Apenas diga que me ama

By Josiperini1

40.2K 3.2K 496

Alina e Noah namoraram por um curto periodo durante a faculdade, acreditando que a paixão seria eterna. Entre... More

Sinopse
Apresentação dos personagens
Prólogo
Capítulo um
Capítulo dois
Capítulo três
Capítulo quatro
Capítulo cinco
Capítulo seis
Capítulo sete
Capítulo oito
Capítulo nove
Capítulo dez
Capítulo doze
Capítulo treze
Capítulo quatorze
Capitulo quinze
Capitulo dezesseis
Capitulo dezesete
Capitulo dezoito
Capitulo dezenove
Capitulo vinte
Capitulo vinte e um
Capitulo vinte e dois
Capitulo vinte e três
Capítulo vinte e quatro
Capítulo vinte e cinco
Capítulo vinte e seis
Capítulo vinte e sete
Capítulo vinte e oito
Capítulo vinte e nove
Bônus
Capítulo trinta
Capítulo trinta e um
Capítulo trinta e dois
Capítulo trinta e três
Capítulo trinta e quatro
Capítulo trinta e cinco
Capítulo trinta e seis
Capítulo trinta e sete
Capitulo trinta e oito
Capitulo trinta e nove
Capitulo quarenta

Capítulo onze

894 73 10
By Josiperini1

Alina narrando:

Acordo de noite com todos os músculos do meu corpo doloridos. Tomo um banho rápido e visto um shortinho preto e uma blusinha rosa.

Noah continua adormecido de barriga
para cima, seu peitoral largo subindo e descendo lentamente.

Por sorte é domingo e não precisamos ter pressa para nada. Podemos ficar o restante da noite curtindo um ao outro. Sorrio internamente, é estranho pensar sobre isso, afinal, desde que terminamos quando jovem, nunca tinha passado com Noah nada mais do que uma noite e quando isso aconteceu no meu retorno, sai apressada na manhã seguinte.

Observo seu corpo forte em minha cama uma última vez antes de ir cozinha. Estou com fome, preciso preparar algo, apesar de não gostar de cozinhar, acabei herdando da minha mãe o talento culinário.

Penso bastante e decido pedir uma entrega. O bistrô da minha tia é excelente nisso. Depois de usar o aplicativo e selecionar quais itens quero em minha lista de pedidos, confirmo a entrega e volto para meu quarto.

Noah esta sentado na beirada da cama com o cabelo bagunçado e os olhos inchados de
quem tinha acabado de acordar. Ele vira o rosto para me olhar quando nota minha presença.

Ele está completamente nu e um sorrisinho sexy brota no canto dos seus lábios.

-Bom dia._digo, envergonhada.

-Bom dia._ele boceja.-Pronta para me expulsar?_sua voz esta ainda mais rouca e eu adoro isso.

-Eu até estaria._respondo tímida.-Mas pedi para um bistrô, então você está convidado._respondo, me aproximando.

-Parece que estamos evoluindo._estende a mão em minha direção e quando chego perto o suficiente, ele toca a parte de trás da minha coxa.

-Acho que estamos.

Ficamos em um silêncio pesado. O significado dessas palavras pairando entre nós. O que será essa evolução a qual nos referimos? Será que as coisas podem começar a ficar sérias entre nós?

Começo a entrar em pânico. Meu coração bate acelerado. Foco no par de olhos azuis à minha frente. É tão familiar. Há algo ali que parece mais forte.

-Por que você não vai tomar banho enquanto eu arrumo algumas coisas lá embaixo? As roupas estão espalhadas._sugiro, fugindo um pouco dessa proximidade perigosa.

-Você poderia ter me esperado e aí tomaríamos banho juntos._ele fica de pé ao mesmo tempo em que sobe a mão pela minha coxa até a parte de cima da minha bunda.

-Bem espertinho da sua parte._afasto-me dele.-Mas agora vai, vou terminar de preparar as coisas.

Saio do quarto ouvindo a gargalhada dele. Eu realmente preciso preparar e arrumar as coisas na cozinha e isso serve como uma boa desculpa para me manter afastada de Noah e por meus pensamentos em ordem.

Ficar perto dele muitas das vezes bloqueia meu raciocínio e eu detesto não conseguir pensar diante do poder que ele tem sobre mim.

