Sim, Chef

By bmt5hh

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Parceria com: @camilacinica Camila tem o sonho de ser uma chef de cozinha e, quando suas amigas lhe inscrevem... More

Capítulo 0 - Apresentações
Capítulo 1 - Masterchef Brasil
Capítulo 2 - O ratatouille de Camila
Capítulo 3 - No fundo do estúdio
Capítulo 4 - Bella
Capítulo 5 - Ninguém em casa
Capítulo 6 - Barriga de porco
Capítulo 7 - PF e a ativona
Capítulo 8 - Fubá e água
Capítulo 9 - Vida amorosa
Capítulo 10 - Tomate meio seco
Capítulo 11 - Campo Grande
Capítulo 12 - Praça das massas
Capítulo 13 - Contramão
Capítulo 14 - Lenço azul
Capítulo 15 - A casa de Lauren
Capítulo 16 - Capricorniana
Capítulo 17 - Cidade maravilhosa
Capítulo 18 - O armário
Capítulo 19 - Encontros
Capítulo 20 - Lugar de "famoso"
Capítulo 21 - Risoto de camarão
Capítulo 22 - Alessandra e Biscoito
Capítulo 23 - Manjericão
Capítulo 24 - No flagra
Capítulo 25 - Surpresas de Natal
Capítulo 26 - Rabetona
Capítulo 27 - Vermelho
Capítulo 28 - Risoto de limão siciliano
Capítulo 29 - Problema de comunicação
Capítulo 30 - Praça de doces
Capítulo 31 - Fodinha
Capítulo 32 - Pré-vestibular
Capítulo 33 - Minha mulher
Capítulo 34 - Palavreado da europeia
Capítulo 35 - Mensagens
Capítulo 36 - Estripulia
Capítulo 37 - Novas percepções
Capítulo 38 - Família feliz
Capítulo 39 - Família feliz pt. 2
Capítulo 40 - Primeira classe
Capítulo 41 - Morena
Capítulo 42 - Internacionalizada
Capítulo 43 - Donna
Capítulo 44 - Finanças
Capítulo 45 - Sanduíche do calçadão
2ª fase - Capítulo 1 - Cartão
2ª fase - Capítulo 2 - No fundo do estúdio
2ª fase - Capítulo 3 - Ano sabático
2ª fase - Capítulo 4 - Rabo doce
2ª fase - Capítulo 5 - Casalzão da p...
2ª fase - Capítulo 6 - Carão
2ª fase - Capítulo 7 - Proposta
2ª fase - Capítulo 8 - Pitica
2ª fase - Capítulo 9 - Noite longa
2ª fase - Capítulo 10 - Minha casa
2ª fase - Capítulo 11 - Sextou
2ª fase - Capítulo 12 - Apostas
2ª fase - Capítulo 14 - Negócios
2ª fase - Capítulo 15 - Allison
2ª fase - Capítulo 16 - Reinauguração
2ª fase - Capítulo 17 - Belo Horizonte
2ª fase - Capítulo 18 - Garotinha chorona
2ª fase - Capítulo 19 - Café da manhã
2ª fase - Capítulo 20 - Viagem
2ª fase - Capítulo 21 - Infeliz
2ª fase - Capítulo 22 - Tic tac
2ª fase - Capítulo 23 - Amendoim
2ª fase - Capítulo 24 - Carnaval
2ª fase - Capítulo 25 - Nossa receita
2ª fase - Capítulo 26 - Filha
2ª fase - Capítulo 27 - Pituquinho
2ª fase - Capítulo 28 - Segunda chance
2ª fase - Capítulo 29 - Leoa
2ª fase - Capítulo 30 - Massas e peixe
2ª fase - Capítulo 31 - Extremos opostos
2ª fase - Capítulo 32 - Final do Masterchef
2ª fase - Capítulo 33 - Pintura
2ª fase - Capítulo 34 - Praia
2ª fase - Capítulo 35 - Chá de bebê
2ª fase - Capítulo 36 - Gael e Matteo
2ª fase - Capítulo 37 - Mamadeira Masterchef
2ª fase - Capítulo 38 - Nota de repúdio
2ª fase - Capítulo 39 - Caos
2ª fase - Capítulo 40 - Malas
2ª fase - Capítulo 41 - Orgulho
2ª fase - Capítulo 42 - Luzinha
2ª fase - Capítulo 43 - Banana com mel
2ª fase - Capítulo 44 - Cabide
2ª fase - Capítulo 45 - Benjamin
2ª fase - Capítulo 46 - Fairmont
2ª fase - Capítulo 47 - Andiamo
2ª fase - Capítulo 48 - Coisa heteronormativa
2ª fase - Capítulo 49 - Mac and Cheese
2ª fase - Capítulo 50 - Circo
2ª fase - Capítulo 51 - Peneira
2ª fase - Capítulo 52 - Amar é mais do que dizer do amor

2ª fase - Capítulo 13 - Arregona

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By bmt5hh


CHEGUEI CARALHO PUTA QUE PARIU

COMO VOCÊS ESTÃO

COMO PASSARAM DE NATAL

FELIZ NATAL ATRASADO NESSA PORRA CARALHO

NÃO EU NÃO VOU FAZER A PIADA DO PERU DE NATAL PORQUE EU NÃO SOU ASSIM

VAMOS CANTAR???

VAMOOOOO

ENQUANTO ELE DORMIA MAL ELE SABIA QUE LÁ NO PÉ DA AREIA OUTRO CHAMA DE SEREIA ESSA MENINA SOLTA ESSA MENINA SOLTAAAAAAA ENQUANTO ELE DORMIA MAL ELE SABIA QUE LÁ NA CASA DELA ELA SENTAVA E ESCOLHIA QUEM ELA QUERIA ESSA MENINA SOLTAAAAAAA

CANTA PORRAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

ENTÃO SEM MAIS DELONGAS VAMOS A LUA DE MEL EU TROUXE 12 MIL PALAVRAS DELICIOSAS PRA VOCÊS, QUEREM?

TOMA PORRA

BOA LEITURAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA CÃAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAO



- Amor? – Camila murmurou se virando de um lado para o outro procurando se esconder da claridade. Lauren riu baixinho negando, passou a mão por seus cabelos e tentou mais uma vez acordá-la. – Bella.

- Hm? – Murmurou inconsciente. Se aproximou após apoiar os dois braços ao redor de sua cabeça, depositou dois beijinhos em sua bochecha aproveitando para roçar a ponta do nariz ali.

- Acorda. – Chamou com carinho. A mineira havia desenvolvido a incrível habilidade de ter o sono tão pesado quanto fosse possível, principalmente quando estava esgotada. – Vamos tomar café. Tem tudo que você gosta... – Sorriu ao vê-la abrir os olhos com um pouco de dificuldade. – Pedi aquela panqueca de chocolate.

- Serei obrigada a me levantar. – Murmurou antes de rir.

Camila se espreguiçou antes de se levantar, se sentou na cama associando o lugar onde estava e tentando fazer o seu cérebro acordar. Lauren estava sentada a sua frente lhe encarando com as sobrancelhas arqueadas e um sorriso divertido nos lábios, acordar era um ritual complexo em sua vida.

- Isso é um absurdo. – Decretou.

- O que?

- Você toda linda ai, não sei quantas horas são, mas é cedo e... – Negou com a cabeça. – Um absurdo. – Lauren estava apenas com um roupão branco felpudo e um coque desajeitado, mas ainda sim, parecia a mulher mais linda do mundo.

- Deixa de bobeira. – Bateu em sua coxa já com as bochechas vermelhas. – Vamos tomar café.

- Já venho. – Correu até o banheiro enrolada no edredom, tomou uma ducha rápida e escovou os dentes, apenas para acordar e se vestiu da mesma forma que a outra.

Quando voltou, estava mexendo no celular comendo algumas uvas da cesta de frutas sobre a mesinha de café, que parecia deliciosa demais. Se sentou ao seu lado e se aproximou, somente para beijar sua bochecha, sendo surpreendida pelos lábios da esposa em um selinho carinhoso.

- Recebi mais algumas fotos do casamento. – Avisou ao começarem a comer. – Deplorável.

- Eu nem sei se quero ver as fotos que nossos amigos fizemos, eles são cruéis demais. – Brincou enfiando um pedaço da panqueca na boca. – Que delícia! – Suspirou enquanto revirava os olhos. – Sério.

- Não sei como você consegue comer algo doce assim de manhã. – Comentou, não era como uma crítica, mas uma observação. Lauren gostava de frutas e iogurtes, às vezes geleia, mas não conseguia comer nada com muito açúcar no café, já Camila parecia um aspirador de pó de doce, não era à toa que Clara também lhe chamava de formiga.

- É um dom. – Piscou tomando um gole de café preto sem açúcar, o que havia aprendido a gostar com a esposa. – Aliás, espero que tenham levado os docinhos que sobraram lá pra casa. – Comeu mais um pedaço. – E bolo.

- Eu aposto que sim.

- Preciso comer o bolo dormido. – Lauren apenas riu concentrada em sua torrada.

- Bolo dormido, festa de fundo de quintal, o que mais será que irá me ensinar? – Lhe encarou, suspirou ao ver o sorriso distraído e bonito. Estava com um sujinho de chocolate no canto da boca, esticou a mão para limpar, dando um beijo ali em seguida.

- Cachorro quente de festa, esse é especial. Sem ser aquele esquisito que a Ash faz de vez em quando, tem de ser um brasileiro. – Piscou. – Vou fazer no seu aniversário junto com o brigadeiro e beijinho. – Lhe deu um selinho. – E cajuzinho.

- Festa de fundo de quintal?

- Exatamente. – Riu. – Com pratinho de plástico.

- Bella, se concentra no café.

Entre brincadeiras e carinho, tomaram o café da manhã mais tranquilo desde que toda a loucura do casamento havia começado. Em dado momento, Camila pulou para mais perto da esposa ficando entre suas pernas e deitada em seu peito. Não era como se Lauren quisesse algum espaço naquele momento, mesmo tão perto, nunca parecia o suficiente.

Como não poderia deixar de faltar, Camila tirou mais uma rodada de fotos, delas, da vista, no enorme espelho do quarto, era apaixonada por fotos. Decidiram que iriam para casa depois do almoço, estavam aproveitando ao máximo o clima gostoso e fizeram amor mais algumas vezes antes de deixarem o quarto com a pequena bolsa que Ashley havia deixado ali no dia do casamento.

