Autorização Para Amar | Kai H...

By Beldaluaz

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Após uma vitoriosa e consagrada carreira em sua terra natal, os Estados Unidos da América, a bicampeã mundial... More

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By Beldaluaz

Sua maior insanidade no amor deve ser amar a si mesmo, sem se apegar ao passado especial que alguém te deu.

London, United Kingdom

O pior momento do dia de Kai chegou, tentar se despedir de sua namorada com um tom seguro e ir para o treino, ficar em casa com ela está sendo um sacrifício, devido as brigas constantes provocadas por Kai e seu ciúme e ir ao treino e discutir a má fase e o que poderiam fazer era pior.

A janela de transferências está aberta e o time de Graham, tenta contrações de peso para melhorar sua fase e tenta ajudar os jogadores que já estão lá.

Seu primeiro ano foi fantástico, se apegou ao time, aos jogadores, a cidade, mas a fase complicada provocada por tantos motivos estava acabando com o psicológico de Kai, odiava ser cobrado, odiava ser substituído, odiava ser encarado como insuficiente e pior ainda, eram as críticas da torcida, que reclamavam de sua contratação, de sua falta de produtividade e até mesmo sua frieza.

A verdade é que ele não esta tendo muitos motivos para ficar feliz, sua vida esta de ponta cabeça e parecia que quanto mais ele tenta arrumar pior fica, se doa por inteiro nos treinos, segue tudo que é mandado, mas mesmo assim os resultados são inexistentes, até mesmo seu companheiro Mason, foi deixado de lado e virou titular do banco de reservas.

Se despediu dos companheiros no vestiário e seguiu para seu principal lugar de visita, a sala da senhorita Any sua psicóloga, terapia era obrigatório, mas para seu caso ao invés de poucas visitas ele era obrigado a ir duas vezes na semana, já que esta enfrentando problemas demais.

"Kai, por favor seja sincero, Sofia está cansada disso, o que foi que eu pedi, converse com ela, explique o que sente, o diálogo vai resolver"

"Acontece que eu tento, mais dizer o que eu sinto, conversar é difícil, eu pareço um idiota, tem pessoas com problemas muito mais importantes que o meu, mais eu realmente não consigo ficar bem ciente que no dia seguinte teremos um jogo que vai empatar ou que vamos perder, ela quer que eu saia, me divirta, converse com amigos, mais é impossível eu não consigo simplesmente ignorar isso" Ele tinha as mãos inquietas.

"The Sun deixou na primeira capa, o encontro de Mason Mount com três garotas, ele está aproveitando, vivendo normalmente, é isso que profissionais fazem, não pode deixar o pessoal abalar o profissional e vice versa, sabe quantas pessoas trabalham pelo time todo dia, todas são responsáveis pelo que está acontecendo, não é apenas você, não seja injusto, isso nunca esteve, nem nunca estará apenas na sua conta, deveria ouvir ela, sair de casa e dessa situação de prisão que está se colocando"

"Falar é fácil, mais e agora, se eu sair e for flagrado bêbado ou coisa do tipo vão cair em cima de mim com críticas não posso fazer isso, se meu time ganha ou perde, acredite, eu não tenho o direito de comemorar" Ele rebate.

"Eles estão pagando suas contas, apenas você tem o poder de mudar o seu estado Kai, ninguém mais tem, eu já te disse se não houver melhora no seu quadro, eu vou entregar um atestado pessoalmente para seu técnico, pedindo seu afastamento, precisa de férias" Em tom ameaçador.

"Não precisa eu vou melhorar, eu garanto." Kai suspira.

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Kai tenta entrar na brincadeira dos rapazes, mas depois de tudo que ouviu é difícil.

"Hoje uma jogadora nova vai aparecer aí, dou uma bala para quem souber quem é" Mason era sorridente.

"Jogadora nova, não faço ideia" Pulisic comenta concentrado em seu exercício.

"Eu só sei o nome das garotas que almoçam com a gente, não queira exigir mais de mim, não acompanho vôlei" Kai pede.