Na sala, pego meu biquíni levo para lavanderia, subo as escadas novamente levando a camisa e o chinelo de Noah para o quarto.

Aproveito para dar uma verificada nos meus e-mails enquanto espero pelo jantar. Mesmo sendo domingo é difícil me desligar por completo do trabalho.

Quando termino, desço para a cozinha com o intuito de separar as louças mas logo ouço a campainha tocar. Finalmente chegou, eu preciso mesmo repor as energias.

Vou até a porta e abro-a, revelando uma surpresa que me fez tremer as pernas e acelerar meu coração, a ponto de senti-lo na minha garganta.

-Alina!

Madson, agarra minha cintura e eu não consigo esboçar nenhuma reação, enquanto encaro meu primo Sebastian, completamente assustada.

Que merda ele está fazendo aqui? Por que não me avisaram?

-Desculpe vir sem avisar, nem sabia se você estava em casa._Sebastian começa a se explicar enquanto invade meu apartamento e fecha porta atrás de si.

-Hmmm, tudo bem._respondo sem reação.-Aconteceu alguma coisa?

-Na verdade aconteceu. Houve uma emergência no trabalho e eu preciso ir com urgência até lá. Geralmente eu pediria minha mãe para me ajudar, mas ela e meu pai estão fora da cidade, você sabe como seus tios amam viajar e agora eu só tenho como recorrer a você._ele suspira.-Apesar dos seus pais amarem ficar com a Madson, eu não posso pedi-los de novo. A babá está de folga e eu não confio em chamar outra que eu não conheça. Por favor, fique com a Madson. Hoje é meu dia de ficar com ela, em hipótese alguma posso pedir Estela, a noite eu estarei de volta para buscá-la.

-Vamos ver filme!

Eu não posso recusar o pedido do meu primo, fora que eu amo a pequena em minha frente e tem muito tempo que eu não a vejo. O problema é que Noah está aqui e Sebastian sabe que meu pai odeia os Thompson, assim como seu pai, meu tio.

Tento traçar um plano para que ele não descubra que Noah está aqui. Primeiro, me livrar do meu primo. Segundo, distrair Madson para que Noah possa sair do apartamento sem ser visto.

-Tudo bem, eu cuido dela._respondo.

-Graças a Deus. Te devo uma.

Sebastian larga uma mochila rosa sobre o sofá dizendo que os livros da minha priminha estão ali e queue ela precisa terminar o exercício de italiano.

Madson tem uma professora particular que lhe ensina algumas horas por semana, assim como nós tivemos quando pequenos.

A Itália sempre esteve ligada à nossa família, meus avós são italianos, meus pais e meu tio sempre fizeram questão que eu e meu primo aprendêssemos sua língua nativa.

-Devo estar de volta às onze, tudo bem?

-Sim, não se preocupe. Eu não tenho planos para hoje.

Meu primo deu um beijo em sua filha e se despede, pedindo para que ela se comporte e faça o exercício da escola. Ela assente e devolve um beijo em sua bochecha.

Enquanto ela se senta no sofá, Sebastian e eu fomos caminhando para a porta.

-O bistrô chegou, gata?

Aquela voz que sempre me provoca e faz meu corpo se aquecer, dessa vez me fez entrar em pânico, em um sentimento tão desesperador que até então nunca havia sentido. Olho para o lado e Noah descendo as escadas com apenas uma toalha amarrada precariamente em sua cintura, com os braços marcados pelos arranhões das minhas unhas.

Olho para Sebastian desejando de alguma
forma que ele não tivesse escutado ou tenha sido abduzido, mas ele ainda está aqui, parado com uma expressão tão dura que poucas vezes tinha visto no rosto no seu rosto.

-Que porra é essa?_sua voz saí alterada, não como um grito, mas tinha subido uns bons tons.

-Calma, Sebastian..._foi tudo o que consegui dizer porque para falar a verdade, eu não tinha ideia de que merda falar.

-O que esse cara está fazendo aqui?_seus olhos verdes se voltam para mim e parecem pegar fogo.-QUE PORRA ESTÁ ACONTECENDO?_dessa vez um grito se espalha pela sala.

-Se controle, Bastian._falo seu apelido, tentando tranquiliza-lo. Olho para Madson assustada, vendo o pai agir daquela forma pela primeira vez.-Sua filha está vendo tudo.