Almoçaram tranquilamente no hotel mesmo, a comida parecia maravilhosa e o ambiente era ainda mais bonito, propício demais para a "pré lua de mel" que estavam vivendo. Iriam viajar dali dois dias para Fernando de Noronha onde só Deus sabia quanto tempo iriam ficar e então voariam para Napoli, onde faria a segunda parte do casamento com a família completa de Lauren.

Como presente de casamento, Diego deu a Camila mais uma semana de suas férias, o que seria maravilhoso, uma vez que Lauren estava com planos de passar alguns dias em Ishia com a esposa. Daria tempo de aproveitar com sua família e mais um pouquinho com a mineira, que estava no auge de sua carreira como ser humano viajando pelos lugares mais bonitos do mundo com a morena linda de sua esposa.

Quando terminaram de almoçar, decidiram que era hora de voltar ao mundo real e foram de Uber para casa. Tudo parecia diferente, Camila às vezes se pegava perdida encarando suas mãos, via o aro delicado e dourado no seu dedo anelar, estava casada. Casada com Lauren. Aquela palavra parecia ter um impacto diferente naquele momento, ao mesmo tempo que era real parecia uma doce ilusão.

Ainda sim, estava disposta a fazer de tudo para cuidar do que tinham construído, da família que estavam formando e dos laços. Sabia que não seria fácil, como nunca havia sido, mas era o momento de suas vidas e não iria desperdiçar em pensamentos ou bobeiras. Queria ser feliz, viver bem e amar até o limite de seu ser.

- Eu amo você. – Lauren desviou a atenção do caminho, estavam quase chegando. Encarou a esposa e sorriu.

- Eu também te amo, mas o que foi?

- Nada. – Deu de ombros levando sua mão até seus lábios e depositando um beijinho ali. – Só pra você não esquecer.

- Não se preocupe. – Negou devolvendo o beijo sobre sua aliança. – Eu não vou.

Quando chegaram em casa, as primeiras pessoas que encontraram foram Fernanda, seu noivo, Nicole e Clara na sala, assistiam a um filme qualquer, mas rapidamente dispersaram a atenção quando notaram a presença das duas. Manjericão correu até onde estavam latindo animado, Lauren se abaixou e logo caiu de bunda no chão, ela sempre cometia o mesmo erro adorável, era rendida demais pelos bichinhos.

- Eu nem acredito que vocês estão vivas. – Nicole disse após abraçar a amiga. – Ontem tentamos fazer contato, mas desistimos depois da décima vez.

- Deviam estar cansadas. – Clara disse passando a mão pelo rosto da filha. – Imaginei que dormiriam o dia inteiro.

- Claro. – Camila assentiu tentando não rir, não iria insinuar absolutamente nada para sua sogra sobre o que havia passado o dia inteira fazendo, que era tudo, menos dormindo. – Estava precisando de algumas horas extras de sono. – Suas amigas negaram pela fala dissimulada, mas não deixaram que a mais velha visse.

- Dov'è mio padre e mia nonna? – A italiana perguntou para a mãe, que apontou para o andar de cima.

- E a sua "apenas uma leve curiosidade"? – A mineira perguntou para Nicole, era a forma carinhosa e engraçada como chamavam Verônica, sua atual namorada. Era como a mesma falava antes de desistir de lutar contra o que sentia, apenas uma leve curiosidade que havia se tornado um namoro.

- Arrumando nossas coisas lá em cima.

- Ai, nem acredito que já vão. – Deu um passo à frente, abraçando as duas com carinho. Lauren sorriu passando os braços pelos ombros da mãe. – Queria tanto que morassem pertinho de mim. – Suas amigas eram as únicas coisas que sentia falta quando pensava em sua cidade natal. – Você também Davi.

- Eu não sinto a menor saudade de morar pertinho de você. – Disse com graça abraçando a cintura da noiva quando se afastaram. – Chata demais.

- Você está na minha casa, garoto! – Socou seu ombro de brincadeira, eram grandes amigos.

O resto do dia passou como um pulo, Donna ainda estava animada demais pelo casamento da neta e não parada de falar sobre, era uma graça. Como as amigas iam embora no dia seguinte, Camila decidiu um tempinho especial a elas, iriam passar um bom tempo sem se verem novamente.

Como agradecimento por serem pessoas tão boas na vida de Camila, Lauren decidiu que iria fazer algo especial e foi para cozinha com Lorenzo, eram suas madrinhas de casamentos e haviam criado um laço forte de amizade. Ambos proibiram Camila de se aproximar, deveria aproveitar para conversar e gastar tempo com elas.

E assim ocorreu, a jantar foi maravilhoso, ficaram até tarde conversando e só foram dormir quando o sono realmente bateu. Camila já estava chorosa ao se despedir das duas no corredor antes de dormir, Lauren já sabia o que viriam pela manhã e não pode estar mais certa. As três choraram por todo caminho até o aeroporto e assim permaneceram até que o voo para Minas fossem anunciado.

- Elas não dão trabalho. – Disse ao entrar no carro, limpou o rosto com o lenço de Lauren. – Devíamos ficar com elas.

- Amor. – Não aguentou e acabou rindo da forma com que havia dito. Lhe deu um beijo antes de dar a partida de volta para casa, tinham que terminar de organizar as coisas para a sua viagem no dia seguinte. Mesmo com o gostinho de saudades das amigas, não poderia deixar de frisar como estava animada para a lua de mel.

x

- Girl! – Camila ouviu Ashley chamar em um determinado momento, fazendo um sinal com a mão. Lauren estava distraída cozinhando o jantar com seu pai e Camila estava apenas sentada por ali, mexia em suas redes sociais de forma distraída e trocava mensagens com Fernanda e Nicole. – Come here. – Chamou, vendo a mais nova se levantar e ir um pouco intrigada com o tom baixo da americana, como se fosse um segredo ou algo assim.

- Que foi, tá sendo procurada pela polícia? – Indagou no meio do caminho para a saída da cozinha, Ashley estava do lado de fora, começou a fazer que não com as mãos quando viu que Lauren começou a olhar por cima do ombro pra ver o que estava acontecendo. – Torno presto. – Camila disse para sua esposa e seu sogro, que assentiram e voltaram a focar somente na comida que estavam fazendo naquele momento.

Ashley agarrou seu pulso assim que ela saiu da cozinha e começou a puxá-la para o segundo andar, Camila não estava entendendo nada, mas a seguiu porque percebeu que deveria ser algo importante. Elas foram até um dos quartos de hóspedes, um que Ashley geralmente usava para dormir quando ficava trabalhando até mais tarde com Lauren, era tão dela que inclusive tinha algumas coisas suas como pijamas e roupas mais confortáveis para dormir.

- O que foi, mulher? – Camila perguntou quando ela fechou a porta trás dela.

- Comprei o que você pediu. – A mais nova arregalou os olhos e lhe deu um abraço apertado.

- Merda, você é perfeita! – A mineira respondeu, vendo Ashley passar a mão nos cabelos curtos.

- Eu sei, agora preciso saber se eu comprei exatamente o que você queria. – Murmurou apontando para algumas sacolas em cima da cama.

Camila abriu duas das sacolas suspirando de alívio ao ver que o tamanho nas etiquetas estava certo, mas óbvio que ela também teria que experimentar antes para não passar vergonha. Acontece que a loucura com o casamento foi tanta que Camila simplesmente se esqueceu de comprar as langeries que queria usar na lua de mel, ela tinha alguns modelos salvos que queria igual, mas não conseguiu comprar, esqueceu-se completamente.

Foi somente no dia anterior, no meio de toda a loucura com Lauren no hotel que se lembrou desse detalhe importantíssimo e mandou mensagem para Ashley, com todas as fotos de modelos que ela queria, seu tamanho e alguns outros itens que ela iria precisar e não sabia se Lauren ia levar. No fim da mensagem, ela pedia pelo amor de Deus para que ela arrumasse as coisas antes dela viajar e Ashley já tinha suas informações bancárias mesmo, então não precisou transferir o dinheiro nem nada do tipo.

- O que será que acontece se a Gisele e a Lauren entram por aquela porta e eu estou aqui escondida com você enquanto você olha várias langeries? – Indagou realmente preocupada, achava que iria ter um ataque cardíaco se ouvisse passos do lado de fora.

- Da minha parte, nada, a Lauren sabe que eu jamais me atreveria a sentar em outra pessoa que não fosse ela. – Ashley revirou os olhos.

- Eu preciso mesmo dessas informações? Já não é suficiente que eu e Gisele tivemos que ir comprar suas langeries da lua de mel? – Camila, que estava guardando as peças nas sacolas, lhe olhou quase que indignada.

- A Gisele foi? – Perguntou a dois segundos de morrer de vergonha.

- Claro, ela viu quando eu recebi as fotos, eu iria falar o que? Você queria destruir meu casamento? – Camila levantou-se e pôs as mãos na cintura.

- Ashley, isso é muito pessoal. – A americana deu de ombros. – Mas você fez o que tinha de fazer. – Disse colocando uma mão em seu ombro. – Eu sempre serei grata, não sei como te retribuir. – A mulher negou com a cabeça.

- Me retribua me garantindo que nunca mais, eu repito, nunca mais eu vou ter que ter qualquer tipo de contato com a sua vida sexual, por favor, eu imploro. – Camila assentiu e lhe deu um abraço. – Vai, agora tira essas coisas daqui antes que Lauren veja, já não basta que eu tive que entrar aqui quase fazendo malabarismo com medo dela ver.

- Eu te amo, Ashley. – A mineira disse parada na porta segurando as sacolas.

- Eu sei, agora sai logo daqui.

Camila passou pelo corredor como uma bala e fechou a porta do quarto delas o mais rápido possível, checando o banheiro duas vezes e o closet, tendo a certeza de que Lauren não estava lá. Puxou uma de suas malas e abriu, tinha espaço extra ali, então rapidamente começou a enfiar tudo o que tinha nas sacolas ali depois de desembrulhar.

