Caminhos Quebrados

Από emmamonroe__

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Depois de ganharem um sorteio no qual o prêmio seria uma viagem grátis para Las Vegas, Olívia e Emily embarca... Περισσότερα

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Lê aqui ;)
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capítulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Capítulo 80
Agradecimentos

Capítulo 48

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Από emmamonroe__

Henry Bianchi

Me deixei inundar pelos saborosos e carnudos lábios de Olívia, era como se há muito tempo meu corpo e a minha mente precisasse daquele beijo e quando por fim, consegui a dádiva de tê-la em meus braços, o destino traiçoeiro e desagradável, puxou-nos agressivamente para de volta a realidade. Ela me olhou arrependida, deixando meu coração apertado e com uma tristeza imensurável. Eu não queria vê-la arrependida, não por ter me beijado!

— Henry, você sabe que isso é errado, não sabe? Nós temos relacionamentos, pessoas que esperam pela gente. — expôs sua opinião e mesmo com o coração partido, assenti.

— Eu sei, mas... Você sabe que esse noivado não é real, nada disso é real, Oli! Nem mesmo o seu relacionamento com aquele francês de caráter duvidoso... — deixei escapar e me repreendi mentalmente por não segurar a língua.

— Como sabe que meu namorado e francês? Henry, você está me espionando?! — o barulho do trovão impediu a minha resposta, antes mesmo de eu tentar formular uma. — Nossa, não percebi que a chuva tinha aumentado assim.

— Eu sei que o que estamos fazendo é errado, mas não consigo ficar longe de você. — confessei, aproximando-me outra vez.

— Não posso fazer isso com ele, Henry. Não é certo! Sabe muito bem o que eu acho de traições.

— Termine com ele. — pedi e ela arregalou os olhos. — Tentaremos mais uma vez e sei que dará certo.

— Não é tão simples quanto parece. Somos de famílias rivais e você está noivo de Alicia. — cruzou os braços, olhando em direção ao para-brisa do carro.

— Monique e Matteo fizeram dar certo e em relação ao noivado, sei que posso arrumar uma forma de burlar tudo isso. — aleguei.

— Ok, eles fizeram dar certo e acabaram machucados. — rebateu, fazendo-me rir.

— Sabe que os dois estavam tendo sexo casual, sem nenhum sentimento envolvido, o que não é o nosso caso. — deixei escapar novamente e Olívia engoliu seco.

— Ainda sim, não sei se podemos fazer dar certo. São tantos problemas, chateações...

— Vamos tentar, ora. Termine o seu relacionamento e confie em mim, logo estarei descompromissado também.

Olívia pensou por um momento e enquanto não obtive resposta, admirei seu belo rosto, o quão bem desenhado era. Os cabelos soltos em ondas, negros como o céu de uma noite sem estrelas, os lábios carnudos pintados por vermelho e a pele... Ah, a pele! A cor, o brilho e a maciez.. Eu amava aquilo.

— Tudo bem, posso tentar. Mas enquanto o noivado permanecer de pé, você não poderá encostar em mim.— provocou, passando a mão discretamente pela minha perna.

— Sei que me provocará no processo, mas serei firme. Estou disposto a tê-la novamente, senhorita Miller.

E eu realmente estava, não importava qual dificuldade teríamos em ficar juntos. Se Olívia me queria novamente, eu lutaria com milhares de leões e subiria o Monte Everest diversas vezes por ela.

▪️▪️▪️

A chuva se foi uma hora depois de ter começado, aproveitei para conversar com Olivia, saber como estava sendo sua nova vida. Era tão bom ouvir sua voz, o jeito meigo que ela ria ao falar sobre os pequenos erros que havia cometido durante as suas aulas de tiro no alvo, da forma em que ela conduzia bem o assunto, lembrando de pontos importantes que marcaram-na para sempre. Quando a chuva resolveu ir embora, deixei Olívia próxima à sua residência e segui rumo para a minha. Logo, logo eu teria de voltar para a Califórnia e tentar de alguma forma amenizar o estresse causado pelo roubo das minhas mercadorias.

