Capítulo 77

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— Desculpe — ri e murmurei por quase a terceira vez, quando giramos a maçaneta de uma porta e um casal estava quase nu lá dentro. Disparamos pelo corredor, minhas mãos em seu pescoço, e Sean xingou em alívio quando entramos em um quarto vazio.

Fechamos a porta com força. Eu me apoiei contra ela, encarando seu rosto acima do meu.

— Eu devia ter falado com Niall para nos reservar um quarto — ele roçou seus lábios contra minha bochecha, ainda ofegante.

— Niall está muito louco, todos estão — eu sorri.

Embora nós também estivéssemos. Eu podia sentir pequenos rodopios causados pela tequila em nossas respirações se misturando, aquilo me atraía.

— Você realmente quer ficar aqui, Gray ? — Sean me perguntou.

— Eu não gostaria de sair pela neve lá fora nesse momento — respondi.

— Não sei se gosto da idéia...De estar com você num quarto onde outras pessoas também estavam.

— Eu aprecio a idéia de que isso não importa nada porque quero estar onde você estiver — eu coloquei as minhas mãos em seu rosto, direcionando minha voz ao seu ouvido. Sean estremeceu com o toque. Suas mãos pressionaram minhas coxas e me ergueram, eu me enrolei nele.

Nossos corpos estavam quase suados. A luminária daquele pequeno quarto era tão fraca que parecia um ponto em comparação com a luz do luar, o vento gélido escorria pela única janela.

Murmurei seu nome baixinho. Tão suave , tão...Desesperador, que me assustou. — Quando me falou sobre corações de ferro pela primeira vez — eu dizia. — Você me fez uma pergunta...Que eu não esqueci.

— E qual foi a pergunta ?

— Bem, você me perguntou se eu queria saber o que você estava pensando — lembranças daquele dia meses antes choveram pela minha cabeça. — E eu nunca pude responder...Que eu queria.

Sean usou uma das mãos para afogar o meu cabelo. Eu enrolei as minhas pernas ao redor dele, mais forte, quando as mesmas mãos guiaram os meus quadris.

— O que você quer, Greta ?

Tortura. Ele estava nos torturando. Emiti um som baixinho com a língua.

— Eu preciso que você me diga — ele sorriu comigo. — Estou acostumado com o teu silêncio, mas só uma vez...Eu preciso ouvir você.

O silêncio foi o que nos manteve distantes por tempos. E eu gostava do silêncio, mais que quase tudo.

Mas eu queria ele ali, e as frações que restaram da minha insegurança foram embora quando eu disse com todas as palavras. "Quero você dentro de mim".

Eu sabia que era um passo que jamais tinha dado, com nenhuma outra pessoa. Mas ele já havia visto um lado meu que nem eu mesma sabia que existia. Sean me fazia sentir coisas que me assustavam, me fazia sentir...Viva. Não consegui pensar que não era a primeira vez para ele. Não, era a primeira vez com nós.

Suas pernas bateram na madeira da cama enquanto eu me esfregava contra ele, mais e mais, e caímos sobre o colchão. Ele estava enlouquecendo, e o fato que eu estava causando aquilo me fez enlouquecer junto. Um emaranhado de mãos que já não conseguia distinguir se eram minhas ou dele fizeram o trabalho de remover as roupas, e Sean me olhou com o mesmo brilho daquela noite em que estávamos tão perto ; quando puxou minha calcinha para baixo. Por um segundo tive vergonha, por um segundo quis me cobrir, mas não com aqueles olhos. Não quando coloquei minhas mãos nele, em seu membro ereto, e o ajudei a pôr o preservativo. — Este negócio é esquisito — ele riu, desengonçado. Não sabia quando é que ele tinha pegado aquilo, e não me importei quando me enrolei nele. Sean caiu por cima de mim e os lençóis roçaram os corpos nus.

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