What Could Have Been

By ellebrocca

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Alcina Dimitrescu teve a infelicidade, ou talvez não, de sobreviver após a luta contra Ethan Winters sendo re... More

TEMPORADA 1 - O Corpo
Desconfianças
O Vilarejo
Dentro do Castelo
Primeiro Dia
Seguidas por Sombras
Descobertas
A Queda
Pistas e Suspeitas
Uma Boa Desculpa
A Máscara de Chris
O Plano de Miranda
Uma Verdade Dolorosa
Quem Sou Eu?
Um Recomeço
TEMPORADA 2 - Fragmentada
Lado Sombrio
Alianças
Fuga
Última Chance
Adeus, Rosemary
TEMPORADA 3 - De Volta ao Lar
O Badalar dos Sinos
A Colheita
Donzela
Um Leve Deslize
Incertezas
O Beijo do Dragão
Conexões
Deixe-me Ficar
A Escolha de Rose
A Sua Mercê
Segundas Impressões
Os Bons Filhos A Casa Retornam
Tormenta
Mãe
TEMPORADA 4 - Apresentações
Bela, Daniela e Cassandra
Corra
Conquistas
Pobre Daniela
Profundas Cicatrizes
A Herdeira
Miss D and The Pallboys
A Monarca da Casa Dimitrescu
Mente Estilhaçada
Megamiceto
O Parasita e a Hospedeira
Uma Dádiva
Domínio
O Dansă, Domnișoară?
A Chave

No Meio da Noite

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By ellebrocca

No Meio da Noite

O hospital da Blue Umbrella ficava em uma zona rural afastada da cidade, de no máximo meia hora de carro, e o prédio permanecia o mesmo em que Alcina se lembrava desde a sua última vez no edifício largo de três andares, há dezesseis anos atrás quando fora resgatada por Chris e sua equipe. Ao saber da notícia que o Redfield e seu companheiro foram atacados pelos licanos imediatamente Alcina pegou seu carro, e junto de Rose e dos Lordes foram para o hospital na tentativa de saber se Chris corria risco de vida.

Com Alcina no volante chegaram com bastante rapidez, sendo recebidos pelo esquadrão Lobo de Caça, os mesmos estavam reunidos logo na recepção, sem seus capacetes e aguardando algum avanço da equipe médica da Umbrella.

— John! — Alcina chama o homem que obtém o codinome de "Lobo".

Com o chamado, todos se voltaram para Alcina que entrou no hospital acompanhada de Rose e os dois Lordes recém recrutados.

— Chegaram em casa bem? — John vai ao seu encontro junto do esquadrão.

— Sim. Onde está o Chris? — Pergunta Alcina, um pouco ofegante.

— Ele está bem? — Rose faz outra pergunta logo em seguida estando mais alterada do que a outra.

— Ele teve um ferimento feio no ombro, um licano conseguiu rasgá-lo com as garras. — Conta John não conseguindo mentir para as garotas. — Mas acredito que ele pode se recuperar, mas o Dion foi severamente ferido e até mesmo mordido.

— Mordido? — Alcina logo prevê que o amigo de Chris não sairá ileso daquela situação, pois ela já estava ciente sobre o que acontece com a pessoa que é mordida por um licano.

— Sim. — Afirma John demonstrando estar bastante ciente do possível destino do seu colega.

— A BSAA já foi notificada do resultado da missão. — Rolando, o Olhos Castanhos, prossegue com mais informações. — Eles pretendem realizar um teste da cura no Dion, para ver se conseguem algum sucesso e impedi-lo de virar... Bem, vocês sabem.

— Um licano. — Completa Heisenberg. — Isso é quase impossível.

— Farão o Dion de cobaia? Mas ele pode morrer se a cura demonstrar algum tipo de substância que o corpo humano não aguente. — Alerta Rose sabendo dos riscos.

— Ele já é um homem morto. — Diz Karl aceitando o final cruel de Dion como se não se importasse.

— Cala a boca, Heisenberg! — Exclama Alcina deixando-se ser levada pelo sentimento de culpa e raiva. Depois de dar o sermão em seu irmão ela volta a falar com John. — Eu quero ver o Chris.

— Não nos deixaram vê-lo, precisamos esperar.

— Que se dane.

Alcina avança para o corredor com Rose atrás de si, e os Lordes preferiram ficar na recepção aguardando alguma resposta. Apesar dos seguranças tentarem impedir Alcina de entrar no quarto de exames, ela demonstrou que iria se defender se fosse preciso, dando a entender de que usaria suas habilidades se alguém ousasse a toca-la. Por saberem com quem estavam mexendo não conseguiram detê-las e apenas as deixaram passar até conseguirem chegar a sala de cirurgia, e ao entrarem se depararam com Chris sem suas vestimentas de cima realizando pontos por toda a extensão do seu tórax esquerdo até o ombro. O médico que o atendia estava com suas luvas totalmente manchadas de sangue, e ao que parecia seu trabalho estava quase finalizado.