Ao chegar em meu apartamento, Matteo estava me esperando no hall do condomínio. Meu irmão encarava o celular nervoso, como se algo o irritasse profundamente. Ele notou minha presença apenas quando toquei seu braço, assustando-se como tivesse visto um fantasma.

— Até que enfim! Onde você estava?

— E eu te devo satisfações desde quando, Matteo? — perguntei, enquanto caminhava em direção ao elevador. Matteo me acompanhou irritado, como sempre.

— Desde quando temos milhões de problemas em volta de você! Estou uma hora te esperando, vamos conversar? — revirei os olhos, mas não tive para onde correr, acabei aceitando.

Mal abri a porta do apartamento e Matteo começou a tagarelar sobre os problemas das empresas.

— Disso nós já sabemos, irmão. Pode me falar uma novidade? Não creio que passou uma hora no hall do hotel a toa.

— Eu contei de Amsterdã recentemente e descobri que desviaram aquela mercadoria do Filipe. Quando ia me contar?

— Quando você resolvesse me contar do caso com Monique. Sei que você não estava viajando coisa nenhuma e que está na Itália por conta de dor de cotovelo. — revelei, preparando uísque em um copo para beber.

— C-como você sabe? Não pode contar para Giancarlo, Henry! Ele vai me exilar novamente e não sei se tenho saúde mental para isso.

— Por sua sorte, não sou do tipo que trai o meu próprio sangue, como você fez no passado. Estou de consciência limpa e de boca fechada, fique tranquilo. — dei um gole no uísque, sentindo o líquido descer queimando na garganta.

— Eu já me desculpei. E se estou aqui, é porquê me preocupo com você.

— Do que está falando? Eu estou perfeitamente bem, não preciso das suas preocupações. — dei um gole novamente e senti a necessidade de acender um charuto.

— Tem certeza? Henry você está dando tiros nos próprios pés há meses! Que merda foi aquela com o Don Gallo, pazzo?

— Não me recordo do que aconteceu, Matteo. Você está bem?

— Não finja que nada aconteceu! Você não está bem psicologicamente, Henry. O que tinha na sua cabeça para matar dois seguranças de confiança do Don Gallo a troco de nada? Sabe o quanto isso irá custar?

— Não me importo! Ele foi imprudente nos negócios, apenas me vinguei. E sabe de uma coisa? Nenhum Bianchi tem o psicológico perfeito! Eu estou sendo o filho que Giancarlo gostaria que fosse e se for para matar, matarei todos no meu caminho! — joguei o copo no chão, que se estilhaçou em pedacinhos.

— Não pode agir assim, não como ele quer! Você fez chacinas sem motivo algum, isso está errado, não condiz com a forma que lidamos com negócios. Nossos parceiros não são inimigos, não tem necessidade de ataca-los! Pare de se comportar como um maluco ou as consequências serão terríveis, irmão.

Cansado, sentei no sofá, encarando a paisagem da Itália pela grande vidraça da cobertura. Matteo aproximou-se e sentou ao meu lado.

— É, eu não estou muito bem, mas sei que vou ficar. Esse casamento, as exigências do meu pai, tudo isso está me abalando. — confessei, sentindo a garganta arranhar.

— Concordo com você, por isso te peço para não me julgar. Monique estava me ajudando, me trazendo de volta para a realidade, entende? Apesar do gênio forte, a ragazza é incrível. — suspirou, seus olhos brilhavam ao falar dela.

— Olívia me fazia sentir a mesma coisa, irmão. — respirei fundo. — E Giancarlo arrancou de mim, sem dó e sem piedade.

— Não pode se casar com Alícia, Henry. Será infeliz pro resto da sua vida e ainda acabará com a vida de um inocente. — ele estava certo, completamente certo.

— E o que posso fazer? O contrato está assinado, o casamento está perto...

— Ou você mata o nosso pai ou tente tirar a ideia de casamento da cabeça de Alicia, o que vai ser bem mais difícil. — arregalei os olhos surpreso com as palavras de Matteo.

— Matar o nosso pai? — era tão estranho falar assim, mas não tão errado como parecia ser.

— Já está na hora de voltarmos ao início do plano. Agora, temos a herdeira Ferrari do nosso lado — referiu-se a Monique. — E quem sabe, Olívia também.

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