The Evil | ᴊᴊᴋ

By xsguuk

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[Não aceito adaptações/cópias desta devida obra] Kwon Saeron, vive presa dentro de seu mundo pacato e indivi... More

Trailer.
Capítulo 01.
Capítulo 02.
Capítulo 03.
Capítulo 04
Capítulo 05.
Capítulo 06.
Capítulo 07.
Capítulo 08.
Capítulo 09.
Capítulo 10.
Capítulo 11.
Capítulo 13.
Capítulo 14.
Capítulo 15.
Capítulo 16.
Capítulo 17.
Capítulo 18.
Capítulo 19.
Capítulo 20.
Capítulo 21.
Capítulo 22.
Capítulo 23.
Capítulo 24.
Capítulo 25.
Capítulo 26.
Capítulo 27.
Capítulo 28.
Capítulo 29.
Capítulo 30.
Capítulo 31.
Capítulo 32.
Capítulo 33.
Capítulo 34.
Capítulo 35.
Capítulo 36.
Capítulo 37.
Capítulo 38.
Capítulo 39.
Capítulo 40.
Capítulo 41.
Capítulo 42.
Capítulo 43.
Capítulo 44.
Capítulo 45 | +18
Capítulo 46.
Capítulo 47.
Capítulo 48.
Capítulo 49.
Capítulo 50.
Capítulo 51.
Capítulo 52.
Capítulo 53.
Capítulo 54.

Capítulo 12.

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By xsguuk

Momentos sangram juntos, sem dimensão de tempo e espaço

── The Evil.

***

Seoul Capital da Coréia do Sul

Lalisa Manoban era uma garota bastante extrovertida e simpática na maioria das vezes, entretanto, quando certas coisas dependiam de seu interesse a garota mudava completamente de personalidade. Tornava-se fútil, calculista e atenta a quaisquer movimentos de qualquer pessoa ao seu redor, assim que Saku Hiroshi liberou sua saída através da porta dos fundos, a adolescente de olhos escuros respirou fundo e começou a andar.

Tecnicamente, já era perigoso para uma jovem mulher andar a essa hora da noite numa rua deserta e aparentemente pobre de algumas circunstâncias, contudo, Lalisa permaneceu séria e acelerou seus passos enquanto seus olhos observavam todo o espaço. Ajeitou o cabelo sob o rosto e estalou o pescoço levemente, recompondo-se em seguida para enfim partir para casa.

Manoban já tinha idade o suficiente para saber onde se metia pois já tinha dezessete anos e faltava pouco para atingir a maioridade, apesar de algumas de suas decisões e ações serem inconscientes e irresponsáveis, ela possuía seus contatos caso necessitasse de alguma ajuda. A garota atravessou a rua quando um carro prateado passou em alta velocidade, claramente o motorista do automóvel estava bêbado o suficiente para não tê-la enxergado enquanto ia para o outro lado da rua.

── Motorista idiota... ── murmurou, olhando as horas no seu relógio. Marcava meia-noite ── Merda... preciso acelerar os passos.

E assim ela fez, começou a andar ainda mais determinada do que o habitual, colocou o cabelo todo para trás enquanto seus saltos produziam ruídos quando a sola entrava em contato com o chão. A tailandesa agarrou sua bolsa fortemente e cerrou os dentes, tentando chegar o mais rápido possível em sua residência.

Por ora, assim que a menina chegou em frente a residência avistou que todas as luzes da casa estavam desligadas informando que seus progenitores já estavam dormindo, prendeu a respiração e adentrou na sala-de-estar bem decorada e chique com cuidado, calculando seus passos meticulosamente para evitar de fazer algum ruído sequer. Passou diretamente para as escadas e subiu-as de um em um, parando rapidamente quando se assustou com seu próprio appa ligando a luz do corredor acima com uma expressão desgostosa no rosto.

── Onde você estava Manoban!? ── berrou ── Isso é hora de chegar em casa? Onde estava para sair assim desse jeito? ── disparou perguntas, enquanto analisava sua filha.

── Ahm... eu... eu... Eu fui no cinema pai e acabei perdendo a noção do tempo, de verdade... ── foi direta, passando ao lado do maior de cabelos castanhos.

── Eu já falei para você decidir bem sobre as coisas que você faz, Lisa! Além de sair de noite, volta tarde... Era só o que me faltava.

── Olha, appa... Eu não estou com cabeça para discutir agora, ok!? Será que você não entende que estou cansada e só quero tomar um banho e me deitar!?

