Hero of The Story - Tradução

By r_zoldyck1

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Talvez o destino não quisesse que Hermione Granger fugisse. Talvez o destino quisesse que Hermione Granger mu... More

Introdução
Sinopse
Main Cast
Aesthetics
Playlist
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Epílogo
Extra 1
Extra 2
Extra 3
Extra 4

Capítulo 52

155 16 0
By r_zoldyck1

LII

Força significa abençoado com um inimigo

(Armor by Sara Bareilles)

~*~

28 de dezembro de 1980

Hermione deu um passo para trás e admirou como a neve esvoaçante decorava a fachada da Casa dos Snapes. As trepadeiras enroladas ao redor do portão de metal branco agora ostentavam flores rosa cobertas de neve. Hermione suspeitava que Lily havia soletrado as flores eternas, para continuar florescendo apesar do inverno rigoroso.

Ela também viu uma pequena placa pendurada na porta de madeira, as palavras 'Bem-vindo' rabiscadas alegremente em uma caligrafia adorável. Uma risada borbulhou de seus lábios, já imaginando como Sev estaria zombando do sinal ridículo, mas não diria nada para sua esposa com medo de enfrentar sua ira.

A referida porta de madeira foi repentinamente aberta, revelando sua melhor amiga confusa.

— Hermione! — Lily cumprimentou. — O que você está fazendo aí, parado como um mergulhão? Entre! Está um maldito frio.

— Oi, Lily, — ela disse, avançando para envolver a bruxa mais velha em um abraço.

— Por que você aparatou aqui? — a ruiva perguntou exasperada, tremendo quando um vento frio e forte roçou sua bochecha. — Nosso Flu está conectado com a lareira na Mansão Potter.

As bochechas de Hermione ficaram vermelhas. Ela sabia que era perigoso vagar ao ar livre, especialmente depois que os Longbottoms foram atacados. Mas ela e sua família estariam se escondendo em breve. Ela sabia que ficaria presa por semanas, meses até, e queria passar mais alguns momentos fora, contanto que fosse cuidadosa.

Os olhos de Lily se suavizaram, entendendo a resposta silenciosa de Hermione à sua pergunta anterior.

— Você não trouxe Harry? — ela então perguntou.

Hermione sorriu desculpando-se enquanto seguia Lily para dentro.

— Ele está com James hoje, — ela explicou. — Além disso, concordamos que seria melhor não saímos com Harry até o Ano Novo.

Por um breve momento, os olhos esmeralda de Lily brilharam com uma miríade de emoções. Mas a ruiva já havia desviado o rosto de Hermione, puxando-a com determinação para a sala de estar.

— Eu ainda não te perdoei por não me fazer sua madrinha, se você quer saber.

Hermione suspirou.

— Caramba, vou ter mais bebês no futuro só para que você possa ser madrinha, — ela bajulou com uma risada.

— É melhor você, Hermione Pettigrew! — ela chorou.

A morena sorriu carinhosamente para o cabelo ruivo de Lily.

— Tecnicamente, eu sou um Potter agora. — Ela sorriu quando Lily meramente olhou carrancuda. — Eu realmente sinto muito, Lils, — disse ela. — É só que... Peter é o cara certo para esse trabalho.

Lily parou e se virou totalmente para olhar para Hermione.

— Esqueça o trabalho, — ela dispensou. — Harry ainda estará cercado por pessoas que o amam, padrinhos ou não.

Os olhos de Hermione embaçaram com as palavras sinceras de Lily.

— Fico feliz em ouvir isso, — ela sussurrou.

Foi nesse momento que Sev escolheu aparecer, saindo de seu quarto com o cabelo desgrenhado e olhos turvos.

— Oh, você está aqui, — ele disse estupidamente, caminhando sonolento para frente para dar um abraço em Hermione.

Hermione inclinou a cabeça para sorrir para ele incrédula quando um enorme bocejo saiu de seus lábios.

— Bem, alguém não está dormindo bem, — ela disse, fazendo Lily bufar em concordância.

— Slughorn o está cansando até os ossos, — Lily reclamou, agarrando-se ao braço de Hermione e puxando-a em direção à poltrona em frente ao fogo. — É o feriado de inverno, sério! Mas o rabugento se recusa a descansar, obsessivamente aperfeiçoando um novo lote de poções para agradar seu querido Slughorn.

Julgando pela forma como os olhos de Sev brilharam, Hermione deduziu que esta não era a primeira vez que eles brigaram por causa disso. Lily parecia honestamente petulante; seus braços agora cruzados contra o peito enquanto ela olhava para seus pés. Severus parecia exausto e irritado; seus lábios se curvaram em uma carranca enquanto ele tentava atrair os olhos de sua esposa.

Hermione desajeitadamente deu um passo para trás, sentindo como se estivesse se intrometendo em um momento tão pessoal entre suas duas melhores amigas.

