AVISOS
1) Por enquanto os capítulos fixos serão apenas aos sábados, caso eu consiga escrever ou esteja no clima, eu posto outro dia. Minha vida tem andado muito corrida, não quero prometer e não cumprir. Espero que entendam.
2) Como sempre peço que votem comentem e sigam a Tay aqui no wattpad.
3) Não sei como foi o fim de ano de vocês, nem se o ano que se passou foi difícil. Por isso quis escrever mais um capitulo que pudesse aquecer tanto o meu coração como o de vocês.
4) Editei no celular porque o site está fora do ar. Então se algo estiver fora do lugar, vocês já sabem o motivo.
Maleah
O inverno havia chegado e essa era a manhã mais gélida que eu presenciara em meses.
"Há quanto tempo eu estava aqui?". Me questionei. Era inacreditável como já haviam se passado tantas semanas desde que eu e meus amigos tínhamos pisado nesse acampamento pela primeira vez.
Nesse meio tempo eu havia ganhado tanto... mas as perdas quase se equivaliam aos ganhos...
Era como se uma vida inteira me separasse daquele dia em que decidi deixar o Sombras da Lua.
Diante da bela visão que a vista da janela me proporcionava, percebi que poderia me sentar ali com uma xícara de chá fumegante em minhas mãos e apreciar o cair da neve o dia todo. Como também poderia aproveitar a companhia de todos ao meu redor nessa aconchegante manhã se não fosse pelo emaranhado de asas se atracando no chão do lado de fora.
Por mais de 20 minutos ininterruptos Azriel, Rhysand e Cassian estavam revezando entre se surrar e jogar pesadas bolas de neve uns na cara dos outros.
Meu coração se dividia entre uma crescente preocupação e uma pitada de diversão. Por alguns momentos eu podia jurar que eles realmente se matariam.
- Quando vi pela primeira vez, fiquei assustada também - Feyre repousou uma mão gentil no meu ombro atraindo minha atenção - Machos são assim mesmo, ainda mais Illyrianos. Com certeza você os conhece melhor do que eu. Se fosse você desistiria dessa vigília, eles vão se socar por horas seguidas.
Olhei em sua direção e abri um sorriso tímido para ela antes de lhe confidenciar:
- Sei bem como são territoriais - Bufei uma risada abafada - Mas confesso que essa reação me surpreendeu um pouco. Teremos muitos olhos roxos na mesa do jantar de solstício hoje.
- Pobre, Cassian - Ela fingiu lamentar ao levar uma das mãos a boca - Dois contra um é muito injusto. Enfrentar de uma única vez o parceiro e o irmão... - Feyre pareceu se arrepender de suas palavras assim que contemplou meu rosto após proferir a palavra "irmão". Ela tomou um momento como se buscasse algo que pudesse desfazer o desconforto de sua fala e então prosseguiu - Eles vão ficar bem, não precisamos nos preocupar, 500 anos de amizade dizem muita coisa. Vai por mim, eles já superaram coisas piores. - Ela abriu um sorriso meio sem graça - Venha para mesa, vamos comer alguma coisa.
Feyre estava fazendo um enorme esforço para que eu pudesse me sentir confortável em sua casa, um grande esforço para me incluir em sua família. Por mais que houvesse conflitos dentro de mim, não seria justo depositar meus descontentamentos sobre ela. Se eu realmente for irmã de Rhysand, o único vilão dessa história é o pai que compartilhamos.
Então abri o melhor sorriso e disse:
- Claro, estou morrendo de fome mesmo!
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Uma hora depois, Amren já havia contado histórias macabras de seu antigo senhor, Feyre havia nos confidenciado como iam os planos para a instalação de um novo ateliê nas montanhas Illyrianas, Mikael havia tentado chamar a atenção de Kaila ao contar uma de suas histórias favoritas, mas essa havia se virado para Kora e ignorado o amado. Com o passar do tempo, cada vez mais novos assuntos surgiam, mas eu já não conseguia me atentar a nenhum deles.
Até que finalmente um nó ,que eu não sabia existir, se afrouxou em meu coração quando os três passaram pelo batente da porta de entrada.
Azriel, Cassian e Rhysand estavam com o corpo coberto por hematomas. Meu coração já começava a se angustiar quando meus olhos se fixaram na boca dos três. Especificamente no sorriso abobado estampado ali.
Eles... eles haviam se divertido com toda aquela violência. Enquanto eu me sentia culpada por ser a possível causa de tudo daquilo, eles estavam aproveitando cada soco que recebiam.
Fechei o semblante enquanto eles se juntavam a nós na mesa, sujos e fedendo a sangue.
- Eu estou faminto - Cassian anunciou - Surrar dois machos ao mesmo tempo consumiu todas as minhas reservas de energia.
De fato, dos três ele era o que estava menos ferido. Não que eu duvide de suas capacidades em um combate, ou que achasse irrelevante a bolsa roxa abaixo do seu olho, mas algo me dizia que Azriel e Rhysand estavam mais feridos porque haviam concentrado toda violência um no outro.
