Loretta ❄️
Acordo me sentindo mais cansada do que quando fui dormir, penso em não ir para escola e ter que enfrentar mais uma vez o preconceito e os olhares julgadores da maioria da escola.
Mas eu sei que será uma vida rebatendo e ensinando o quantos as pessoas estão erradas em julgar e o que sentimos não é questão de escolha.
Depois de fazer minha higienes, me visto com uma saia preta mídi e um sueter de tricô lilás por cima de uma camiseta branca, ponho meus all star preto e arrumo a minha cama antes de pegar a minha mochila. O meu quarto foi projetado para mostra o meu lado delicado, com uma parede lilás, a cabeceira da cama redonda lembrando um mármore branco com pigmentos também lilás, um lustre de bolas brancas com uma sanca de gesso mais aprofundada no formato de um círculo.
Eu acho ele amplo e tranquilizador, meu refúgio, não gosto de me sentir sufocada ainda mais em um lugar o qual passo a maioria do meu tempo simplesmente por não sair muito.
Não ter amigos te faz um pouco recluso do mundo.
Pego minha mochila e saio do quarto pego algo pra comer enquanto dou um beijo na minha mãe e saio para ir a escola que não é tão longe da minha casa então prefiro ir a pé. Minha família são sim de pessoas consideravelmente ricas, apesar que a minha mãe trabalha bastante para não depender deles, ela é arquiteta e vive em meio a folhas enorme e softwares de ponta, meu pai não é um homem muito gentil praticamente cortou relação conosco nos últimos anos, mas ainda sim paga uma pensão boa para ajudar a minha mãe a cuidar de mim, além de pagar a minha escola.
Ao entrar na escola me encaminho direto para sala, mas antes de chegar até a mesma passo os olhos pelos corredores na esperança de encontra alguma das meninas, mas não a vejo em lugar algum. Ainda não devem ter chegado ou já estão na sala, penso, quando volto a caminhar atenta para ver se encontro alguma delas pelo corredor.
— Me procurando? — Quase solto um berro, quando tenho minha nuca soprada pelos lábios de Alec além de me assustar me arrepiou como a idiota que devo parecer.
Me viro em sua direção vendo o sorriso cafajeste do mais alto, seu cabelo meio cumprido tão preto quantos os meus, cai sobre seus olhos de uma forma consideravelmente sexy, o que me irrita ainda mais. Eu devo está parecendo uma boba assustada enquanto ele exibe sua beleza pelos corredores da escola levantando suspiros e saias por todo o caminho.
— Oh! Claro estou te procurando, encontrei uma ponte de onde você pode se jogar, quer vir comigo? — Ele rir seco se abaixando um pouco pra ficar na minha altura, já que ele é uma girafa e eu sou camundongo.
— Pensei que você fosse mais evoluído, mas pelo visto fazer discursos que excitam o suicídio não faz parte da sua evolução né querido? — Sua língua parece sibilar enquanto ele fala, o que me faz dá um passo para trás.
De certa forma Alec tem razão, eu não deveria falar tais coisas para ninguém é uma forma de gatilho horrível a qual usei, mas mesmo assim não vou deixar que ele saiba que está certo, não darei o braço a torcer para esse idiota.
— Vai procurar o que fazer! — Digo dando as costas para ele então ir para a sala que não adianta muito pois sua mão é mais rápido em me segurar.
— Eu já arranjei o que fazer, te perturbar é o melhor passa tempo.
— E ainda fala que eu que excito ao... — Não termino de falar pois um professor se aprossima de nós dois olhando de mim para Alec que ainda segura o meu braço.
— Estou atrapalhando algo? — O homem mais velho, que usa óculos quadrado pergunta.
— Não professor só estávamos conversando. — Alec mente descaradamente.
— É verdade senhorita Keen? — O professor pergunta séptico.
Ao olhar para ele, sei que nada que eu falar Alec receberá punição ou no mínimo uma repreensão. Apenas me vem a mente o quanto a professora do dia anterior iguinorou alguns comentários um tanto criminosos.
— Não, e se me derem licença tenho mais o que fazer. — Dito isso deixo os dois para trás.
Assim que chego na sala encontro Elouise que está lendo algo, penso em ir falar com ela l, mas não quero que ela se perca na leitura o que não demora muita acontecer após fecharem a porta da sala com barulho estrondoso.
Olho para trás e vejo uma Alec pocesso olhando para mim, como se fosse me matar e talvez ele vá.
— Loretta, aconteceu alguma coisa? — A voz baixa e assustada de Elouise me fazem tirar os olhos do encapetado mais a frente.
— Está tudo bem, as meninas já chegaram? — Ela nega com a cabeça olhando por cima do meu ombro, barra minha cabeça, pois ela mais alta que eu.
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Elouise 🌙
Meu foco muda da Loretta para o Alec que começava a se aproximar de nós, como um touro pronto para enfiar seus chifres na minha quase amiga. Ele só não chega até onde estamos paradas do outro da sala, pois Gael o segura ficando na frente do mesmo.
Eles conversam ou discutem algo em voz baixa, sinto o olhar de Alec queimar a Loretta, que ainda se encontrava parada ao meu lado o encarado, enquanto Gael parece fazer ele desistir de provavelmente atacá-la.
Finalmente convencido a não matar ninguém, pelo menos por enquanto Alec é arrastado para o fundo da sala, pelo loiro bonitinho que me chama tanta atenção.
Mabelle e Aimée chegam quase que no mesmo minuto ambas vem até nós duas, eu e Loretta, pois escolhemos ficar perto das janelas, lado oposto das portas que dão acesso a sala que são duas.
— Por que eu tô sentindo o clima dessa sala estranho? — Mabelle pergunta ao mesmo tempo que constata, enquanto oculpa a mesa na frente da nossa.
— Eu também tô. — Aimée fala sentando ao lado dela, pois as sala é compostas por carteiras e estão organizadas em duplas, diferente de ontem que estava em círculo.
— Talvez por que, eu e o Alec discutimos antes de entrar e ele veio atrás de mim pronto para me matar, e se não fosse o Gael não teria um pó de mim agora. — Loretta conta recebendo reações surpresas ou nem tanto das meninas.
— Você acha que ele te bateria? — Eu pergunto e Loretta assente parecendo não ter duvida alguma. — Mas você é uma garota!
— Não para ele, Ise. — Loreta me fita como se esperasse alguma reação que não vem, pois eu não entendi o porquê dela se petrificar enquanto olha para mim. — Posso te chamar assim, não é?
— É claro que pode, não me incomodo com apelidos genuínos, apenas me incomodo com os maldosos.
— Acho que até com os maldosos já parei de me importar. — Aimée fala chamando a nossa atenção.
— Pois não deveria, é ridículo como as pessoas dessa escola acham normal fazer bullying. — Digo recebendo acenos de cabeça em concordância delas.
A nossa conversa não se desenvolve mais pois o professor responsável pelo primeiro tempo acaba entrando na sala junto com o restante da turma.
Antes de me força a prestar a atenção na aula minha cabeça torce para onde Gael está, o mesmo já me fita de volta com um sorrisinho no rosto. Penso em não fazer nada apena voltar a fitar a lousa mais a frente, mas me aventuro em sussurrar um "obrigada por ter parado ele" recebendo um aceno de não foi nada do loiro.