No meio desse processo, concluiu que era uma grande safada por ter planejado tantas surpresas obscenas para sua esposa durante a lua de mel, mas não tinha culpa alguma se Lauren também era. Pretendia usar uma langerie nova para cada dia que passariam em Fernando de Noronha, ninguém lhe seguraria depois que anoitecesse e elas estivessem sozinhas em um quarto de hotel. Toda a vergonha que ela passou pedindo para Ashley comprar tudo iria valer mais do que a pena.

x

- Queria dizer uma coisa. – Camila pontuou chamando a atenção da esposa. Estavam sentadas no bar aberto da pousada onde iriam ficar, gastando tempo enquanto terminavam de preparar o quarto. – Eu entendo.

- O que? – Levou a taça até os lábios tomando um gole da limonada refrescante. O dia estava bem quente, mas o vento da praia ajudava a refrescar.

- Os famosos. – Riu de canto cruzando as pernas após comer uma uva da cesta de frutas que havia sido oferecido.

- Como assim? – Vincou as sobrancelhas se ajeitando sobre a cadeira para lhe encarar. Tocou sua mão e entrelaçou seus dedos, ganhando um selinho em seguida.

- Eles sentirem vontade de fazer suruba nesse lugar, é paradisíaco e animador. – Disse baixo, mas Lauren não conseguiu evitar a gargalhada, fazendo a esposa rir também.

- Você é horrível. – Negou passando a mão no rosto. – De onde saiu isso?

- Foi um pensamento aleatório, poxa. – Sacodiu os ombros comendo mais uma uva.

- Você é famosa, devo me preocupar? – Brincou.

- Você também, devo me preocupar? – Mordeu o lábio ao se aproximar, segurou seu rosto antes de puxá-la para um beijo.

O era bem grande e estava bem vazio, o que dava um pouco mais de liberdade para trocarem carinhos e curtirem a lua de mel. Lauren já não estava tão preocupada em manter a relação em segredo, não pretendia assumir nada tão rápido, mas não evitava tratar Camila como sua esposa onde estivessem.

Camila ainda estava traçando sua carreira, o que faria por muitos anos, assim como todos os profissionais, mas fase inicial e de reconhecimento estava começando a passar. Era chamada para fazer diversos eventos, palestras, programas, Diego a levava a tiracolo para onde ia, adorava a mulher e admirava ainda mais a profissional que era.

Já não sentia um peso tão grande com quem ela estava, apesar de ser um ponto bastante comentado e especulado, nada de concreto. Todos sabiam que eram muito amigas, assim como Paola e outros chefs, tinham uma história profissional longa e era esse o ponto mais associado.

Rumores de que havia um relacionamento existiam, mas não davam muita importância, havia se tornado uma pessoa tão reservada quanto a esposa no quesito relacionamento e por isso nunca entrava nesse tópico quando conversava com alguém. O que era uma das coisas que mais deixava o pessoal curioso e nervoso, era engraçado todos os rumores e relacionamentos que Camila – e Lauren – tinham pela mídia.

Já a italiana estava um pouco mais familiarizada com a exposição que havia ocorrido, com o tempo começou a perceber que algumas coisas não pareciam tão ruins. Óbvio que ter fotos íntimas expostas para todo o mundo era horrível, mas não poderia se martirizar para sempre e escolheu olhar com outros olhos.

Era chamada para programas, eventos, talk shows e outras coisas tendo a oportunidade de falar um pouco mais de sua trajetória e inspirar outras pessoas, a ajudar, mesmo que nunca tenha falado especificamente do episódio do vazamento. Havia decidido transformar toda aquela história em algo não tão ruim quanto o que parecia à primeira vista.

Demorou apenas mais alguns minutos para um funcionário chamá-las para o quarto. O lugar era extremamente bonito e elegante, sem perder o clima tropical de praia, a decoração aberta e com muitas paredes de vidros, o que chamou a atenção de Lauren, era essencial.

Surpreenderam-se quando chegaram ao quarto, era ainda mais lindo do que nas fotos. O piso era de madeira escura, a cama era enorme, com lençóis brancos em uma posição que privilegiava a vista. Tinha uma varanda com um ofurô e de fundo o mar em várias tonalidades de azul, além de algumas vegetações. Era um lugar realmente bonito, o barulho das ondas e das aves dava vontade de dormir o dia inteiro somente pela tranquilidade. Se jogou na cama de braços abertos e olhos fechados, sentindo a esposa ao seu lado e então os lábios quentes em seu pescoço, aproveitou para abraçar seus ombros e acariciar seus cabelos.

- O que quer fazer primeiro?

- Quero ir mergulhar e fazer trilhas.

- Va bene. – Confirmou. – Mas e hoje?

- Eu tenho uma lista do que podemos fazer hoje. – Lhe encarou com um sorriso safado. – Ou do que você pode fazer. – Lauren suspirou depositando um selinho rápido em seus lábios antes de se levantar.

- A primeira coisa da lista é tomar banho. – Apontou para o chuveiro. – Não vou cair nos seus joguinhos.

- Que joguinhos? – Perguntou rindo ao se levantar, apoiou os braços atrás do corpo observando a esposa abrindo as malas para retirar roupas ainda mais frescas. Estava com um macacão de linho e saltos, um charme só, ainda mais quando usava o óculos de sol e o chapéu.

- Eu sei que tem compromisso daqui a pouco. – Bateu no relógio. – Não vai me deixar com vontade. – Lauren se levantou rapidamente, apenas lhe deu mais um beijo antes de ir para o banheiro, não se incomodou de fechar a porta antes de começar a tirar as roupas, deixando a mineira babando.

No entanto, não pode se concentrar muito, seu telefone despertou e logo correu para frente do espelho para ajeitar os cabelos. Era o último compromisso antes de suas férias completas, não queria desmarcar, por isso conversou com Lauren e como esperava, não disse ao contrário, até mesmo lhe incentivou. Iria participar de uma live com Mohamad Hindi para seu Instagram e, como o aplicativo tinha limite de uma hora, não tomaria muito tempo, por isso não se sentia culpada de ter aceitado.

Quando Lauren saiu do banho, Camila estava na varanda conversando com seu celular sobre alguns temperos que gostava, sorriu de canto observando. Era lindo vê-la trabalhar, fosse na cozinha ou fora dela, era dedicada e falava com tanta segurança que a menina assustada do programa já parecia uma memória distante.

Decidiu que iria assistir, pegou um livrou e saiu, tomando cuidado para não aparecer, foi para o outro lado da varanda e se sentou confortavelmente na poltrona, ganhou um sorriso discreto enquanto ouvia a voz do homem do outro lado. Piscou mandando um beijinho antes de abrir o livro e dividir a atenção entre ler e assisti-la.

Não demorou muito para que Lauren ouvisse a live sendo encerrada, quando desligou, sorriu respirado fundo digitando alguma coisa antes de deixar o celular para lá, indo se deitar ao lado da esposa, que já a esperava com os braços abertos.

-Muito bem, chef. – Beijou sua testa. – Devo contar a verdade ao mundo de que no fundo você não gosta muito de cebola?

- Claro. – Assentiu. – E eu conto que você não sabe fazer pipoca.

- Eu sei fazer pipoca. – Se refendeu.

- De micro-ondas? – Arqueou uma sobrancelha doida para rir.

- Não questione os meus métodos. – Revirou os olhos. – Mas como vocês aguentam esse homem?

- Amor, ele é legal depois que você conhece. – Explicou.

- Eu não consegui até hoje terminar de assistir o vídeo que vocês gravaram com ele.

- Vamos ter que dar um jeito de selar a paz entre vocês. – Brincou lhe encarando. – Ele te respeita e admira muito, sabia? Tece elogios e mais elogios a você.

- Ele fala isso por sua causa. – Lhe encarou.

- Ele não sabe que somos casadas, amor. – Negou. – Apenas que somos amigas, assim como o Rafa.

- Sei.

- Sei. – A imitou rindo, abraçou sua cintura e depositando um beijo em seu pescoço. Lauren tinha um cheiro tão gostoso que duvidava que fosse o perfume de fato, talvez o perfume ficasse mais cheiroso em sua pele do que ao contrário. – Eu amo seu perfume.

- E o que mais? – Arrastou a ponta dos dedos por seus ombros antes de beijar ali, a posição que estavam lhe permitiam ficar tão grudadas quanto gostavam.

- O seu shampoo. – Decretou. – É divino.

- Eu sei.

- Amor! – Brincou beliscando sua barriga antes de rirem. – Lembrei que preciso contratar uma assistente pra mim.

- Irá demitir Ashley?

- Amor, não coloca assim. – Negou rindo. – Ela já é muito ocupada com você e não é justo que fique atolada justo agora que você resolveu viver a vida e gastar sua fortuna com sua esposa viajando ao redor do mundo.

- Quando decidi isso? – Lauren lhe encarou com as sobrancelhas arqueadas.

- Ficou nas entrelinhas. – Piscou. – Mas voltando, não quero dar mais trabalho. Quando voltarmos irei correr atrás disso.

- Va bene, bella. – Beijou o cantinho dos seus lábios de forma romântica.

Camila sacou o celular, tirou uma foto delas juntas deitadas e mandou para a mãe de Lauren, que imediatamente respondeu com um áudio super fofo falando que elas eram lindas e que mereciam curtir a viagem, mandou ela sair do celular. Camila bloqueou o aparelho rindo e apenas aproveitou o abraço que a mulher amava. Estava tão em paz que não desconhecia essa sensação há muito tempo, parecia certo e que ela nunca tinha saído dali. Lauren era sua casa, sua família e seu amor. Só isso que importava.

- No que está pensando? – Indagou sua esposa, entrelaçando seus dedos.

- Você ficaria surpresa. – Camila bicou seus lábios e lhe observou por um momento, seus olhos quase fechados por causa da claridade, as bochechas e o nariz vermelhos pelo sol e pelo mormaço e só parou quando recebeu outro beijo, dessa vez um pouco mais longo, mas ainda assim muito delicado e gentil, como Lauren sempre era.

Camila já começou a se remexer no lugar e tirou a mão da esposa que estava em sua cintura para direcionar para a sua bunda, estranhando quando Lauren recusou e colocou a mão em sua cintura de novo.

- Amor, o que foi? – Perguntou preocupada, mas a preocupação sumiu de sua voz quando viu a mulher dar um sorriso sacana.

- Agora não. – Disse com um tom levemente mandão que fez Camila precisar respirar tentando recuperar ar. – Mais tarde. – Declarou, se sentando.