── Voc-... ── foi interrompido pela mais nova.

── Sei que vacilei por ter chegado tarde, mas cara, estou com dezessete anos, não com dez, certo!? Boa noite!

Sem deixar o mais velho falar algo, entrou no quarto e bateu a porta passando a tranca logo em seguida. Seu progenitor sempre teve uma natureza extremamente severa e séria, aqueles caras típicos que sempre andam de cara fechada e que possuem poucos amigos. Que é viciado em soju enquanto assiste futebol na TV, o pai de Lisa nunca teve uma relação saudável com a mesma, ambos diziam que suas personalidades não se batiam e qualquer diálogo que criavam acabava virando uma tremenda discussão no final.

Andou pelo quarto organizado, largando a bolsa um tanto pesada em cima da cama e correndo para o banheiro, retirando suas vestes e descartando-as em um cesto de roupas sujas. A única coisa que a jovem precisava era de um bom banho e uma boa noite de sono, já que seu domingo seria repleto de afazeres.

Assim que terminou de se banhar, abriu a bolsa que continha os três pacotes de droga e espirrou baixo, o cheiro era forte assim que ousava mexer no objeto. Tirou os três pacotes dali colocando-os na mochila escolar e largou a bolsa no closet, misturando-a no restante de suas coisas, pegou seu smartphone e viu que estava cheia de notificações, começou a vê-las uma por uma até se deparar com a mensagem de Saeron.

Notifications

Saeron

E aí, conseguiu falar com ele?

Jennie

Cara, eu tô muito puta com
a Jisoo

Chamei ela pra ir na
sorveteria e ela simplesmente
disse que não podia, já que
tinha coisas da escola pra fazer

Puta que pariu! Hoje é
final de semana!

Sorriu levemente aliviada e respondeu todas as mensagens calmamente antes de sentir sono, desligou o celular e se ajeitou debaixo dos cobertores após ligar o ar-condicionado. Encarou o teto do cômodo e bufou, revirando-se na cama. Sua mente estava pesada com algo e isso a deixava desconfortável da pior maneira possível, seu subconsciente a atormentava e perguntas esquisitas brotavam em sua mente.

Ela estava fazendo a coisa certa? Foi uma boa ideia ter se metido com alguém tão perigoso igual ao Saku Hiroshi? Será que as entregas de drogas ocorreriam bem dependendo do desempenho de Lalisa? Ela não esperava a hora de tudo isto acabar na forma mais rápida, portanto, ela nem imaginava que... só estaria começando.

***

O herdeiro número um se revirava na cama enquanto tinha sua respiração descompassada e pesada, gotículas de suor brotavam em suas têmporas e o garoto arregalou os olhos em pavor absoluto, fitando o cômodo onde se encontrava com uma enorme sensação de medo no olhar. Já era a segunda vez que tivera o mesmo sonho que não tinha nenhuma continuidade ou finalidade, simplesmente parava numa parte inespecífica que nem ele mesmo era capaz de compreender.

Levantou da cama com a visão embaçada, pois era de madrugada, cambaleou até a porta da sacada e abriu-a com extrema impaciência, fitando a lua brilhante bem exposta no céu escuro. Pelos seus cálculos, a noite de domingo seria surpreendida por uma lua cheia, uma informação bastante interessante para o garoto mas ao mesmo tempo preocupante, passou a língua pelos lábios ressecados e percebeu que sua boca estava completamente seca.

── Maldito seja... ── murmurou, se debruçando no parapeito.

Jeongguk respirava profundamente, como se tivesse corrido uma maratona enorme e agora estivesse totalmente exausto. Seu peitoral subia e descia freneticamente tentando recuperar algum fôlego, os fios de cabelo estavam grudados na testa e a única companhia que o adolescente possuía eram as ventanias fortes e violentas da madrugada que habitavam todo o local. Cerrou os punhos, se retirou do recinto e foi para fora do quarto com os pés descalços, optou por não produzir nenhum barulho que fosse suspeito pela casa já que era meio desatento a ser cauteloso.

Caminhou pelo corredor lentamente, com as mãos na frente do corpo tapando metade do dorso exposto. Passou em frente a porta do escritório de seu appa e desceu as escadas, agora correndo na ponta dos pés pelo andar de baixo em direção a cozinha já que precisava rapidamente de um pouco de água. O garoto encheu o copo de vidro e deu grandes goladas enquanto continuava a observar a lua através das janelas, meneou a cabeça e mordeu o lábio inferior mantendo sua sanidade.

