Toca Do Coelho {jikook}

By swagay

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Park Jimin está em um péssimo momento de sua vida. O relacionamento com a família é ruim, a situação na facul... More

AVISOS
1: eu poderia estourar um champanhe
2: uau, ele é tão diferente
3: o guitarrista
4: seu gosto é péssimo
5: mulher-alfa-brava
6: a vaso alemão da vovó
7: prefiro ir pro inferno
8: você curte Ministry?!
9: ômegafurioso15
10: conjuntivite
11: hiatus
12: por que tantos zeros na conta?
🌙 13: um alfa e um ômega
🌙 14: jasmim
🌙 15: uma mancha azul
🌙 16: o que o vento traz
18: finalmente as verdades
19: eu te levo
20: thanuk
21: e a resposta correta é...
22: se 2+2 é 4...
23: teste de compatibilidade
24: uma foto de uma memória
ESPECIAL TOCA DO COELHO

17: ketchup na pizza

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By swagay

Votem, comentem e boa leitura!

#coisachata

Mais uma vez, Jimin acordou pensando em Jungkook.

Como se a sua distância tivesse acionado um alarme, que Jimin nem sabia que existia dentro de si, de alguma forma, ele agora sentia essa urgência, quase um medo… medo de nunca mais vê-lo.

Vê se pode…

Se sentando na cama, coçou os olhos e bocejou, dando um tempo a si mesmo, tentando assimilar os pensamentos. Há meses, bons meses, ele acordava e antes de qualquer coisa, pensava em Jeon Jungkook. Em seguida, se sentia patético.

Dessa vez, não foi diferente. E enquanto se arrumava, fez as contas, nos dedos, chegando a conclusão de que faltava um mês para o alfa voltar. Rolando os olhos, se perguntou como isso afetaria sua vida? Não afetaria. Nem eram amigos, não eram nada.

Mas pensava nele antes de ir dormir e ao acordar.

Como disse, patético.

Jogando a mochila nas costas, e enrolando um trabalho e prendendo com uma fita, se questionando do porque fazia faculdade, por que a pedagogia existia, e por que ele existia. Então, levando um susto com a vibração do celular na mesa de estudo, atendeu assim que viu que era Yoongi.

— Por que me ligas tão cedo? — perguntou, dando uma última arrumada no cabelo. — Agora que não vai mais pra aula tá com tempo livre, é?

— Jimin — ele disse, com a voz um pouco pesada. — Meu nenê vai nascer.

Jimin parou com a mão no cabelo, com cara de tacho para si mesmo, encarando o reflexo. — O-oi? Mas… não tinha uma semana ainda?

— Minha bolsa rompeu — explicou. — A cirurgia vai acontecer às duas da tarde… se quiser vir, à noite, talvez…

O loiro piscou os olhos algumas vezes. — Meu Deus… hm, tá… eu… eu vou. Nossa… — e ficou sem saber o que falar. — Boa sorte? É assim que se diz?

— Eu não sei — ele riu, um pouco afetado. — Eu nunca tive um filho antes…

Ficando um tempo sem dizer nada, Jimin pensou um pouco antes de falar: — Vai dar tudo certo. Você vai ser um pai incrível. Eu tenho certeza.

Fungando, Yoongi soltou: — Eu tô com medo…

Imediatamente Jimin sentiu que os olhos marejaram. Yoongi era sentimental, mas nunca ao ponto de expor assim, tão claramente.

— Ah… mas vai ficar tudo bem. É normal ter medo. — lhe disse. — Vai sair um bebê de dentro de você, e você vai ter que cuidar dele por uns vinte anos, até que seja aceitável mandar ele viver a própria vida.

— Jimin! — ele chamou, chorando.

— Yoongi! — reclamou também. — Você vai ser pai. Pode chorar, se quiser. Esse nenê vai estar nos seus braços em algumas horas, e vai ser seu filho pra sempre. E… — sentiu algumas lágrimas rolarem pelo rosto. — E ele vai ser feliz, porque você vai cuidar dele. — fez uma pausa, limpando aquela água salgada. — Você tem que cuidar dele. Tem que fazer ele sentir que é amado… e apoiar as decisões dele. E deixar ele fazer tatuagem com 15 anos.

Do outro lado, Yoongi riu, enquanto fungava. — Okay… eu vou dar o meu melhor.

Assentindo, Jimin tentou se livrar da cara de choro. — O Hoseok tá com você?

— Tá — confirmou. — Tá tomando soro na veia. Deram uns calmantes pra ele.

Jimin esboçou uma careta, sabendo que não seria visto. — Bundão.

— Uhum — soltou uma risada. — Ah, eu preciso ir pra um check-up. Te vejo mais tarde?