- Meu Deus, você me odeia, não é possível. – Respondeu com um tom indignado, mas seu rosto tinha um sorriso malicioso e mil e uma coisas se passavam pela sua cabeça. Lauren lhe estendeu a mão para que ela se levantasse também e, assim que o fez, a mais velha segurou seu maxilar não com tanta força como costumava, mas ainda era um aperto firme.

- Comporte-se, hm? – Camila assentiu fazendo o olhar mais dissimulado que ela conseguia e percebeu no rosto de Lauren a hora exata que ela considerou ficar no quarto, mas logo mudou a expressão. – Vamos jantar, bella. – Disse com seu tom sério, mas que não era nada além do normal. – Conheço um restaurante aqui que você vai adorar. – Comentou sentando-se na beirada da cama.

- Você sempre sabe o que eu gosto, meu amor. – Respondeu dando-lhe um selinho delicado. – Deixa eu só tomar um banho antes. – Parou na porta por um momento. – Devo ir tipo... Super arrumada? – Lauren maneou com a cabeça. – Não faz essa cara, Lauren, naquele dia você disse que estava tudo bem, eu não passei nem maquiagem e nós fomos naquele restaurante caríssimo. – A mais velha deu um sorrisinho.

- Mas eu falei a verdade, você é linda de qualquer jeito. – Camila revirou os olhos. – O restaurante não era tão caro assim, era normal. – Camila colocou as mãos na cintura.

- Eu nem vou responder, Lauren. Um prato custava 600 reais, eu deveria estar vestida a altura. – Passou as mãos na testa. – Agora vai, me fala a verdade.

- Só se você deixar a porta aberta. – Piscou, vendo Camila assentir. – Eu juro que é um lugar super informal e se você quiser eu até te mostro foto. – Respondeu se ajeitando na cama.

- Tudo bem, vou acreditar em você. – A mais nova tirou a roupa e entrou para o banho.

Lauren ficou apenas mexendo no celular até Camila voltar, inclusive aproveitou para tirar uma selfie e uma foto da vista com o aparelho, coisa que ela raramente fazia, mas mania que estava adquirindo da mais nova, com toda a certeza. Logo a outra saiu do banho e se arrumou, escolheu uma blusa amarela de meia manga, uma saia preta que ia até os joelhos e era bem coladinha e apenas escolheu uma sandália baixa para completar a roupa. Fez uma maquiagem leve e deixou os cabelos como estavam, porque lhe agradavam daquela maneira.

Camila realmente acreditou que o lugar era informal porque Lauren não estava se vestindo como se ela fosse ver o Papa, o que ela fazia todos os dias para ir a quase todos os lugares. Ela colocou uma blusa jeans com botões de meia manga, calça preta bem coladinha sem ser social e se ela não usasse saltos ela morria, então, saltos pretos. Ela estava com os cabelos presos em um rabo de cavalo alto e usava uma maquiagem leve também.

O restaurante também era um bar, tinha o chão de maneira, ficava ao ar livre praticamente, com exceção do que os cobria caso chovesse. A praia tinha uma vista perfeita de lá e a especialidade do local era frutos do mar e drinks, os quais não demorou absolutamente nada para Camila começar a beber vários.

- Você sabe... Tem um perfil no Twitter dedicado apenas a sua mão. – Lauren vincou a sobrancelhas encarando a esposa um tanto quanto confusa. Mordeu uma torrada gourmet que estava sobre a mesa e esperou que explicasse. – Fotos da sua mão.

- E porque as pessoas gostariam de ver fotos da minha mão? – Vincou as sobrancelhas em confusão.

Camila apenas riu baixinho, esticou a mão sobre a mesa e tocou o dorso da sua mão, arrastando a ponta dos dedos por algumas veias saltadas ali. Não tinha como culpar quem postava ou quem compartilhava, era uma mão linda, grande e chamativa, tão elegante quanto ela mesma com seus anéis e unhas sempre bem feitas.

- A sua mão é linda. – Divagou. – É uma mão caprichada.

- Isso não faz o menor sentido. – Riu negando com a cabeça e tomando um gole de seu próprio drink. Entrelaçou seus dedos quando a mineira enfiou a mão por baixo da sua.

- Tem muitos seguidores e muitos compartilhamentos. – Explicou. – Às vezes eu fico com ciúmes, mas tudo bem, todo mundo pode sonhar com o que eu tenho em casa. – Disse baixinho lançando uma piscadela.

- Ainda não entendi, mas se é algo que te agrada... – Sacodiu os ombros. – Va bene.

- Eu tenho tanta foto bonita da sua mão. – Suspirou. – Principalmente quando estão segurando algumas coisas, tipo eu.

- Você tem fetiche por mãos? – Brincou sussurrando. Encarou os olhos castanhos, ficaram ainda mais lindos com a iluminação baixa como naquele ambiente.

- Em relação a você eu tenho fetiche por absolutamente qualquer coisa. – Decretou.

- Va bene. – Riu comendo mais uma torrada, acompanhava uma pastinha de polvo e mais alguns temperos além de tomate, estava maravilhoso.

Pediram várias pequenas porções de pratos, dentre polvo, lagosta e lulas, Camila era fascinada por frutos do mar, era uma de suas comidas preferidas, motivo pelo qual não escolheram nenhum prato em especifico. Queria começar a viagem comendo o tempero maravilhoso do local, provar coisas novas e diferentes do dia a dia.

A noite não poderia ser melhor, o clima estava bom, a vista linda e a comida ainda melhor, estavam destinada as voltar no mesmo local mais uma vez. Quando gostavam de um restaurante, acabavam se tornando clientes assíduas, que iam em toda oportunidade e para não enjoarem, tinham o trato de provar um item do cardápio por vez, era bem divertido e diferente.

Lauren era um pouco mais reservada quanto desbravar o menu gastronômico da cidade, mas Camila estava sempre rodando o Rio atrás de coisas novas, pior quando Rafael estava na cidade ou quando estavam em São Paulo, os dois paravam em bares, botequins e lanchonetes para experimentar o que quer que fosse. Gravavam também bastante coisa para o canal do homem, que embora fosse mais inclinado a doces, não dispensava absolutamente nada.

Gostavam da gastronomia prática, fora dos padrões, embora trabalhassem com essas bases, pensavam que sempre tinham muito a aprender, descobrir, provar e esse era o tipo de liberdade que Camila estava completamente apaixonada. Poder fazer o que amava, da forma que amava e viver disso, era uma das melhores coisas no mundo aquela sensação.

Quando terminaram o jantar, decidiram não voltar para o hotel em seguida, a costa da praia estava bem movimentada e parecia um bom lugar para uma caminhada tranquila e assim fizeram. Camila tentou não rir quando a italiana desistiu dos saltos e surpreendentemente os tirou, iniciando a caminhada descalça.

- O que? – Perguntou ajeitando os dois sapatos na mão e estendendo a outra para segurar sua mão.

- Está ai uma coisa que eu não esperava. – Riu entrelaçando seus dedos. Aproximou-se um pouco mais deixando um selinho em seus lábios. O calçadão estava movimentado, mas estavam tão felizes que nem se importaram com os tratamentos, continuaram de mãos dadas enquanto conversavam sobre assuntos aleatórios.

- Quero entrar na água. – Camila declarou de forma espontânea, fazendo Lauren levar um susto porque não estava esperando ouvir tal coisa da mais nova, embora já estivessem caminhando sobre a areia aquela altura do campeonato.

- O que, bella? – Perguntou confusa, apenas para ver se tinha entendido direito, mas, se conhecia sua esposa, a resposta era sim, ela realmente queria entrar na água fria àquela hora da noite e com as duas sem absolutamente nenhuma roupa de banho, nenhuma toalha, nada.

- Quero entrar na água, vamos? – Lauren parou de andar.

- Você está bêbada? – Indagou percebendo que elas não tinham bebido tanto assim e que não fazia tanto sentido nesse momento ela estar alcoolizada. Camila negou com a cabeça em resposta e antes que Lauren pudesse pensar, ela já estava caminhando na direção da água e lhe puxando pela mão.

- Vem, você vai arregar ou não? – Lauren cruzou os braços e lhe encarou de forma séria, parando de andar e colocando os sapatos na areia.

- Você está me chamando de arregona? – Perguntou usando um sotaque tão fofo no "arregona" que Camila teve que lhe dar um selinho de tão derretida que ela ficou. – Alessandra me explicou que isso é uma coisa ruim. Eu estou sabendo das suas gírias já. – Declarou da forma mais séria que ela sabia, mas um brilho divertido passou pelos seus olhos que Camila sabia ler como ninguém.

- Está? – Disse de forma desafiadora, vendo a mais velha erguer uma sobrancelha.

- Estou. – Respondeu de forma firme. – Eu não vou amarelar. – Camila passou a mão nos cabelos que estavam sendo bagunçados pelo vento dando uma risada alta.

- É, vacilona? – Empurrou seu ombro de brincadeira e logo as sobrancelhas de Lauren se vincaram da mesma forma que ela sempre fazia quando estava confusa com algo.

- Não sou... Vaci... Va... Isso aí que você disse. – Camila não conseguia parar de rir.

- Você não disse que já estava sabendo das minhas gírias? Como não sabe o que é vacilona? – Lauren torceu a boca e pensou um pouco, ela sabia que já tinha ouvido essa palavra antes em algum contexto, lembrou de quanto Nicole não quis fazer alguma coisa com ela e Camila a havia chamado disso.

- Mas eu sei o que é, eu só não sei falar. – Deu de ombros de forma irritada, principalmente porque Camila não parava de rir.

- Então fala o que é, rainha do português. – Lauren fez uma expressão de desdém.

- É quando você conta com alguém pra algo e a pessoa... vac... vacilo. – Disse firme, ela tinha certeza do que ela estava falando naquele momento.

- É "vacila", meu amor. – Camila corrigiu, rindo. – E você acertou. – Se esticou para lhe dar um beijo rápido. – Vamos ou não?

- Sim, a menos que você seja uma arregona. – Passou a frente de Camila e começou a caminhar na direção da água depois de pegar os seus sapatos apenas porque não queria ser essa palavra aí que para ela era tão difícil pronunciar. Deixou seus sapatos e sua bolsa com os celulares e seus pertences que não podiam molhar em um canto, caminhando para o mar.

