua varinha e deu um pequeno assobio. Instantaneamente, todos os pratos que ela ainda não havia lavado ficaram limpos, um por um voando em direção à prateleira colocada ao lado da pia.

— Pronto. Tudo feito, — disse ele com um sorriso. Hermione soltou uma risada e esticou o pescoço para encontrar os lábios dele.

— Eu posso te levar aqui, — ele gemeu, pressionando-se com mais força contra as costas de Hermione. — Inclinado sobre a pia. Tão quente e pronta para mim. Puta merda.

Suas bochechas coraram com suas palavras sujas enquanto o calor se acumulava entre suas coxas. A mão de James lentamente deslizou por baixo de sua blusa e espalmou seu seio descoberto, prendendo seu mamilo duro entre seus dedos. Hermione cantarolou sua aprovação e furiosamente encontrou os lábios dele mais uma vez.

Lamentos altos repentinos de seu quarto interromperam suas atividades. James gemeu de frustração enquanto Hermione ria, relutantemente se afastando de seu abraço quente.

— Momento bom, Harry, — o bruxo de óculos reclamou enquanto Hermione estendeu a mão e consertou seus óculos tortos.

— Vou checá-lo, — ela se ofereceu, mas James balançou a cabeça.

— Deixe-me, — ele suspirou. Antes que Hermione pudesse protestar, ele enganchou um braço em volta da cintura dela e puxou-a contra seu peito. James deu um beijo de tirar o fôlego nos lábios dela e se afastou. Havia um brilho de advertência em seus olhos castanhos quando ele olhou para seu rosto confuso. — Isso não acabou, Bigodes.

Ele deu um último aperto em seus quadris antes de se afastar e sair da cozinha.

Hermione respirou fundo algumas vezes para acalmar seu coração batendo freneticamente. Um bufo escapou de seus lábios, divertido que James pudesse, é claro, distraí-la de qualquer agenda importante que ela planejou para esta noite.

Hermione então começou a limpar a cozinha e a sala de estar. Ela fez seu ritual usual de checar as proteções, antes de desligar as luzes com outro aceno de sua varinha.

Harry já havia se acalmado quando ela caminhou em direção ao quarto. Quando ela cruzou a soleira, seus olhos se arregalaram de surpresa, um grito suave escapou de seus lábios.

— James Potter! — ela advertiu, claramente não esperando ver o marido esperando por ela no escuro, completamente nu e muito confiante. Seus olhos se desviaram para seu membro orgulhoso, suas bochechas ficando vermelhas com o quão pronto ele estava para ela.

Um pequeno sorriso apareceu em seu rosto enquanto ele avançava lentamente.

— Eu disse que não tinha acabado, — ele lembrou humildemente. Seus olhos castanhos brilharam perigosamente no escuro, levando Hermione a engolir em seco. Seu coração entrou em outro frenesi e Merlin, querido Merlin, ela temeu que seu coração explodisse de tanta ansiedade.

— Harry, — ela conseguiu dizer. — Onde está Harry? — Seus olhos azuis pousaram no berço, notando que estava vazio.

— No berçário, — assegurou James.

Hermione franziu a testa em desaprovação. Embora o quarto de Harry fosse totalmente mobiliado, com paredes pintadas com cores vivas e brinquedos espalhados pelo chão, Hermione insistiu que só dormiria profundamente se Harry estivesse no quarto. James concordou de todo o coração, porque eles sabiam que Harry estaria mais seguro se estivesse dormindo com seus pais.

— Eu soletrei o monitor de bebê para nos alertar imediatamente se Harry precisar de algo, — ele prometeu, seu sorriso se transformando em um sorriso suave, reconhecendo a preocupação nos olhos de Hermione. — Harry está seguro, amor. Nada vai acontecer com ele.

James agora a prendeu entre ele e a parede.

— Vamos pegar Harry e deixá-lo dormir em seu berço aqui quando eu terminar com você, — ele aplacou, já abaixando a boca para dar um beijo na junção entre o pescoço e o ombro dela. — Eu prefiro que meu filho não tenha memórias estranhas de seus pais fazendo sexo selvagem e barulhento, Hermione.

Um bufo saiu de seus lábios, fazendo James sorrir amplamente contra o pescoço dela.

— Merda, — ela murmurou, esticando o pescoço para lhe dar mais acesso.

Ele encontrou seus lábios e inclinou seu rosto, permitindo que ele aprofundasse o beijo até que Hermione ficasse sem fôlego de desejo lascivo. James só deu a ela alguns momentos para engolir em seco quando ele se afastou e rasgou as roupas dela, até que a pele quente dela estivesse nivelada contra seu peito tonificado.