— Vê sim — disse, e depois disso, eles se despediram.

Parado no mesmo lugar por mais um minuto, Jimin só se lembrou de continuar o que estava fazendo, porque Soobin entrou no quarto. — Eu fiz o café.

Certificando-se de secar as lágrimas, Park agradeceu, antes de perguntar: — A mãe não levantou de novo?

O mais novo mexeu a cabeça, negando. — Jimin… o que a gente vai fazer, se ela não melhorar?

Ele disse: — Ela vai melhorar. Ela é forte.

— Mas já faz duas semanas… — soltou o alfa, preocupado.

Jimin engoliu em seco. — A médica disse que ela não tem nada…

— Nada? — questionou. — Por que não fala a verdade? Eu vi as receitas… a médica mandou ela ir pra um psiquiatra.

— Mas ela não quer ir — disse. — Eu não posso interditar ela.

— A gente precisa fazer alguma coisa, hyung — pediu.

Respirando fundo, Jimin alongou o pescoço, incomodado com o assunto. — Eu vou… falar com ela…

Assentindo, Soobin pôs a mochila nas costas e saiu. Quando ele estava fora, Jimin caminhou até o quarto da alfa. Tomando coragem, empurrou a porta devagar, avistando uma bandeja de café posta para ela, trazida por Soobin. Ela mesmo, estava enrolada no cobertor, com as cortinas fechadas, e o ar do quarto era quase sufocante.

— Mãe — chamou, sem resposta. — Mãe… — viu ela se mexer, escondendo melhor o rosto no cobertor. — Mãe, o Soobin tá preocupado.

— Preocupado com o quê? — ela perguntou, e sua voz era carregada, como se ela não falasse há dias.

— Com a senhora — disse.

— Comigo — riu, amarga. — Vocês gostam de fazer da minha vida um inferno… só sabem encher minha cabeça. Me deixe em paz, você e ele.

— Eu tô falando sério, m-

— Sai daqui, Jimin! — mandou, rugindo com o restante de sua potência de alfa. — Sai! Me deixa! Some, verme!

Voltando para trás, Jimin fechou a porta às pressas, encarando o trinco por um tempo, sentindo bolhas de lágrimas se formarem nos cantos dos olhos, as limpou antes que transbordassem e deixou a casa, seguindo para a faculdade.

Não sabia dizer quando aquilo começou. A mãe sempre foi reclusa, introvertida a níveis preocupantes. Nunca teve muitos amigos, nunca foi muito próxima da família, sempre ficou muito tempo trancada no próprio quarto. Mas nos últimos meses, ela praticamente parou de falar, parou de comer, parou de frequentar outros cômodos da casa. Parou. Até que, foi afastada do serviço há duas semanas. Ela se recusava a fazer o que o hospital pedia.

Jimin não sabia o que fazer, além de se sentir mal, como um peso, um problema à mais, ou até… a causa daquilo.

No caminho para a faculdade, tentou secar a gota de lágrima que caiu no papel do trabalho. E perdido em pensamentos, nem ligou quando Yuna o olhou feio, na entrada da sala de aula. Foda-se ela e as amigas dela, a cara dela e o cabelo dela. Foda-se tudo.

Depois de sair da última aula, ele percebeu que havia saído sabendo menos do que antes, mas foi mais uma coisa pra qual não deu atenção. E parando no ponto de ônibus atrás da faculdade, contou o pouco dinheiro que tinha, fechando os olhos com raiva ao notar que não tinha praticamente nada. Avistando o ônibus no final da rua, ele sentiu o celular vibrar, e checando a mensagem, viu que era SeokJin.

“Jin: onde você tá?”

“Jimin: no ponto atrás da faculdade, indo pra casa. Por que?”

“Jin: fica aí”

Confuso, mesmo incerto, ele deixou o ônibus passar reto, esperando o que SeokJin faria. Então, em questão de minutos, o carro dele parou do outro lado da rua, e pela janela, ele gritou: — Entra no carro, garoto.

Correndo para atravessar a rua, Jimin entrou e sentou no banco de passageiro. — V-você vai me dar uma carona?

— Sim — disse. — Hoje é o dia oficial da caridade, preciso ajudar pelo menos um necessitado.

Jimin terminou de pôr o cinto de segurança e o olhou. — Tá. Aceito.

— Estamos indo pro hospital, né, garoto — ralhou, acelerando pela rua.

— AH! — soltou. — Podemos passar em um lugar primeiro?

— Hm, não sou motorista particular, não, tá — resmungou. — Onde?

— Em uma loja de coisa pra bebê — disse. — E… pode me emprestar um dinheiro?