── Essas merdas só acontecem comigo ── sussurrou, como se estivesse com raiva.

Jeon Jungkook odiava as sensações, os pensamentos e as diferenças que possuía, porém, o garoto não poderia evitar nenhuma daquelas características, era inevitável e não poderia fazer nada contra isso. O jovem de cabelos negros ergueu a nuca e fitou o teto da cozinha bem arrumada, franziu o cenho e bufou, completamente confuso.

── Aquele sonho... Aquele maldito sonho... ── falou baixo, analisando a situação onde se encontrara.

Retornou para as escadas, dando uma olhada pela última vez antes de começar a subir os degraus novamente. Sua cabeça estava nas nuvens a todo momento enquanto sua mente pensava em um turbilhão de coisas, parou imediatamente quando viu a porta do escritório de seu appa entreaberta.

── Não estava... fechado agora a pouco? ── indagou-se.

O garoto de pele clara franziu o cenho e se aproximou do local, invadindo a privacidade de seu progenitor lentamente sem causar nenhum ruído ameaçador. Em seguida, a curiosidade do menino Jeon foi maior do que simplesmente esquecer essa situação estranha e retornar para o quarto, o adolescente observou o local cheio de coisas espalhadas por todos os lados. A maioria delas sendo papéis, cartas, pastas e inúmeros outros papéis que não possuíam muita importância, se deparou com um papel no centro da mesa de trabalho de seu appa e analisou o objeto, engolindo em seco logo depois de ler o que o papel continha.

── Que... merda é essa? ── sussurrou desacreditado.

Jeongguk não havia imaginado que seu próprio pai chegaria a este ponto, ambos já tiveram inúmeras brigas, discussões e conversas altamente sérias por causa desse fator. Jeon Koong era manipulador demais para escutar com clareza o que seu filho dizia, já Jungkook é insistente e teimoso acima do normal para aceitar tudo que seu appa dizia. O garoto de maxilar bem marcado cerrou os punhos e respirou fundo.

── Para que diabos o meu pai está comprando inibidores...? Já deixei mais do que claro que posso me controlar ── balançou a cabeça, intensamente incomodado.

Deixou o local às pressas, andando pelo corredor acima em passos pesados e audíveis já que agora não se importava em fazer o mínimo silêncio sequer. Adentrou ao seu quarto e soltou um riso baixo e claramente irônico, seu appa sempre o controlou em determinadas ocasiões, principalmente quando se tratava do assunto de controlar a sanidade, algo que é absurdamente difícil para um adolescente de dezessete anos que possuía seus sentimentos e hormônios a flor da pele.

O garoto retornou para sua enorme cama, se aconchegando entre as cobertas fofas e aparentemente caras. Fitou o teto do quarto pouco iluminado e suspirou fechando os olhos lentamente, entretanto, assim que seu subconsciente tentava descansar prestes a entrar em um sono profundo. As imagens do pesadelo retornavam a sua mente, Jeon odiava com todas as suas forças o fato de ter pesadelos, para ele aquilo era uma coisa extremamente negativa que infernizava a cabeça dos seres humanos, porém, como as pessoas ditavam: o seu próprio subconsciente te engana. E o menino teve de concordar com isso.

Se remexeu na cama novamente, inquieto e preocupado com coisas desnecessárias. Seu psicológico estava pesado e cansado, a única coisa que o jovem coreano queria era dormir profundamente, cair num sono estático sem sonhos e sem pesadelos, agarrou seu smartphone em cima do criado-mudo ao seu lado direito e verificou as horas: 03:50 da madrugada. Optou então por entrar no aplicativo de conversas e ver se tinha algo de seu interesse, respectivamente ── alguma mensagem de Kwon Saeron ──, que ele tinha expectativas em ver ali, contudo, se decepcionou de imediato quando viu nada mais além do que o habitual.

── Merda... ── praguejou. ── Estou pensando naquela maldita novamente... ── sorriu torto.

***

Domingo
15:30 PM.

Min Yoongi dirigia sua Mercedes Benz de cor preto fosco em direção a casa de Park Jimin, após todas as coisas que aconteceram no dia anterior o jovem decidiu passar a tarde na casa de um de seus amigos e o escolhido foi o mais baixo do grupo. Assim que avistou a enorme mansão da família Park, estacionou seu carro de luxo em frente a luxuosa residência e apertou a campainha com uma expressão esnobe no rosto, o garoto odiava sair, odiava esperar e muito menos lidar com empregados, para ele eram pessoas inferiores a si e esse fato só fazia alimentar o ego do garoto rebelde.