- Claro que está - Nestha lançou um olhar de desprezo em sua direção - Sua aparência selvagem está de acordo com seus modos na mesa.
- Maleah - Rhysand chamou minha atenção. O corte em seus cílios quase me fez sentir pena dele. - Gostaria de leva-la até Velaris, na verdade meu convite se estende a todos vocês - Ele movimentou o braço com dificuldade na direção de Mikael, Kaila, Agnes e Kora - Gostaria de te apresentar um pouco mais de sua história.
Fiz que sim com a cabeça e voltei minha atenção para uma uva esquecida em meu prato.
- Ótimo - Ele disse sem rodeios, mais alto do que o necessário, e avançou contra um prato de torta em sua frente.
- Também gostaria de leva-la até meus lugares favoritos de Velaris - Azriel colocou a mão dele sobre a minha - Há muitas coisas que sonho em te mostrar.
- Não antes de mim - O canto da boca de Rhysand subiu em um sorriso provocador.
- Isso está ficando bom - Cassian disse com a boca cheia de pão - Continuem.
Azriel se preparava para retribuir a fala provocativa de Rhysand com uma resposta cheia de sarcasmo quando eu o impedi ao dizer:
- Sendo uma brincadeira entre vocês ou não, não aceito ser disputada como um prêmio bobo - Empurrei a cadeira para trás ao me levantar - Posso nunca ter tido um parceiro antes ou um irmão. - Interrompi a frase quando culpa genuína apertou meu coração. Era injusto de minha parte, injusto com Myth e Zora. Por mais que não fossem meus irmãos de sangue, nós compartilhávamos a mesma alma. Nada mudaria isso. Quem eu havia me tornado se não conseguia nem me lembrar de quem esteve ao meu lado nos piores momentos?
Respirei fundo e recomecei:
- Talvez nenhum dos dois tenha tido uma parceira ou irmã, mas eu já tive em minha vida machos que acreditavam ser donos de mim. Que me tratavam como um troféu e disputavam por mim toda a noite - Olhei de um para o outro com fogo nos olhos - Mas eu resolvi isso. Matei todos eles, não me faça ter que mata-los também.
Um silêncio constrangedor se instaurou no ambiente.
- Estão ouvindo isso, meninos? - Amren pediu silencio ao olhar para todos os lados de forma atenta.
- Não, o que? - Cassian levantou alarmado em posição de combate.
- O som da masculinidade de vocês sendo esmurrada pela Maleah - Por uma segunda vez Amren ergueu sua taça de vinho em um brinde - Eu amo quando nosso circulo é presenteado com uma fêmea segura de si. Esse é o melhor solstício em 500 anos.
Feyre e Nestha se engasgaram com o chá na tentativa de refrear uma risada.
- Enquanto brigam entre si, vou fazer algo de útil - Os informei ainda furiosa, mesmo que uma parte de mim estivesse grata pelo que Amren acabara de fazer. Entendi que aquilo não era uma mera piada. Ela estava, de forma sutil, tentando nos acalmar - Vou até a cabana que montaram para o macho metamorfo e conferir se ele já está em condições de falar.
- Quer companhia? - Rhysand e Azriel perguntaram ao mesmo tempo.
- Não - Disse de forma ríspida.
Coloquei a cadeira no lugar e bati os pés em direção a porta.
- Está congelando lá fora, Maleah - Rhys pigarreou sem graça - Não que eu esteja mandando em você, mas.... - Deveria levar buscar um casaco.
- Também acho que não seja uma ordem - Azriel tentava dar suporte ao amigo - Só uma sugestão.
Olhei feio para os dois e sai em meio a neve.
A única coisa que pude ouvir, foi a risada estrondosa de Feyre e Cassian.
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Me arrependi no segundo que havia colocado os pés para fora da casa. Se o interior da casa estava congelante, o lado de fora estava umas mil vezes pior. Mas o meu orgulho me impediu de voltar para a casa em busca de algo mais quente.
Antes que descesse as escadas da frente da casa, vi que da lateral da propriedade duas figuras sorridentes caminhavam em direção a porta.
Elain e Morrigan.
As fêmeas enrijeceram o corpo quando me viram e de forma quase que imperceptível se afastaram uma da outra. Não sabia o porquê de a descontração ter cessado quando me avistaram na entrada.
A única coisa que reparei, era que as duas pareciam aquecidas demais para uma manhã gélida como aquela. Mas com certeza onde estavam e o que estavam fazendo, e como haviam se aquecido não era problema meu.
- Feliz Solstício, Maleah - Elain me lançou um sorriso extremamente acolhedor. E para minha surpresa ela continuou - Soube de sua parceria com Azriel essa manhã e fiquei... fiquei muito feliz. Eu sei que não estou em posição de te pedir nada, também sei que não te conheço - O rosto da fêmea corou - Mas peço que o faça feliz. Azriel é um macho incrível e esteve comigo quando mais ninguém o fez.