— Ah, claro — respondeu o ômega mais velho. — Não quer mais nada? Um suquinho? Um cu depilado?

Rindo, Jimin abraçou a própria mochila. — Pode ser.

Pouco tempo depois, eles estavam andando pelos corredores de uma loja, e Park não sabia nem para quê certas coisas serviam. Jin lhe disse: — O Hoseok já comprou tudo que o bebê precisa.

— É, mas eu sou tipo um tio — explicou. — Hm… eu devia dar algo que ele vá usar por muito tempo, né?

Jin deu de ombros, sentindo o tecido de algumas mantas. — Você não quer ser pai? Engravidar?

Jimin parou de andar, observando um berço, passando a mão pela grade. — Não sei…

— Bom, eu não — Jin disse, decidido quanto àquilo. — Quero estar em Amsterdã ensinando guitarra em alguns anos. Uma criança não se encaixa nos meus planos.

— Você já pensou muito sobre isso? — Jimin quis saber.

— Já — respondeu o mais alto. — Todas as vezes que eu considerei a ideia, foi só porque eu sou um ômega e as pessoas esperem que eu tenha filhotes. Quando eu penso que a maioria dos ômegas vão ter filhos, eu me pego questionando minha decisão. Mas nunca é por mim. Não é porque eu gostaria de ser pai, e sim porque a maioria é ou vai ser.

O loiro o observou pelo canto dos olhos, notando seu semblante sereno, e inevitavelmente, sorriu. — Eu acho que eu também não quero… mas todo mundo fala que isso é fase.

Jin soltou uma risada. — Claro. Sabe o que é uma fase? Carregar um filho por nove meses. Isso é uma fase. Uma fase é namorar um cara por três anos, achar que ele é o homem da sua vida, engravidar e depois se separar, ficando com uma cria pro resto da vida. — e esboçou uma careta para os produtos oferecidos. — E essa ideia de que o seu filho tem que sair do seu ventre é tão… brega.

Assentindo, Jimin continuou a caminhar, e quando entrou no corredor de bichos de pelúcia, seus olhos brilharam. Procurando entre as centenas de opções, encontrou um gatinho segurando um girassol, e sorriu para o brinquedo. Então, o apanhou e eles seguiram para o caixa.

Segurando uma sacola rosa bebê, Jimin e Jin pararam em frente à maternidade, e nenhum dos dois moveu um pé. Jin tossiu, dizendo: — Olha, eu tenho… um pouco de agonia de lugar assim.

— E agora? — perguntou. — Eu também tenho.

— Eu não sei se vou entrar — Jin acabou dizendo. — Só de pensar no cheiro de gente dando a luz…

— Tem cheiro? — Jimin o olhou, assustado.

— Tem! — respondeu. — Cheiro de fruta desidratada, é doce de fazer seu estômago revirar.

Tentando imaginar a sensação, Jimin olhou para trás de Jin, por onde um rapaz bem alto vinha, em sua direção. — Conhece?

— Ahn? — Jin se virou para entender, e assim que reconheceu a pessoa, retesou no lugar. — Puta merda.

— Oi — disse o rapaz, carregando uma mala de bebê na mão. Ele tinha aquele cabelo curto e castanho, pele bronzeada e um olhar tranquilo. — Jin.

Jimin mirou SeokJin, vendo seu pomo de adão subir e descer algumas vezes. Até que ele disse: — Oi Namjoon.

Namjoon? Onde Park ouviu esse nome?

— Esse é…? — Namjoon quis saber, apontando para o outro ômega ali.

— Park Jimin — Jin apresentou. — Amigo do Yoongi… o namor… quer dizer, não é namorado. O pai do filho do Hoseok.

— Prazer — ele disse, e eles se curvaram um para o outro. — Kim Namjoon. Ou RM.

RM! Jimin se lembrou e abriu um sorriso, surpreso com a aparência que aquela pessoa desconhecida até então, na verdade tinha. — Prazer.

Caindo em silêncio, os três se olharam por um tempo, antes do loiro pensar: hm, eles são ex-namorados. Foi uma simples música desse homem que gerou aquele caos todo. E então experimentou o sabor de climão que finalmente percebeu.

Jin, vagarosamente, se virou, cruzando os braços. — Não vai entrar, Namjoon?

— Vou. E vocês? — perguntou, com sua voz macia.

— Depois. Pode ir.

Rindo, Namjoon assentiu, e se afastou, entrando no hospital. Jimin se arriscou e encarou o mais velho. — Tá tudo bem?

— Esse cheiro dele também te irrita? — questionou.

— Eu nem senti — disse a verdade.