── Porra, até que enfim ── murmurou, assim que o portão abriu automaticamente.

Caminhou lentamente pela área externa da casa, observando as inúmeras plantas e a grama verde e vívida do ambiente. A casa de Park possuía uma aura calma e bem sofisticada, apesar de ser mobiliada com móveis simples e neutros, o local era bastante chique e convidativo. Assim que estava diante da porta, invadiu o interior bruscamente dando de cara com umas das empregadas.

── Min Yo-...

── Não precisa se preocupar... Érr, eu tinha tropeçado, não prestei atenção ── ri sem graça com a situação onde se metera. ── Onde o Jimin está?

── Provavelmente no quarto, Yoongi. Pode ir lá! ── a moça ditou gentilmente, retornando ao seu trabalho.

Min assentiu e assim que virou de costas para a mulher revirou os olhos nas órbitas completamente enjoado, começou a subir as escadas enquanto observava a empregada trabalhar concentrada em seu serviço. Em seguida, o jovem andou em direção ao quarto de Park Jimin e de longe pôde ver a porta do cômodo entreaberta, se aproximou lentamente e deu duas batidas leves na porta, se identificando rapidamente antes de adentrar ao local.

── Pensei que viria depois.

── Vim aqui para resolver isso logo, você sabe que não gosto de ficar me metendo no rolo das pessoas... ── suspirou, batendo as mãos na bermuda jeans de cor clara. ── E aí, o que você pretende fazer...?

── Quero que você me ajude a invadir o escritório do meu pai, o local só vive trancafiado e ele sempre leva a chave para qualquer lugar que vai... Não importa para onde seja, ele sempre estará com a chave.

── Então deve ter algo muito interessante lá dentro para o escritório sempre estar fechado.

Yoongi sugeriu, cruzando os braços enquanto se aproximava do menor sentado na beirada da cama. Pôde perceber que o mesmo fazia exercícios físicos, pois seus corpo estava suado e sua respiração era pesada e cansada, Jimin meneou pensativo e se levantou.

── Eu vi ele com uns comentários suspeitos na sexta-feira à noite.

── E com quem ele falava?

── Não consegui escutar toda a conversa com clareza, mas ouvi o nome do sujeito. Se chama Leoni.

── Tem mais alguma pista que nos ajude...?

── Yoongi, eu não quero ficar recolhendo mínimas provas para depois colocar o plano em ação. Temos que aproveitar que a casa está vazia sem meus pais para tentarmos arrombar a porra da porta com rapidez! ── exclamou levemente estressado.

── Veremos... ── suspirou fundo, estalando a língua no céu da boca. ── Pare de fazer a merda dos seus exercícios e vamos logo ao que interessa.

Park Jimin sorriu maroto e andou para fora de seu quarto, guiando seu hyung pelo corredor até a porta do escritório de seu appa. Min Yoongi encarou a fechadura e soltou uma gargalhada animada e divertida, como se aquela mera fechadura não fosse muita coisa. Em seguida, o mesmo tirou uma presilha do bolso e estendeu para o menor ao seu lado esquerdo.

── Você tá de sacanagem comigo, caralho? Tá achando que estamos numa cena de filme onde somos os espiões? ── disparou, irritado.

── Cala a porra da boca e faça o que eu disser ── revirou os olhos. ── Enfie a presilha na fechadura e gire para a direita três vezes.

E assim o garoto de cabelos azuis fez, colocou o pequeno objeto na fechadura e girou três vezes cuidadosamente, ouvindo algo estalar e a porta rapidamente se abrir, como se fosse magia. Yoongi arqueou a sobrancelha quando viu o olhar surpreso de Park sob si, os dois garotos adentraram no ambiente que estava abafado por conta das janelas fechadas.

── Meu pai sempre deixa tudo fechado ── tossiu de leve.

── Precisamos ser rápidos. O que você quer achar aqui dentro...?

── Nem sei ao certo ── Jimin falou, fazendo Yoongi encará-lo mortalmente.

── Seus comentários não estão ajudando, seu merda.

── Relaxa, Yoongi. As empregadas dificilmente vem aqui em cima, principalmente no escritório do meu pai. Só precisamos achar algo que... hum... seja incriminatório, ou algo suspeito.