— Chris! — Rose não se contenta e o abraça com cuidado para não abrir seus pontos, e não se preocupa em ter uma parte de seu casaco manchado pelo sangue de Chris.

— Como vocês conseguiram entrar? — Ele pergunta retribuindo o abraço e aliviado por ver que elas estavam bem.

— Não íamos ficar paradas na recepção até saber se você estava bem. — Responde Alcina se aproximado da maca onde Chris estava sentado. — O que houve na casa da Donna?

— Muitos licanos invadiram de uma vez, e quase não conseguimos sair. Um deles conseguiu me pegar de jeito e o Dion me salvou, e como consequência ele recebeu a maior parte do ataque que era pra ter sido comigo. — Havia culpa nos olhos de Chris, e Alcina conseguiu perceber isso.

— Ele sabia do risco, e mesmo assim te salvou. Não se culpe pela decisão que o Dion escolheu. Devemos muito a ele.

— Eu estou ciente que ele pode se transformar, e me assusta em saber que posso perdê-lo como perdi a Emily. — Desabafa.

— Talvez a BSAA tenha chegado a uma cura. — Comenta Rose querendo manter a esperança entre eles. — Vamos pensar positivo.

— Você tá certa. — Concorda Chris com um sorriso fraco.

— Eu preciso pedir para aguardarem na recepção, ainda preciso terminar alguns pontos. — Pede o médico ainda presente no quarto.

— É claro. Sinto muito. — Alcina percebe que Chris precisa finalizar sua sessão e faz um sinal para Rose com a cabeça a incentivando segui-la. — Vamos te esperar na recepção.

Ao virar-se de costas, Chris notou que a blusa de Alcina estava rasgada no local onde suas asas ficavam escondidas, dedurando de que a própria havia as usado durante a fuga. Mas como não queria causar nenhum problema ao médico decidiu deixar aquilo de lado pelo menos até a hora da sua saída do hospital.

Com quase uma hora de espera, todos puderem ficar aliviados assim que viram Chris chegando na recepção já vestido com sua camiseta e acompanhado do médico que o atendeu. Seu esquadrão vai ao seu encontro primeiro para recebê-lo e terem a chance de dizerem o quanto Chris era um bom líder, e também buscarem informações sobre Dion. No momento o soldado ainda estava em coma, e receberia o teste da cura logo pela manhã. Em caso, teriam que aguardar as próximas horas.

Rose vai ao encontro de Chris novamente sendo recebida por um abraço reconfortante dele, o que já demonstrava como ela era apegada ao homem e sempre o considerou um segundo pai. Ambos seguem colados um no outro até os Lordes próximo da saída do hospital.

— Você tá vivo. — Diz Karl mantendo seu tom irônico.

— Quem seria a babá perfeita pra você e para Alcina se não fosse eu? — Chris entra na brincadeira conseguindo arrancar um sorriso do Lorde.

— Podemos voltar pra casa? Toda essa catástrofe me deu fome. — Murmura Rose.

— Eu tô com a loirinha. — Apoia Heisenberg.

Chris também demonstra apoio afirmando com a cabeça e o grupo sai do hospital pegando seus carros para retornar a residência Redfield, onde poderiam ter um pouco de sossego. Rose foi com Chris em sua camionete para fazer companhia a ele, e Alcina ficou com seus irmãos em seu próprio carro e dirigiu logo atrás de Chris.

Para aliviar o clima que fora desenvolvido em uma única noite, Chris achou que poderia alegrar Rose e satisfazer os demais comprando uma pizza, algo que sempre deixou tanto Rose quanto Alcina felizes, principalmente nos últimos anos em que conviveram juntos.

Todos estavam reunidos na sala, cada um entretido em algo. Donna estava no sofá e com Angie deitada em suas coxas, mantendo-se focada no seu processo de criar vida na boneca. Seus dedos movimentavam-se com mastreia em torno dela, e seu Cadou se manifestava na ponta de seus dedos como se fossem "cordas" transparentes usadas para controlar marionetes. Rose estava do lado direito de Donna, a observando testar seus poderes para dar vida a Angie novamente, e com um brilho de fascinação no olhar por estar testemunhando dons que eram diferentes dos seus. Heisenberg estava sentado na ponta do móvel, acompanhando a manchete que passava na TV junto de Chris que estava em sua poltrona. O noticiário anunciava uma série de ataques misteriosos de animais selvagens que estavam rondando a cidade, e evidentemente, Chris sabia que se tratava dos licanos, e apenas eles obtinham essas informações ao contrário dos civis.

— A Miranda tá fazendo de tudo pra chamar a atenção. — Comenta Karl centrado na TV.

