Caminhos Quebrados

Av emmamonroe__

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Depois de ganharem um sorteio no qual o prêmio seria uma viagem grátis para Las Vegas, Olívia e Emily embarca... Mer

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Lê aqui ;)
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capítulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Capítulo 80
Agradecimentos

Capítulo 38

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Av emmamonroe__

Olívia Miller

O sol já estava se pondo quando ouvi batidas na porta da suite em que eu estava. Desde o ocorrido sobre o meu novo tio, não sai do quarto para absolutamente nada e nem recebi visitas. Era notório que estavam querendo me deixar sozinha para que eu pensasse e chegasse em uma decisão por si própria.

Receosa, caminhei até a porta e abri, deparando-me com Monique — minha agora prima. Ela sorriu carinhosa e mesmo confusa, dei espaço para que ela entrasse. O cheiro doce do seu perfume invadiu o ambiente e franzi a testa ao notar o quão bem vestida ela era: Será que terei que ser assim também? Dificilmente saio maquiada durante o dia.

— Está tudo bem? — Monique perguntou acordando-me dos meus pensamentos.

— Sim, está. Há que devo a honra da sua visita? — cruzei os braços.

— Não vai me oferecer nada? Estou com sede! — desfilou até o imenso sofá da suite.

Nervosa até por demais, caminhei até a mesinha com uísque e copos de vidros, servindo apenas um para ela e entregando em sua mão. A mulher sorriu e bebericou a bebida. Por um momento encarei seu rosto e procurei algo de mim ali.

Enquanto meu rosto era de uma forma, o dela era completamente diferente. Os olhos pretos como a noite pareciam minimamente puxados, já os meus eram grandes e verdes. O corpo dela era cheio de curvas, o meu não chegava nem o dedinho dos pés. Qual era a chance de Enrico estar errado sobre mim? Ah, não é possível.

— Você vai ficar me olhando como se eu fosse um fantasma? Já passamos dessa fase de desconhecidas, Olívia. — novamente a voz dela me despertou.

— Acho que estou um pouco...hm... Nervosa com tudo que está acontecendo. Até um mês atrás eu era uma simples operadora de caixa e agora... hãn.. não sei o que pensar ou como agir. — caminhei firme até o outro lado do sofá e suspirei cansada.

— Sei exatamente o que está passando, mas precisamos ter uma conversa. Amanhã papai voltará para casa e você tem menos de vinte e quatros horas para decidir o seu futuro...

Oh céus! Monique estava completamente certa! Passei os últimos dias alheia a situação, tentando entender o porquê meu pai mentiu. A verdade é que: ninguém poderia me culpar por estar surpresa, eram muitas coisas para digerir e aceitar.

— Eu só...Bom...Estou tão confusa! Nada me passa pela cabeça, sabe? Preciso desabafar! E a única pessoa que confio está longe, com os próprios problemas dela. — pensei em Emily e o quanto sentia falta dela. Não fazia nem um mês que ela tinha ido embora, mas meu coração estava apertado de tanta saudades.

— É por isso que estou aqui, prima. Apesar de não nos conhecermos muito bem, me sinto na obrigação de te ajudar a decidir o que realmente você quer. Não vou te dar mil motivos, falar palavras bonitas e rodeios chatos... Você sabe que sou bem direta, não sabe? — bebeu novamente do uísque.

— Oh, se sei. — falei lembrando das vezes que Monique foi diretamente ao ponto nas nossas conversas.

— Não vou falar para você que é fácil ser uma Ferrari, pois não é! Desde muito nova fui criada para ser uma excelente filha, para arrumar um marido bom e que me ajudasse a herdar o patrimônio de meu pai, mas nada disso nunca fez sentido para mim, sabe? Eu sou um mulherão da porra e sei muito bem administrar a minha herança sozinha, sem precisar de macho nenhum ao meu lado! O que quero dizer é que: Você passará muita raiva por ser mulher no meio de mafiosos durões, principalmente se decidir assumir o cargo que meu pai te der em uma das nossas empresas. Mas também terá força o suficiente para ultrapassar todos os obstáculos que virão e será uma mulher perfeita do jeitinho que você quiser. — respirou fundo. — É uma decisão difícil, pois você terá muitos afazeres na sua nova vida, porém também terá tanto dinheiro que nem três gerações suas conseguirão gastar. Precisa ter o sangue frio para lidar com tais questões e em hipótese nenhuma pode ter pena do inimigo. Eu me transformei completamente quando decidir ser uma Ferrari e não me arrependo de absolutamente nada.

Arregalei os olhos ao ouvir tudo aquilo e Monique deu um gole generoso na sua bebida. As palavras delas ecoavam na minha cabeça.

— Está dizendo que serei uma criminosa? — questionei, um pouco ansiosa para sua resposta.

— Estou dizendo que você será tão poderosa que nada lhe fará ter medo. — deixou o copo de vidro sob a mesinha de centro e levantou-se. — A decisão é sua, prima. Estarei do seu lado seja lá qual for.

Poderosa.

— Henry sabe disso? Do que serei caso eu aceite?

— Henry quer o seu bem, não importa o que aconteça. — caminhou até a porta, sem olhar para trás.

Observei a mulher de longos cabelos pretos e ondulados abrir a porta da suite, ela não olhou para trás, seguiu seu caminho ao trancar a porta.