A mais nova seguiu seus passos largos entre risadas e Lauren pensou em desistir de tudo quando sentiu a água super gelada sobre os seus pés, mas continuou caminhando quando viu que Camila tinha um método muito mais eficiente para entrar na água gelada que era simplesmente sair correndo, aí ela não tinha para onde fugir. A temperatura estava a dois graus de ser insuportável ali dentro de tão fria, mas as coisas mudaram um pouco quando Camila se aproximou e lhe abraçou para lhe dar um beijo. Estavam super distantes das pessoas que estavam mais pelos bares e quiosques que tinha na orla, então não tinha problema fazer o que quiserem no escuro.

- Você sabe que você é doida, não sabe? – Lauren perguntou quando se separaram e Camila assentiu com um sorriso. – Está muito frio aqui.

- E você é rabugenta, mas eu não estou reclamando. – Disse de forma divertida antes de lhe dar mais um beijo e então decidiram sair da água alguns minutos depois porque, na verdade, nem tinha tanto sentido entrar ali.

- Bella, vamos voltar para o hotel? – Lauren perguntou, rezando para que a resposta fosse sim. Precisava tomar um banho quentinho, tirar o sal do cabelo e aquelas roupas molhadas o mais rápido possível.

- Sim, pelo amor de Deus. – Respondeu quase que com as mesmas necessidades de Lauren, e então não demorou mais do que alguns minutos para estarem no mesmo.

Subiram para a suíte onde elas estavam, onde Lauren foi a primeira a entrar para o banho porque ela estava jurando que ia ficar doente depois daquilo e resmungando que estava feliz de ter trazido vitaminas extras, inclusive vitamina C com zinco. Camila apenas riu e tirou sua roupa, fechando as janelas e tudo mais e entrando dentro de um roupão, precisava se aquecer enquanto não podia tomar banho.

Não gostava de fazer nenhuma piada nesses casos, estava trabalhando para resolver o problema de Lauren com a idade de uma vez por todas e não era bom ficar lembrando-a disso, embora tudo estivesse melhorando bastante por causa da terapia. Entendia que Lauren precisava de apoio e de ter a segurança de que Camila estava feliz com ela, havia escolhido se casar com ela e que a amava, então, a idade era irrelevante.

Camila estava sentada na ponta da cama rindo de algum meme besta no Twitter quando a porta do banheiro se abriu, Lauren saiu de lá com os cabelos úmidos enrolada no roupão branco. Jogou o celular de lado e se levantou, caminhando em sua direção, iria dar um beijo em sua bochecha, mas Lauren desviou usando a mão para segurar sua mandíbula de forma firme.

Quase engasgou de susto ao passo que sentiu a garganta seca com o olhar que recebeu, era sério e vidrado, suas írises estavam quase totalmente dilatadas, deixando o verde faminto em uma tonalidade linda. Abaixou a mão que estava pronta para tocar sua cintura, grudou ao lado do corpo, fazendo Lauren dar um sorrisinho de lado.

Ainda segurando seu rosto, levou a mão desocupada até o roupão e o abriu, somente o suficiente para encarar seus seios por alguns segundos antes de tocá-los com a ponta dos dedos. A mineira suspirou já sentindo o incomodo entre as pernas, principalmente quando sua mão percorreu lentamente o caminho até sua barriga e então sua bunda, apertando com força, precisou se apoiar em seu ombro para não cair.

- Começamos bem. – Disse baixo se referindo a mão em seu ombro. Negou como se realmente estivesse decepcionada. – Após o banho tem um presente na pia, vista.

Foi tudo que disse antes de soltar seu rosto e caminhar em direção ao armário, Camila andou mais do que depressa para o banheiro, bateu a porta e finalmente colocou seus olhos na caixa vermelha sobre a pia. Aproximou-se mordendo o lábio de curiosidade, tinha apenas um elástico dourado que atravessava toda a caixa e o logo dourado e em alto relevo no centro. Lauren adorava lhe dar presentes daquela marca.

Decidiu que somente abriria depois do banho, gostava da sensação da expectativa, fosse o que fosse, sabia que seria algo maravilhoso. Foi bem rápida, precisou lavar os cabelos, mas não demorou muito para secá-los parcialmente, finalizou com um óleo pós-banho que sabia que a morena adorava. Finalmente pôde parar em frente a caixa, tocou a tampa e puxou, arregalando os olhos quando viu a langerie ali dentro.

Era rendada e na cor preta, mas o que realmente chamava atenção era a cinta liga de couro, quis chorar de tesão antes mesmo de vesti-la, Lauren tinha o gosto certeiro para as coisas. Sorriu boba antes de começar a vestir, iniciou pelo sutiã, tomando algum tempo para admirar como seus seios ficaram bonitos ali dentro e então a calcinha, como sempre, o pano se perdia em sua bunda.

Quando vestiu a cintura liga por completo, precisou suspirar ao se encarar no espelho, estava linda e sendo a grande gostosa que era. Sorriu sabendo que Lauren ficaria completamente enlouquecida quando lhe visse daquela forma, mal via a hora de poder usar todas as peças que havia comprado para surpreendê-la.

Deixou os cabelos bagunçados como estavam após a secagem e colocou a mão na maçaneta para sair, mas precisou segurar mais firme quando teve a visão de sua esposa do outro lado do quarto lhe encarando como um predador. Engoliu em seco ao perceber que a italiana usava uma lingerie no mesmo estilo da sua, mas bordô, estava de pernas cruzadas sentada em um poltrona e lhe encarava com o semblante sério que só faltava lhe derreter.

- Vem aqui. – Ordenou. Respirou fundo encarando a mineira se aproximar, era incrível a vontade que tinha de desistir de todo o jogo quando lhe encarava, era excitante demais controlar aquela emoção e dar continuidade como gostava. Encarou cada detalhe a sua frente de forma calma, tomando todo tempo do mundo para observar os detalhes maravilhosos do corpo de sua esposa. – Gostou? – Encarou seu rosto.

- Sim. – Assentiu.

A mais velha sorriu de lado, satisfeita por tê-la agradado, esticou a mão e tocou sua coxa antes de puxar para o meio de suas pernas. Sorriu safada inspirando o óleo que tanto gostava, aproveitou para arrastar a mão pela parte de trás de sua coxa, passou pela cinta liga e então parou em sua bunda, onde apertou sem delicadeza.

- Ficou tão lindo em você. – Depositou um beijinho em seu quadril. – Estou tentada a não foder você hoje somente para ficar te observando. – Voltou a se escorar na poltrona se divertindo com o olhar desesperado de Camila. Não estava mais tocando seu corpo, apenas com a coxa.

- Mas...

- Está me contestando? – Arqueou uma sobrancelha.

- Não. – Negou rapidamente. – Por favor, não faz isso...

- Você está linda. – Confessou, mas em outro tom. – Posso me satisfazer a noite inteira apenas te olhando. – Explicou sacudindo os ombros como se não fosse grande coisa. Camila engoliu em seco, pois sabia que era capaz, já havia ficado noites sem gozar. – Ainda mais se te colocar de quatro na cama... – Fechou os olhos suspirando enquanto passava a ponta da língua pelos lábios. – Isso seria magnifico. – Precisou se controlar para não apertar as próprias coxas. – O que acha?

- Por favor... – Suplicou. – Eu preciso muito que você me foda a noite inteira.

- Eu vou decidir o que fazer com você. – Sorriu de lado. – Agora vire-se.

Prontamente Camila o fez, fechou os olhos sentindo as mãos habilidosas subindo por suas coxas, passaram por sua cintura e então por suas costas enquanto os lábios quentes de Lauren arrastavam por seu quadril e bunda, dando beijos na pele arrepiada. A italiana precisou de alguns minutos, encarou sua bunda e fechou os olhos antes de desferir dois tapas ali, o que quase ocasionou a queda de Camila pela fraqueza nas pernas.

- Quantas foram? – Questionou.

- D-Duas. – A mineira disse tentando se controlar. Gemeu um pouco mais alto quando bateu mais uma vez em sua bunda. – Q-quatro. – Quis poder se apoiar onde fosse, mas sabia que não tinha permissão. – ...Seis.

- Ainda estou pensando. – Disse arrastando os dedos pela fita da cinta-liga que passavam por cima de suas nádegas, sorriu ao puxa-las somente para soltar em seguida, dando um estalo na pele avermelhada. – Eu definitivamente poderia gozar somente olhando assim para sua bunda.

Camila não teve tempo de pensar, pois Lauren se levantou, segurou sua cintura e grudou o corpo ao dela, levando os lábios para seu pescoço enquanto uma mão continuava firme na cintura. Fez menção para que andasse e assim o fez, deixando ser guiada até o banheiro, parando de frente para o espelho.

A luz amarelada fazia toda a imagem ficar ainda melhor, tão linda, não aguentou levando uma das mãos até seu seio e apertando com força fazendo Camila gemer ao tempo em que revirava os olhos. Apoiou-se na pia e em consequência sua bunda ficou ainda mais grudada a intimidade da esposa, que sorriu olhando para baixo.

- Gostaria de te foder assim. – Confessou, se afastou momentaneamente, segurou seu cabelo em um rabo de cavalo e empurrou sua cintura contra sua bunda, essa que já dava leve reboladas. – Você gosta, não gosta? – Estava tão bom que Camila não respondeu, apenas assentiu. Lauren revirou os olhos voltando para a posição anterior rapidamente, o que fez a morena lhe encarar curiosa. – Eu tentei. – Confessou. – Eu tentei de tudo, mas você cisma em me desobedecer.

- Mas...

- Calada. – Disse ao mesmo tempo em que desferia um tapa em sua coxa, a fazendo gemer baixo. – Tenho outro presente. – Avisou. Abriu uma das gavetas do móvel e sorriu ao pegar o utensílio preto, era bem parecido com a cinta-liga, porém mais largo. Camila suspirou quando Lauren passou o couro sintético preto pelo seu pescoço e prendeu na parte de trás após jogar seus cabelos para os lados. – Você sabe o que é isso? – Lhe encarou pelo espelho.

- Não. – Disse baixo vendo um sorriso nos lábios avermelhados.

- Isso é uma coleira. – Respondeu simples antes de pegar outra parte na gaveta, uniu seus pulsos na parte da frente do corpo e prendeu.