"Vôlei ? O quê, as meninas jogam futebol, Kai onde você está com a cabeça ultimamente" Mason dá uma risada.

"Piorou, nem passa na tv como vou saber ?" Ele questiona.

"Dasha estará aqui, vão dizer que não lembram, ela era uma das artilheira do feminino na última copa do mundo" Mason continua entusiasmado.

"Lembrei, ela é americana certo, conversei com ela uma vez, será que ela vai ser contratada pelo Chelsea ?" Pulisic comenta baixo.

"O que você acha, ela está aqui para isso, aparentemente estão querendo um time de respeito para o masculino e feminino" Mason comenta.

Kai perdido apenas ouvindo os dois falarem, não entendia, não via e nem tinha ideia que existiam tantos campeonatos, de qualquer forma tem outras coisas para se preocupar.

Do outro lado, Dasha chegou para uma visita a sala de prêmios, que Emma faz questão que ela veja, encontrou na entrada do prédio administrativo e a levou até o espaço de treinamento, já que queria que ela visse como é o dia a dia, para talvez ajudar sua escolha.

O lugar é grande o suficiente, para apesar de todos os funcionários estarem lá, ainda parecer vazio, são muitos rostos uniformizados, todos em treino. Seguiram até a área externa, onde podiam acompanhar o treino masculino e feminino, que acontece a metros de distância.

Dasha esta começando a se interessar, tenta olhar com bons olhos a situação, mas o frio e a culinária não é agradável, porém para alguém que precisa seguir dietas rígidas não importa, o principal fator é sua família, algo que Dasha esta considerando, já que nesse momento o que mais queria era sua família.

Se lembrar da infância vivida no México, brincando com seus irmãos, ir para escola americana e não ser vista da melhor forma, devido as características latinas, porém ser a melhor atleta, era incrível poder esfregar seus troféus e medalhas nas patricinhas e dizer seu lema 'Eu sou meu próprio jogador sarado', apenas para ver as caretas delas.

Mas com a ida para o time da escola, conseguindo uma importante vaga e podendo ir até a faculdade para se tornar profissional, ela precisou de foco. Até um dia se mudar da casa deles e eles pararem de estar sempre nos jogos, ela parar de visitar para jogar, quanto mais troféus pior era, sua família se orgulhava muito dela, mas a filha engraçada, que adorava ver os jogos de domingo e era a pessoa que mais se irritava pelas derrotas, se tornou uma desconhecida.

Sua mãe já não questionava sobre seu namorado, ciente que ela apenas tem olhos para uma pessoa romanticamente, suas irmãs não esperavam mais que ela fosse visitar ou levar presentes para seus sobrinhos, seu pai se questionava quando ela iria procurar viver de fato a vida, mas sua resposta sempre era a mesma não preciso, não posso, não vou, não quero.

Dasha visitou muitos lugares e em todos ela se questionava, quando foi que se deixou chegar nesse ponto, se ligasse para sua mãe até mesmo dizer 'oi' seria estranho e não tinha um namorado que a encorajasse ou dissesse que amava, se questionava o que ela tinha além de conquistas esportivas, porque até as amizades que julgou serem leais, se encerraram assim que ela embarcou para Londres, talvez porque ela não aceitava ir ao shopping, almoçar ou apenas se sentar e conversar sobre qualquer assunto que não fossem táticas, à anos.

Se sentia louca e a dor em sua perna devido a lesão, que a deixou fora do gramado por meses era pior, ela opitou por não fazer cirurgia, já que tinha opção, mas agora a seis meses da copa do mundo e com dores ela se arrependia, era a capitã e não tinha tempo para simplismente pular fora, seria sua segunda e dessa vez poderia voltar a ser campeã, era responsabilidade que ela nunca pensou que teria e se questionava se realmente era capaz.

Seus pensamentos porém se encerraram com aquela vista, um imensidão verde, o céu de Londres nublado e apenas alguns gritos abafados do jogo que acontecia erma ouvidos, ela se perguntava se sua radical ideia de se aposentar seria uma opção, ela não conseguiria viver longe disso e trabalhar com a vista da natureza, quase imperceptível de Londres, era um ponto a mais, nunca imaginou uma vista daquela, ainda mais porquê a cidade era conhecida por ser uma capital agitada e moderna.