— Ela tá nos dando um aviso. — Diz Chris com aflição por ver fotos de pessoas que estão desaparecidas no noticiário e ainda de civis que foram mortos por esses ataques.

Logo Alcina, que havia ido para o seu quarto com o intuito de trocar sua camiseta rasgada por outra, retorna para a sala com passos silenciosos, e ao chegar no topo da escada consegue ouvir seu nome sendo pronunciado por Heisenberg durante sua conversa com Chris, o que a fez ficar em silêncio na escada por estar com um pressentimento de que eles não iriam ter essa conversa com ela presente.

— Ela não vai parar até ter a Alcina. — Continua Heisenberg. — Eu tenho bastante experiência com aquela vadia e sei o quanto ela é doente pra ter a filha de volta. E enquanto a Miranda não por as mãos na Alcina ela não vai desistir até que a gente consiga dar um fim nela.

— O que sugere que a gente faça? — Pergunta Chris deixando sua atenção da TV para focar em Heisenberg.

— Nós conseguimos salvar a Donna de virar uma cobaia da Miranda a tempo, e agora que estamos todos juntos podemos nos unir para um ataque e usar a Alcina como arma principal.

— A gente não pode simplesmente ir atrás da Miranda como em uma caçada de raposa, precisamos nos preparar primeiro e achar um ponto fraco da Miranda. — Analisa Chris.

— O único ponto fraco da Miranda é o desejo dela de ter a Eva de volta, por isso que se usássemos a Alcina poderíamos pega-la em desvantagem.

— O que você está insinuando, Heisenberg?

Rose e Donna ficam em um completo silêncio, estando curiosas em saber qual era o plano de Karl e como ele faria para derrubar Miranda, e finalmente o Lorde lhe dá a resposta.

— A Alcina teria que ser um sacrifício.

— Ficou maluco?! — Exclama Rose se levantando do sofá por ter ficado indignada com a ideia sem noção do Lorde. — Já não basta você ter tentando me usar como arma quando eu era apenas uma recém nascida e agora você quer usar a Alcina como sacrifício pra atrair a Miranda?!

— Pense bem, se a Alcina se entregasse para a Miranda, ela realizaria a cerimônia para torná-la a Eva, assim como ela tentou fazer com você quando era um bebê, e isso a deixaria fraca. Porque para realizar a cerimônia a Miranda precisa gastar uma grande quantidade de poder, e então seria nesse momento que nós atacaríamos. — Karl abre o jogo deixando suas cartas na mesa.

— Seria arriscado demais, e a Alci ainda poderia correr risco de vida por estar no meio disso tudo! — Debate Rose, não aceitando a proposta de Heisenberg.

— As chances dela bater as botas no meio da transição da cerimônia de fato, podem ocorrer, mas pelo menos teríamos uma vantagem absoluta, e Alcina seria considerada uma heroína.

— Se continuar a falar essas merdas eu vou fazer você pagar com a boca! — Ameaça Rose com seus olhos ficando vibrantes por conta dela estar quase usando seus poderes.

— O convívio com a Alcina fez você ficar igual a ela. — Compara Karl, sem demonstrar qualquer tipo de medo por ela.

— Rose se acalme. — Pede Chris o mais calmo possível para manter a situação sob controle. — E Heisenberg, vamos encerrar com o assunto no momento. Foi uma noite complicada pra todos nós, e não vamos a lugar nenhum com mais conflitos entre a gente.

— Heisenberg pode estar certo. — Alcina se pronuncia, descendo a escada e deixando todos em silêncio com seus olhares presos nela. — Eu sou o alvo da Miranda, e ela nunca foi do tipo que desiste fácil dos seus objetivos. Acho que essa é a única coisa que eu e ela temos em comum. — Com os braços cruzados ela passa a assistir o noticiário sobre as vítimas dos licanos. — Talvez teria sido melhor eu nunca ter saído do vilarejo.

— Se você tivesse ficado desde o princípio a Miranda poderia ter te controlado fácil como da outra vez. — Lembra Chris. — E tudo poderia ter se repetido. O seu resgate naquela noite resultou na força que você tem hoje, e é com ela que vamos conseguir acabar com a Miranda. Você, Rose, e todos vocês... — Chris passa a olhar para cada um que estava presente na sala. — Os seus poderes podem ser considerados maldições por vocês, e eu entendo o quanto cada um desejava ser uma pessoa "normal", mas agora é diferente. Suas habilidades geradas pelo Cadou são agora nosso ponto forte e também podem ser a nossa única salvação.

De alguma forma as palavras ditas por Chris conseguiu deixar todos comovidos, principalmente Alcina que era a que mais necessitava de apoio naquele momento. O silêncio que estendeu-se por poucos segundos foi quebrado quando a campainha da casa tocou, e Chris foi até a porta para atender quem quer que fosse. Desta vez não era o motoboy, mas sua irmã.

