Autorização Para Amar | Kai H...

Par Beldaluaz

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Após uma vitoriosa e consagrada carreira em sua terra natal, os Estados Unidos da América, a bicampeã mundial... Plus

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Par Beldaluaz

Encontrar você será um presente, para o futuro, que nem meus mais românticos pensamentos podiam montar.

A primeira semana de Dasha estava sendo agitada, após assinar o contrato, fazer os exames, conhecer as colegas de trabalho e fazer parte da coletiva de empresa e acabar tendo o contrato noticiado em parte da Europa, pôde sentir na pele o que estava acontecendo, aquilo jamais aconteceria se estivesse em um time no seu país, era fato que a Europa dava mais reconhecimento, mesmo que não fosse tanto.

Com o time a adaptação não estava sendo tão difícil para sua surpresa, imaginava que as inglesas fossem sérias e fechadas, como o esteriótipo diz, pelo menos em seu país diziam que eram pessoas que não se misturavam e extremamente exibidas, mas foi fácil se misturar já que eram brincalhonas e estavam abertas a conhece lá, até porque estavam jogando juntas tinham que ter uma relação positiva, afinal o que acontece no vestiário interfere no campo.

Dasha juntava suas coisas para voltar até o hotel, precisava de uma casa, mas ainda não teve tempo de conseguir achar uma.

"Dasha estamos indo em um pub, matar o que está nos matando quer vir ?" Ana Johanna colega de time questionou.

Dasha travou no mesmo instante, sua resposta sempre era automática 'Nao gosto' mas estava querendo mudar, tinha que mudar.

"Claro vamos" Ela concordou dando um pequeno sorriso, sua mente parecia que explodiria e seus dedos formigavam, aquilo era ansiedade ? Estava ansiosa por algo tão comum, como comer fora ?

Novamente ela se perguntava, o que estava fazendo para chegar nesse nível.

As garotas aproveitaram beberam, riram bastante e contaram até mesmo segredos do vestiário, ela estava se sentindo muito bem e a vontade, como não se sentia a muito tempo, a sensação era estranha.

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O dia seguinte Dasha tinha sua primeira visita até a psicóloga, não tinha ideia do que dizer, como agir a ala médica, tinha uma escada quase escondida que levava a um andar com algumas salas que ela julgou, serem consultórios para se conversar em particular com cada um, ela observou as portas vendo o nome de Any escrito em uma delas indo rapidamente na direção, havia um pequeno espaço com sofás e algumas plantas para que esperassem o profissional.

O problema era que Dasha e Kai não viram que estavam indo na mesma direção, ela estava lendo o papel com as instruções e ele concentrado na ligação no telefone, não demorando para baterem um no outro, cada um tratou de pegar o que havia caído no chão para então pensar no que bateram. Kai estava calmo a espera de sua conversa com Any, então pela primeira vez em muito tempo não estava xingando a pessoa que trombou contra si, enquanto Dasha torcia para não ser alguém importante ou não pegaria bem, só podia torcer para pessoa entender que foi um acidente.

Ela então finalmente fitou o rosto, precisando olhar um pouco para cima o rapaz concentrado de cabelos escuros levemente enrolados, olhos verdes brilhantes, ela então tratou de falar algo.

"Desculpa, eu não vi para onde eu estava indo, não foi proposital" Viu ele concentrado no celular se virar para ela.

"Ok" Ele foi rápido, indo até o pequeno sofá e se sentando enquanto continuava a conversa.

Ela se sentou distante achando grosseiro da parte do rapaz mas sempre tinha alguém assim se concentrou no papel dado com instruções sobre o que devia fazer diariamente.

Não demorou para Kai desligar a ligação com seu irmão mais velho com quem ele mais falava sobre a situação percebeu a garota sentada distante se lembrando que não se desculpou ele sinalizar para ela com as mãos não obtendo resposta em seguida bufando e batendo o pé com força fazendo ela desviar o olhar do papel para ele que travou envergonhado.

"Eu não pedi desculpa por ter esbarrado em você, eu estava no telefone, então desculpe" Ele riu fraco, vendo ela dar um sorriso fraco e voltar a ler os papéis.