Camila já não estava se aguentando, sabia que a probabilidade de lhe colocar uma venda era grande e isso só piorava o calor entre suas pernas. Lauren arrastou a mão para frente de seu corpo e voltou a segurar sua mandíbula da forma caótica de sempre, era um tesão e tanto, mas dessa vez ficando a sua frente.

Arrastou dois dedos por seus lábios e sorriu quando sua boca se abriu e sugou-os para dentro utilizando a língua para deixar tudo mais excitante. Mordeu o lábio inferior observando como a cena era muito erótica, os lábios vermelhos, seus cabelos bagunçados, os seios arrebitados por trás da renda, completamente a sua mercê.

Retirou os dedos de sua boca e desceu para tocar seu mamilo, apertando entre os dedos e iniciando uma massagem, precisou segurar sua cintura para que não caísse, a mesma jogou a cabeça para trás em um gemido sôfrego, linda. Enquanto massageava e torturava seu mamilo, se aproximou a segurando pela mandíbula de novo e fazendo lhe encarar.

- Sabe o porquê da coleira? – Sussurrou e novamente a mulher apenas negou. Subiu a outra mão e desferiu um tapa de leve em seu rosto, repetindo a pergunta.

- Não. – Disse ofegante, mais parecendo um gemido.

- Porque você é uma putinha desobediente, precisa ser adestrada. – Sussurrou com o lábio bem colado ao seu. Desceu a mão até o meio de suas pernas e arrastou sua calcinha para o lado fazendo com que a mulher gemesse sem força ao arrastar o dedo por toda extensão de sua intimidade e sentir como já estava molhada. – Vergonhoso. – Negou dramaticamente. – Eu terei que te foder a noite inteira Camila, não terá outro jeito. – Disse. – Mas ainda vamos brincar muito antes que eu lhe deixe gozar. – Piscou voltando com os dois dedos para sua boca, sentindo o calor que emanava dali. – Se você gozar sem a minha autorização, irá dormir com nosso gel preferido sem poder se tocar, só para se lembrar como é bom me desobedecer.

Camila não precisava de nada porque ela podia gozar somente com aquele tom sério e autoritário de voz, mas ela foi obrigada a se manter firme no lugar, chupando os dedos da mais velha com gosto. A troca de olhares era intensa, Lauren alternava entre encarar sua boca e seus olhos, que carregavam um tesão que Camila sabia que era capaz de deixar Lauren louca.

– Fica de quatro pra mim. – Lauren ordenou apontando para a beirada da cama, estava quase que salivando para prová-la após ter visto o quão molhada ela estava. – Sua bunda fica perfeita nessa posição. – Constatou dando um tapa estalado que fez Camila estremecer no lugar onde estava.

Lauren dedilhou suas costas até alcançar seus cabelos, onde ela segurou e pressionou para baixo, de modo que Camila precisou esticar os braços para que seu tórax encostasse no colchão. A posição deixava sua bunda ainda mais em evidência, que estava simplesmente impecável dentro da langerie que usava. A mais velha se inclinou e distribuiu uma trilha de beijos pelas suas nádegas, vendo que Camila não conseguia parar de contrair o meio das pernas e de mexer as coxas, deixando um tapa forte na região.

– Fique quieta ou eu não vou ter pena de parar tudo e mandar você ir dormir, entendeu? – Um gemido escapou pela boca de Camila.

– Sim. D-desculpe. – Respondeu de forma sôfrega, tentando manter as pernas paradas.

Aquilo excitava Lauren mais do que tudo, ela sabia que Camila era desobediente de propósito, ela aproveitava cada segundo das punições e adorava quando a mais velha ficava brava, lhe excitava também mais do que se ela fosse obediente e tudo corresse normalmente.

A italiana prosseguiu distribuindo beijos molhados pelas suas nádegas, até que se afastou um pouco e viu que Camila tentou olhar um pouco por cima do ombro. A próxima cena que viu foi a mais nova apertando os olhos com o tapa que levou na coxa.

– Não olhe para trás a menos que eu mande, Camila. – Ordenou, vendo que a outra assentiu.

– Desculpa. – Murmurou se concentrando em manter o olhar a sua frente, via apenas seus pulsos presos pelas grossas algemas de couro e sentia os toques instigantes e precisos de Lauren em sua bunda.

– Lembre-se: você não pode gozar. – Disse afastando sua calcinha para o lado e quase salivando quando viu sua lubrificação escorrer.

Camila afundou o rosto no colchão quando sentiu a boca quente de sua esposa envolver sua intimidade de forma experiente, inicialmente apenas sugando um pouco de seu líquido para prová-la e para facilitar sua movimentação ali. Camila soltou um gemido abafado e arrastado, seu corpo todo tremeu, ela precisava daqueles toques mais do que tudo naquele momento. Lauren prosseguiu, pressionou seu clitóris com a língua, estimulando o feixe de nervos com maestria, sabia que estava levando a outra ao limite em todos os sentidos possíveis.

– Lauren... – Não conseguiu evitar de gemer seu nome, estava quase inconsciente naquele momento, as sensações tomavam conta de cada nervo de seu corpo, seus punhos se contraíram, os músculos de suas costas também, ela estava completamente entregue aquele momento. – Is-isso é bom p-pra caralho... – Disse entre gemidos de forma completamente entorpecida e quis ela mesma se dar um tapa quando Lauren parou tudo e se afastou.

– Eu não deixei você falar, Camila. – A frase em um tom sério e irritado veio acompanhada de um tapa em suas coxas. – Cazzo! Por que você tem que ser tão desobediente? – Perguntou dramaticamente, Camila ouviu ela se afastar e abrir uma das gavetas. – Eu queria continuar chupando você, mas você não colabora. – Suspirou pesadamente e Camila ouviu ela se aproximar novamente. – Olha pra mim. – Ordenou, vendo que a mais nova se ajeitou um pouco para conseguir olhar por cima do ombro.

Camila só conseguiu ficar mais molhada ao ver a imagem tão séria e imponente da esposa atrás de si. Não conseguia ver o que ela tinha na mão, mas via sua respiração pesada dando evidência aos seios médios presos pelo sutiã que ela usava, os lábios vermelhos e o olhar sério sobre si.

Ela quis quebrar o contato visual para fechar os olhos quando sentiu uma das mãos de Lauren em sua intimidade, ainda não conseguia ver o que ela tinha na outra, mas encarar os olhos verdes escuros enquanto sentia seus dois dedos lhe penetrando vagarosamente era o paraíso e o inferno ao mesmo tempo. Ela mordeu o lábio inferior e não impediu gemidos baixos de escaparem, estava com medo de falar algo de novo, não queria perder a sensação maravilhosa de estar sendo fodida ainda que fosse de forma tão devagar.

Camila só então percebeu que Lauren apenas estava preparando-a quando sentiu a peça conhecida entrar em contato consigo, o vibrador duplo que elas costumavam usar para saírem de casa e Camila ser torturada silenciosamente a noite inteira através dos movimentos infames que Lauren fazia arrastando a bolinha em seu celular de acordo com a sua vontade. Ele ainda não estava ligado, mas Camila já engasgou em sentir a pressão que fazia em sua entrada e em seu clitóris.

– Está incomodando ou machucando? – Perguntou mudando completamente o tom bravo e sério para um tom preocupado por alguns segundos.

– Não, amor. – Respondeu quase dando um suspiro levemente apaixonado por ver como Lauren não hesitava em sair do personagem para se certificar de que ela estava bem, mesmo no meio de toda aquela loucura.

– Va bene. – Disse colocando sua calcinha no lugar, porque Camila estava tão lubrificada que a peça não conseguiria se segurar sozinha ali sem esse auxílio.

O corpo de Camila se contraiu involuntariamente quando Lauren ligou o aparelho após alcançar seu celular rapidamente, ela mordeu o lábio inferior com força, fazendo um esforço grande para continuar de olhos abertos lhe encarando.

– Fica de joelhos. – Ordenou depois que colocou o aparelho na frequência que queria, não era a máxima, deixava Camila no limite, ela não estava sendo super estimulada a ponto de causar um orgasmo, mas também não estava ligado na vibração mais baixa.

Camila teve muita dificuldade para sair do lugar sozinha porque cada movimento que ela fazia lhe causava mais pressão em sua intimidade e parecia que seus músculos haviam virado gelatina aquela altura, mas se esforçou ao máximo para conseguir virar e ficar se joelhos na cama, todos os seus movimentos foram captados pelo olhar verde intenso sobre si. A mineira sentou sobre suas próprias pernas porque aquela posição era mais confortável com o aparelho ali, além de lhe permitir que ela descansasse os pulsos presos sobre suas coxas.

Camila não ousou olhar para o que tinha em sua mão esquerda, ela sabia que àquela altura poderia ser punida por qualquer coisa e não iria se arriscar por algo que ela já iria descobrir em breve, portanto, manteve o olhar em seu rosto, assim como a outra fez o mesmo.

– Está bom? – Perguntou se referindo ao aparelho e já sabia a resposta devido aos gemidos que ela continuou soltando nesse meio tempo, mas gostava de ouvi-la dizer.

– S-sim. – Respondeu com um pouco de dificuldade para formular a palavra. Se surpreendeu quando a mão de Lauren tocou seu rosto de forma suave, afastando alguns fios de cabelo grudados ali. Ela tinha uma noção do que vinha em seguida, mas sempre aproveitava ao máximo os segundos de "trégua".

– Hm? Me fala. – Disse terminando de tirar seus cabelos do rosto.

– É o-o me-meu... brin-brinquedo fav-fa-favorito. – Lauren assentiu, aproximando seus rostos.

– Eu sei que é. – Concordou com um sorriso perverso. – Como se diz, Camila? – Aproximou-se ainda mais, suspirando ao ver os lábios carnudos da mineira tão perto de si. Teria beijado-a em qualquer outra situação, mas a privação e o auto controle dessas cenas servia para as duas, então não o fez.

– Obrigada. – Apressou a resposta antes que fosse punida por algo.

– Muito bom. – Respondeu e Camila entrou em um breve pânico quando Lauren subiu na cama atrás dela e sentiu as mãos da mais velha em seus ombros. – Vem aqui. – Ordenou a puxando para trás de forma que Camila logo estava apoiada em seu tronco. Lauren abaixou as alças do seu sutiã e as taças também. – Eu nem planejava fazer isso, mas você me obriga.