— Não sabe o quanto desejo socar a sua cara. — Claire entra na casa já ameaçando Chris, mas logo fica muda por alguns instantes ao ver uma nova visitante da casa, sendo Donna e sua boneca, o que deixou a residência com um aspecto "lotado". — Entrei na casa da mãe Joana?

— Há que devo o prazer da sua visita, mana?

— Eu recebi uma ligação do Scott dizendo que você quase foi morto em missão hoje e o Dion se encontra em risco de vida, e eu quero saber porque você não me chamou pra ir junto, idiota?! — Claire soca o peito esquerdo onde Chris havia sido ferido.

— Vai com calma, eu fiz pontos! — Ele geme sentindo pontadas na sua pele.

— Era pra doer, que isso sirva de lição pra você não sair por aí em missões suicidas sem me chamar! Eu podia ter te ajudado!

— Não queria te colocar em perigo, mesmo sabendo que você é casca grossa, mas não ia suportar em te ver em uma cama hospitalar como o Dion.

Claire compreendeu a posição do irmão e decidiu não lhe dar mais nenhum sermão, ainda mais por imaginar tudo o que aconteceu com ele e seu esquadrão desde o início da noite. Ela retorna com sua atenção para os Lordes, e fica curiosa com a nova presença sentada ao lado de Rose.

— Você deve ser a Donna, estou certa? — A Lorde acena positivamente com a cabeça respondendo a pergunta de Claire. — Bem-vinda, e é bom saber que está bem. Está segura com a gente, eu garanto.

— Obrigada. — Agradece Donna com o tom de voz extremamente baixo por não estar acostumada com a presença de Claire.

— Ela é um ratinho antisocial, por isso a timidez. — Esclarece Heisenberg.

— Mais respeito com a Donna, Heisenberg! — Diz Alcina não aceitando que o Lorde comece a referir-se a sua irmã com apelidos maldosos.

— Tá com ciúmes que você não é a única privilegiada pelas minhas piadas? — Karl provoca com um sorriso sacana.

— Não vão começar com as intrigas de novo, por favor. — Pede Chris cruzando os braços.

— Eu tô na minha, é o hobbit com asas que tá nervosinha hoje. — Insulta Heisenberg causando mais fúria em Alcina.

— Você está passando dos limites. — Ela o alerta com seus olhos mudando de cor.

— E parece que eu não sou o único. — Karl nota a coloração amarelada nas íris de sua irmã. — Você me parece estar ultrapassando seus limites também, me parece até mais selvagem do que antes.

Para não perder o controle na frente de todos, ainda mais por estar sentindo sua outra versão querendo possuí-la, Alcina respira fundo e dá as costas com a intensão de voltar para seu quarto e se isolar para dar um tempo a sua cabeça e não deixar ser atingida pelas provocações de Heisenberg.

— Dá um tempo. — Chris põe ordem, fazendo o Lorde se calar e tenta impedir Alcina de se afastar. — Alci, vamos jantar daqui a pouco, fica com a gente.

— Foi uma noite conturbada hoje, eu preciso ficar sozinha. — Diz a morena subindo os primeiros degraus.

— Eu levo a janta pra você depois. — Aceita Chris, não querendo força-la a ficar contra sua vontade.

— Que fofo da sua parte se oferecendo como janta pra minha irmã, até que formam um belo casal. — Debocha Karl.

— Heisenberg! — Alcina se altera fazendo o Lorde olhar diretamente para ela, e por Rose e Chris já conhecê-la sabiam que a morena ia jogar uma bomba. — Você pode ser um gênio da engenharia mecânica, mas é extremamente burro em questões tão simples que é de surpreender! A fixa não caiu ainda? Depois de séculos que vivemos naquele inferno de vilarejo você ainda não percebeu?!

— Percebi o que?

— Que eu sou lésbica, seu idiota! — Após Alcina se assumir Chris precisou fazer um grande esforço mental para não rir, e Donna arregalou os olhos com a notícia ficando até mesmo com as bochechas vermelhas. Heisenberg pareceu ter ficado sem palavras pela primeira vez, o que já deixou Alcina satisfeita. — Caso eu não tenha sido clara o suficiente, serei mais específica para que isso entra na sua cabeça feita de metal enferrujado! Eu. Chupo. Apenas. Mulheres! Tenha uma boa noite!

Ninguém conseguiu pronunciar uma palavra até que Alcina entrasse em seu quarto e batesse a porta com força, ocasionando no eco do estrondo que chegou até a sala. Karl permaneceu imóvel e sem conseguir se expressar pelo o que recém havia escutado, e isso fora um bom entretenimento para Chris, que se divertiu com a reação do Lorde.

— O gato comeu a sua língua, Heisenberg? — O Redfield tira sarro fazendo Claire rir atrás dele.

— Quem me dera. — Karl recupera suas falas. — Preciso de uma cerveja.