Kim não disse mais nada, além de limpar a garganta, mantendo-se de braços cruzados no meio do estacionamento. — Acho bom a gente esperar, muita gente atrapalha.

Concordando, Jimin se sentou ao lado dele em um banco de madeira, onde esperaram por algum tempo. E durante esse período, ele viu mães e pais deixarem o hospital, com carrinhos de bebês e cadeirinhas de transporte, ao mesmo tempo em que outras pessoas entravam ainda com a barriga cheia. Uma mulher, chorando muito, sendo empurrada em uma cadeira de rodas, fez Jimin sentir um frio na espinha. Se lembrou da Bella Swan de Crepúsculo, grávida de um bebê vampiro, aquela beta magrinha, carregando um monstrinho na barriga, e isso não ajudou em nada.

— A gente não devia entrar? — perguntou para Jin, quando o céu já escurecia.

— É você que vai parir? Não, né? Então fica quieto.

— Mas tá frio — reclamou, incomodado. — Eu quero ver se o Yoongi tá bem. — confessou. — Ele é tão pequeno, e vão abrir a barriga dele… ai, que horror!

— Por Deus — Jin soltou. — Entra sozinho.

Jimin então perguntou: — Não é por causa do seu ex não, né?

— Agora que você entra mesmo, sai daqui — mandou, o empurrando para se levantar.

Jimin fez o caminho para dentro do hospital, deixando o nome e documentação na recepção, andou para o local indicado, onde encontrou a mãe de Yoongi, que falava no telefone com alguém, chorosa. Ele ouviu a senhora dizer: — Ai, amor, é a coisa mais lindinha…

Automaticamente, ele sorriu, acenando para a mulher, e passando por ela, encontrou Kim Namjoon no corredor. — Oi… você já viu?

Ele negou. — Tô esperando também. Mas deu tudo certo.

— Ah — Jimin soltou, aliviado. — Ainda bem. Será que ele tá acordado?

— Acho que não, deve estar se recuperando da anestesia — explicou. — O Jin… não entrou?

— Não — respondeu, meio sem graça. — Ele disse que não gosta do cheiro.

— Não é isso — soltou.

Surpreso e confuso, Jimin o encarou, mas ele não disse mais nada quanto àquilo. — Com licença, vou ver uma coisa…

Dito isso, ele voltou pela entrada da ala, sumindo em uma curva. Passando por duas portas, um casal de senhores vinham acompanhados de Hoseok, e o homem disse: — Agora você precisa criar juízo, filho. Tem uma criança pra criar.

— Isso é — a mulher concordou. — Acabou a brincadeira.

— Ui, ui, ui — Hoseok soltou. — Tá, eu sei. — e avistou Jimin pela primeira vez. — Ah, eu já falo com vocês, ok, pai? Ok, mãe?

E assim que eles passaram, Jimin se aproximou. — E aí, paizão?

Ele riu. — Bom te ver, Jimin. Sei que você foi contra tudo isso, mas olha só, deu tudo certo.

— Contra o quê? — questionou. — Quem transou foram vocês, o filho é de vocês.

— Isso, se faz de sonso — ele provocou. — Reclamou, reclamou, e tá aqui.

Girando os olhos, Jimin lhe disse: — Dorme que amanhã é outro dia, Jung Hoseok. Vai, fala com a minha mão.

— Eu não vou deixar você ver meu filho, desse jeito — ameaçou.

Jimin deu de ombros, e quando ia responder, ouviu: — E eu, posso ver o bebê?

Jungkook.

Jimin nem se virou para confirmar, rapidamente o cheiro dele alcançou seu olfato, forte e aberto, se espalhando por cada quadrado daquele ambiente, e ele percebeu que lembrava muito bem daquela voz. Travando no lugar, segurando a sacola com mais força, ele esperou Jeon se aproximar e entrar em seu campo de visão para olhá-lo.

Como deveria agir? Ele, por acaso, perceberia que Jimin pensou nele ainda essa manhã ao acordar?

— Eu não acredito que você veio mesmo — Hoseok soltou, indo na direção dele, o abraçando. — Caralho, seu doido… não precisava!

Jungkook estava com cabelo mais curto do que antes, mas não raspado, como quando você vai pro exército de verdade. Sua pele estava bronzeada, e ele parecia uns quilos mais pesado, com os braços fortes, o peito estufado, usando camisa branca e calça cargo preta, ele pareceu alguns anos mais velho do que era, mas não de um jeito ruim. Jimin encostou-se na parede, sentindo as pernas bambas.

Levantando um buquê de flores, ele o entregou a Hoseok. — Para o Yoongi. Diz que foi você que deu.

— Verdade — Jung soltou. — Ele precisa ganhar flores! Espera aqui, eu vou pedir pro meu pai encomendar algumas!