Ele engole em seco e fuzila Noah com um olhar que eu imagino que se meu primo tivesse poder, ele teria derretido Noah com seu olhar.

Seu peito sobe e desce e quando olho para
o homem seminu que tinha acabado de descer o último degrau, noto que ele está bem tranquilo, contudo sério. Noah não está intimidado.

-Madson, meu amor, por que não sobe?_olho para a garotinha com um olhar assustado, talvez um bem parecido com o meu.

-O papai vai brigar?_pergunta, dando alguns passinhos em minha direção.

Seus olhos verde escuros bem apreensivos.

-Não, querida. Suba que eu já vou para brincar com você.

Ela assente e pude notar que olhou curiosa para Noah antes de subir as escadas e
desaparecer no andar de cima. Quando ela certamente já tinha se trancado em um dos quartos, Sebastian pareceu borbulhar novamente.

-Seu filho da puta! Você está comendo a minha prima.

Com passos largos, ele avança em direção a Noah, que não se move nenhum centímetro.

Antes que ambos estivessem a poucos centímetros de distância, eu me meti na frente, espalmando as duas mãos no peito do meu primo sabendo que se ele quisesse me empurrar, faria com facilidade.

-Pare com isso, Sebastian!

Ele se choca comigo e eu penso que seria afastada, mas ele para. Seu olhar ainda é pura brasa e seu coração bate acelerado
embaixo da minha mão.

-Você não vai brigar aqui como um selvagem._aumento a voz e empurro meu primo para trás afastando-o de Noah, antes que a proximidade criasse faíscas.

-Você o trouxe para cá ontem? Só podem ter colocado algo em sua bebida, eu devia ter trago você._Sebastian se dirige a mim e a voz dele é de total desprezo.

-Eu bebi sim, mas não foi por causa da bebida que eu trouxe Noah._passo as mãos por meus cabelos.-Foi hoje, e independente disso, acho que não te devo satisfação.

O estrago já está feito e o que eu preciso agora é que meu primo entenda meu ponto de vista e principalmente, não contasse nada para ninguém, mais especificamente seu tio, meu pai.

-Você pode me explicar isso direito?

-Nós dois temos...como posso dizer? Nós ficamos poucas vezes.

-Quanto tempo?

-É complicado..._bufo, sentindo a respiração de Noah pesada.-Noah e eu namoramos durante a faculdade e agora, nos esbarramos e...

-Você já namorou esse cara, Alina?_aponta para Noah com desprezo.-Vocês namoraram e nunca me disse nada?_aceno.-E agora, o que vocês estão tendo?

-Não é um namoro._mordo o lábio, pensando na melhor maneira de explicar o que nem eu sei.-Só estamos ficando.

Foi tudo o que consegui dizer sem mencionar o quanto o sexo é sensacional e que, infelizmente, depois disso nem aconteça novamente.

Meu primo respira fundo e passa as mãos nos cabelos, chegando para trás.

Preparo-me para mais um surto e me mantenho entre os dois antes que tentasse novamente avançar. Noah está calado, mas eu sei que ele não está nenhum pouco com medo.

-Eu não consigo acreditar no que estou ouvindo._sua voz sai baixa.

-Então acredite no que está vendo._Noah, por fim, decide falar.

-Noah, por favor..._imploro.

-Você é minha priminha, não deveria estar aí dormindo com caras e muito menos com um que tenha o sobrenome Thompson. Alina, você é a caçulinha. Era para ser virgem!

-Eu não sou mais criança.

-Mas que caralho!_ele xinga e puxa o ar com força novamente.-O que você pretende fazer, posso saber? Porque seu pai não faz ideia disso e se descobrir, olha...Eu não gostaria de estar perto.

-Ele não vai descobrir porque ninguém aqui vai contar._olho ameaçadora para meu primo.-Não tem a menor necessidade, isso não é importante.

Ouço Noah da alguns passos para trás, acompanhado de uma risadinha irônica. Merda, muito provável Noah tenha interpretado de maneira errada.

-Alina tem razão, não é como se ela e eu fôssemos nos casar._sua voz fria corta meu coração, fazendo-me engolir em seco.

-Está pedindo para eu mentir? Você realmente está me pedindo para fingir que não sei de nada enquanto esse desgraçado come você?_mais uma vez ele está nervoso e dirige seu olhar furioso para Noah.