Durante a trajetória do Lorde até a cozinha o motoboy chegou no endereço anunciando sua aproximação com uma única buzina, e Rose logo correu para buscar a pizza. Todos se reuniram na cozinha e Chris pediu para que Claire ficasse para o jantar e preparou um prato para levar três pedaços e um copo de suco para Alcina no quarto como havia prometido, mas Rose fez questão de levar por ele, e Chris cedeu.

Até aquele momento Alcina estava com suas roupas trocadas novamente, usando sua camisola curta de alças do tom de creme, e estava sentada em sua cama com a janela ao seu lado aberta, e seu colar de pérolas em mãos. Seus polegares deslizavam pelas bordas do emblema Dimitrescu, e vagas lembranças lhe tomavam a mente sendo de momentos com suas filhas. Sempre quando estava estressada com algo ela recorria a companhia de Bela, Cassandra e Daniela, que sempre conseguiam relaxa-la apenas por estarem presentes. O sentimento de luto ainda era perceptível em seu olhar, e até mesmo atormentava Alcina a cada instante do dia, no qual ela sempre tentava esconder das pessoas a sua volta por odiar em parecer fraca, quando na verdade ela apenas necessitava de um abraço.

Assim que Rose entra no quarto, trazendo consigo sua janta, Alcina imediatamente tenta se recompor e transparecer de que estava tudo bem.

— A pizza chegou. — A loira anuncia com um sorriso doce.

— Obrigada, meu bem.

Rose deixa o prato em cima da cômoda junto ao copo, e senta-se na beira da cama a poucos centímetros de Alcina.

— Você está melhor?

— Estou, é só que o Heisenberg me tira do sério as vezes.

— Ele é um idiota, apesar dele até ter um bom senso de humor. Mas você conseguiu fazê-lo ficar mudo. Precisava ver a cara dele depois que você se assumiu daquele jeito. — Diz Rose tentando evitar de rir na frente de Alcina, mas o sorriso ainda persistiu em seu rosto. — O Chris e a Claire ficaram com os rostos roxos de tanto que eles se seguraram pra não rir da situação.

— Eu imagino. — Alcina desvia o olhar um pouco envergonhada. — Eu não deveria ter explodido daquele jeito.

— Bom, pelo menos você conseguiu fazer o Heisenberg ficar mudo por dez minutos, e eu considero isso um recorde. Até mesmo a Donna pareceu se divertir, apesar dela não ter se pronunciado até o momento.

— Ela nunca foi de se intrometer, e ainda por cima é completamente inocente nesses tipos de assunto. Eu gostaria que você fizesse companhia para ela quando eu não estiver por perto. Donna precisa de alguém por não ter mais a Angie como sua parceira. — Pede Alcina se preocupando com o bem estar da Beneviento.

— Farei o meu melhor. Ela me parece ser uma pessoa muito gentil pelo pouco que a conheci. — Comenta Rose abertamente. — Eu fiquei com vergonha de perguntar, mas o que aconteceu com o olho dela?

— O Cadou acabou causando um tumor diretamente no olho direito da Donna, e o mofo se fundiu naquela região. Ela costumava usar um véu para cobrir o rosto por detestar sua própria aparência, e já foi vítima de muitas piadas de mau gosto, o que a fez ser muito insegura consigo mesma. — Conta Alcina lembrando-se vagamente de como era o rosto de Donna sem o véu, pois foi raro os momentos que conseguiu registra-la sem estar com a maior parte de eu rosto coberto. — Por isso fiquei enfurecida quando Heisenberg começou a insulta-la. Isso fica só entre a gente, ok?

— É claro. — Por sorte, Rose sempre foi uma garota compreensível e de coração puro, e era muito boa em guardar segredos. — Depois que você comer tente dormir um pouco, vai te fazer bem.

— Vou seguir seu conselho.

Rose sai do quarto deixando Alcina com sua privacidade, onde pôde jantar em silêncio e sem nenhuma interferência, e ao terminar a refeição deixou seu prato e copo vazio em cima da cômoda outra vez e se ajeitou-se na cama para dormir. Algo que não aconteceu. As horas foram passando, seu corpo movia-se de um lado para o outro e sempre ativo. Desde que libertou suas asas após ter ficado um mês sem usá-las sentia uma grande necessidade de voar novamente, mesmo estando ciente de que a BSAA havia posto uma regra, e Alcina só poderia expô-las em caso de batalha como ocorreu durante sua missão de resgate a Donna.

A questão era que Alcina queria sentir a mesma sensação que teve ao voar durante sua fuga: ter o vento em seu rosto novamente, deixar a correnteza de ar guiar suas asas pelos céus, ter aquela sensação de liberdade que fazia tempos em que não vivenciava. Suas costas chegavam a coçar por conta de suas asas estarem pressionando contra sua carne, lutando para se libertarem. Aquele quarto estava se tornando sufocante, e Alcina precisava se locomover para outro lugar mais fresco.