- É meu único pedido de solstício para você também - Morrigan ecoou ao seu lado - Eu sou a que menos tem direito de fazer exigências relacionadas a ele, mas é a única coisa que te peço.
- Farei com imenso prazer - Sorri para as duas de forma gentil - Agora preciso me apressar antes que congele aqui fora.
Me despedi de Morrigan e Elain e acelerei o passo na tentativa de descer a colina o mais rápido possível. Quanto mais rápido eu andasse, mais rápido eu chegaria ao aconchego da tenda.
Os ventos gélidos já estavam minando todas as minhas forças quando ouvi um baque surdo a uma curta distância atrás de mim. Parei no momento em que percebi que o barulho às minhas costas era resultado de uma aterrisagem na neve.
- Não aguentaram nem 5 minutos longe de mim ? - Falei por cima dos ombros e recomecei minha caminhada apressada.
Os dois não ousaram responder, mas apressaram o passo e caminharam ao meu lado. Azriel de um lado e Rhysand de outro. Eu poderia reclamar da superproteção exagerada dos dois, mas não podia negar que o calor das asas que eles haviam estrategicamente colocado atrás das minhas, era reconfortante.
Caminhamos silenciosamente até que finalmente alcançamos a tenda improvisada para o macho desconhecido.
Sorri como cumprimento para a curandeira sentada ao lado da cama vazia e indaguei sem rodeios:
- Onde ele está?
- Acho que esse deve servir - Ela abriu um sorriso malicioso e apontou para o macho que vinha saindo de um outro compartimento da tenda atrás de mim - Acho que tem visita senhor, Fenrys.
O macho olhou fixamente para cada um de nós, até que seu olhar se tornou alarmado quando parou em Rhysand. Então o macho rosnou:
- Você é filho dela - Fúria ardeu em seus olhos.
Azriel se preparou para avançar contra o macho em defesa de seu Grão Senhor quando Rhys estendeu a mão o impedindo.
- Filho de quem? - A cabeça de Rhysand se movia com uma curiosidade predatória. E o sorriso... o sorriso em seus lábios era a promessa de uma morte lenta.
- Filho da maldita que vi minha Rainha decepar - Fenrys exibiu os dentes - Filho daquela fêmea sombria que possui olhos violeta como os seus - Seus dedos trêmulos apontavam para Rhys.
Rhysand apenas sorriu e ao cruzar os braços de forma relaxada afirmou:
- Minha mãe morreu 500 anos atrás - As estrelas em seus olhos se apagaram por um instante - Mas acho que a fêmea a quem chama de sombria alertou a mim e a minha irmã sobre sua chegada.
Fenrys deu um passo cambaleante para trás.
- Ela está mesmo aqui? - Ele vociferou - Ela está viva?
- Ei, calma - Caminhei em sua direção com minhas mãos levantadas em sinal de rendição - Acha que se quiséssemos te fazer algum mal teríamos chamado uma curandeira para tratar de seus ferimentos? - Fitei seus olhos com sinceridade - Não há ninguém aqui com intenção de te machucar.
O macho ainda nos olhava com uma desconfiança descarada quando apertou a faixa na barriga que cobria seu ferimento. Ele lançou um olhar hesitante para a curandeira que balançou a cabeça em afirmativa, como se dissesse que não erámos perigosos. Que estávamos falando a verdade.
Puxei duas cadeiras para nós dois e fiz sinal para que ele se sentasse. O macho relutou no início, mas enfim se sentou. Azriel e Rhysand já se aproximavam, quando os olhei como se afirmasse que poderia fazer aquilo por mim mesma.
Os dois assentiram e me deram espaço para que eu provasse que poderia lidar com aquilo sozinha. Sabia como era difícil para Azriel, meu parceiro, me ver tão próxima de outro macho. Como também sabia como era difícil para o meu... meu irmão está cara a cara com um homem que acabara de o ameaçar.
Mas os dois recuaram e deixaram que eu cuidasse disso sozinha, eu não esquecerei esse gesto.
- Então, Fenrys né?
Ele fez que sim com a cabeça.
- Poderia nos contar quem é aquela fêmea e como chegou até aqui?
Ele desviou os olhos dos meus, mais uma vez fitou os olhos de Rhysand, respirou fundo e então começou voltando os olhos para os meus:
- Era uma vez uma rainha, uma rainha sombria que foi disputada por três reis...
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Gostou da História? Então comenta e curte bastante. Muitas das minhas teorias estarão presentes nessa fanfic. Abordaremos inúmeras histórias aqui, espero que vocês se divirtam.
Todo sábado teremos capítulos novos, mas se vocês baterem as metas capítulos extras serão postados no decorrer da semana.
PLÁGIO É CRIME
O livro é da Sarah J. Maas, mas a história é minha. Se eu vir pessoas utilizando os meus textos, ou parte deles denunciarei. Não só no site, mas criminalmente. O Texto é minha propriedade intelectual e isso se configura plágio. Cuidado!