-Bom, então é melhor aceitar. Porque eu não pretendo deixar de comer a sua prima, a menos que ela não queira._Noah está começando a ficar irritado, é nítido pelo seu tom e suas palavras.

Mais uma vez, Sebastian da alguns passos em direção a Noah, mas eu o detenho. Enquanto houver provocações, essa conversa nunca dará certo e a paciência do meu Noah parece estar se esgotando.

-Noah, por favor vá se vestir._ordeno.-Eu resolvo aqui.

Mesmo a contragosto, ele sobe as escadas me deixando sozinha com Sebastian. Faço com que meu primo se sente no sofá e absorvesse tudo o que tinha acontecido nos últimos minutos.

Depois de algum tempo arrisco perguntar:

-Está tudo bem?

-Não._seus olhos verdes se cravam em mim.-Estou chocado porque não é o tipo de coisa que eu esperava ver no seu apartamento.

-Sebastian, quero que me entenda. Primeiro porque acho uma bobagem essa rivalidade. Eu sei que Noah faz parte da concorrência, sou uma advogada e empresária. Minha relação com ele não me cega ao ponto de prejudicar meus negócios e sei que ele também não permite isso. Em segundo lugar, Noah e eu somos adultos e sabemos o que estamos fazendo. Não pretendo agir com ele como fiz no passado mas também não vou deixar as coisas sérias porque não é nosso foco. Nossa prioridade são as empresas, mas isso não impede de curtimos um tempo juntos.

Ele não diz nada, apenas fica me olhando como se estivesse absorvendo minhas palavras e tentando compreendê-las.

-Sebastian, você tem ideia de como foi difícil crescer no meio homens super protetores? No que dependesse de vocês eu viveria em uma bolha, isolada de todos os homens. Mas eu tenho minhas próprias opiniões e sou totalmente capaz de cuidar da minha própria vida. Infelizmente sei que o papai não vai entender e vai fazer uma tempestade e meu tio também. Sei que está tentando compreender tudo o que viu aqui, não estou pedindo para se tornar o melhor amigo de Noah, apenas que me deixe tomar minhas decisões. Já sou adulta.

-Quando foi que você cresceu tanto assim?_finalmente disse algo e foi o tipo de
comentário que me deixa aliviada.

Noah aparece, agora usando a roupa de banho, mas está descalço. Ele olha para Sebastian que retribui o olhar de maneira dura antes de se sentar ao meu lado e colocar a mão no meu joelho, em uma atitude que deixa claro que não ia recuar mesmo diante do meu primo.

-Você promete que não vai dizer nada?_pergunto.

-Certo, não vou falar nada._antes que eu pudesse fazer uma festinha e agradecer ele continua.-Mas não abusem da minha bondade._seu olhar se dirige para Noah e ele se inclina para a frente, se tornando ameaçador.-Experimente machucar a minha prima de alguma forma e eu vou atrás de você no inferno, entendeu?

-Não precisa vir com suas ameaças, eu sou homem e ajo como tal._engulo em seco.

Realmente, Noah sempre foi maduro. Ao contrário de mim que o machuquei e agir como uma adolescente mimada.

-Ele não vai me machucar, não se preocupe.

-Preciso ir, depois vamos conversar melhor sobre isso. Estou atrasado._ele aproxima e segura meu rosto.-Sabe o que está fazendo, não sabe?

-Sim.

Assente e olha para Noah, que sustenta o olhar. Levo Sebastian até a porta e ele se
vira para mim no hall do elevador.

-Obrigada._agradeci sabendo que ele está fazendo algo além das suas forças porque
me ama o suficiente para isso.

-A Madson viu o bastardo e vai perguntar, posso garantir que não mencionarei nada, mas não posso dizer o mesmo pela minha filha.

-Darei um jeito._aperto seu braço.

-Cuide dela por mim._ele olha por cima do meu ombro.-E você, Thompson, muito
cuidado com o que fala e faz na frente da minha filha.

-Pode ficar tranquilo, D'Angelo. Por mais que você pense coisas erradas ao meu respeito, não sou nenhum maluco irresponsável.

Sebastian se despede de mim com um beijo na testa e some dentro do elevador. Dou um aceno enquanto as portas de aço se fecham e suspiro, me recostando na porta do apartamento assim que a fecho.

-Desculpa por isso.

Devagar, me aproximo de Noah e encosto meus lábios nos seus, iniciando um beijo calmo.