Levantou-se da cama caminhando na ponta dos pés, e encontrou o resto da casa totalmente escura e silenciosa, o que a fez pensar que todos já deveriam estar dormindo, até por já ter passado um pouco mais da meia-noite. Heisenberg estava atirado no sofá e roncava profundamente dando para ser escutado no corredor do segundo andar, onde Alcina se encontrava. Permanecendo na ponta dos pés a morena foi conferir se Rose também estava dormindo, e ao abrir a porta do seu quarto lentamente acabou encontrando Donna dormindo na cama abraçada em Angie, e Alcina logo suspeitou de que Rose estava dormindo com Chris por ter emprestado seu quarto para sua irmã.

Retornou para o seu caminho até chegar a escadaria do sótão, onde subiu com cuidado para não causar tanto ruído, e a razão dela estar indo para lá era para chegar até o telhado da casa. Quando entrou no sótão foi para a escada de ferro que a levaria para a janela do teto, e ao chegar no telhado fechou os olhos por uma fração de segundos assim que sentiu a brisa fresca da madrugada. Antigamente, Alcina e Rose costumavam subir para o terraço no intuito de admirar a constelação com o telescópio de Chris, e geralmente ficavam caçando constelações de diversos signos, o que lhes gerava um grande entretenimento e momentos marcantes.

O terraço por ser feito em concreto e de superfície reta poderia ser considerado um terceiro andar, completamente aberto e nutrindo uma boa vista do condomínio. O céu estava ocupado de estrelas, indicando a probabilidade do dia seguinte ser ensolarado, sem mencionar a lua minguante que era o grande destaque daquela noite. Alcina ficou apreciando a vista do condomínio, e logo retornou a fechar seus olhos imaginando-se voando outra vez pelas torres de seu castelo.

"Relembrando os velhos tempos?"

Alcina abre seus olhos ao escutar a voz da Lady entrando em contato com ela.

— Só quis pegar um pouco de fôlego.

"Alcina, eu posso sentir o seu desejo ardente de querer voar. Por que não se permite ser livre por uma noite?"

Eu fiz uma promessa de não usar meus poderes se não fosse para missões.

"Vai se negar a realizar suas vontades por conta de pessoas que querem te controlar? Estamos sozinhas, a noite está magnífica. Não sente saudade de quando você voava pelo vilarejo em noites como esta? O quanto sentíamos indestrutíveis a cada bater de nossas asas? Não sente falta disso?"

É claro que sinto. — Confessa Alcina com o coração acelerado e andando vagamente até a beirada do terraço. — Mas não posso permitir ser tentada por você. Sei que isso deve ser algum plano seu para me controlar.

"Desta vez eu lhe dou minha palavra de que não tentarei nada. Eu só preciso sentir aquela sensação de novo. Apenas essa noite. Todos estão dormindo, e ninguém saberá."

Alcina estava dividida pelas suas emoções, entre o certo e o errado. Mas, seria tão errado ela apenas querer um pouco de liberdade? Ser quem ela é de verdade por uma noite? Seu corpo começou a produzir um calor por conta da adrenalina, a respiração ofegante que deixava sua boca completamente seca. E por estar em uma situação vulnerável não conseguiu conter suas asas dentro dela, e elas simplesmente se abriram, ficando eretas como se estivessem preparando voo.

"Apenas esta noite, Alcina."

Apenas hoje.

Com um único impulso, Alcina se inclina para frente permitindo-se cair do terraço, mas suas asas a fizeram alcançar voo, guiando-a diretamente para o céu estrelado. Ela não acreditou no que estava fazendo nos primeiros minutos quando se viu voando por cima do condomínio, e ficou com medo de Chris descobrir sobre sua saída noturna, contudo, ao atingir um nível de altura surpreendente ela simplesmente começou a rir. A felicidade, o entusiasmo por estar voando livremente, e a liberdade que lhe foi concedida tornaram aquele momento nostálgico.

Ela necessitava de mais. Suas asas bateram com força ganhando uma velocidade absurda pelo seu tamanho, e quando Alcina percebeu já estava voando em cima da cidade, testemunhando os poucos carros que ainda andavam pela avenida, as luzes coloridas abaixo dela causando um brilho em seu olhar. Não chegava a ser uma vista espetacular como a de seu castelo e da floresta do vilarejo, mas mesmo assim, era de se apreciar. Alcina rodopiou no ar, com os braços estendidos e com sua felicidade transbordando no peito. Ela contornava os prédios como se estivesse em uma corrida, realizava piruetas nas alturas que lhe causavam risadas eufóricas, e nada melhor como a sensação da brisa da noite atingindo seu rosto. Havia se esquecido completamente como a sensação era extasiante, e talvez suas asas tenham sido a única coisa boa que Miranda poderia ter feito por ela. Por considerá-las uma "benção", Alcina desejou olhar-se com elas, então voou até um dos prédios espelhados do centro ficando próxima da construção que refletia seu reflexo. Ela planou para se admirar, apreciando o quão grande eram suas asas brancas em comparação ao seu corpo, e percebeu que era a primeira vez que se via com elas desde que as libertou. Como o esperado, seus olhos estavam amarelos, mas desta vez Alcina não se incomodou, pois lembrou-se de que foi com aquela visão que Amélia a elogiou antes de morrer.