Mas até mesmo uma das capitais mais agitadas, tinha um lugar para se sentar e relaxar, lugares assim a lembrava dos melhores anos de sua vida, quando morava na área interior de Chicago e então Ohio, com sua família, brincar na lama da chuva, sujar a casa e correr da irá de sua mãe, aprender a apenas se sentar em uma cadeira, olhar para o céu e esvaziar a mente, deixar o barulho da chuva acalmar suas angústias, deixar o cheiro da grama a alegrar. Era isso que precisava.

Por um momento esqueceu tudo ao seu redor e apenas se permitiu ficar bem, tinha tempos que não se sentia assim, talvez era isso que precisava, pensou. Os atletas foram liberados e Dasha acabou recebendo uma certa atenção, o time feminino estava animado para sua chegada, o time masculino estava curioso com o borburinho, nunca viram isso no time feminino até mesmo a equipe técnica estava ansiosa.

A verdade é que Dasha disputou sua segunda copa do mundo na França em 2019, aos 22 anos e foi a artilheira com seis gols, ganhando a chuteira de ouro, apesar do êxito e dos olhos dos interessados no esporte terem brilhado de surpresa por seu talento, não foi suficiente para ela sequer ser convidada a nenhum evento e após alguns meses era como se nada tivesse acontecido.

No únicio de sua carreira, imaginou que todos fossem convidados para ver a bola de ouro, the best, entre outros, mas a verdade era que para isso teria que estar em um time europeu e realmente trabalhar muito, para pensar em passar perto, com o passar dos anos aquilo se tornou algo fútil e sem valor para Dasha, até porquê seria quase impossível e ela não iria sofrer por isso, iria atrás do que fosse do seu alcance.

"Eu imagino que deva me conhecer, prazer Mason Mount, eu vi a final em Paris, se lembra ?" Ele questionava.

"Mount a última coisa que alguém na final da copa do mundo, iria se lembrar é da sua cara" Pulisic brincou.

"Não vou mentir não lembro de você, mas eu me lembro de você, acho que já nos vimos não é" Dasha questiona observando Pulisic.

"Sim, fizemos alguns trabalhos pela seleção sou americano, me chamo Christian Pulisic" Ele responde, sorridente por ela se lembrar.

"Estadunidense" A garota corrige tirando uma risadinha de Mount.

"Não sabe nem a própria nacionalidade, que vergonha" Mason implica.

"Ninguém fala estadunidense" O estadunidense se defende.

"Verdade, qual seu nome ?" Dasha aproveita, Mount que a observava com olhos arregalados, surpresos e alegres a deixando levemente envergonhada.

"Mason Mount e o seu senhorita ?" Ele simpático com a mão aguardando que fosse apertada pela garota.

"Tá de brincadeira, você chega perguntando se ela se lembra e dizendo que conhece ela para perguntar o nome" Pulisic questiona arrancando uma risada de Dasha.

"Meu nome é Dasha " Ela aperta a mão de Mount.

"Eu só queria ser simpático e formal" Ele se explica envergonhado.

"Vai vir para o time ou ainda está apenas pensando ?" Pulisic o mais baixo dizia para que ninguém ouvisse.

"Estou pensando" Ela desvia o olhar dos rapazes.

"De estadunidense para estadunidense, não pense muito, Londres é incrível e esse time é perfeito, vai ser feliz aqui acredite, pode perguntar para qualquer um, somos muito realizados nesse time" Pulisic estava sério, amava aquele time e se pudesse trazer uma compatriota traria.

"Sim, eu digo o mesmo eu amo esse time" Mason concorda.

"Bom obrigada pela dica, preciso ir tenho uma sala de troféus para conhecer, prazer em conhecer vocês" Dasha se despediu.