Dito isso, ele passou pelos dois, andando apressado para a ala de espera.

Em silêncio, Jimin torceu para que seu corpo se fundisse com a parede e ele sumisse. Enfiando as mãos nos bolsos, Jungkook andou pelo corredor, a passos lentos.

Podia estar o silêncio que fosse, os cheiros de ambos circulavam o ambiente e isso não podia ser apagado.

Por que ele não fala nada? — Jimin se perguntou, de cabeça baixa, encarando o par de Converse que calçava.

Eles pareciam desconhecidos. E Jimin pensou consigo que, talvez, essa fosse a definição mais correta para os dois, desde que não eram nada e não se viam há meses. E avaliando essa ideia, sentiu um incômodo no peito, lembrando-se das vezes que estiveram juntos.

Por várias vezes, sentiu vontade de voltar e aproveitar melhor aqueles dias. Talvez, tratá-lo melhor. Quem sabe seria diferente agora… quem sabe.

— Pronto! — Hoseok reapareceu depois de um tempo. — Vamos? — chamou, e começou a andar, seguido por Jungkook. Jimin nem se mexeu, mas Jung parou e o olhou. — Vem, garoto.

Como se tivesse sido descoberto em seu disfarce, Jimin engoliu em seco e os acompanhou porta adentro. E Jin estava certo, o cheiro de feromônios era gritante, escandaloso, presente e carregado.

Jimin quase vomitou, enquanto Hoseok disse: — Sente esse cheiro, Jungkook, parece o paraíso…

— É por isso que você está enfiado aqui o dia inteiro — Jungkook riu, guiado pelo amigo, seguindo pelos corredores.

— Eu quero ter mais dez filhos — Hoseok soltou, rindo.

Com uma careta no rosto, Park os acompanhou de uma distância um pouco grande, até que eles passaram por uma outra porta. Jung avisou: — Tem que ficar quietinho.

Sendo assim, eles entraram em silêncio no berçário, separados dos bebês por uma grande abertura de vidro. Ele apontou para um dos bercinhos adaptados. — Aquela de amarelinho.

— É menina? — Jimin e Jungkook soltaram ao mesmo tempo. Mas nem se olharam.

— Sim — Hoseok quase pulou de felicidade. — O Yoongi não quis contar o sexo, porque a mãe dele iria querer comprar tudo rosa.

— Rosa é bonito — Jimin comentou, se aproximando do vidro, apertando os olhos para tentar enxergar melhor. — Qual o nome dela?

— YiSeo — Hoseok lhes disse, com um sorriso no rosto. — Jung YiSeo.

Jungkook abriu um sorriso para o amigo, passando um braço por seus ombros. — Ela é linda, parabéns. Virou papai!

— Bom, tem gente que já me chama de “papai” há muito tempo — se gabou. — Mas virei sim! — e apanhando o celular, leu uma mensagem e disse: — Preciso assinar uns documentos, já volto.

Sozinhos mais uma vez, Jimin tentou relaxar, concentrando-se em observar a pequena YiSeo, que dormia no bercinho, enquanto uma enfermeira passava por entre os bebês, os checando. Tomando coragem, resolveu se pronunciar: — Ela é grande, né?

Jungkook apenas assentiu sutilmente, mantendo o olhar na criança.

Ele não queria papo mesmo.

Envergonhado por estar praticamente falando sozinho, Park tomou alguns passos de distância, observando outros bebês. Todos tinham aquela cara amassada, pele vermelhinha, enrolados igual casulo de borboleta. Sorrindo, deu uma última olhada em YiSeo antes de se curvar em despedida para Jungkook, deixando o berçário. Ainda com o cheiro dele no olfato.

E do lado de fora, tentou manter a pose e a constância dos passos, enquanto sentia o coração acelerar, e os olhos encherem de água. Quando saiu para a área aberta, que dava para um jardim, onde havia bancos dispostos, ele se sentou em um deles, e… chorou.

De cabeça baixa, segurando a sacola da loja para bebês, ele deixou as lágrimas caírem, deixando manchas em sua calça jeans.

Aquilo doía.

Ele pensou em Jungkook todos os dias, e quando finalmente o viu, foi assim, sem trocar uma palavra, e ele sequer olhou em sua direção. Patético, Jimin se sentia ridículo. Estava ali, chorando, enquanto Jungkook nem devia se lembrar de quem era ele.

Que idiota. — disse para si mesmo, fungando.

Por que estava assim? Jeon era só um cara, nada mais. Inevitavelmente, riu de si mesmo. Que tonto.

Idiota.