Um silêncio se fez na recepção, deixando Kai claramente encomodado, já Dasha era ótima com silêncio e péssima em conversar com desconhecidos.

"Joga vôlei ?" Ele tentou puxar assunto, vendo ela colocar seu olhar sobre ele.

"Jogo futebol"

"Eu também" Ele sorri fraco, começando algumas perguntas em sua mente, sobre como era o futebol feminino.

"Eu sei" Deu um sorriso tímido.

"Já me viu jogando né, eu sei é o peso que se carrega por ganhar uma Champions League tão novo" O homem ri revirando os olhos.

Ela o encara confusa e aponta para chuteira nos próprios pés, que Kai não percebeu, em seguida aponta para chuteira nos pés dele, o fazendo corar levemente.

"Isso foi péssimo" Ele cochicha.

Dasha estava disposta a tentar melhorar seu jeito fechado, então já que o homem parecia agoniado pensou, porque não puxar assunto.

"Você vai se consultar com a psicóloga ?" Dasha continuou empurrando o assunto.

"Exato a Any, ela é ótima me ajuda muito, você também vai se consultar com ela ?"

"Acho que sim" Ela percebendo que não sabia o nome dele "Qual seu nome ?"

Kai se vira retirando o casaco e mostrando o sobrenome em suas costas.

"Qual o seu ?" Ele questiona colocando novamente o casaco.

Ela faz o mesmo, Kai então pode ver Rodríguez, se questionando o primeiro nome dela e se lembrando que em sua camisa, seu primeiro nome também não estava ali, mas antes que pensasse em perguntar, Any o chamou.

Após longos minutos ali sozinha, Kai é liberado e Any trata de chamar Dasha, eles trocam um rápido aceno de despedida.

Assim que entra no ambiente calmo e claro, Dasha instantaneamente encerrou o agito que sentia.

Any apertou sua mão cordialmente e sinalizou, para que se sentasse na cadeira a sua frente.

"Dasha Rodríguez, é um prazer te conhecer sou a psicóloga dos atletas, eu não trabalho sozinha, por isso pode acontecer que eu te encaminhe para um de meus parceiros, que talvez possam te ajudar melhor, combinado ? Tratamento psicológico para um atleta é essencial e não deve ser feito apenas com as questões do time e sim da vida pessoal, por isso quero que se abra, pode ser honesta comigo, nada do que me disser sairá daqui, eu sigo rigorosamente a ética do trabalho" Any sabia bem como falar, deixando Dasha um pouco mais confortável.

"Eu tive uma boa infância minha família é mexicana, mais meus pais se mudaram para os Estados Unidos, onde eu passei parte da infância em uma cidade minúscula perto de Chicago, também íamos muito para o México por conta dos parentes, foi uma infância simples sem grandes problemas" Fez uma pausa e encarando a mulher de aproximadamente meia idade, que a observava atenta.

"Tem muitos irmãos ? Como era sua relação com sua família no passado e como é agora ?" Any fazia anotações.

"Tenho três irmãos, minha relação sempre foi próxima quando era pequena, nossos atritos começaram quando comecei a fazer esportes na escola, eles prefiria que eu fosse estudar e ser médica, eles amam futebol, mas não achavam que eu realmente fosse conseguir, é um mundo competitivo e hoje bom, eu não tenho contato, o contato é mínimo e eles se cansaram de correr atrás de mim, eu não os culpo, também não aguentaria viver com alguém viciado em trabalho, eu queria tentar reestabelecer contato, mais não sei é meio vergonhoso, sabe" Dasha ficou um pouco emocionada, não tinha esse costume de dizer isso em voz alta ou para outra pessoa.

"Dasha eu sinto muito que sua situação famíliar esteja assim, posso ver que é algo que afeta você, por isso vamos trabalhar em cima disso, se estiver bem mentalmente vai estar bem para entrar em campo e dar seu melhor, mas eu pude notar o uso de uma palavra que eu odeio, vergonha, durante minha faculdade, durante meu mestrado e durante meu doutorado, nunca soube entender ou explicar o quão inútil e prejudicial, é o sentimento de vergonha, ainda mais quando é relacionado a família, não é vergonha amar e precisar estar perto da sua família, além de causar confusão, eles servem para isso" Any deu uma pequena risada.