"Agora você vê, Alcina?"

Ver o que?

"Quem é você de verdade. Todos ao seu redor querem apagar a sua essência, mas apenas você pode tomar essa decisão. Se você me aceitasse tudo seria diferente."

Se eu te aceitasse, o que iria acontecer?

"Me aceitando, você não só conquistará o nível máximo do seu poder, mas você libertará o seu verdadeiro eu. Eu não sou sua inimiga, Alcina. Somos apenas uma só, divididas em duas partes em um único corpo. Eu posso ser considerada o seu lado sombrio, mas também sou a sua força. Você representa a minha luz, e pode domar sua própria escuridão. Pense nisso com clareza."

Era diferente agora. As palavras de Lady Dimitrescu cravaram em sua cabeça, e ela não estava sendo mais vista como uma ruína, mas sim, como uma esperança, possivelmente. Mesmo existindo riscos, Alcina já estava quase cogitando de que não havia um outro caminho, e estava ciente de que para combater Miranda precisaria de seu poder máximo, no qual apenas a condessa poderia concedê-lo.

Uma pontada no seu subconsciente fez Alcina voltar para a realidade, fazendo-a perceber de que já estava na hora de voltar pra casa. Recuou de costas fechando suas asas para sofrer uma curta queda, e logo as esticou ganhando impulso com a pressão do vento e retornou ao céu noturno ficando por cima dos prédios evitando de qualquer civil nota-la, o que seria difícil por ela estar discreta no meio da noite e a quilômetros do chão.

Durante sua trajetória sentiu um calafrio percorrer sua espinha, e Alcina teve quase certeza de que ouviu um bater de asas que não era seu, e parecia estar perto dela. Com uma certa desconfiança ela planou no ar para poder olhar pra trás, mas não encontrou nada além de mais prédios. Haviam algumas nuvens passando próximas a ela, e mais uma vez Alcina escutou um bater de asas suspeito, e parecia estar a seguindo. Um mau pressentimento começou a alerta-la, e foi então que Alcina conseguiu perceber uma figura escura camuflada dentro de uma das nuvens, e só de perceber que a forma possuía cinco pares de asas foi o suficiente para Alcina dar as costas e voar o mais rápido que conseguia para longe da figura. Mesmo não tendo a certeza se era Miranda quem estava a seguindo, Alcina continuou voando com todas as suas forças, contornando os prédios como uma distração para despistar a coisa que a seguia. Se era algo da sua imaginação ou não, Alcina não queria ficar para descobrir, até porque estava em desvantagem e ainda por cima sozinha.

Apenas quando ela chegou ao condomínio onde ficava a casa de Chris que Alcina sentiu que a tal coisa parou de segui-la, e se apressou em entrar no sótão logo depois de pousar no terraço. Trancou a janela para garantir sua segurança e ficou alguns segundos em silêncio para verificar se não estava mais correndo perigo. Depois de aproximadamente dez minutos terem se passado, Alcina ficou mais aliviada, e começou a acreditar de que tudo possa ter sido apenas sua imaginação pregando peças por conta da adrenalina de sair escondida na madrugada, então retornou para o seu quarto sem fazer nenhum barulho e todos na casa ainda estavam dormindo, e Heisenberg parecia roncar surpreendente mais alto do que antes de Alcina sair.

Assim que seu corpo deitou-se na cama o sono se fez presente e a consumiu sem piedade, levando-a para a consciência de seu mutamiceto como ocorria quase todas as noites. Alcina sentia-se mais leve, e ao despertar em seu castelo estranhou por não estar sendo perseguida por Lady Dimitrescu. O que a fez ser a caçadora desta vez e saiu a sua procura por curiosidade.

Encontrou a condessa na Galeria de Arte, sentada em frente ao seu piano, mas não tocava o instrumento. Apenas o observava atentamente, vendo-a focada nos seus próprios pensamentos. Alcina se aproxima parando a pouco metros, cruzando seus braços por baixo de seu busto enquanto encara sua segunda versão.

— Que milagre você não estar me perseguindo como um cão de caça. — Comenta Alcina.

Esse sapatos não foram feitos para ficar correndo atrás de formigas. — Diz a Lady referindo-se aos saltos que estava usando.