••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••

A sala é gigante e Dasha esta de boca aberta com tudo, o clube tinha tradição e até mesmo a recente equipe feminina, que não tinha muitos anos tinha uma história de respeito. A sala é estrategicamente iluminada, as fotos, medalhas, tudo esta ali, camisas, é algo que Dasha nunca viu, mas o melhor Emma deixou para o fim, elas pararam de frente a placa 'uefa Champions League' as fotos do campeonato davam uma emoção maior, mas concerteza nada se comparava a taça, era gigante, ela nunca viu nada como aquilo, não pôde deixar de se conter e passar o indicador sobre as palavras ali.

"Esse é meu objeto de desejo, a Champions League e queremos ajuda para conseguir, é difícil, não é para qualquer um" Emma comenta um pouco distante.

"A taça é linda, eu nunca vi nada assim" Dasha observa o troféu tentando guardar os detalhes.

"Querida essa é a masculina, essa daqui é a feminina" Emma comenta, apontando para uma taça que era a metade da outra e se assemelhava a uma blusa, o detalhe mais importante era que estava representada com uma foto, ja que ainda não tinham aquilo.

"Ah sério" Dasha não conteve o espanto e decepção.

"Bom campeonatos femininos, normalmente os troféus são menores" Emma ficou envergonhada com a realidade.

"Claro" Ela concorda tentando disfarçar.

"Mas é a mesma coisa" Um silêncio se fez na sala, Dasha se aproximou fitando o objeto, ela queria ele, estava decidida e quando queria um troféu ela lutava até tê-lo em mãos nunca descansava.

"Eu tomei uma decisão, vou te ajudar a conseguir essa taça"

•••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••

Kai esta em outra interminável briga com Sofia, tinha tido a ideia de comprar algumas coisas e fazerem seu jantar, mas enquanto cozinham sua tentativa de manter a paz e um relacionamento tranquilo, foi por água abaixo.

Ele mexia a panela, enquanto Sofia cortava legumes.

"Você não é o mesmo, não consigo ficar aqui mais, eu estou cansada Kai ou você dá uma jeito nessa situação ou eu vou embora, nos últimos meses você está distante, frio, só briga comigo, me culpa por tudo, até mesmo quem mão é jogador de futebol reconhece a má fase em conjunto e você não, Kai eu sou sua namorada sempre estarei te apoiando"

"Eu só queria que você entendesse, se eu chego tarde é porque estou treinando, se eu chego irritado é porque o time está mal, se eu não quero sair e porque não tenho cabeça para isso, a única coisa que você faz o dia todo é ficar presa nessa casa cuidado dos animais ou torrando o cartão de crédito, enquanto alimenta uma ilusão que vai ser modelo profissional, sabe de uma coisa, não existe possibilidade disso acontecer, sabe por que, porque as pessoas no Instagram não te vêem como uma garota legal, profissional elas apenas vêem seus decotes desnecessários e pensam no que teriam que fazer para passar uma noite com você" Kai acaba gritando e jogando a colher no fogão.

Era mais uma vez que gritava, mais uma vez que saia do controle, mais uma vez que Sofia queria ajudar, mas ganhava gritos ofensas. Ela queria salvar seu relacionamento, mais diferente de Kai ela não conseguia gritar ou brigar por muito tempo, preferia se trancar no quarto e esquecer o mundo ao redor. As ofensas vindas do namorado doíam muito, ainda mais quando ela apenas estava insistindo para ele voltar a ser feliz, a sorrir, no meio disso ela esta deixando de ser feliz e de sorrir.

Kai ama muito ela, mas esta perdendo a noção e controle, já chamou a garota de coisas horríveis e ela apenas aceitava por amar ele e entender que a fase era horrível, mais aquilo sempre avançava um nível, na última briga ele bateu a porta e saiu irritado, nessa ele arremeçou um objeto . Ela se questiona até onde aguentaria por amor.

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Fica explícito meu ranço deste homem, que está disposto a fuder o cu do meu Bayern.

Oi pessoal estão gostando ?

Não esqueçam de votar e comentar.

Kai apareceu e problemático será que essa situação vai se resolver ?

Amanhã tem Chelsea na Champions qual o placar que vcs acham que será ?

Até o próximo.

Amo vcs 💙💙

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