Capítulo 40 - II

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— Cuidado — falei, observando os seus cabelos castanhos voando com o vento. — Você pode cair !

— Não vou cair ! — Sean olhou para trás , e logo ergueu-me a sua mão. — Vem , senta aqui !

Cuidadosamente, sentei ao seu lado no telhado . Havia uma varanda logo embaixo, onde podíamos ver toda a propiedade. Nunca estive naquela parte da cobertura, e olhando daquela forma, era bastante bonito. Eu não costumo ver as estrelas de um lugar tão alto — eu segurei em meus joelhos. Lá embaixo, na grama, folhas eram arrastadas, de maneira que nos cobriria se estivéssemos deitados.

Não acredito que nunca pensou em subir aqui , Greta ouvi-lo dizer o meu nome era bom, e mais que tudo, vê-lo sorrir era fantástico. Você pode ver muito melhor daqui.

A Sra Hansen não iria gostar se nos visse aqui eu sacodi a cabeça, e lentamente, deitei. Não sabia se era totalmente seguro, mas as minhas costas ansiavam por relaxarem. Sean fez o mesmo, e ficamos observando o céu azul Eu e Bethany brigamos cortei o silêncio, e virei o rosto para ele.

Eu sei seus olhos piscaram. É claro que ele sabia. Ela me falou sobre declarou, tocando a ponta da minha trança. Seus dedos brincaram com o cabelo um pouco maior. Tive que ouvir ela xingar você por um bom tempo.

O pensamento sobre Sean ouvindo Beth xingar-me não era muito amistoso. Suspirei intensamente.

Eu estava errada, e agora ela me odeia . Eu fiz os seus pais desconfiarem de nós.

— Ela não odeia você . Apenas está magoada .

A brisa do vento levou a minha saia, mas não o suficiente para levantá-la . Mordisquei o lábio inferior e imaginei que ele estivesse certo. Eu esperava que sim.

— Sabe, aquela noite, na festa da Elsie ? — a voz dele me tirou dos meus pensamentos, e eu o encarei. Fiz que sim. Cada detalhe ainda estava guardado num pedaço da minha mente. — Não foi por ela.

Franzi as minhas sobrancelhas, e ri um pouco. "O quê ?"

— O beijo. Não foi para esquecê-la — ele disse, e os meus lábios lentamente se abriram.

— Então por que não disse nada?

Sean passou os dedos entre os cabelos castanhos, e umedeceu os lábios. — Honestamente, eu não sei. Talvez eu não quisesse admitir que tivesse sentido algo por uma garota...Outra vez.

Aquilo entrou como um trem em uma estação, e tudo o que me vinha na cabeça eram os meus pensamentos inseguros. Por algum motivo, fiquei irritada com ele. — Tem idéia de como me senti ? — questionei, rispidamente. — Eu...Eu me senti rejeitada e pensei o tempo todo sobre.

— Não é como se eu não me sentisse diferente — rebateu ele, e eu quis gritar e batê-lo. Ele jamais se sentiria como eu.

— Não, você não pode me dizer isso !

— Você preferia não saber ? — seu tom era rebelde. Sentei-me e encarei a vista, e senti ele fazer o mesmo ao meu lado. Eu não tinha certeza se preferia não saber, mas eu queria poder ter sabido antes. — Ei, me desculpe.

— Não...Não é culpa sua — eu me encolhi. — Nós dois fomos estúpidos.

— Mas eu tenho uma parcela maior de estupidez por fazer você se sentir assim — seus olhos azuis me analisaram profundamente, e eu abracei os meus joelhos. — Quando te vi com o Roy , na Taverna, achei mesmo que tivesse perdido a pouca proximidade que tinha com você — seus ombros não tinham nenhum sinal de rigidez, mas ele deliberava um tom sombrio em algum lugar da sua voz.

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