James a ergueu e Hermione imediatamente envolveu as pernas em volta da cintura dele. Sua ereção cutucou impiedosamente contra seu abdômen, provocando-a implacavelmente até que ela gemeu em protesto.

— Ainda muito impaciente, — ele murmurou, seus lábios viajando para o sul para pegar um mamilo rígido.

— Você sabe, — ela suspirou. — Nossa cama está bem ali.

Ele bufou e a moveu ligeiramente em seus braços.

— Onde está à diversão nisso? — ele perguntou descaradamente. A língua dele disparou e desenhou círculos preguiçosos em seu seio. O aperto dela em seu cabelo aumentou, arqueando as costas para lhe dar mais pele para devorar. James respondeu da mesma forma, seus lábios se movendo furiosamente até que ela implorou baixinho para ficar aliviada.

James sibilou enquanto seu dedo deslizava contra as dobras molhadas dela.

— Estou pronta. Por favor, por favor, — ela implorou. Um gemido suave voou de seus lábios quando ele mergulhou dois dedos dentro, empurrando-os em um ritmo lento e punitivo, mas não foi o suficiente. — Por favor, — ela implorou mais uma vez, apertando com força as coxas ao redor dos dedos dele apenas para obter a fricção adequada de que precisava para obter sua liberação.

Ela gemeu quando James puxou os dedos, apenas para gemer mais uma vez quando seu membro entrou em suas dobras molhadas em um impulso rápido. Ela se apoiou em seus ombros enquanto ele furiosamente mergulhava dentro dela, distraidamente ciente das palavras sujas que ele sussurrou contra seus ouvidos que a trouxeram mais perto da borda.

Justamente quando ela pensou que explodiria com tudo isso, James interrompeu seus cuidados. Hermione agarrou o cabelo dele com mais força e protestou, mas James riu afetuosamente contra o pescoço dela e a puxou para longe da parede.

Sem deslizar para fora dela, ele cuidadosamente os levou para a cama. Em vez de deitá-la na cama, James se sentou, com as costas pressionadas contra a cabeceira da cama. Ele colocou Hermione em cima de seu colo com tanta ternura. Ela piscou com o contraste em quão furioso ele esteve levando-a alguns momentos atrás.

Seus olhos brilhantes e travessos encontraram seu olhar, seus dedos cavando na pele de sua pélvis. Ele rolou os quadris para cima, fazendo com que Hermione soltasse um zumbido agradável. Com a nova posição, ela se sente maravilhosamente preenchida, com James sendo capaz de atingir o mesmo ponto sensível que sempre a deixa louca.

Ela desesperadamente balançou os quadris, pressionando-se mais perto de James e encontrando seus lábios em um beijo furioso. James acompanhou as estocadas dela em um ritmo ansioso e Hermione estava perto. Tão perto.

— Por favor, — ela chorou.

— O que você quer? — Seu hálito quente lavou sua pele ruborizada. — Diga-me o que você quer, Hermione. Eu farei qualquer coisa por você. Tudo. Por você. Só você.

— Mais, — ela exigiu. — Mais. Mais. Mais forte.

James de repente a prendeu na cama, apoiando os braços nas laterais da cabeça dela. Hermione deslizou um dedo entre suas coxas enquanto James aumentava o passo. Com alguns golpes de seu dedo, Hermione chorou alto enquanto o prazer percorria cada nervo de seu corpo, deixando rastros ardentes que a faziam se sentir muito viva.

Enquanto se aquecia sob as dores do próprio prazer, James suavemente pressionou beijos em sua pele, sussurrando reverentemente palavras de sua devoção.

Quando ela voltou do alto, maravilhosamente saciada, Hermione abriu os olhos e encontrou avelã. Suas pupilas estavam infladas de desejo e ela sorriu lindamente, puxando-o para baixo para que pudesse encontrar seus lábios.

James pegou um ritmo vertiginoso mais uma vez para sua própria libertação. Hermione engoliu seus gemidos cortados, obedientemente pressionando beijos em seus lábios até que ele atingiu seu orgasmo. Ele estremeceu, derramando-se dentro dela, até que se transformou em geleia e se jogou em cima de Hermione.

— Eu não consigo respirar! — ela guinchou, levando James a um murmúrio humilde. Ele rolou para longe dela e enterrou o rosto em seu pescoço para pressionar alguns beijos preguiçosos ali.

Ela murmurou algo baixinho e Hermione sentiu um calor familiar em torno de seu abdômen. Ela sorriu levemente, sabendo que James tinha praticado reverentemente como colocar um Feitiço Contraceptivo na varinha dela apenas para que eles pudessem evitar outro acidente feliz. Ele murmurou outro encantamento, desta vez deixando os dois limpos.