Suga assentiu, arrumando a camisa sobre o dorso. Começou a vasculhar por todos os cantos do local sem se importar em manter a calma ou as coisas nos devidos lugares, Jimin analisava as estantes de livros enquanto o mais velho permanecia concentrado na mesa de trabalho do Sr.Woojun. Em seguida, Min Yoongi abriu uma das gavetas do homem e olhou lá dentro encontrando vários papéis, incluindo um que aparentemente era suspeito aos seus olhos.

── Olhe aqui, achei uma coisa ── pegou um papel em branco, mas que continha números. ── Parece ser o número de telefone de alguém.

── Será que é do Leoni?

── Corta essa, Jimin. Seu pai não seria burro a esse ponto de deixar isso daqui assim... tão... exposto desse jeito.

── Não contém o nome de ninguém, pode ser uma hipótese. Preciso ficar com esse papel pra descobrir de quem é o número, ah, e você vai me ajudar querendo ou não ── falou maldoso, tomando o objeto da mão do hyung e guardando-o no bolso.

── E se eu não quiser...? ── caminhou até a porta, com as mãos enterradas no bolso da calça.

── Você não tem alternativas, Yoongi. Somos cúmplices agora, você irá me ajudar com isso de agora em diante.

Jimin sorriu abertamente, mas por dentro se contorcia em total preocupação pelo o que seu appa fosse capaz de esconder tanto de sua mulher quanto de seu filho. Park Jimin nunca imaginara que seu progenitor escondesse coisas dele já que Woojun era completamente transparente e social com ambos, agora, ele teria de descobrir o que seu pai esconde debaixo dos lençóis e isso não seria uma tarefa nada fácil para o coreano de olhos castanhos.

Ele estava decidido em descobrir o que seu appa escondia dentro de quatro paredes.

***

16:20 PM.

Kwon Saeron perambulava pelo quarto enquanto vestia sua lingerie, aproveitou o momento em que se encontrava sozinha para começar a se arrumar para o aniversário de Park Jihyo. A jovem não poderia mentir, ela estava nervosa e curiosa para ver o que aconteceria no grande evento, após vestir a meia calça e passar o vestido delicadamente pelas curvaturas do corpo, falou para Jackson entrar.

O mesmo, invadiu o vestíbulo de uma vez só como se estivesse apressado, parou no centro do cômodo e observou Sae de cima a baixo com um grande sorriso nos lábios, apesar da garota não estar completamente arrumada só deixava ainda mais amostra o fato de que até com mínimas coisas a coreana de pele clara ficava bonita. A menor encarou-o com uma expressão desentendida no rosto limpo, sem nenhuma maquiagem.

── O que foi, Jack?

── Você é tão bonita... ── sussurrou, fascinado. ── Tenho certeza que você vai ser a garota mais bonita da festa...

── Até parece ── riu envergonhada, se virando de costas para o mesmo. ── Poderia fechar meu vestido...?

E assim Wang fez, aproximou-se da menina e puxou o zíper cuidadosamente enquanto a mesma ajeitava o traje sobre o corpo esbelto e esguio, deu uma giradinha rápida e ambos caíram na risada.

── Estou ansiosa...

── Dá para perceber, você está se preocupando com coisas inúteis demais. Esqueça isso e foque em se arrumar.

Sae sorriu fechado, se aproximando da penteadeira para enfim começar a se maquiar. Enquanto mantinha a toalha na cabelo para tirar o excesso de água dos fios negros, sentou-se na cadeira e começou a passar uma pequena quantidade de primer no rosto enquanto Jackson a observava atentamente, seu primo nunca soube entender ao certo como as técnicas de maquiagens das meninas davam tão certo, aos olhos dele era tudo muito diferente e interessante ao mesmo tempo.

── Preciso te contar uma coisa...

── Mais algo...?

── Sim.

── O que aconteceu!?

── Eu quero que você fique calado, não comente isso com ninguém por que dessa vez, eu juro... mas eu juro que lhe darei uns tabefes onde quer que estejamos ── ditou séria.

── Wow... ok, ok. Não irei falar nada mas dá para você adiantar esse processo aí?

Por ora, o garoto se ergueu enquanto se espreguiçava. Fora completamente audível o barulho de seus ossos se estalando e Kwon fez uma careta desgostosa, como se não estivesse acostumada com aquele tipo de acontecimento. Jackson ficou atrás da menor e começou a pentear seus cabelos lentamente, enquanto focava toda a sua atenção nos cabelos bonitos e bem hidratados da sul-coreana.

── Quando você chegou e o Baek não estava aqui, ele na verdade estava no hospital.