Dasha saiu com a consciência tranquila e pensativa, queria trabalhar com isso.

Seu primeiro treino seria hoje, com os exames todos feitos e sem alterações, teria uma pequena reunião com Emma, para enfim conhecer suas colegas. Já tinha pegado seu número, sua camisa, tirado foto e assinando seu contrato. A coletiva de imprensa seria ainda aquela semana e já estava sendo preparada pelo empresário.

Sentada na sala de reunião Emma sorriu e sinalizou para que ela se sentasse, mostrando suas táticas e onde seria melhor ela atuar, teria o papel na lateral esquerda, vai fazer o papel de Kirby que foi vendida pelo time, mas ela pediu especialmente para que Dasha se preparasse, para estar apta em qualquer lugar do campo, assim como trabalhava pelo Chicago Red.

"Apenas me diga seus dias de menstruação, porque temos um treino diferente, dieta diferente e também você estará provida de jogar" Emma pediu, fazendo anotações deixando Dasha travada, sem entender.

"Como ?"

"Nossa equipe quer o conforto de vocês, proibir vocês de jogar, é algo que eu pesquisei e planejei, apenas o Chelsea faz, os treinos são especiais para não gerar desconforto ou dor, a dieta para que vocês não tenham problemas alimentar ou disfunção e também a questão hormonal e de humor, por isso não jogam para ficarem confortáveis e tranquilas, sem pressão psicológica" Emma explicava detalhadamente.

"Uau isso é legal, eu normalmente tomava remédio para dor e comia chocolate amargo no intervalo e colocava um short preto claro, porque pode ser que vaze" Acabou com uma careta, ao se lembrar do perrengue que ja passou em jogos.

Emma era uma ótima técnica, passou por muitos problemas e queria o máximo de conforto e entendia bem os problemas que elas passavam, queria ajudar para que elas pudessem dar seu melhor e não se sentir menos que os rapazes.

Emma a guiou para o campo de treinamento, Dasha foi até seu armário para colocar a camisa de treino e prendeu seu cabelo em um rabo de cavalo. Colocou seus pés no gramado verde cercado, onde todas estavam concentradas, Emma sinalizou para onde ela devia começar e assim fez.

O treino era diferente, mas não demorou para se acostumar, com o passar do tempo algumas foram saindo para academia ou comer. E Dasha seguiu ali vendo um borburinho, olhos queimando sobre si.

Viu a aproximação de alguém era Cuthbert.

"Dasha desde que você chegou esse CT anda movimentado, parece que ninguém nem pisca, estou começando a sentir o respeito pairar no time feminino" A garota riu.

"Eu movimentei sério ?" Dasha estava envergonhada sem acreditar.

"Sim, antes os garotos vinham aqui olhar o tamanho dos nossos shorts, depois passaram a conversar mais com a gente no horário de almoço, porque era proibido sair no horário das equipes masculinas, mas agora todo mundo pergunta quem é a campeã mundial, a ESPN fez várias reportagens sobre você, tem moral Rodríguez, só não gostei de uma coisa" iniciaram então os mesmos exercícios.

"O que ?"

"Sua bunda é desproporcional, é injusto jogar uma latina no meio de inglesas e nórdicas, eu estou indignada, vou passar mais horas na academia" Erin provoca, fazendo Dasha rir por não esperar aquilo.

"Erin que vergonha" Dasha tenta cobrir o rosto.

"Mas e aí já encontrou algum gatinho em Londres ?"

"Sinceramente não" Erin a olhou feio.

"Precisamos sair, vai conhecer Londres esse fim de semana, eu garanto você vai amar e vai conhecer os gatinhos ou gatinhas, você que sabe" Ela riu.

"Bom então vamos, porque não" Dasha confirma.

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"Dasha eu detesto quando os caras vem me perguntar coisas idiotas, se prepare eles já me perguntaram se a Premier League feminina acompanha a masculina, o filho da puta jurava que os pontos dos meninos somavam com a nossa, tipo ele é doido" Ela fez uma pausa com uma barrinha de chocolate na boca, dirigindo rapidamente, enquanto Dasha se segurava na porta.