Disse de forma dramática, espalhando o gel pelas suas mãos antes de levá-las até os seios da mais nova, que soltou um gemido mais alto e se remexeu no lugar. Camila não parou de gemer durante todo o processo, aproveitava a sensação de estar apoiada em seu tronco e também as mãos experientes estimulando seus mamilos conforme eles ficavam milhões de vezes mais sensíveis com o gel. A mais nova também aproveitou para fechar os olhos, era difícil mantê-los abertos naquela situação.

– Está gostoso? – Perguntou ao ver a outra completamente entregue aos seus toques.

– S-si-s-sim.

– Você quer gozar? Hm? – Camila assentiu primeiro, para depois verbalizar.

– Q-quero, por... por f-favor. – Lauren depositou um beijo delicado em seu pescoço antes de responder com a voz firme:

– Não. – A mais velha tirou as mãos de si o que foi uma sensação quase que de abandono, mas logo suas mãos voltaram para suas vistas novamente e Camila ficou completamente assustada ao ver dois dedos da mão direita de Lauren completamente cheios de gel. Seu peito começou a subir e descer de desespero, sabia que Lauren não se importava que ela falasse nesses momentos, ainda mais se fosse para implorar que ela não fizesse algo.

– L-Lauren. – Chamou tentando se recompor ao máximo para falar. – Não, por favor, não! – Pediu vendo que isso não parou o caminho que ela fazia até sua calcinha, usando a outra mão para entrar na barra da mesma e tirar o vibrador momentaneamente de lá. – Por favor, por favor!

– Cala a boca. – Ordenou vendo que a outra ficou em silêncio em seguida, até os gemidos ela estava engolindo. – Isso, fica quietinha. – Instigou, vendo que Camila reprimiu um gemido alto quando seus dedos tocaram sua intimidade, espalhando o gel por ali. Por puro instinto suas mãos presas seguraram o braço da mais velha, que deu um tapa na região que estava massageando. – Em que momento eu deixei você tocar em mim? – Camila não respondeu e soltou seu braço. – Hm?

– N-não deixou... desculpa. – Respondeu vendo Lauren terminar de espalhar o gel em sua intimidade e colocar a calcinha e o vibrador no lugar. Ela se afastou bruscamente e Camila quase perdeu o equilíbrio, olhando ela voltar a gaveta onde tinha ido antes.

– Volta pra posição de antes. – Ordenou de forma séria. – Minha paciência com você já acabou. – Camila obedeceu mesmo com dificuldade, conhecia bem aquele tom e sabia que estava há dois segundos de Lauren lhe mandar dormir daquela forma e ela não iria suportar.

Lauren colocou-lhe uma venda e Camila já tinha ideia do que iria acontecer em seguida, o que só se confirmou quando ela sentiu a ardência provocante das pontas do chicote tocando a parte superior das suas costas. Não doía até porque Lauren não usava força para isso, apenas ardia e dependendo ficava marcado depois, mas Camila amava cada segundo disso.

– Conta. – Ordenou usando o instrumento mais uma vez, dessa vez em sua bunda.

– D-dois... – Sua voz era quase um gemido, mas dava para entender. Lauren salivava com a imagem de sua bunda perfeita dentro daquela langerie, empinada na sua direção e ficando vermelha com as chicotadas. – ... Oito... – Seguiu contando e tentando ao máximo não gozar.

– Por que está sendo punida? – Indagou dando-lhe uma chicotada nas coxas.

– N-nove... – Agarrou o lençol embaixo de si, cada chicotada piorava a situação de sua calcinha. – P-porque eu... Dez... caralho... – Lauren parou por alguns momentos para acariciar a pele quente e vermelha da região.

– Vamos, responda. – Instigou, se preparando para lhe bater mais uma vez.

– Porque s-sou uma v-vadia deso-d... – Seu corpo saltou quando o chicote lhe atingiu de novo. – O-onze... – De-desobediente. – Completou. – E eu mereço ser... p-punida por isso.

– Ainda bem que sabe.

- Deus... – Camila sussurrou tentando controlar a respiração, Lauren havia se afastado e foi o momento que aproveitou para continuar se controlando ao máximo. Sabia que não iria durar muito, a esposa também sabia e era esse o detalhe do jogo que deixava tudo mais interessante, ela sabia que nem todas as regras seria, logo, a punição era inevitável.

- Eu gostaria que você pudesse ver como está linda nesse momento... – Voltou a se aproximar, arrastou as mãos por sua bunda avermelhada e quente. – Fica tão gostosa nessa posição. – Camila apertou os olhos deixando um gemido longo escapar por entre os lábios ao ganhar outro tapa na coxa.

- Lauren? – Chamou.

- Diga. – Arrastou a ponta dos dedos por sua intimidade que de fato estava vergonhosa de tão molhada, literalmente escorria. Gostava como havia se tornado mais resistente ao longo dos anos, mas ainda sim conseguia leva-la ao limite.

- Por favor. – Suplicou quase se contorcendo ao sentir o aperto firme em seu nervo. A italiana suspirou lhe observando por alguns segundos, deixou um sorriso de lado nascer em seus lábios vendo como sua pele se arrepiava com seus toques. Sabia que poderia ter um orgasmo ali, apenas recebendo toda resposta do corpo da esposa.

Suspirou depositando um beijo em sua lombar antes de tocar sua intimidade e retirar o vibrador com cuidado após afastar a calcinha. Camila suspirou ao sentir o elástico da cinta liga de soltar, a mulher ainda estava em silencio, não queria perguntar e ficar uma noite sem gozar, por isso somente ficou parada esperando o próximo passo.

Lauren enrolou os dedos nos dois lados de sua calcinha e puxou para baixo, fazia de forma lenta, deixando a pele da esposa em fogo com os toques. Ajudou a retirar de seus pés, a forma delicada fazia Camila esquentar ainda mais, como se fosse a calma bem antes da tempestade. Voltou arrastando a ponta das unhas por suas pernas, na parte interna, o que era bem pior.

- Vamos. – Disse puxando seu braço com cuidado e ajudando a ficar de pé, ainda estava com a venda e não tinha como fazer movimentos sem ser guiada. – Senta. – Notou que já estava próxima a beira da cama, e assim o fez. Suspirou alto, quase um gemido quando o lençol pressionou sua intimidade, teve vontade de se esfregar ali, mas não quis duvidar da capacidade de Lauren.

A italiana demorou um pouco, mas se aproximou de volta, dessa vez por trás, passou um braço por sua cintura de forma com que ficasse grudada ao seu corpo, logo sentou as coxas ao redor do seu quadril. Tentou fechar as pernas, mas ganhou um tapa leve em seu clitóris ocasionando um gemido tão alto que mais parecia um grito.

- Abre as pernas. – Sussurrou em seu ouvido já com uma das mãos em seus seio, torturando da melhor forma que poderia fazer. Fez imediatamente, sentindo a perna da outra sobre as suas, de forma com que não conseguiria fechar. – Se você fechar as pernas... – Mordeu seu pescoço. – Você vai dormir do jeito que está. – Disse com o tom sério.

A mineira apenas assentindo após engolir em seco, pensar em dormir daquela forma poderia se comparar ao pesadelo, parecia que seu clitóris estava a ponto de explodir de tão excitada que estava. A situação só piorou quando Lauren arrastou a ponta dos dedos sobre o nervo, o problema era que estava repleto de gel, fazendo-a dar um pulo e arquear as costas gemendo como uma louca.

Lauren não tocou ali diretamente, com o indicador e o dedo do meio massageou a área ao redor do nervoso e aproveitou para espreme-lo com cuidado sentindo a quentura e a força que a esposa estava fazendo para se manter inteira. Puxou os dedos para cima trazendo a pele de sua intimidade e assim deixando seu nervo ainda mais exposto ao vento e ao efeito do gel.

- Por que você está tão molhada? – Perguntou subindo a mão por sua garganta e segurando sua mandíbula ao não receber uma resposta. – Você pediu. – Camila gemeu ao levar um tapinha na intimidade, tentando desesperadamente se aliviar. – Por que está tão molhada? – Repetiu.

- Po-porque você me f-fode bem. – Disse entre suspiros.

- Só quem pode te foder assim? – Seu tom era calmo, da mesma forma que os movimentos em sua intimidade. Se aproximou de sua entrada e brincou ali por algum tempo com apenas um dedo, fazendo Camila suspirar.

- Você. - Balançou a cabeça. – Só você. – Lauren sorriu satisfeita, preparou para penetra-la com o anelar e o dedo do meio, mas antes retirou sua venda de forma rápida e abrupta, fazendo seus cabelos es espalharem ainda mais pelo seu tronco e seus olhos se apertarem por causa da claridade inesperada.

- Abre os olhos. – Mandou. Logo a íris castanha estava ali, mesmo que fazendo muito esforço para não fechá-los. – Até quanto você contou enquanto eu batia na sua bunda? – Lhe encarou como dava.

- Onze.

- Ótimo. – Sorriu. Desceu a mão de seu seio para sua intimidade e sem aviso prévio penetrou com dois dedos de forma vagarosa, fazendo a jogar a cabeça para trás. – Olha pra baixo. – Ordenou. – Nós vamos contar novamente.

- Lauren... – Choramingou.

- E se você errar, nós iremos começar novamente. – Avisou. Camila engoliu em seco olhando para o meio de suas pernas, uma das mãos de Lauren entrava e saia lentamente enquanto a outra estava sobre seu clitóris, mas quase gozou quando levou o primeiro tapa de leve em sua intimidade.

- Um. – Sussurrou.

- Olha, amor... – Deixou que visse seus dedos entrando em si e saindo completamente melados. – Como você me recebe, tão quente... – Lauren fechou os olhos tentando se controlar, mesmo que fosse muito difícil. – Agora nós vamos contar até onze e você vai poder gozar. – Beijou seu ombro e então lhe deu mais um tapa.

Camila quis muito se segurar, mas não aguentou, quando o tapa lhe acertou, um choque sem tamanho percorreu todo seu ser, principalmente seu ventre, fazendo com que explodisse em um orgasmo intenso e longo. Lauren teve que segurá-la de tanto que ela se contorcia, mantendo-a na mesma posição até que os espasmos passassem. A imagem era maravilhosa, mas melhor ainda seria o castigo que ela iria receber depois.