— Você sabe por que estou me distraindo obsessivamente, — Sev então rosnou.

Os olhos de Lily imediatamente se ergueram para olhar nos olhos escuros dele, sua petulância se estilhaçando por um momento enquanto seus olhos se enchiam de lágrimas. O aborrecimento de Sev se transformou em dor profunda, Hermione uma vez viu isso acontecer uma vez, quando a Senhora Prince invadiu o funeral de sua mãe.

E Hermione sabia, mesmo que eles não estivessem olhando para ela, que ela era a razão pela qual Sev estava se distraindo maravilhosamente.

Um nó se formou na garganta de Hermione, as lágrimas também pinicando seus olhos. Ela havia prometido a si mesma que iria passar o dia com suas melhores amigas, sem lágrimas antes de se esconder com sua família. Era uma façanha poderosa, disso ela sabia, mas esperava não chorar tão cedo.

— U-um filme, — Hermione deixou escapar, gaguejando um pouco enquanto desviava o olhar e discretamente enxugava uma lágrima que rolava. — Eu pensei que iríamos assistir a um filme juntos?

Lily piscou furiosamente, fazendo um trabalho pior em esconder suas lágrimas.

— Certo, — disse ela com uma risada molhada. — Claro. — Ela pegou a mão de Hermione e puxou-a para o sofá, sentando-a no meio. Em frente ao sofá deles estava uma pequena televisão, algo que Lily tinha comprado alguns meses antes, apenas para preocupá-la e a Sev durante seus dias de folga.

Hermione viu Sev dando um grande suspiro antes de caminhar deliberadamente em direção às duas bruxas, optando por se sentar no espaço vazio ao lado de Hermione.

— Eu não tinha certeza de que filme assistir, — disse Lily, apontando para as várias fitas VHS na mesa de centro. — Então eu agarrei o que me chamou a atenção. — Seus olhos esmeralda pousaram brevemente em Sev, um pequeno sorriso em seu rosto. — Tenho certeza de que o rabugento não permitirá que assistamos a apenas um filme.

Hermione reprimiu um sorriso ao ver como Sev murchava com a provocação de Lily, obviamente aliviado por sua luta ridícula já ter sido esquecida.

— Vamos apenas assistir, — ele suspirou, lançando um olhar fulminante para sua esposa. — Eu gostaria de tirar uma soneca logo.

Lily revirou os olhos e puxou sua varinha. Com um aceno flagrante, uma das fitas VHS voou em direção ao player, encaixando-se dentro dela. A televisão ganhou vida e começou a passar o filme escolhido e Hermione se mexeu no sofá, para ficar confortável. Ela agarrou as mãos de Lily e Sev, seus olhos ainda treinados na televisão. Ela viu como os olhos de Lily olharam brevemente para ela com surpresa, mas então Lily apenas sorriu e colocou a cabeça no ombro de Hermione. Sev parecia um pouco desconfortável com sua demonstração de afeto, mas a maneira como ele brevemente apertou a mão dela significava que ele não se afastaria.

Por horas, eles assistiram à televisão. Um filme terminava e além de um lanche rápido e uma pausa para ir ao banheiro, o trio optava por assistir a outro filme. Hermione descobriu há muito tempo que Lily escolheu comédias divertidas e despreocupadas. Risadas ocasionalmente escapavam de seus lábios; até Sev estava se divertindo, e Hermione estava feliz por poder passar o dia com seus melhores amigos.

Eles estavam talvez em seu quarto filme, e a comédia pastelão exagerada havia tirado várias rodadas de risos de Lily.

— Imagino que você se divertiria com esse tipo de violência, — Sev apontou por cima do cabelo espesso de Hermione.

— Cale a boca, azedinha, — retrucou Lily de volta, seus lábios esticados por toda parte. — Eu sei que você também acha isso engraçado.

Hermione se pegou rindo de suas travessuras ridículas.

— Vou sentir saudades de vocês dois, — disse ela, quando seu peito começou a doer com emoções avassaladoras que ela desejava que não ressurgissem hoje. Mas por mais que tentasse, ela não poderia pisoteá-los e logo suas risadas se transformaram em soluços silenciosos. Apesar da ação cômica acontecendo no filme, onde chorar como uma reação parecia uma coisa estranha de se fazer, Hermione não conseguiu evitar que suas lágrimas caíssem.

Nem Lily nem Sev disseram nada sobre suas lágrimas trêmulas. Ela não tinha certeza de como eles pareciam, seus olhos muito embaçados para ver o filme ou os rostos de suas melhores amigas.

Tudo o que ela sabia era que o aperto em suas mãos era forte, quente e muito seguro. Seu coração doeu ao pensar que ela não seria capaz de vê-los por muito tempo. Que ela pode não ser mais capaz de vê-los.

