Greta Stewart é uma jovem de dezessete anos , com uma vida simples e boas notas , mas tudo muda quando a mãe falece.
Sem nada que os prenda na vizinhança, ela e o pai se mudam para Methuen ; uma pequena cidade em Massachusetts ; onde Greta é acolhi...
— Sean ? — toquei em seu rosto dormente, confirmando se ele estava mesmo em um sono muito profundo. Não se mexeu. Eu analisei a forma como os cílios, injustamente cheios cobriam os olhos, e fiquei observando-o por alguns minutos. Grunhi . Eu não queria ter que pensar em acordá-lo para ir embora , mas eu duvidava muito que ele estaria de bom humor se eu fizesse o contrário. Além do mais, eu tinha medo de que a mãe dele entrasse no quarto e nos visse. Ela estava prestes à acordar. Eu podia sentir. — Sean , acorda ! — Sean soltou um baixo murmúrio, e eu continuei cutucando o seu rosto . Por um momento , eu notei como os fios castanhos da sua testa se roçavam contra a minha mão. — A sua mãe vai acordar...
— Sean ! — chamei novamente, sem nenhuma resposta. Puxei com força os cabelos dele , fazendo a sua cabeça cair novamente contra o travesseiro. Nada.
Eu me remexi no amontoado de lençóis em que ele estava dormindo, com impaciência. Esperei alguns segundos pela sorte ou pela boa vontade, mas nenhuma veio.
"Okey...Você não me dá outra opção" — eu sussurrei, me ajoelhando em frente à ele. Ergui a minha mão acima da cabeça, e apertei os olhos, antes de colocar toda a minha força em direção ao seu rosto.
Como instantâneo , o corpo dele saltou , me fazendo tapar a boca . Sean abriu os olhos azuis confusamente, e me olhou, puxando o ar ao redor.
— Achei que estava caindo — ele disse, sacodindo a cabeça. Eu tinha acabado de dar um tapa em seu rosto , literalmente.
— Me desculpe por isso — falei envergonhada, enrolando os meus dedos sobre o tecido de sua camisa , que vestia o meu corpo. — Eu não queria me atrasar para a escola...Tenho mesmo que ir.
Sean me analisou por alguns segundos , e suspirou antes de concordar com a cabeça. Suas mãos apertaram em torno dos meus tornozelos, e ele levantou-se calmamente. O toque me fez abafar um gemido.
— Não consegui sair pela porta — eu admiti, observando enquanto ele caminhava de costas para mim.
Pensei que vi um fragmento de sorriso vindo dele, de relance, mas nada mais foi dito ; exceto quando nos dez segundos seguintes, ele me prometeu que estaríamos na mansão à tempo. Aquele foi um tom de voz assustadoramente confortável, e eu fiquei satisfeita por ter conseguido sair dali à tempo.
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Ir ao colégio aquela manhã era um aglomerado de palavras que eu não conseguia juntar. A palavra mais aceitável para definir como eu estava me sentindo — inquieta.
Acordei na cama do mesmo garoto que beijei, e dormi tranquilamente com as roupas dele. Talvez eu o tivesse observado antes de deitar. Talvez eu gostasse da maneira como os lençóis carregavam o seu cheiro. Porque eu não conseguia tirar da minha cabeça o fato de que acordamos juntos? Saímos cedo o suficiente para não correr o risco de um novo encontro com sua mãe, e Sean me viu no mais pleno estado de frenesi da manha, mas não disse nada. Contei apenas uma vez em que ele falou, e gravei as palavras na minha cabeça. "Tenha um bom dia. Hmm...Tenha cuidado."