── Eu sei disso, seu appa me falou. Está achando que não sei de nada sobre o que acontece na sua vida, garotinha!? ── debochou. ── Sei de coisas que você nem sonha em saber...

O maior de cabelos castanhos fitou o reflexo da menina à sua frente, soltando um riso descontraído e voltando a pentear os cabelos da mesma. Jackson sempre fora carinho com Saeron, ambos possuíam uma conexão afetiva e bem forte entre primos, Jack sempre a salvou de momentos arriscados e Sae sempre o aconselhou quando o mesmo necessitava, uma mão lavando a outra.

── Você sabe de algo que não sei? ── franziu o cenho.

── Estou brincando, cerejinha ── riu de leve. ── Adiante logo essa maquiagem, já já dá o horário para você ir.

── Infelizmente você não poderá ir comigo... ── suspirou. ── É como se fosse uma festa particular onde só os alunos da nossa sala vão, mas prometo trazer algum doce pra ti.

Minutos se passaram e Kwon Saeron encontrava-se quase pronta no centro do quarto, seus cabelos longos e soltos tinham pequenos cachos nas pontas que fizera com babyliss, o lábio pintado de batom vermelho que se destacava a cor de sua pele e por fim, o vestido esplêndido que vestia. Os detalhes do traje eram impecáveis, simples porém bonitos, assim que a adolescente calçou os saltos, pegou sua pequena bolsa de passeio e colocou a máscara dentro, os dois indivíduos desceram as escadas enquanto conversavam animadamente passando por Baek e Areum que estavam sentados com expressões sérias nos rostos coreanos. A mais velha olhou para sua filha e sorriu abertamente, percebendo o quanto a mesma estava linda.

── Você está linda... ── Areum falou surpresa, observando-a de cima a baixo.

── Obrigada, omma.

── Linda é pouco, ela está gata! ── Hyeon brincou, levantando-se da poltrona num salto e andando em direção a sua irmã. ── Está tão bonita, Saeron.

O maior abraçou-a de repente e acariciou o couro cabeludo da mesma, sussurrando logo depois em seu ouvido de maneira que somente ela conseguisse ouvir.

── Tome cuidado ── afastou o tronco, sorrindo minimamente.

A única reação que Saeron pôde expressar antes de sair de casa foi assentir, com um brilho diferente nas pupilas castanhas.

***

── Aish, aish, aish! Eu já falei, não consigo colocar a merda da gravata certo! ── Jungkook berrou pela quinta vez, enquanto Reyna ria da cara do mesmo.

── Seu pai já está te esperando lá embaixo já faz vinte minutos, o tempo passa ok? Dá pra você adiantar? ── debochou.

── Se você me ajudar nessa merda dessa gravata, eu agradeço ── revirou os olhos. ── Argh... quer saber? Esquece, eu vou sem.

── Você sempre sendo o do contra, né? ── revirou os olhos.

── Cala a boca, Reyna ── vociferou, abrindo alguns botões da camisa social e deixando um pouco do peitoral amostra. ── Pronto, estou bem assim.

Jeongguk deu uma giradinha rápida, colocando a mão na cintura de modo impaciente quando viu sua prima lhe analisar. Em seguida, bufou revirando os olhos e caminhando em direção a porta de seu quarto, entretanto, o mesmo foi parado pela voz irritante da mais nova atrás de suas costas.

── Não vai colocar perfume?

── Você sabe que não preciso.

Sorriu de canto.

O herdeiro de cabelos pretos desceu as escadas já indo para o estacionamento da mansão após ver que seu progenitor não se encontrava mais ali, passou pela porta principal e caminhou pela estradinha de pedras o mais rápido que pôde para adentrar ao veículo, o garoto não poderia negar que estava nervoso, dificilmente ia a festas principalmente quando continha muitas pessoas. Porém, o mesmo optou por diferenciar dessa vez, o jovem de olhos graúdos queria aproveitar e experimentar coisas novas este ano, começando por essa festa.

── Está bonito, filho...

── Estou meio informal por causa da ausência da gravata, mas eu não consegui colocar aquela porra ── comentou estressado, enquanto guardava a máscara no porta-luvas. ── Aqui está a localização do salão de festas... Parece ser no centro da cidade.

Jeon Kong assentiu, dando ré na Ferrari enquanto seu filho colocava o cinto, ambos conversaram aleatoriamente durante o percurso antes de chegar ao determinado local.

"Só precisa manter a calma, Jeon" ── pensou.

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