— Vou sentir muito a falta de vocês dois, — ela sussurrou mais uma vez em meio às lágrimas.

Pelo resto do dia, com filmes passando na televisão em que nenhum deles conseguia se concentrar mais, Hermione segurou reverentemente as mãos de Lily e Sev, extraindo o máximo de conforto de seus braços quentes quanto podia.

~*~

30 de dezembro de 1980

— Tem certeza de que é uma boa ideia?

Hermione mudou Harry em seus braços e olhou para seu irmão preocupado.

— Se não agora, quando? — ela perguntou suavemente. Seus olhos ficaram desamparados quando ela olhou para seu filho. — Mamãe merece saber, Petey. Vamos nos esconder logo. Não quero ir embora sem contar a verdade a ela.

Seu irmão soltou um suspiro suave e silenciosamente alcançou seu braço, dando-lhe um aperto reconfortante antes de direcioná-la para o enorme e adorável jardim atrás da Mansão Potter.

Hermione sorriu, maravilhada com a forma como a neve cobria o vasto terreno e arbustos. Havia algumas flores desabrochando apesar do inverno rigoroso, balançando elegantemente no vento frio. Apesar da neve ondulante, o ar ao redor do jardim não era muito áspero e cortante. Hermione suspeitou que Eufêmia poderia ter soletrado um feitiço de aquecimento avançado sobre seu amado jardim, querendo ainda se aventurar ao ar livre e admirar as flores eternas, mesmo que estivessem no meio do inverno.

Ela viu Anya sentada em uma das mesas brancas de ferro fundido, saboreando delicadamente uma xícara de chá que Pokey havia preparado para a família Pettigrew hoje. Ainda confundia Hermione como Anya poderia facilmente deslizar para um puro sangue afetado e adequado, sua postura e elegância já revelando um certo ar de aristocracia que às vezes via em James e Sirius.

— Oh, olá, — Anya cumprimentou, erguendo seus olhos azuis para olhar para seus filhos. Seus olhos brilharam mais quando pousaram em Harry, que já estava balançando os braços em direção a Anya, sem dúvida reconhecendo sua adorável avó. — Bem, olá para você também, doce menino.

Hermione sorriu e permitiu que Anya arrancasse Harry de seus braços. Sua mãe começou a balançar um pouco, arrulhando palavras doces para o garotinho até que Harry começou a rir e gorgolejar sons incoerentes.

— Está tudo bem se você não ficar, — ela sussurrou para o irmão. — James e os outros estão na sala de estar, discutindo o Feitiço Fidelius.

Peter balançou a cabeça e agarrou seu cotovelo.

— Eles vão se virar sem mim, — disse ele. — Eu acho que você precisa de mim mais do que eles.

Ela sorriu agradecida para Peter. Verdade seja dita, ela estava irritada até os ossos, sem saber como ela iria contar todos os seus segredos para Anya. Embora soubesse que sua mãe entenderia, Hermione não conseguia suportar a ideia de ver a traição e a decepção em seu rosto. Ela amava sua mãe porque ela tinha sido a mulher mais gentil e compreensiva que ela já conheceu como Hermione Pettigrew e doía seu coração saber que ela seria a única a causar sua angústia.

Mas, novamente, ela iria se esconder com James e Harry em breve. Ela não queria deixar Anya, que sem dúvida ficaria mais magoada se nunca lhe contasse nada sobre seu passado e a profecia.

— Mãe, — ela chamou, sua voz falhando um pouco enquanto as emoções subiam por sua garganta.

O sorriso de Anya vacilou, olhos instantaneamente voltados para a direção de Hermione.

— Nós precisamos conversar.

A preocupação agora nublou o rosto de Anya, notando as lágrimas que começaram a se formar nos olhos de Hermione. Harry estava completamente alheio às emoções no rosto de sua mãe, muito ocupado brincando com os cachos fartos de Anya.

— Venha. Vamos todos sentar, — Peter suavemente adulou, direcionando Hermione para uma das cadeiras. Ele se sentou no assento vago ao lado dela e sorriu tristemente para Anya. — Vamos, mãe. Você também.

Anya puxou deliberadamente uma cadeira ao lado de Hermione, sentando Harry em cima da mesa. Hermione sorriu brevemente quando Harry espirrou, já puxando sua varinha para lhe dar um feitiço de aquecimento. Ela estendeu a mão e roçou os dedos contra sua bochecha macia, algumas lágrimas escapando de seus olhos ao mesmo tempo.

— Hermione.

O tom de voz de sua mãe era sério e firme. Hermione respirou fundo, estremecendo, e lentamente olhou para Anya, cujos olhos azuis também já estavam brilhando com lágrimas. Embora ela ainda não soubesse o que estava acontecendo, era claro que Anya estava temendo o que Hermione iria dizer a ela.