Sua língua desliza pelo meu lábio inferior, me incentivando a abrir a boca e aprofundar o contato. Nossas línguas se acariciaram, embora fosse um beijo suave, meu corpo começa a aumentar a temperatura.

Espalmo as mãos no peitoral dele e nos afastamos.

-Preciso me controlar.

-Que pena._sorri maliciosamente, mas não avança.-Vamos mudar de assunto. Acho que já vou indo.

-E a janta?_pergunto, um pouco desesperada. Não quero que Noah vá.-Não vai ficar?

-Por um momento esqueci disso._ele coça a barba, sem jeito.

-Já deve estar chegando._mordo meu lábio inferior.-Fica.

-Você quer que eu fique?_meu coração bate forte com sua pergunta.

-Sim._respondo, sincera.-Preciso subir e ver
como está a Madson, fique aqui e espere a entrega, mas por favor, olhe o olho mágico.

-Como quiser.

Ele pisca e eu me afasto, subindo as escadas. Procuro por Madson e a encontro em meu escritório, conversando com sua boneca.

Quando ela ouve o barulho da minha chegada, levanta a cabeça, seus olhos verdes brilhando de expectativa.

-Oi, princesinha._aproximo-me da cama.

-Papai já foi embora?

-Sim, ele acabou de sair._sento na cadeira ao lado.

-Ele está com raiva?

-Não._balanço a cabeça em negação.-Ele só ficou bravo comigo.

-Por que ele gritou? Papai nunca grita.

-Já passou, querida.

-E ele falou palavra feia, tem que colocar dois dólares no meu pote.

Solto uma risadinha e aperto em um abraço. Sempre que vinha a Londres, a visitava junto com meus pais, entretanto, nos últimos meses nos víamos somente por vídeo conferência, por isso me assusto com o tanto que ela cresceu.

-Quando ele chegar vamos pedir. Agora o papai foi trabalhar e você vai passar a noite comigo._falo e ouço o barulho da campainha, o que significa que provavelmente a comida tinha chego.

-A gente vai ver filme?

-Claro, mas só depois do dever de casa. Não se esqueça do que o seu pai falou._toco a pontinha do seu nariz.-Mas agora preciso conversar com você.

-O que?_imediatamente seus olhinhos brilham curiosos.

-Você viu o moço que estava lá embaixo?_ ela assente.-Então, primeiro preciso que me diga se você é uma princesa de verdade.

-Sim, eu sou!

-Então vai ter que guardar um segredo bem guardado. Que nem as princesas mais lindas fazem.

-Eu guardo! Eu guardo!

-Você não pode contar para ninguém sobre aquele moço, tudo bem? Esse é o nosso segredo de princesas, se fizer isso, deixa de ser princesa pra sempre.

-Tudo bem._ela levanta o dedo mindinho para mim.-Nosso segredo de princesas vai ficar bem guardado.

Eu seguro o dedinho dela com o meu dedo mindinho e a chamo para comer. Fomos ao banheiro lavar as mãos e em seguida descemos as escadas onde eu já pude enxergar Noah organizando as coisas sobre a mesa.

-Oi._ela solta minha mão e se aproxima dele.-Eu sou a Madson.

-Olá, Madson. Meu nome é Noah._responde olhando para baixo e estende a mão para ela.-Prazer em te conhecer.

-Muito prazer._responde educada.-Você vai ficar aqui? Vamos assistir filme, quer assistir com a gente?

Fico observando a interação deles e arregalo os olhos quando minha sobrinha lhe faz um convite inusitado.

Uma parte de mim queria que ele recusasse, mas uma outra parte, a maior dela, anseia por estar por mais um tempo com ele e isso me aterroriza.

Pude notar que ele olha para mim em busca de algum sinal, mas não fui capaz de lhe dar.

-Quer saber? Faz tempo que não assisto filme. Acho que vou ficar._responde, dando um sorriso.

-Podemos comer pizza?_ela se vira para mim.-A minha preferida é calabresa._foi se sentando em uma das cadeiras.-E a sua?

-Que coincidência, a minha também.

Eu sempre adorei o jeito falante de Madson, mas nesse momento estava começando a ver o lado negativo.

-Tem certeza?_pergunto olhando para Noah.-Você sabe como é crianças...

