Caminhos Quebrados

By emmamonroe__

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Depois de ganharem um sorteio no qual o prêmio seria uma viagem grátis para Las Vegas, Olívia e Emily embarca... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Lê aqui ;)
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capítulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Capítulo 80
Agradecimentos

Capítulo 61

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By emmamonroe__

Olívia Miller

O dia da audiência havia chegado e eu estava completamente nervosa com o decorrer daquela situação, meu coração estava aflito e a minha ansiedade atacada. Acordei mais cedo do que o previsto e não consegui comer nada, estava pensando em uma forma de tentar controlar aqueles sentimentos confusos dentro de mim, eu precisava ter confiança e força para lidar com tudo aquilo, afinal, eu estaria sozinha naquele tribunal. Por volta das dez da manhã, Adriana chegou em minha casa, a audiência começaria às 11h.

— Está preparada, senhorita Ferrari? - ela perguntou.

— Acha que vai dar tudo certo? — eu precisava saber, para ao menos tentar enfrentar o que estava por vir.

— Não quero ser pessimista, mas preciso que saiba que o Sr. Castilho tem testemunhas e apoio contra a senhorita.

A olhei surpresa, dessa parte eu não sabia.

— Testemunhas? De quê? — indaguei apreensiva.

— Que podem afirmar que o documento que ele apresentou é verdadeiro. Como sabe, está sobre investigação desde o início do processo. Ele alega que Enrico Ferrari deixou boa parte da fortuna, dos imóveis e dos negócios para ele — disso eu já sabia, aquele maldito mentiroso estava fingindo tudo aquilo— o documento foi autenticado em cartório e levado até o juiz. Além do documento, Rafael colocou nomes de testemunhas, pessoas importantes e próximas do seu tio...

— E é claro que ele jogaria baixo a esse ponto, pois sabe muito bem que não somos aceitas pela sociedade machista que tem partes na empresa. Oh céus! Agora me preocupei.

— Farei o possível para que ganhe, no entanto, preciso que mantenha a calma e seja confiante, ok?

Mesmo estando o oposto de tudo o que ela pediu, apenas assenti. Me olhei mais uma vez no espelho e me senti confortável com o que estava vestindo: Um vestido preto e fechado, que ia até o joelho. Óculos escuros, maquiagem fraca e salto alto. Tomei uma xícara de café para não ir de barriga vazia e acompanhei Adriana até o carro, onde fomos levadas até o tribunal da cidade. Ao chegarmos, Rafael já estava lá, sorridente, confiante e com uma postura invejável.

Ele notou a minha presença e fez questão de caminhar até a mim, parecia querer me intimidar. Encarando um ao outro, Rafael pegou a minha mão com audácia e levou até os lábios, onde depositou um beijo demorado, quase vomitei.

— Está adorável, senhorita Ferrari. — disse com certo deboche no tom de voz.

— Não posso dizer o mesmo. — murmurei.

— Monique não veio? É mais do que necessário a presença dela hoje aqui.

— Não eu seja da sua conta, mas minha prima não está muito bem de saúde. Seremos eu e você apenas.

Rafael me analisou dos pés a cabeça, como se estivesse prestes a dar o bote. Pensei que ele fosse me deixar em paz, mas me enganei, o homem aproximou-se e sorriu de forma venenosa. Eu estava lutando para não quebrar o rosto daquele embuste.

— Ainda tem tempo para desistir, senhorita Ferrari. Minha proposta está mais do que de pé. — sussurrou, deixando-me acuada.

— Atrapalho? — era a voz de Henry, quase o abracei de tanto agradecimento por ter atrapalhado aquela conversa absurda.

— Não. Estou feliz por ter vindo, pensei que não pudesse.

Rafael continuou ali, parado, observando tudo.

— Estou do seu lado, lembre-se disso.

Me olhou de forma leve, como se confiasse no resultado de hoje.

— Seu casamento será essa semana, não? — Rafael nos interrompeu. Parecia uma cobra venenosa.

— Está me vigiando? — Henry entrou na minha frente, quase pude sentir seu sangue ferver.

— Não preciso de muito para saber. As revistas e jornais anunciam isso todos os dias. — o olhou com superioridade. Ele se achava o máximo pela forma que se portava.

— Ótimo, saiba de primeira mão que não terá casamento. — sorriu, mesmo sem humor algum.

Rafael desviou o olhar e parou em mim.

— Não acredite em tudo que prometem...

— O que disse? — Henry o fuzilou com o olhar. Temi que o pior acontecesse e entrei no meio dos dois.

— Vamos levar um ar? Ainda temos algum tempo. — pedi cautelosa. Conhecendo Henry, eu sabia que a qualquer momento ele partiria para cima de Rafael.

Henry assentiu e me levou até lá fora, onde o ar fresco daquela manhã nos atingiu. A propósito, parecia que a qualquer momento uma tempestade ia cair dos céus.

— Por que Monique não está aqui? Ela lidaria muito bem com esse babaca. — rosnou, fechando as mãos com raiva.

— Acha que não posso lidar com essa situação? Não gosto que me subestimem. — indaguei chateada.

— Desculpe... Estou nervoso por você, sabe o quão estressante são essas audiências e processos. — me abraçou.