Respirando fundo novamente, Hermione começou a contar sua história. Ela contou à mãe sobre Hermione Granger, sobre beber uma poção para escapar de seu passado e renascer como Hermione Pettigrew. Ela contou a ela sobre a caça às horcrux, sua escaramuça na Caverna, e como ela, e Peter, estavam profundamente envolvidos na Ordem. Ela contou a ela sobre a profecia, e como todos temiam que fosse Harry e que, para protegê-lo e a seus pais, todos eles decidiram se esconder assim que o ano novo chegasse.

Ela fez questão de não omitir nenhum detalhe. Afinal, Anya merecia a verdade. E... e se esta fosse a última vez que veria a mulher que a amava mais do que a própria vida, então Hermione queria ter certeza de que Anya sabia tudo sobre ela.

Quando ela terminou sua história, Hermione estava olhando fixamente para suas mãos. Peter já havia agarrado um para se apoiar, mas não era o suficiente. Lágrimas escorriam continuamente de seus olhos, pingando na mesa fria de ferro.

Lentamente então, a mão de Anya esgueirou-se e agarrou a outra mão. Hermione imediatamente encontrou os olhos de sua mãe. Os olhos de Anya estavam cheios de lágrimas sem fim, tristeza e compreensão pintadas claramente em seu rosto.

Hermione não teve escrúpulos em se lançar nos braços de Anya, se desculpando incessantemente por mantê-la no escuro.

— Oh, minha querida, — Anya disse, esfregando círculos suaves em suas costas. — Minha corajosa, querida corajosa.

Ela soluçou em seu ombro e a abraçou com força, aliviada por Anya não estar louca. Ela também ficou aliviada por não ter começado a fazer perguntas, porque a cabeça de Hermione parecia muito confusa para responder qualquer uma delas.

Peter logo se juntou, envolvendo os dois em seus braços e chorando silenciosamente no cabelo de Hermione.

— Sinto muito, mãe, — disse ela com voz rouca, afastando-se levemente para pegar o olhar de sua mãe mais uma vez. — Me desculpe por não ter te contado antes.

Anya sorriu tristemente e afastou ternamente os fios de cabelo do rosto.

— Obrigada por me contar, Hermione, — disse ela. Novas lágrimas brotaram de seus olhos azuis enquanto ela segurava firmemente as duas mãos de Hermione. — E-estou admitidamente surpreso. Eu ainda não consigo entender completamente o que você acabou de me dizer, mas... mas sempre lembre que eu te amo, Hermione. Você é minha filha, não importa seu passado ou seu futuro.

Hermione acenou com a cabeça seriamente, puxando Anya em seus braços mais uma vez. Ao mesmo tempo, Harry começou a choramingar na mesa, pegando os sentimentos tristes dos adultos no jardim. Hermione riu baixinho e se afastou de Anya novamente, apenas para que ela pudesse pressionar o bebê contra o peito. Harry a encarou com seus olhos azuis arregalados, confuso com o motivo de sua família estar chorando.

— Eu só tenho um pedido, Hermione, — Anya suavemente acrescentou.

A morena lentamente olhou de volta para Anya, uma pergunta em seus olhos.

— Por favor, volte vivo.

~*~

1 de janeiro de 1981

O sol ainda nem havia nascido, mas Dumbledore já havia chamado para eles se reunirem na Sede da Ordem. Ela e James não dormiram o suficiente na noite passada, as mentes muito preocupadas com o que aconteceria hoje. Embora o jantar da véspera de Ano Novo com os pais de James e Anya tenha sido uma distração adorável, o fato de que os jovens Potters iriam se esconder pesava sobre seus ombros.

— Vamos, amor, — James sussurrou, entrelaçando seus dedos com os dela e puxando-a para fora da Mansão Potter. O vento frio e cortante os saudou e Hermione estremeceu levemente, abraçando-se com mais força para dissipar o frio. James silenciosamente colocou o braço sobre os ombros dela e puxou-a para mais perto, transmitindo o máximo de calor corporal que pôde, enquanto a conduzia em direção à Torre Leste.

Hermione ficou surpresa por eles terem sido os últimos a chegar. Dumbledore já estava sentado em sua cadeira de costume, ladeado pelos outros Marotos, os Snapes e Regulus. Seu coração apertou ao ver seus amigos, sabendo que esta seria a última vez que os veria.

Ela então resolutamente focou sua atenção no anel brilhante de Gaunt colocado em cima da mesa.

— Quaisquer voluntários? — Dumbledore perguntou amigavelmente, gesticulando para o anel.

Peter ficou de pé instantaneamente, com uma expressão tão determinada em seu rosto, que Hermione raramente o vira usar.

— Deixe-me fazer isso, — ele trovejou, as mãos fechadas em punhos ao lado do corpo. Remus já havia empurrado a bolsa de presas de Basilisco em direção ao feiticeiro de cabelos cor de areia.