Sequer estava no nível dele. Não pertencia ao mesmo grupo. Não tinham nada a ver. Provavelmente havia sido esquecido.

Esquecer o que? Não havia nada.

Idiota, rídiculo, tonto, besta, otário, burro, estúpido, irritante, insuportável.

Caralho. Mas que caralho!

Bufando, levantou a cabeça, encarando o céu estrelado, e negou alguma coisa, constantemente. Se negava a acreditar em qualquer coisa que estivesse sentindo.

— Para, Jimin — pediu a si mesmo. — Para. Só para. Não inventa. Ele nem se lembra de você… quem lembraria? Quem é você? Ninguém… ninguém…

Ninguém. Era um grande saco de nada. Era isso o que era.

Bom, Taehyung, que foi seu namorado, o esqueceu em um toque de mágica, imagine um cara como Jungkook. E quanto mais pensava nisso, mais a água subia, e ele sentia que em breve estaria se afogando.

Indo embora, ele deixou o presentinho para YiSeo com a mãe de Yoongi, confirmando uma última vez que estava tudo bem com o amigo, saiu, trombando com Jin na recepção, que finalmente decidiu entrar e ver a bebê, acompanhado de Namjoon.

Caminhando pelas ruas, ele não pegou ônibus, preferiu andar, sentindo o vento no rosto, torcendo para que este levasse embora aquela massa de sentimentos que crescia em volta de seu coração, o apertando, sufocando como duas mãos fortes em torno de um pescoço frágil. Torcendo para que qualquer coisa o livrasse dessa sensação infernal.

1 MÊS DEPOIS

— Hyung — Soobin chamou, entrando no quarto que os dois dividiam. — O primo mandou mensagem, falou pra você olhar o Instagram, ele te mandou mensagem.

— Tá — Jimin acenou, terminando de corrigir um texto para a faculdade. — Hm, você falou com a mãe hoje?

— Ela levantou pra tomar banho — disse o garoto. — Eu tirei os lençóis dela pra lavar… ela não gostou muito, mas quando viu, já tava na máquina. — e encarou os próprios pés. — Ela tá com um cheiro estranho…

Jimin engoliu em seco. — Eu sei. É que ela é alfa… deve estar há muito tempo sem… — fez uma careta. — Sem ficar com ninguém.

Soobin desviou o olhar, incomodado. — Depressão pode matar, hyung?

— Que depressão? — ralhou com ele. — Você não sabe se o que ela tem é depressão… não fica falando isso por aí, ouviu?

O mais novo ficou quieto por um momento, enquanto arrumava a cama de solteiro onde dormia. Com a voz baixa, disse: — E se for isso? Ela pode morrer?

Sem saber o que dizer, Jimin digitou aleatoriamente no documento aberto, procurando as palavras certas para dizer. O que diria? Por que Soobin estava o olhando como se ele entendesse alguma coisa? Jimin também não sabia o que fazer.

— Hyung… — o caçula voltou a chamar.

— Eu não sei, Soobin — lhe disse, sem conseguir encará-lo. — Eu não sei de nada.

— Mas… você é o mais velho entre nós. Precisa saber. — disse, com uma voz chorosa. E assim, Jimin lembrou que o irmão era só um adolescente, e não importava se era um alfa ou não, ele estava perdido naquela situação.

Se levantando, Jimin se aproximou de Soobin, e sem saber como confortá-lo, apanhou uma barra de chocolate que comprara mais cedo e deu metade para ele. — Para de chorar.

Na manhã seguinte, checou a mensagem que o primo mandou no Instagram. Não falava com ninguém da família desde quando brigou com o tio.

“Tá a fim de um trampo? Vou trabalhar no buffet de uma festa, no sábado. Eles precisam de garçom. Me responde até sexta.”

Pelo menos uma notícia boa. — Jimin pensou, logo o respondendo, aceitando o trabalho.

E assim que saiu da faculdade, pegou um ônibus para a casa de Yoongi, para o apartamento onde ele estava vivendo agora. Se Hoseok estava vivendo com ele? Jimin não sabia dizer. O alfa estava sempre lá, mas pelo visto, ia embora às vezes.

Chegando, foi atendido por Hoseok, que vinha com um cobertor nas mãos. — Jimin! — ele soltou, afobado. — Que bom que você veio! Hm… como liga a máquina de lavar roupa?

— Ahn? Por qu-

— Ela vomitou — ele mostrou, esticando o cobertor, relevando a casa da Minnie Mouse com uma mancha de vômito na cara.

Entrando no apartamento, Jimin espiou o quarto, encontrando Yoongi deitado, concentrado em ler as informações de uma caixa. Então, foi ajudar Hoseok. — Põe na máquina. E liga ela, depois abre a torneira.