- Amor... – Camila chamou entre arfadas pesadas, quando se recuperou do orgasmo. Percebeu o que tinha feito e notou que estava extremamente fodida, fechou as mãos em punho quando notou que Lauren ainda não havia parado de lhe acariciar e nem de lhe estocar, claro que tudo feito bem mais lentamente porque ela tinha acabado de gozar e ainda estava muito sensível. – L-lauren... – Tentou chamar mais uma vez, vendo que a outra abaixou a cabeça e lhe deu alguns beijos no pescoço. – D-desculpa, por favor...

- Shh. – Disse vendo que Camila se calou imediatamente. – Fica quieta. – A mais nova obedeceu, não estava em posição de lhe desobedecer em sentindo algum e gemia baixo pelas estocadas lentas que recebia, estavam lhe causando sensações tão gostosas que ela chegou a soltar o seu peso em cima do tronco de Lauren novamente, que levou a outra mão ao seu seio e começou a massageá-lo, instigando-a de todas as formas possíveis. – Vou soltar você. – Anunciou, parando de estocá-la por completo. Camila choramingou, queria que ela continuasse porque já se sentia excitada novamente. – Você vai me chupar até eu gozar e depois você vai dormir exatamente como está. – A mais nova arregalou os olhos.

- Amor, não! Por favor! – Pediu esfregando as coxas uma contra a outra, quando levou um tapa no local que a fez separar as pernas. – Lauren, por favor.

- Eu disse não, você vai dormir assim e ponto final. – Respondeu séria, se levantando e se desvencilhando de seu corpo para ir até a cômoda pegar as chaves das algemas. – Não pode encostar em mim.

- Por quê? Por favor? Deixa? – Camila pediu, sabendo que ela provavelmente não iria negar, sabia que a mais velha deveria estar explodindo e estava muito gostosa dentro daquela langerie, chegou a suspirar olhando. Todas as privações eram ruins na medida que eram boas, mas não poder tocar a pele macia de sua esposa era pura maldade e Lauren já havia feito isso milhares de vezes.

Lauren largou o que ela segurava em cima da cômoda e se aproximou, vendo que Camila se ajeitou encostada nos travesseiros, tendo sua mandíbula segurada com força pela mais velha e os olhos verdes faiscando de tesão sobre si. A mais nova pensou em segurar o braço dela para reforçar o pedido, mas se conteve em manter os olhos nos seus e ver o que a mais velha ia falar.

- Por que eu deveria? – Disse séria, Camila via as sobrancelhas grossas torcidas em puro sadismo em vê-la implorando por algo tão simples.

- Porque eu sei o quanto você fica excitada quando eu desobedeço a você, amor. – Disse no tom mais sexy que ela conseguia. – Hm? – Indagou juntando as próprias pernas discretamente quando Lauren a apertou ainda mais. – Deixa? – Lauren deu um tapa fraco em seu rosto antes de assentir, o que fez com o que Camila suspirasse.

- Abre as pernas. – Camila obedeceu imediatamente, não sabia o que era, mas sabia que estava na merda e que amava cada segundo disso. Lauren mexeu na mala e voltou com um outro tipo de vibrador, um que também estimulava sua entrada e seu clitóris, mas não era controlado pelo aplicativo de celular e sim manualmente. Camila apertou os olhos com força quando sentiu o aparelho entrar em contato com a sua intimidade, recebendo um tapa na coxa. – Olha pra mim. Você vai ajoelhar, vai me chupar e não vai gozar. Se me desobedecer, vou pegar o chicote de novo e você vai contar muito além do onze, entendeu? – A mineira assentiu em desespero, sabia que a italiana não estava brincando. Vendo Camila ter um pouco de dificuldade de se levantar por causa das algemas, Lauren a auxiliou segurando suas mãos para que ela levantasse. No meio do caminho, a italiana decidiu que era uma ótima ideia simplesmente não soltar as suas algemas, assim seria mais fácil saber aonde estavam as suas mãos durante o processo.

Camila ajoelhou-se no chão, ficando com o rosto bem na altura de seu quadril. A mais velha soltou a própria cinta e deixou em um canto, no chão, mas não mexeu na própria calcinha, deixou que Camila a tirasse, ainda que com um pouco de dificuldade por causa das mãos presas. Tentando ignorar o seu próprio desespero pelo que acontecia no meio de suas pernas, a mais nova salivou ao ver sua calcinha preta e a parte de dentro das coxas de sua esposa completamente meladas, não hesitando em lamber e distribuir beijos pela região antes de começar a abaixar sua calcinha com dificuldade.

Ouviu os gemidos baixos da outra quando começou a sugar seu clitóris primeiro de leve, depois aplicando pressão quando sentiu a mão de Lauren segurar seus cabelos sem nenhuma delicadeza, o que era maravilhoso. Segurou suas coxas quando as pernas da italiana começaram a tremer e Lauren foi obrigada a se sentar na beirada da cama, porque sentia que não iria mais conseguir se aguentar em pé por muito tempo e nem sentada ela ficou, acabou colocando as costas contra o colchão sem soltar os cabelos de sua esposa. Sua boca quente lhe chupando com maestria era a melhor coisa do mundo e, quando teve seu orgasmo, ela passou uns bons minutos deitada se recuperando sentindo a mais nova dar beijos suaves na sua barriga e nas suas coxas.

Depois disso, Lauren ordenou que Camila fosse para cima da cama novamente, tirou o vibrador do meio de suas pernas e a mais nova obedeceu, ficando por ali enquanto via a esposa recolher as coisas do chão e levar o que precisava ser lavado e guardado para o banheiro. A italiana saiu do banheiro não muito tempo depois, tinha colocado um roupão e guardou tudo de volta das gavetas onde tinha retirado. Camila ficou deitada na cama fazendo cara de cachorro sem dono, o que não adiantou muito, a italiana estava irredutível. Depois de aumentar o ar condicionado, Lauren soltou os pulsos da mineira e deu um beijinho suave em cada um antes de lhe estender a mão.

- Vou tomar banho, quer também? – A mais nova negou com a cabeça e Lauren continuou com a mão estendida. – Você vai vir comigo para o banheiro de qualquer jeito, tenho que ficar de olho. – Camila não respondeu, apenas a seguiu, sempre ficava meio emburrada quando Lauren não lhe deixava gozar, a pressão era insuportável e saber que a outra não iria aliviar a deixava de mau humor. Não que Lauren desse a mínima, ela achava até bonitinho o bico que ficava em sua boca, mas não admitiria isso nunca. – Toma, veste isso. – A mais velha lhe ofereceu um roupão limpo e Camila vestiu de má vontade, ficando sentada na beirada da banheira enquanto a outra tomava banho. Lauren saiu do banho e se enrolou em uma toalha. – Olha pra mim. – A outra chamou e Camila se assustou quando Lauren lhe roubou um selinho. – Não tenho medo de bico, só pra constar.

A mineira viu Lauren sair do banheiro querendo jogar-lhe um vidro daquele de shampoo na cabeça, sabia o quanto ela se divertia naqueles momentos. Acabou por sair do banheiro junto e largou o roupão em qualquer canto, se enfiando debaixo do edredom pesado da cama onde elas iriam dormir. Lauren vestiu um pijama e logo veio se deitar também, apagando as luzes.

- Sai. – Murmurou mal-humorada quando Lauren veio abraçá-la, ouviu sua risada baixa e então sentiu seu corpo se afastar, a mais velha lhe desejou boa noite e ficou quietinha no seu lado na cama.

Camila não podia acreditar que aquilo estava acontecendo que ela foi tão burra ao ponto de se deixar levar tanto que teve de desobedecê-la. Sabia que não podia e não iria tentar absolutamente nada no meio da noite, Lauren tinha um sono super leve e dormia pouco, era muito arriscado fazer algo do tipo, ela geralmente obedecia e depois de um tempo acabava dormindo naquele estado deplorável até o dia seguinte.

Mas naquele dia estava impossível dormir, ela acabava se remexendo às vezes, chegou a cogitar ir ao banheiro e acabar com aquilo logo, mas iria estragar a brincadeira das duas, então preferiu ficar ali sofrendo, rezando para o dia amanhecer logo e Lauren decidir fazer alguma coisa.

- Bella. – Lauren chamou em um determinado momento após Camila virar de costas novamente. Toda a sua inquietação não havia deixado a mais velha dormir. – Bella, vem cá. – A mais nova não sabia o que era que a outra queria, estava tudo escuro e teve que ir tateando para lhe encontrar, mas não ia mais manter a pose emburrada se pelo menos ela poderia passar por aquela tortura abraçadinha com a outra. – Está ruim pra dormir?

- Está, amor. – Respondeu sem tentar ser manhosa nem nada, ela estava falando sério.

- Me mostra o quanto. – Pediu com a voz suave e Camila encontrou sua mão no meio das cobertas e afastou as pernas, levando até elas. – Cazzo. – Lauren disse ao encontrar sua intimidade completamente melada, se enfiando debaixo do edredom. – Vou deixar você gozar. – Falou puxando as coxas dela para perto de si e dando alguns beijos no pé de sua barriga. Camila estava a ponto de se desfazer com aqueles toques. – Mas aproveite. Não é todo o dia que sou razoável assim. – Murmurou lambendo todo o líquido que havia escorrido pelas suas coxas. – Como se diz?

- Obrigada. – Foi a única coisa que Camila conseguiu pronunciar antes de Lauren abaixar a cabeça e tomá-la em sua boca, onde permaneceu até que ela tivesse tido um orgasmo tão forte que mal conseguia se mexer.


AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA QUASE QUE A CAMILA DANÇOU MAS A POBRE SE COMPADECEU DA COITADA

COMENTEM O QUE VOCES ACHARAM DESSA PORRAAAAAAAA

VOU SER BREVE HOJE TO COM PACIENCIA DE FICAR ME ENROLANDO NÃO

sigam a outra autora, a bruna, no wattpad @ camilacinica e no tt @ claytonpoppins

QUEM QUISER ME VER RECLAMAR DA VIDA OU PASSAR VERGONHA O TT É @ LMJGABX

CANTEM A MÚSICA QUE VOCÊS QUISEREM E SE EU SOUBER NOS COMMENTS EU RESPONDO A LETRA 

OBRIGADA POR ACOMPANHAREM ESSA PORRAAAAAAA

ATÉ SABADO QUE VEM CARAIO

BEIJO DE LUZ NA BOCETA


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