Seu irmão agarrou uma presa de Basilisco e deliberadamente se aproximou do anel. Sua respiração engatou com o quão firme ele parecia, o quão certo ele estava sobre destruir o anel, e ela nem se incomodou em enxugar as lágrimas quando ele deu um poderoso mergulho em direção ao anel.

A pedra negra rachou no meio, a familiar fumaça em forma de Marca Negra saindo do anel destruído. Peter estava tremendo quando a fumaça gritou em seu rosto, mas ele olhou para baixo com um brilho escuro. Quando a fumaça se dissipou, Peter estava respirando profundamente, as lágrimas agora escorrendo de seus olhos azuis.

Lentamente então, seus olhos encontraram os dela. Seu olhar tinha significado, como se implorasse para que Hermione acreditasse que ele sempre estaria ao seu lado, não importando as circunstâncias. Mais lágrimas escorreram dos olhos da morena, abrindo um sorriso enorme, aliviado além da crença de que Peter Pettigrew não viria a ser o covarde que ela sempre temeu que ele se tornasse.

— Conseguimos, — disse ela sem fôlego, os olhos vagarosamente se voltando para Dumbledore. Seus olhos azuis eram impossivelmente brilhantes por trás dos óculos de meia-lua. — Todas as horcruxes estão destruídas.

— De fato, — o líder da Ordem disse, calmamente entrelaçando os dedos enquanto se encostava em sua cadeira.

Seu coração batia descontroladamente dentro da caixa torácica e Hermione não conseguiu evitar um sorriso largo, embora suas bochechas estivessem começando a doer.

Todas as horcruxes foram destruídas, algo que Hermione Granger desejou fervorosamente por anos, mas falhou em alcançar no final. Mas agora, agora Hermione Potter foi capaz de se tornar um sucesso.

'Harry', ela pensou. 'Conseguimos.'

~*~

As despedidas foram breves. Afinal, Dumbledore queria lançar o Feitiço Fidelius o mais rápido possível.

Hermione entendeu as ordens de Dumbledore. Verdadeiramente ela fez. Mas foi tão difícil dizer adeus às pessoas que ela tanto amava neste mundo, incerta de quando ela seria capaz de vê-los novamente.

Se ela pudesse vê-los novamente.

Lily estava chorando muito quando Hermione puxou ela e Sev para um abraço. A ruiva estava chorando palavras incompreensíveis sobre como se manter segura e sentir tanto a falta dela. Hermione não se incomodou em decifrar suas palavras; As ações e expressões de Lily foram suficientes para ela entender como Lily realmente se sentia por ela.

— Fique segura, gatinha, — Sirius sussurrou suavemente, beijando a testa dela enquanto Remus segurava a mão dela com força, seus olhos dourados brilhando com lágrimas não derramadas.

Hermione não tinha certeza do por que estava chorando quando puxou Regulus para um abraço. O herdeiro Negro estava obviamente incomodado com a demonstração de afeto, mas a maneira como ele amassou as costas do suéter dela significou que se despedir dela foi igualmente difícil.

— Volte vivo, — foram suas palavras de despedida.

Eufêmia era mãe de Hermione, dando-lhe conselhos sobre como cuidar de um bebê. Ela listou todas as comidas favoritas de James, seus gostos e desgostos, e ao lado dela, os olhos castanhos de Fleamont brilharam, muito emocionados para dizer qualquer palavra. Hermione puxou Eufêmia para um abraço, impedindo-a de uma de suas litanias idiotas, e sussurrou:

— Eu vou cuidar de James. — Os olhos da geralmente digna matriarca de Potter se encheram de lágrimas, soluços escapando de seus lábios finos enquanto ela se agarrava a Hermione para salvar sua vida. James lentamente puxou sua mãe para longe de Hermione e a abraçou, sussurrando palavras contra o cabelo dela enquanto sua mãe continuava a soluçar.

Foi Peter quem a abraçou por mais tempo, com mais força, e apesar de não dizer nada, ela sabia que era ele quem mais sentiria sua falta. Anya se juntou ao abraço coletivo e salpicou beijos no rosto de Hermione, implorando para que ela ficasse segura, para que ela voltasse viva.

— Está na hora, — Dumbledore anunciou.

Hermione teve dificuldade em se desvencilhar de sua família, mas Peter resolutamente desenrolou os braços dela, empurrando-a gentilmente em direção a James.

Seu marido imediatamente entrelaçou os dedos com os dela, uma oferta silenciosa em algum conforto escasso que ele sabia não seria o suficiente para acalmar seu coração partido. Mesmo assim, ela apertou a mão dele em uma gratidão silenciosa.