— Liga como? — Jung perguntou, depois de enfiar o cobertor lá dentro.

— No botão escrito “liga”? — questionou, se irritando. — Tá escrito bem grande!

Conseguindo ligar, Hoseok abriu a torneira, vendo a máquina começar a encher. — E agora?

— Põe sabão em pó e amaciante — respondeu, o assistindo procurar os produtos no armário da lavanderia. — Isso é veneno pra inseto! — ralhou, tomando a lata da mão dele. Quando ele finalmente achou os produtos corretos, ele jogou um bom tanto na água. — Chega! — o impediu de pôr mais. — Por Deus… tem que pôr menos. E não precisa ser na água, tem um dispenser para isso. — apontou para o espaço onde ele devia colocar o sabão e o amaciante. — Agora… escolhe o modo. Leve, normal ou pesado. — disse, e viu o alfa analisar o painel da máquina, como se estivesse olhando para uma prova. — Normal, Hoseok, é só um vômito.

— Ah — ele soltou, escolhendo o modo.

— Vai deixar de molho? Vai dar duplo enxágue? Vai só centrifugar? — perguntou Jimin, vendo o mais alto o olhar com um ponto de interrogação na testa. — Me diz, Jung Hoseok, você já lavou uma cueca na sua vida?

Ele riu, sem graça. Jimin programou a rotina da máquina por si só, cansado de ensiná-lo, e voltando para dentro da casa, disse a ele. — Não sabe lavar roupa, mas filho sabe fazer…

— Fazer filho é gostoso, lavar roupa não — ele respondeu. Enojado, Jimin rumou o quarto do amigo.

— Jimin — Yoongi chamou, virando na cama. — Me ajuda a entender isso aqui, por favor.

Jimin o ignorou por um momento, indo até o berço, olhar YiSeo. — Terminou de cair a pele morta dela?

— Do jeito que você fala até parece que a nossa filha é um lagarto — Hoseok reclamou, do outro cômodo.

— Lagartinho do tio — Jimin brincou com ela, a vendo ressonar, envolta por um manto apertado. Deixando um carinho no rostinho dela, ele se sentou na cama, analisando o estado de Yoongi. Ele certamente não penteou o cabelo, nem trocou de roupa, desde que o cabelo estava todo amassado e ainda usava pijama. — Ajudar no que?

— Isso aqui — o ômega mostrou, e era uma espécie de garrafa com uma boca estranha. — É pra tirar leite.

Jimin quase gorfou. — Eca!

— É bem natural, sabia?! — Yoongi ralhou, emotivo. — Não é nojento.

Parecia estar tentando convencer a si mesmo.

— Cê nem tem peito — o loiro disse.

— Mas tem lei… Eu não vou entrar em detalhes! — e respirou fundo. — Não grude no peito, Jimin.

Incerto, Jimin apanhou a embalagem do extrator, lendo as informações. — Você comprou o feminino, né, sua anta.

— Foi o Hoseok que trouxe. Mas eu li que pode usar esse mesmo.

— Tá… — o ômega soltou. — Tem que posicionar, apertar a ponta pra fazer pressão e colocar a faixa pra segurar.

— Ah! Tem que colocar uma faixa? — Yoongi pegou a embalagem, procurando onde estava escrito. — Ah, é verdade. É, eu tenho um top no armário.

Jimin viu o amigo se levantar e ir procurar a peça. Então, perguntou: — Por que você vai tirar e não… dá na boca dela?

— Ela não mama — ele disse, revirando a gaveta. — Tem que fazer leite especial e dar na mamadeira.

Confuso, Jimin viu o amigo tirar a camisa e pôr o top, posicionando o aparelho mais uma vez, e cheio de expectativa, ele tentou de novo, mas mais uma vez, o extrator se soltou. — Ah!! Hoseok! Não funciona! — reclamou, indo procurar o alfa.

Sozinho no quarto, Jimin tentou segurar o riso, mas não conseguiu, então, andou até o berço de novo, ajeitando a mantinha que a cobria, e girou o móbile de enfeites pendurado sobre o berço, vendo os bichinhos rodarem. E então, observando o armário de coisinhas da bebê, ele avistou o gatinho de pelúcia de dera de presente, notando que havia, ao lado dele, outro gatinho de pelúcia, idêntico ao dele.

Os apanhando, ele foi procurar os pais de YeSeo, e os mostrou. — Por que tem dois iguais?

Hoseok, que estava ocupado, tentando entender o extrator, o olhou. — Ah.

Yoongi, ao lado do alfa, riu. — Hm… um é o que você deu, e outro… foi o Jungkook quem deu.

Jungkook? Como?