Fui até a varanda da suíte e olhei a área da piscina onde se encontrava várias pessoas e surpreendentemente, Henry havia acabado de chegar. Ele não estava de terno — o que me chocou visto que sempre estava vestido assim. Usava uma bermuda jeans preta e uma blusa gola pólo da mesma cor, e seus cabelos que viviam perfeitamente alinhados, estava um pouco bagunçado devido ao vento forte. E como num passe de mágica, lembrei de algo... Eu o conhecia! Não de agora, mas de muito tempo atrás... Só podia ser ele! Caramba, que... Coincidência!

7 anos antes.

A festa na casa de Rick estava completamente lotada, Cléo havia insistido para irmos, pois justamente naquela noite sua paixonite estaria lá, pronto para ela. Obviamente enganei meus pais, contando que íamos estudar para a prova de manhã e que dormiria com a minha — até então amiga. Papai concordou, no entanto estava desconfiado.

Não me importei de engana-lo, afinal, já tinha completado meus quinze anos e necessitava de uma boa festa para iniciar o ensino médio. Apesar de ser invisível na escola, naquela noite muitos me olharam e me cumprimentaram. O vestido preto colado ao corpo e a bela maquiagem feita por Cléo chamou a atenção de todos os presentes.

Confesso que estava nervosa, nunca tinha ido à uma festa e nem sabia como me comportar em uma.

— Onde ele está? Que ódio! — Cléo rosnou. Estava completamente ansiosa para ver a tal paixonite, quase não parava quieta no lugar.

— Deve ter te dado um bolo. — debochei e ela corou.

— É óbvio que não! Ele está na faculdade, deve ter se atrasado.

— Faculdade? Cléo você tem dezesseis anos! Como esse garoto se interessou por você? Que nojo!

— Falei para ele que tinha dezoito anos e o idiota acreditou.

Ergui a sobrancelha incrédula. Cléo tinha um corpo cheio de curvas e não aparentava ter apenas dezesseis anos, mas mesmo assim, aquilo era errado!

— Você é maluca. — ela riu alto.

— Ele é filhinho de papai, sua boba! Tem tanto dinheiro que não se importa de gastar comigo, inclusive já me deu vários presentes caros. Pode ter certeza que ele é mil vezes melhor do que todos os babacas da escola!

E realmente era. Um carro de luxo estacionou em frente à casa de Rick, onde dois garotos desceram. Cléo se animou, era ele.

Os rapazes se aproximaram e um deles beijou a boca de Cléo de uma forma nojenta e obscena. Já o outro, estava envergonhado.

Horas depois, estávamos próximos à piscina. Enquanto Cléo não desgrudava a boca da paixonite, o amigo dele estava ao meu lado, olhando todos ao seu redor.

— Qual o seu nome? — perguntou acabando o silêncio entre nós.

— Oli e o seu?

— Henry. — me olhou. — Você é bem bonita, Oli. — notei que suas bochechas ficaram vermelhas e sorri.

— Você também. — confessei e olhei para o lado oposto, completamente envergonhada.

Já estava perto de irmos embora, quando o acompanhante de Cléo nos ofereceu uma carona. Cansadas, resolvemos aceitar.

No caminho, Henry me olhava nervoso e eu... Bom, estava encantada por ele. Sequer prestei atenção nos outros.

Ao chegarmos na casa de Cléo, desci do carro torcendo para que ele fizesse o mesmo e ele fez, aproximou-se de mim e pegou minha mão delicadamente, beijando as costas dela e encarando os meus olhos.

— Seus olhos são lindos, Oli. — confessou, deixando-me cada vez mais tímida.

— Por que vocês dois não beijam logo? Já está na hora. — ouvi a voz de Cléo vindo do carro e me encolhi.

Henry riu e aproximou-se um pouco mais de mim, colocando uma mecha solta do meu cabelo para trás do orelha. Mesmo morta de vergonha, levantei o olhar de encontro ao seu e ele me olhou como se perguntasse "Posso?" Assenti, fechando os olhos e esperando... Foi questão de segundos até sentir seus lábios tocando os meus e quando íamos aprofundar o beijo, ouvi a voz estridente de meu pai.

— Sabia! O que está fazendo Olívia?

Virei rapidamente e me deparei com meu pai vindo as pressas ao nosso encontro. Henry se colocou na minha frente, como se quisesse me proteger de algo.

— Sr.Miller?

— Henry! Oh meu Deus! Por que está beijando a minha filha? Ela é uma criança... Seu pai saberá disso, garoto!

Atualmente

Dei uma risada alta ao lembrar daquilo, o quanto fiquei com vergonha depois de tudo. Era ele! Sem pensar, abri a porta do quarto e corri em direção ao elevador. Era tão óbvio, desde o primeiro momento eu sabia que o conhecia! Agora estava claro! Henry precisa saber!

Ao chegar no andar indicado, me apressei em ir até onde Henry estava, porém fui parada por...Alicia?

— Vá comigo até lá fora e ninguém irá se machucar. — ela estava com uma arma apontada discretamente para mim. Engoli seco, sentindo o estômago revirar.

Nós caminhamos até a saída do hotel e enquanto isso me questionei o porquê que ela estava fazendo aquilo.

— Alicia... O que quer? Não estou entendendo! — ela evitava de me olhar.

— Entre no carro, Olívia. — pediu calma.

O carro em questão estava estacionado do lado de fora. Mesmo com medo, entrei no veículo e deparei-me com um homem no banco de trás, esse mesmo homem colocou um pano no meu rosto, que me fez desmaiar em segundos.

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