Com lágrimas nos olhos, o olhar de Hermione passou de um rosto para outro. Ainda a surpreendia como essas pessoas haviam se tornado tão importantes em sua vida. Ela não conseguia imaginar sua vida sem Lily e Sev constantemente incentivando-a a fazer pausas nos estudos, ou os Marotos a deixando louca com todas as suas travessuras. Ela não conseguia imaginar sua vida sem os preparativos exagerados de Anya, ou as ridículas tradições e etiqueta Puro sangue que os Potter ainda seguiam, apesar de serem infinitamente melhores do que a maioria dos outros no Sagrado Vinte e Oito.

Essas pessoas eram sua família e Hermione estava triste por se separar deles por um período indefinido de tempo.

— Vamos, amor, — James sussurrou, puxando levemente o braço dela. Harry se contorceu nos braços de James, já estendendo a mão para sua mãe. Uma risada aguada escapou de seus lábios quando ela puxou Harry em seus braços, pressionando o adorável garoto contra seu peito o mais perto possível.

Com um último olhar poderoso para a família, ela sussurrou:

— Vejo você em breve.

Não é adeus.

Nunca adeus.

~*~

— Isso vai demorar um pouco, — Dumbledore disse com uma careta enquanto posicionava sua varinha no ar. Severus acenou com a cabeça rigidamente e ficou ao lado do líder da Ordem, também erguendo sua varinha para recitar a ladainha de feitiços que havia memorizado de cor. James estava pairando atrás deles, um olhar de concentração absoluta em seu rosto, como se estivesse tentando se certificar de que nada de ruim aconteceria.

O chalé Potter estava desaparecendo lentamente diante dos olhos de Hermione enquanto Dumbledore e Sev continuavam seu encantamento. Não querendo ficar e assistir enquanto sua casa desaparecia atrás do Feitiço Fidelius, Hermione caminhou sem rumo ao redor de Godric's Hollow com Harry dormindo silenciosamente em seus braços.

A pequena comunidade ainda estava dormindo. As pessoas sempre agitadas ainda estavam dentro de suas casas depois de celebrar o Ano Novo durante toda a noite. Hermione notou vários fogos de artifício chamuscados espalhados pela rua estreita, serpentinas e ruídos que foram, sem dúvida, usados ​​pelo povo da aldeia para dar as boas-vindas ao Ano Novo.

Godric's Hollow era mais adorável nessa época. A última vez que ela esteve aqui, com um Harry Potter de olhos esmeralda, o lugar quase parecia uma cidade fantasma, o ar denso com os efeitos colaterais do assassinato de Voldemort. Hoje, as filas e filas de chalés caseiros pareciam convidativas, flanqueadas por árvores altas balançando graciosamente ao vento.

Os pés de Hermione a levaram em direção ao cemitério da vila logo atrás da igreja. Seus olhos percorreram as inúmeras lápides, algumas velhas e em ruínas devido ao tempo e negligência, enquanto outras estavam muito polidas e limpas, flores frescas decorando seus túmulos.

Um nó se formou em sua garganta quando ela parou onde a lápide de James e Lily Potter estivera em sua vida anterior. Não havia nada lá, é claro, com apenas um pedaço fresco de grama coberta de neve abaixo de seus pés.

Seus olhos lacrimejaram, lembrando-se de como os olhos de Harry se encheram de lágrimas enquanto ele olhava para as lápides de seus pais. Abraçando seu bebê mais perto de si, Hermione se perguntou se este Harry também estaria neste mesmo lugar dezessete anos a partir de agora, silenciosamente lamentando seus pais, com quem ele gostaria de ter passado mais tempo.

' Não,' ela disse firmemente a si mesma. 'Não, isso não vai acontecer. Não no meu turno.'

Com uma respiração profunda e trêmula, Hermione se forçou a sair do cemitério. De onde ela estava, ela podia ver que o Feitiço Fidelius estava apenas na metade do caminho e, portanto, ela continuou vagando pela vila pacífica.

Ela marchou pelas ruas de paralelepípedos cobertas de neve, apertando seu abraço ao redor de seu filho adormecido para dar-lhe tanto calor quanto podia. Sua jornada era sem objetivo, permitindo que seus pés a carregassem para qualquer lugar que pudesse, e foi somente quando ela viu o imponente obelisco na praça da vila que ela encontrou seu destino.

De longe, o obelisco erguia-se alto e sinistro, nomes esculpidos de soldados trouxas e civis que foram vítimas durante a Segunda Guerra Mundial, decorando a pedra. Hermione meio que esperava que o obelisco mudasse de forma conforme ela se aproximasse, retratando uma família de três, os pais olhando alegremente para o bebê nos braços da mãe. Mas, mesmo a um metro de distância, o obelisco permaneceu inalterado.