— YiSeo tem duas pelúcias iguais agora, graças a vocês — Jung disse.

— Mas eu dei primeiro, né? — quis se certificar.

— Não — Hoseok soltou, e Yoongi lhe deu um tapa. — Ah, foi… foi você. Lembrei.

Bolado, Jimin voltou para o quarto, e devolveu os brinquedos ao lugar deles, mas não conseguiu tirar os olhos deles. Como compraram dois presentes iguais?

Ficando com eles para o jantar, Hoseok pediu pizza, e enquanto eles esperavam, Jimin segurava YiSel no colo, sentindo seu corpinho mole, e ouvindo seus resmungos. — Por que tá reclamando? — falou com ela. — Tá brava? Tá brava com o tio?

— Talvez ela se lembre que você mandou o pai dela abortar — Jung disse e riu, mas foi o único. Yoongi girou os olhos, se sentando ao lado de Jimin. — Bom, eu vou acreditar que vocês não entendem o meu tipo de humor.

Jimin encarou o amigo. — Eu falei, mas não foi sério…

Yoongi deu de ombros, limpando o rostinho da bebê com uma fraldinha. — Tá tudo bem, Jimin. Não fique pensando nisso. — disse. — A nossa YiSeo já vai fazer um mês de nascida, e não tem como ela voltar pra dentro, então… esqueçam do passado.

— Nossa, já faz um mês — Jimin soltou, impressionado. — Tadinha, ela nem sabe que daqui a pouco vai ter que ir pra faculdade. E se ela for uma ômega, ah… que triste futuro.

— Minha avó disse que ela vai ser alfa — Hoseok disse, jogado na poltrona, digitando no computador. — Minha avó nunca erra.

Yoongi riu, desdenhando. — Minha avó disse que ela vai ser ômega.

— Como ela sabe? — o alfa perguntou. — Ela tem alguma base? A minha avó tem.

— Por que? — Min riu. — Por que o pau de canela que ela pôs na água ficou de pé?

— Ficou de pé pra mim e pra todos os meus irmãos e primos.

— Claro! — Yoongi riu. — Não tem ômegas na sua família.

— Ah, tá, e qual a explicação da sua avó? — ele quis saber, o desafiando.

— YiSeo acorda e depois chora — disse. — Ela disse que todos os alfas que ela conhece, choravam e depois acordavam.

Hoseok rolou os olhos. — Tua avó tá despencando, a minha até caminhada faz. Qual tá mais lúcida?

Jimin, no meio dos dois, cheirou o cabelinho de YiSeo. — Ômega.

— Ahn? — eles soltaram ao mesmo tempo.

— Eu acho que é ômega — disse, dando de ombros. — É só cheirar o cabelo, gente.

— Eu te disse! — Yoongi soltou, batendo palmas. — O Jungkook disse a mesma coisa!

— Nada a ver! — Hoseok se levantou. — Você vai acreditar no que eles dizem? O Jungkook não sabe nem por onde a galinha mija. E o Jimin nem… — abaixou o tom da voz, como se contasse um segredo. — O Jimin não pega ninguém, nem sabe a diferença das coisas.

Esticando o pé, Jimin chutou o alfa. — O Jungkook… ele… ele veio aqui?

— Ele ficou uns dias, antes de voltar pro treinamento — Yoongi explicou, falando com cautela. — Por que?

Jimin desviou o olhar, focado em YiSeo. — Nada, achei que ele tivesse longe…

Em seguida, a pizza chegou, e eles se juntaram em volta da mesa pra comer. Enquanto distribuíam os pedaços, Hoseok disse: — Pra você não dizer que eu te odeio, Jimin, eu pedi sem cebola, tá?

Sorrindo, pronto para atacar, ele perguntou: — O Yoongi te contou que eu não gosto de cebola? Own…

— Não — o ômega respondeu, comendo um pedaço da pizza.

Confuso, Jimin encarou o Jung, que disse: — Eu não lembro quem me disse… — e fez uma pausa. — Ah… acho que foi o Jungkook.

Jungkook de novo.

Tentando afastar os pensamentos, Jimin começou a comer, enquanto mexia no celular, mantendo a cabeça o mais ocupado possível. Quando já não pensava naquilo, perguntou: — Tem ketchup?

— Ketchup na pizza? — Yoongi reclamou. — Ah, não!

— Deixa ele — Hoseok disse, suspirando. — Eu já me acostumei com isso. O Jungkook também põe ketchup na pizza.

Ah, puta merda. Tá brincando?

//Não me matem ainda, no próximo capítulo jungkook volta 🤸

E é isso sabe, uma história precisa de tudo que precisa pra acontecer

MOOD: Aguardando PROOF

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