Se passava das 03:00 da manhã quando olhei para a vista de cima do shopping, ouvia tiros.
-Quietos! -Gritei e todos pararam de falar, o silêncio reinou e então pude ouvir tiros e gritos. -Merda, estão no estádio.
-Eles pegaram a Elisa. -Olhei para Bruno que afastou um passo pelo meu olhar.
-Ela contou onde estamos... vamos, cada um pega suas coisas, temos que seguir até o estádio. Se aconteceu alguma coisa com a minha irmã, nossa aliança já era e eu irei caçar a sua mulher.
Ameacei Bruno e peguei minhas coisas colocando nos coldres, meu corpo reclamava de dor me fazendo gemer antes de descer as escadas.
-Ei, espera. -Rafa me segurou e eu me soltei. -Não temos um plano, não podemos chegar lá e acabar matando os nossos.
-Eles sabem que quando acontece algum ataque tem que usar a cor vermelha, para isso não acontecer.
-Continua ferida, está com raiva e isso pode apenas prejudicar... -Matheus disse e eu suspirei.
-Vamos ficar aqui batendo papo ou acabar logo com isso? Ou vocês vem comigo ou irei sozinha.
Disse e voltei a descer as escadas, atirei com as colts para deixar a scar e a escopeta para mais tarde, não podíamos desperdiçar munições.
Corri pelo shopping matando os zumbis que apareceram, todos estavam atrás de mim e eu vi dois voláteis em minha frente e na passagem, guardei minhas armas pegando a escopeta.
Corri assim como eles e atirei na cabeça de um me escorregando de joelho e desviando do outro, atirei em sua cabeça e me levantei.
-Ela é melhor ainda quando está preocupada e com raiva. -Ouvi Leandro.
-Sim, mas isso pode causar sérios problemas dependendo da situação. -Rafa disse e ouvi Matheus concordar.
-Fernando vem comigo, Matheus leva Angel e o restante de sniper para o prédio na parte de trás do estádio, vamos torcer para que estejam nos fundos.
Disse e entramos, acelerei saíndo dali e seguindo o mais rápido possível em direção a nossa casa.
-Qual é o plano? -Fernando perguntou e eu o olhei.
-Chegar atirando. -Disse dando de ombros. -Você vai atrás de Gaby e a protege com a sua vida. -Ele acenou e eu olhei para a entrada do estádio vendo o veículo que pegamos mais cedo.
-Estamos em posição, estão só na parte de trás.
Angel disse e eu respirei fundo agradecendo por meu carro estar seguro dentro do estádio. Olhei para Fernando e ele acenou preparando a arma, mudei a marcha acelerando.
Ele começou a atirar enquanto eu dirigia, abriram os portões e entramos, assim que o carro de Rafa e Matheus passaram eles voltaram a trancar, parei o carro na frente para ter uma cobertura e saímos.
-Tudo bem? -Perguntei e ele acenou. -Vai atrás da minha irmã. -Pedi e ele correu para dentro. -Todos em posição, não vamos deixar que hostis roubem nosso lar, quero que atirem e cubram um ao outro.
Disse alto e olhei para Matheus, ele correu para o meu lado e Rafa do meu outro lado.
-Eles estão rondando para depois invadirem. -Rafa disse.
-Estudando um jeito de vencerem. -Matheus completou e eu respirei fundo me sentando. -Tomem cuidado com os pés.
Estava atrás do pneu, então isso não servia para mim, as dores estavam me fazendo fechar os olhos para não gritar.
-Ei, tudo bem? -Rafa segurou meu rosto.
-Levanta a camiseta. -Matheus mandou fazendo nós dois o olhar. -Até parece que eu nunca vi, anda logo. -Revirei os olhos e levantei a camiseta gemendo em seguida.
-Meu Deus, estão piores do que quando chegamos em São Paulo. -Rafa disse e arfei quando apertou minha costela. -Está com pelo menos três costelas quebradas, graças ao muro que derrubou.
-Não gostava daquele muro. -Brinquei e fechei o sorriso quando os dois continuaram sérios. -Estou bem.
-Não diga que está, sabemos que não, tenta fazer o menos esforço possível. -Matheus implorou e eu acenei revirando os olhos.
-Estão atacando. -Gritaram e começaram a atirar.
-Fernando, onde está a minha irmã? -Perguntei pelo rádio.
-No momento, trancada em um banheiro, ela queria sair também.
-Mande alguém a vigiar e venha ajudar. -Pedi e comecei a atirar sem parar.
Não sabia quantos eram, não sabia quantos havia matado, mas zumbis estavam invadindo já que o portão estava caído no chão.
-Atirem nos zumbis! -Fernando gritou no carro de trás.
Atirei em alguns e corri para o camburão de polícia que nem sabia que tinha, recarreguei minha arma e gemi quando puxaram meu pé, arfei por causa de minhas costelas quebradas e atirei no zumbi ficando surda por minutos eternos.
-Ei, olha para mim. -Rafa me puxou e eu o olhei.
-Estou quase surda e não cega. -Gemi segurando em minhas costelas. -Como está o placar?
-Ganhando, eles estão em poucos e são muito bons com as armas.
-Isso não é bom, o que acha que podemos fazer? -Perguntei e vi Viny sendo encurralado por zumbis.
Comecei a atirar e andar em sua direção, corri quando as balas do pente acabaram.
Penetrei a faca que estava na ponta da arma na cabeça do último o jogando no chão e me desequilibrando quase caindo, Viny me segurou.
-Obrigado. -Disse me olhando e eu dei um sorriso.
-Encontro amanhã às 18:00. -Disse e ele sorriu me fazendo corar, me virei e apertei minha costela. -É possível que eu durma durante um ano?
-Isso é impossível. -Thomas se aproximou e suspirei olhando em volta. -Acabou...
-Sim, vencemos. -Falei e ele me abraçou de lado. -Angel, acabou.
-Sou a única que sobrou, todos morreram aqui em cima, no total de cinco.
-Eles sabiam onde você estava. -Digo e então um disparo me faz a olhar, vejo o exato momento em que Angel cai para trás fazendo meu mundo desabar, minha respiração ficar presa e meu coração falhar uma batida. -Não! -Grito alto com a dor e lanço a faca que estava em minha bota na testa do cara que atirou. -Angel fala comigo, diz que está bem.
Imploro no rádio e quando não ouço sua resposta meu mundo cai.
OMG
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The Diary
Science FictionUma garota sozinha no mundo depois de uma epidemia, um verdadeiro apocalipse zumbi. Ela terá que aprender a sobreviver, lutar e que nem todos os sobreviventes são bons e confiáveis. A única coisa que te tira da solidão é o seu diário que ela tem cer...