-Sim, sei bem. Duas irmãs pequenas não me deixam esquecer disso.

Sinto sua mão acariciar minha lombar e sou dominada por um leve arrepio quando um dos seus dedos raspa na pele por debaixo da barra da minha blusa.

-Vamos sentar porque estou morrendo de fome.

Afasto-me de Noah imediatamente e sirvo um pratinho de macarrão com almôndegas
para Madson. Ela sorri satisfeita e Noah também nos serve.

-Quantos anos você tem?_Madson pergunta com sua típica curiosidade infantil.

-Vinte e oito e você?

-Vou fazer oito anos. Meu aniversário está chegando e eu vou usar um vestido bem lindo.

-Tenho certeza de que você vai ficar linda.

Os dois engataram em uma conversa animada e Noah parece estar extasiado com o assunto enquanto eu permaneço calada, comendo minha macarronada. Dá para ver em seus olhos e no som da sua risada o quanto é agradável conversar com a filha do meu primo.

-Eu comi muito._ela suspira e coloca a mão sobre a barriga.

-Suba para escovar os dentes e depois vá fazer o dever de casa.

Depois de assentir, ela pula da cadeira e sobe as escadas sumindo no andar superior, me deixando sozinha com Noah, que ficou calado durante algum tempo.

-Acho que ela gostou de você._digo. Uma das sobrancelhas se ergue de maneira convencida.

-E quem não gosta?

Solto devagar o ar em meus pulmões e não respondo. Noah tem razão. É impossível encontrar uma pessoa que não goste dele.

Começo a juntar as louças silenciosamente e após alguns minutos, ouço barulho nas escadas e em seguida Madson surge rindo.

-Pronto, já posso fazer o meu exercício._ela abre mochila e tira de lá um tablet, onde faria seu dever de casa online através de uma plataforma de estudos.

-Sabe o que estou pensando?_Noah chama minha atenção.-Podemos ir ao cinema no lugar de assistir filme em casa._ele olha para Madson que esta sentada no sofá, de costas para nós.-O que acha, Madson? Quer ir ao cinema?

-Eu quero!

-Alina...?

-Tudo bem. Vamos sair._me dou por vencida.

-Eu só preciso ir até meu apartamento e por roupas limpas._levanta-se.-Faremos o seguinte: enquanto Madson faz o exercício, eu vou até meu apartamento. Volto daqui a pouco.

Noah se aproxima de mim e inclina o corpo ficando na altura do meu rosto. Ele segura meu queixo e me dá um selinho demorado. Sem dizer mais nada, sobe para calçar o chinelo e sai do apartamento.

Continuo sentada ali tentando compreender tudo o que tinha acontecido. Era para ser apenas um dia comum e se tornou praticamente um dia em família com direito jantar e passeio juntos.

Meu primo tinha descoberto que Noah e eu passamos a noite juntos. Por um momento tudo iria por água a baixo, mas a aceitação de Sebastian fez parecer que as coisas eram normais e talvez isso tenha me encorajado um pouco.

Eu não quero que sentimentos estranhos surgem, algo mais profundo do que só atração sexual, portanto trato de despachar sensações novas para longe. É perigoso criar algum tipo de ilusão.

-Você me ajuda?_Madson pergunta, levantando a cabeça e eu assinto deixando a mesa e indo até ela.

-Claro, meu amor.

Ficamos durante a hora seguinte treinando italiano enquanto eu a ajudo com seu exercício de casa. Ouvimos canções e eu me recordo de alguns versos. Madson sabe quase toda a letra e eu fico espantada com o quanto ela é inteligente e esta se saindo bem.

Fico tão absorta no que estava fazendo que quando me dei conta, ouço o som da campanhia. Levanto para atender e olho o olho mágico.

Abro a porta do apartamento e observo Noah. Ele esta com uma calça jeans escura e uma camisa cinza que marca perfeitamente aos seus músculos.

-Sentiu saudades?_sorrio e acabo lhe roubando um beijo rápido.

-Não seja tão convencido.

Fecho a porta ciente do cheiro dele no ar ao meu redor. Madson rapidamente aproveita sua presença para lhe mostrar o tablet e os exercícios que estava terminando.

-Acho que você terá que me ensinar italiano, topa?_pergunta, animando minha prima.

-Sim! Eu te ensino um monte de coisas que aprendi com o professor Giovanni.