O apertei, sentindo o cheiro gostoso de seu perfume e o calor reconfortante de seus braços. Era tão bom tê-lo assim, só para mim.

— Senhorita Ferrari? — Adriana me chamou, interrompendo aquele momento. — A audiência irá começar.

Com o coração na mão, me desprendi dos braços de Henry e demos as mãos para enfrentar aquele maldito. Ele estava tão nervoso quanto eu, mas parecia firme, convicto de que era apenas um golpe. Entramos no tribunal e cada um foi para o seu lugar, alguns minutos depois, o juiz entrou e se sentiu em seu lugar.

Ele era conhecido, o vi algumas vezes em conversas com o meu tio no passado. Boquiaberta, logo lembrei de que ele era um juiz corrupto, que fazia negócios com Enrico e recebia milhões de dólares mensalmente para ajudá-lo. Quando assumimos nossas posições, a primeira coisa que minha prima fez foi encerrar as negociações com ele, já que, suas atitudes não eram aceitas por nós — Xavier Gonzalez era machista, violento e extremamente vingativo. Ele era a favor das boates que exploravam mulheres.

Nós nos olhamos por um momento e quase pude ver um sorriso debochado em seu rosto. Me endireitei na cadeira, mantendo-me firme o suficiente para encara-lo e assim começou.

A audiência estava indo bem, parecia ser causa ganha, mas algo mudou drasticamente quando começaram a aparecer testemunhas. Eram sócios, funcionários e amigos muito próximos do meu tio, pessoas importantes que rasgaram elogios a Rafael. Confesso que por um momento vacilei e senti meu coração acelerar, eram pessoas conhecidas por mim, que estavam sempre em meu convívio. Fui chamada de imatura, irresponsável e nada profissional.

Errei algumas vezes, mas não a ponto de me chamarem assim, como se me conhecessem no meu dia a dia. Eu trabalhava para manter aquele império, mesmo sendo um ramo que nunca ousei pensar em fazer parte.

Monique deveria estar aqui.

Quando por fim, a audiência encerrou, o juiz pediu um "intervalo". A outra parte do julgamento seria às 15h, com o resultado final do processo.

— Que safados! Todos ficaram contra você, inclusive o maledetto do Don Expedito. — Henry estava completamente indignado com todas aquelas traições.

— Eu só preciso de uma notícia boa por hoje, estou com tanto medo.

Estávamos em um restaurante próximo da audiência. Decidimos almoçar juntos e aproveitar a companhia um do outro enquanto não dava o horário para voltarmos ao tribunal.

— Isso pode deixar por minha conta — pegou minhas mãos carinhosamente e me encarou. — Meu pai vai ser internado amanhã, ele está com a saúde mental frágil e...

— Eu pedi uma notícia boa, meu amor. Apesar do seu pai não ser uma das minhas pessoas favoritas do mundo, não o desejo mal. — falei sincera.

— É, eu sei disso. E também não o desejo nada, mas infelizmente ou felizmente, isso pode nos ajudar de alguma forma. Entrei com um processo para anular o contrato de casamento, alegando que meu pai não estava com o juízo perfeito quando ele foi assinado. Meu advogado diz ser causa ganha, pois um profissional está acompanhando o meu pai e em breve sairá um laudo com o que ele tem.

Meu coração aliviou de certa forma. Há tempos estamos nesse embate para ficarmos juntos e finalmente iremos conseguir.

— O casamento será por esses dias, Henry. Acha que terá tempo? — cruzei os braços.

— Se não der, terei de ser um pouco cafajeste para adiar a cerimônia...

— Henry, tenha cuidado! Alicia... Ela pode não aceitar muito bem. — lembrei do meu sequestro e senti um aperto no peito.

— Alicia não mata nenhuma mosca, Oli. Fique tranquila, está bem? Estamos mais perto de ficarmos juntos do que nunca.

Eu realmente queria acreditar naquilo.

Depois de almoçarmos, resolvemos visitar alguns pontos turísticos da cidade e desfrutar de passeios curtos. O tempo parecia querer nos enganar, as vezes ameaçava chover, outras vezes o sol queimava as nossas peles. Por um momento esqueci de tudo e mergulhei na sensação de bem-estar, contudo, quando o alarme do meu celular mostrou as horas, toda a calmaria se esvaiu e fui puxada para a realidade.

— Tudo vai ficar bem. — Adriana disse ao me ver chegar no tribunal.

Henry, que estava ao meu lado ficou surpreso por vê-la, ele ainda não tinha se dado conta de quem era.

— Eu realmente espero que você esteja certa...

Ela não estava.

Como se os céus caíssem sobre nossas cabeças, Rafael ganhou o processo e lhe foi concedido 65% de todo o patrimônio de Enrico. O restante ficou para Monique — por ser herdeira. Apesar do testamento onde me foi dado um bom dinheiro, o juiz declarou que eu ficaria apenas com um tipo de pensão mensalmente, já que Enrico não estava bem de saúde quando o testamento foi escrito.

Eu não sabia como falar para Monique, a sensação de fracasso e impotência me deixou em completo choque. Um desconhecido, um golpista nos tirou tudo em um piscar de olhos, como se não fossemos nada. E eu sabia, bem lá no fundo, que aquele juiz tinha dado uma forcinha.

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