Ela mais uma vez se lembrou de Harry, parado com os olhos arregalados e triste enquanto olhava para o monumento construído para sua família. James e Lily estavam olhando carinhosamente para o bebê Harry, a neve caindo em suas cabeças como pequenos gorros quentes de tricô para protegê-los do frio.

Seus olhos se encheram de lágrimas enquanto ela olhava para seu filho adormecido. Harry parecia tão em paz, suas bochechas e a ponta do nariz levemente rosadas de frio. Ela piscou quando um único floco de neve pousou no nariz de Harry e, quando olhou para cima, percebeu que estava começando a nevar novamente.

Hermione puxou sua varinha para lançar um guarda-chuva no alto, mas antes que pudesse fazer isso, a neve parou de cair sobre eles.

Ela olhou para cima novamente, confusa, apenas para ver que alguém já havia lançado um guarda-chuva improvisado. Hermione ficou surpresa ao ver James, um pequeno sorriso no rosto.

— O que você está fazendo aqui, Bigodes? — ele perguntou preocupado. — Você sabe que é perigoso vagar por aí desde... — Ele deixou suas palavras balançarem enquanto uma carranca agora puxava seus lábios.

— Estamos bem, — ela assegurou. — Eu só estou... tentando explorar pelas últimas horas antes de nos escondermos do mundo.

Seus olhos castanhos se suavizaram e sem palavras, Hermione pegou sua outra mão livre para segurá-la.

Seu olhar fixou-se no obelisco, os olhos vagando pelos vários nomes de pessoas que foram vítimas da guerra trouxa.

— Dois galeões pelos seus pensamentos?

Ela riu, lembrando da piada de Sirius que pegou, e brevemente olhou para James novamente.

— Não tenho certeza se já te disse, — ela começou lentamente. — Eu disse tantas revelações nos últimos meses que honestamente não consigo mais acompanhar. — Ele bufou em resposta e ela sorriu, continuando, — Mas, depois que Voldemort encontrou a família Potter na minha vida passada e- — Ela fez uma pausa e engoliu em seco, ainda incapaz de dizer a palavra, embora ambos soubessem do destino da família Potter.

Em vez disso, Hermione olhou para o obelisco e acrescentou:

— Godric's Hollow é o lar de muitas famílias bruxas, mas tenho certeza que você já sabia disso. E então, em homenagem à família que se sacrificou para derrubar Voldemort, eles construíram um memorial.

Hermione pressionou cuidadosamente a palma da mão contra o obelisco, um sorriso triste agora em seu rosto.

— Os trouxas não veem isso, é claro. Tudo o que eles viram foi o obelisco para as vítimas da guerra. Mas ele mudaria para o povo mágico, um monumento da família que sacrificou muito ao ficar em cima dele. — Ela traçou um dedo contra um nome e suspirou. — Eles disseram que durante o inverno, a neve parecia gorros de tricô em suas cabeças, — ela sussurrou. Seu olhar ficou cego, lembrando-se da última vez que ela estivera bem neste lugar, segurando a mão de Harry para confortar seu melhor amigo angustiado. — Os olhos de Harry, os esmeraldas, ficaram realmente tristes quando ele viu o memorial pela primeira vez. Foi-

Sua respiração engatou quando uma lágrima escorregou de seus olhos. Ela desviou o olhar do obelisco e olhou para o marido. Os olhos de James já estavam nublados de preocupação. Hermione tirou a mão do obelisco e, em vez disso, embalou a mandíbula de James contra a palma da mão.

— Você não tem ideia de quanto alívio eu senti, quando vi que o obelisco não havia se transformado em um memorial.

Um sorriso irônico apareceu em seu rosto quando James beijou sua palma.

— Eu não acho que foi justo como o mundo celebrou o dia em que Harry Potter derrotou Voldemort quando bebê, — ela continuou. — Afinal, uma criança perdeu a família.

Seu próprio Harry, de olhos azuis e ainda tão terrivelmente pequeno, se mexeu em seus braços. Hermione olhou para seu filho, que estava começando a choramingar. Ela o silenciou, deu beijos no topo de sua cabeça macia e o balançou em seus braços até que Harry se aquietou.

— Deixe-me carregá-lo, — James insistiu. — Tenho certeza que seus braços precisam descansar.

Hermione soltou uma risada aguada e transferiu Harry para os braços de James.

— Antes de sabermos, ele vai estar se elevando sobre mim, — disse ela, acariciando carinhosamente os nós dos dedos contra a bochecha de Harry. — Isso é, claro, se você sabe...

James olhou nos olhos dela.

— Esperamos que a família Potter não se torne um memorial, hein? — ele brincou levemente, apenas para aliviar um pouco a preocupação em seu coração.

— Hermione.

O casal voltou o olhar para Severus, que estava parado a poucos metros deles. Seus olhos se estreitaram com as lágrimas em seus olhos, mas Hermione deu a ele um pequeno e reconfortante sorriso.