"Que absurdo né" Dasha não entendeu, apenas se concentrou em se segurar.

"Mas eu digo uma coisa eles amam jogadoras, mostra seu abdômen trincado e diz que adora futebol, é a receita ideal para uma chuva de caras, eles só não gostam quando descobrem que logicamente você é melhor que eles, mas isso é fácil, você dribla tranquilamente" Ela fura o sinal vermelho fazendo Dasha fechar seus olhos.

"Verdade né, olha eu não tenho pressa não precisa correr" Dasha tentou não ser grosseira.

"Você é engraçada" Erin riu.

Em um piscar de olhos elas estavam em frente o apartamento de Dasha.

"Amiga está entregue te vejo no treino" Ela acenou.

Dasha se levantou tonta.

"Obrigada Erin volta com cuidado por favor" Ela da janela viu a garota rir e acelerar.

Rapidamente o carro sumiu Dasha suspirou e entrou.

Jogou suas coisas no sofá o dia tinha sido longo.

Relembrou sua sessão com a psicóloga, em especial de Havertz, achou ele estranho, egocêntrico mas pelo menos parecia legal, ela com certeza não o veria mais, Dasha queria conhecer pessoas, queria amigos e estava a vontade sentia se bem ali, com certeza não iria conhecer ou se familiarizar com o time masculino ou de outros esportes e agradecia por isso.

Em sua casa, Kai estava vendo tv emburrado, enquanto comia salgadinhos, tinha levado um buquê de flores para Sophia e agora ela estava dormindo, o clima não estava bom, mais eles disfarçavam, ele ainda estava envergonhado com a trombada com a Rodríguez, ele estava cansado, todo momento ele fazia uma bobagem, falava uma coisa desagradável, estava no limite cansado, mas pelo menos ela parecia não ter se importado ele acreditava.

Sentiu algo vibrando no sofá, procurou e viu o celular de Sophia, eles tinham autorização para ver os celulares um do outro, nunca foi algo que fosse desconfortável ou que odiassem, então sem pensar duas vezes ele pegou, imaginando que era algo importante pela hora.

-Juro ele me prometeu, me pediria em casamento nos mudamos para Londres, agora a única coisa que ele faz é reclamar e quando tento ajudar a culpa é minha.

Ele deve me achar idiota, me fez sair da Alemanha, desistir de tudo e agora a única coisa que consigo trabalhar é em mídia e de preferência, sempre citada como namorada do jogador.

Eu tenho certeza que ele vai me trocar e o pior, é ter percebido o quão idiota eu fui em acreditar nas promessas dele, nunca me senti assim tão nada.

Dói ver algo que construímos desde nossa adoslescencia virar isso.

-Amiga sinto muito eu vou te apoiar em qualquer coisa que precisar.

Acho que você devia ir embora daí.

Estão a sete anos juntos, morando juntos, em um país diferente juntos, ele tem segurança financeira, amigos e tudo estruturado aí e você não tem, se vocês se casarem você teria segurança, mas namorando é difícil, se terminarem você não vai sequer conseguir voltar para casa.

Kai estava gelado sem acreditar naquilo, se levantou esfregando os olhos e se trancou no quarto de hóspedes, precisava chorar não aguentava ver tudo desmoronar assim.

Casar era demais, certo ? Eles estavam a anos juntos, em um país juntos ela o seguiu com um sonho jurou apoiar e ele também, disseram que independente do que acontecesse iriam ficar juntos, agora ele estava com medo, não queria se casar, apesar que não haveria nenhuma mudança em suas vidas, estava cansado decepcionado mas ia tentar salvar, ele precisava amava Sophia, ela o amava e ele tinha que dar tudo de si para ela e também para o time, mas acima de tudo para ela, o time tinha todas aquelas pessoas já que ela tinha apenas ele.

Oi pessoal tudo bem ?

Conhecemos mais personagens, no próximo teremos bastante coisa acontecendo ein.

Acho que esse relacionamento não vai durar, tadinho.

No próximo vamos ver a Dasha bem mais solta.

Uma pena que não passamos de fase ein que horror que está essa temporada, torcer para próxima melhorar eles merecem.

Amo vcs 💙

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