— Eu te amo, — ele suspirou, passando um braço em volta da cintura dela e puxando-a para perto.

Hermione sorriu e passou os dedos pelo cabelo bagunçado dele.

— Eu também te amo, — respondeu ela.

Não demorou muito para que James começasse a roncar suavemente, sem dúvida cansado de sua atividade deliciosa. Hermione também se sentia muito cansada, mas sabia que ainda não tinha condições de dormir. Não quando ela estava determinada a colocar seu plano em ação se quisesse derrotar Voldemort o mais rápido possível.

Ela se certificou de que seu marido havia caído em um sono profundo antes de escapar de suas mãos. Hermione se acalmou, esperando para ver se ele iria acordar, mas James apenas se mexeu na cama e continuou a dormir. Ela sorriu carinhosamente e agarrou seu edredom, colocando-o sobre o corpo dele.

Hermione silenciosamente foi em direção ao armário e tirou jeans e uma camisa preta. Depois de vestir as roupas, ela cuidadosamente saiu do quarto e foi direto para o quarto de Harry.

Seu bebê estava esparramado em seu berço, um sorriso pegajoso no rosto. Hermione se perguntou com o que ele estava sonhando, sorrindo carinhosamente quando Harry se agitava levemente, como se perseguisse algo em seu sonho.

Ela gentilmente ergueu Harry em seus braços e o empurrou um pouco. Felizmente, Harry não acordou.

Hermione então voltou para o quarto e colocou Harry em sua cama. Por um momento, ela apenas observou seu filho dormir, escovando ternamente o cabelo escuro e rebelde de sua testa.

— Mamãe te ama muito, Harry, — ela sussurrou, se abaixando para dar um leve beijo em sua testa.

Ela fez o mesmo com James, sussurrando o quanto ela realmente, verdadeiramente o amava, antes de Hermione sair do quarto com determinação.

Hermione instantaneamente se transformou em sua forma animaga e estava prestes a escapar pela porta dos fundos de sua casa quando um miado suave a parou.

Ela virou a cabeça e encontrou o olhar inquisitivo de Bola de Neve, a cabeça do gato da família inclinada para o lado.

Bola de Neve miou.

Onde você está indo, senhora?

Hermione se virou totalmente para encontrar o olhar de Bola de Neve.

Esqueça isso.

O gato parecia descontente com a sua dispensa, mas Hermione miou novamente para acalmá-la.

Por favor, cuide dos meninos, — ela implorou. — Eu voltarei em breve.

Os olhos de Bola de Neve perfuraram Hermione por um momento, antes que ela finalmente miasse em reconhecimento e se esgueirasse para dentro do quarto.

Hermione continuou a correr para fora da porta dos fundos. Ela estremeceu levemente enquanto passava pelo forte Feitiço Fidelius protegendo sua casa. Sem parar, ela correu com determinação em direção ao ponto de aparatação. Escondida entre as árvores mais densas, Hermione mudou para sua forma humana e aparatou quase imediatamente.

Ela reapareceu instantaneamente nos arredores de Hogwarts. Todo o lugar ainda estava abençoadamente escuro, mas Hermione não queria se arriscar e colocou um Feitiço de Desilusão em si mesma.

Ela ficou aliviada porque as barreiras de Hogwarts permitiram que ela entrasse. Ela já tinha a sensação de que Dumbledore fora alertado da presença dela na escola.

Hermione passou pelo vasto terreno e pelos numerosos corredores de Hogwarts até chegar na frente da gárgula de pedra, ofegante e muito nervosa.

— Varinhas de alcaçuz, — ela murmurou. A gárgula ganhou vida e saiu do caminho, revelando a escada giratória que a levaria ao escritório de Dumbledore.

Hermione interveio e removeu o feitiço de si mesma. Ao mesmo tempo, ela se recompôs e organizou seus pensamentos, sabendo muito bem que ela não deixaria esta escola até que Dumbledore concordasse completamente com seu plano.

Não a surpreendeu quando viu que a porta de Dumbledore já estava entreaberta. Quando ela abriu mais a porta e entrou, Dumbledore estava sentado atrás de sua mesa. Havia uma carranca em seu rosto, mas Hermione notou que seus olhos azuis estavam incrivelmente cintilantes.

— O que você está fazendo aqui, Hermione? — ele perguntou, uma nota de desaprovação em sua voz.

Palavras queriam sair da boca de Hermione, mas ela se preparou. Ela tinha que fazer o que fosse necessário para Dumbledore concordar com seu plano, afinal.

Respirando fundo, seus olhos safira encontraram os dele em um olhar determinado.

— Nós precisamos conversar.

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