Enquanto Noah dedica toda sua atenção à Madson, retiro tudo que ainda estava sobre a mesa e guardo as sobras na geladeira. Em seguida subo e me arrumo com uma calça jeans de lavagem clara, uma blusa de mangas curtas branca e um colete jeans sem mangas. Calço um sapato nude e passo uma maquiagem leve. Checo o visual no espelho antes de ir ajudar Madson arrumar seus cabelos. Prendo os mesmo em um rabo de cavalo e pego minha bolsa de couro marrom.

Noah esta na sala de estar mexendo no celular quando nos aproximamos.

-Podemos tomar sorvete depois?_Madson pergunta, olhando para mim enquanto estamos de mãos dadas.

-Não vejo problemas._olho para Noah.

Ele assente e nos acompanha até a porta. Fomos até o cinema no seu Tesla preto e observo as ruas movimentadas ainda com o clima ameno do verão, me pergunto o que está acontecendo, que reviravolta aconteceu.

Noah e eu estamos saindo para ir ao cinema juntos, como se fosse algo mais natural do mundo.

Nas últimas horas, ele se alojou mais do que se poderia imaginar, e agora, estamos a caminho de um cimema - coisa que não fazemos desde a faculdade - e com minha prima a tiracolo.

É tudo muito surreal e assustador porque eu estou realmente gostando.

-Já estamos chegando?_Madson pergunta do banco de trás.

-Estamos sim, baixinha._Noah responde.

O cinema escolhido fica a poucas quadras e fica bem próximo. Quando entramos, compramos os ingressos enquanto Madson está pedindo as guloseimas.

Depois de ter pago tudo, Noah caminha com uma das mãos apoiadas na minha lombar, enquanto eu estou de mãos dadas com Madson.

-Por sorte está com um movimento tranquilo._Noah comenta, tranquilizando-me.

-Sim._respondo, apertando a mão da pequena garota ao meu lado.

Noah olha para mim, sua sobrancelha arqueada e os olhos azuis brilhando de um jeito que deixa claro que ele está realmente gostando da nossa companhia.

Entramos na sala de filmes. Nos acomodamos nos bancos mais ao centro e esperando o desenho começar.

A noite passa rápido, Madson parece apaixonada por ele, já que conversa animada e comenta animadamente sobre o desenho.

Duas hora e meia depois, quando voltamos ao apartamento, Madson foi direto para o quarto tirar um cochilo. Eu me jogo no sofá e Noah senta ao meu lado.

-Não sabia que você gostava de crianças._ comento.

-A baixinha é legal._ele sorri.-Sempre cuidei dos meus irmãos, acho que por isso levo jeito._deito minha cabeça em seu ombro e ele passa um braço por sobre meu pescoço.-A Madson é bem inteligente.

-Tem razão, ela é.

-Você acha que ela vai contar alguma coisa sobre mim?_ele pergunta.

-Acho que não. Tivemos uma conversa mais cedo sobre isso e pedi que guardasse segredo, mas ela está tão empolgada com você que tenho medo de acabar não se segurando.

-Quer que converso com ela? Só para reforçar?

-Bem, não custa nada.

*

Olá pessoas, tudo bem?

Passando aqui para fazer um desabafo e um pedido a vocês! A um certo tempo atrás, eu tive um bloqueio e não conseguia escrever absolutamente nada, acabei desanimando por não ter um "retorno" e por fim parei de escrever. Contudo, agora eu estou voltando e tentarei postar capítulos todos os dias e eu peço para que vocês votem e me digam se estão gostando, o que vocês esperam...interajam comigo, irei amar ❤️

Muito obrigada, até breve!

Continue Reading

You'll Also Like

1.1M 58.3K 66
Megan é uma jovem de 22 anos que se dedica totalmente a sua filha, ela não teve o apoio do seu ex-namorado com a gravidez, mas seu pai e sua melhor a...
77.8K 8.3K 160
N posto todo dia pq tenho preguiça Minha escrita é péssima, se você quer ler um imagine de atletas bom, lê o da sescfa1, ela é uma diva e escreve mui...
758K 83.2K 49
Com ela eu caso, construo família, dispenso todas e morro casadão.
46.5K 2.7K 56
Foi numa dessas navegadas despretensiosas pelas redes sociais que ele se deparou com ela. Uma foto, aparentemente inocente, capturou sua atenção. Seu...