Um leve sorriso surgiu no rosto de Alcina, e ela preferiu se aproximar mais até ficar ao lado do piano tendo uma visão melhor de sua versão mais alta, e era surreal que a condessa continuava sendo um pouco maior que Alcina mesmo estando sentada.

— Você me parece quieta demais, está tramando algo? — Desconfia, mesmo que os olhos da Lady dissessem o contrário.

Apenas estou relembrando os momentos com minhas filhas. E eu prometi a você que não a incomodaria esta noite, e sou uma mulher de palavra.

— Bom, nisso eu concordo com você. Sempre foi muito rígida com suas promessas.

Ao contrário de você que costuma fazer isso com frequência, como não contar a Chris sobre sua fragmentação.

Alcina suspira com o comentário bem direto da condessa, mas ela não iria retrucar porque sabia que sua outra versão estava certa.

— Chega com essa bunda grande pra lá.

Lady Dimitrescu lança um olhar mortal para a mais baixa, porém atende seu pedido e permite dela sentar-se ao seu lado, com a cabeça dela mal alcançando seus ombros, chegando no máximo até seus cotovelos.

— Eu não quero mentir para o Chris, mas não acredito que ele possa levar isso numa boa.

Refere-se a mim?

Sim. Tenho a impressão de que eu poderia me por no fundo do poço se eu a aceitasse. E por mais que eu concorde que você possa ser a "melhor versão" de mim, também gosto da pessoa que eu me tornei agora. — Esclarece Alcina com a maior sinceridade. — E você também precisa aceitar esse meu lado.

Aceitar o coração mole que você obteve por Rosemary e aquele bicho-homem do Redfield?

Viu? É por isso que eu não confio em você. Claramente você ainda guarda rancor, e eu posso apostar que na primeira oportunidade você tentaria matá-los.

O que você quer que eu faça?

Mude seus conceitos! Abra sua mente e deixe de ser tão cruel. Você é muito mais do que isso, eu sei que é. Se você se dar uma chance pode até compreender o laço que eu criei com a Rose e até mesmo verá que ela é uma garota especial. — Diz Alcina deslizando seus dedos pelos teclados do piano, mas sem pressiona-los.

Por que acredita que eu possa criar um laço com a garota Winters? — Questiona a Lady encarando Alcina atentamente.

— Porque você tem um coração de mãe. Desde sempre você carrega essas atitudes maternas, e isso ficou claro depois que você adotou Bela, Cassandra e Daniela, e seja sincera, a Rose já deve ter te conquistado em algum momento.

Eu discordo.

Pode teimar a vontade, mas você tem noção de que a Rose jamais te julgou, e até mesmo quando ela era bebê não teve medo de você. Acredito que se recorda de quando você a ameaçou com as garras e ela não chorou.

A condessa não pode discordar daquilo, e se lembrava nitidamente daquele acontecimento quando a bebê Winters pegou em uma de suas garras sem temor algum, exibindo um olhar curioso e repleto de fascínio por ela.

Tenho algumas lembranças vagas. — Disfarça a Lady.

— Teimosa. — Sussurra Alcina com um sorriso de vitória. Ela passa a tocar uma melodia suave no piano após a conversa, tendo total atenção da sua versão mais alta. — Acho que essa é a primeira vez que temos uma conversa civilizada sem a gente tentar se pegar no pau.

Nem mesmo a própria Lady conseguiu conter um sorriso com o comentário da outra, e mesmo que não apoiasse o linguajar que sua outra versão adaptou com o passar dos anos acabou achando engraçado da parte dela e até mesmo já estava se acostumando.

— É, acho que batemos um recorde. — A Lady suspira se juntando a Alcina e tocando o instrumento em sincronia causando uma melodia maior.

A mais baixa ficou responsável por tocar as notas de acorde menor, enquanto a condessa ficou com as maiores. A música em questão que estava sendo tocada era a favorita de ambas, a clássica melodia que costumavam apreciar sempre que fabricavam seu vinho no quarto secreto próximo do calabouço. Lady Dimitrescu desde o início manteve sua postura graciosa enquanto tocava o piano, e reparou que Alcina já estava mais relaxada apesar de estar tocando perfeitamente bem.

Ajeite sua postura. — Exige a condessa.

— Não enche, puta grandona. — Retruca Alcina usando o apelido que Heisenberg costumava chamá-la.

Não me faça te estrangular de novo.

Alcina gargalha pela forma que a conversa acabou se desenvolvendo, de uma forma totalmente desengonçada que acabou fazendo a condessa se envergonhar de si mesma, mas percebeu no exato momento que aquela risada era verdadeira e nutria um certo sentimento de alegria. Foram tantas intrigas, desentendimentos severos e violência por parte de suas diferenças, e após tantas semanas em conflito consigo mesma aquela foi a primeira vez que as duas versões de Alcina parecerem se entender e apoiar uma a outra.

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