— Está feito? — ela perguntou.

Ele acenou com a cabeça rigidamente e gesticulou para que o seguissem.

Previsivelmente, o chalé Potter era invisível aos olhos deles. Ainda assim, isso não impediu Hermione de se sentir um pouco desconcertada. Seus olhos azuis percorreram todo o terreno vazio, tentando ver qualquer vislumbre da casa de campo pitoresca que ela começou a chamar de lar, mas por mais que tentasse, nem uma pequena luz bruxuleante das vidraças brilhantes nem o telhado polido estavam em qualquer lugar à vista.

— Aqui, — Sev ofereceu, estendendo um pergaminho amassado em sua direção.

Seus olhos percorreram o pedaço de papel, A Casa dos Potter fica no número 27, Godric's Hollow.

Quando Hermione piscou, a casa pitoresca estava mais uma vez bem diante dela. Seus lábios se esticaram em um pequeno sorriso, silenciosamente passando o papel para o marido.

— Como Harry será capaz de ver nossa casa, então? — James perguntou, direcionando a pergunta para o diretor silencioso. — Visto que ele ainda é um bebê e não consegue ler. É o que está me incomodando há muito tempo.

— O Feitiço Fidelius só requer que alguém veja o endereço no pergaminho enfeitiçado. O cérebro não precisa processar as palavras para que a magia aconteça, — explicou Hermione, respondendo por Dumbledore ao invés. Para provar um ponto, ela pegou o pergaminho da mão de James e bateu levemente na bochecha de Harry. O garotinho abriu os olhos com os olhos turvos e Hermione imediatamente colocou o endereço na frente de seus olhos.

Seu bebê então se encolheu, olhos arregalados agora olhando para onde ficava o chalé Potter.

— Veja, — disse ela, gesticulando para Harry.

Ela viu como o olhar de James se tornou afetuoso, sem dúvida pensando que, apesar das circunstâncias, Hermione não perdeu nenhuma oportunidade de mostrar o quanto sabe-tudo que ela era. Sev não teve escrúpulos em mascarar sua expressão, porém, bufando e revirando os olhos de brincadeira com a explicação dela.

— Quanto ao meu último truque, — Dumbledore brincou e fez outra série de movimentos e movimentos complicados. As sobrancelhas de Hermione franziram quando ela notou que nada havia mudado em sua casa.

— Eu soletrei de forma que a fachada de sua casa ainda fique visível para todos verem. Fique tranquilo, pois ninguém poderá ver sua família lá dentro, — explicou o bruxo mais velho com um sorriso. — Tenho certeza de que todos ficarão terrivelmente confusos sobre por que sua casa desapareceu repentinamente do nada. Não queremos levantar nenhuma suspeita agora, queremos?

Hermione acenou com a cabeça lentamente.

— Não, senhor, — ela sussurrou em resposta.

— Bem, então, — o homem enrugado continuou. — Vendo que sua casa já está sob o Feitiço Fidelius, toda a família está sob ordens estritas de apenas se aventurar se, e somente se, a necessidade surgir. — Não passou despercebido de Hermione como o olhar de Dumbledore estava quase todo preso em James. — Se tal necessidade surgir, a capa da invisibilidade deve ser usada. Estou sendo claro?

James suspirou, uma pequena careta em seu rosto.

— Sim, senhor, — ele murmurou enquanto Hermione balançava a cabeça lentamente.

A expressão severa de Dumbledore então se transformou em uma compreensão triste.

— Todas as horcruxes foram destruídas, — continuou ele. — É apenas uma questão de tempo antes da queda de Voldemort.

— Você tem um plano? — ela deixou escapar.

Os olhos do velho mago endureceram, seu sorriso ficando tenso.

— Todos os grandes planos levam tempo, Hermione, — ele disse suavemente. — Paciência, minha querida.

Hermione respirou fundo e acenou com a cabeça em resignação. Voldemort ainda era uma força a ser considerada, mortal ou imortal. Os Comensais da Morte também eram formidáveis. Não adiantaria se Dumbledore agisse prematuramente com um plano incompleto. Hermione preferia que as pessoas que amava estivessem vivas depois que ela saiu do esconderijo.

— Por favor, fique seguro, — ela sussurrou, seus olhos azuis varrendo de Dumbledore para Sev. — Todos vocês.

Sua melhor amiga a puxou para um abraço apertado.

— Vamos esperar por você, — foi à promessa decidida de Sev.

Lágrimas arderam em seus olhos quando ela deu um beijo casto em sua bochecha.

— Cuide de Lily, — ela sussurrou. — Eu vou ver vocês dois em breve.

Sev a apertou brevemente antes de se afastar completamente.

Hermione se virou para James e segurou sua mão. Com um último olhar para os outros dois, os Potters entraram em sua casa, esperando o melhor.

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