Uma garota sozinha no mundo depois de uma epidemia, um verdadeiro apocalipse zumbi.
Ela terá que aprender a sobreviver, lutar e que nem todos os sobreviventes são bons e confiáveis.
A única coisa que te tira da solidão é o seu diário que ela tem cer...
"Deve se perguntar quando que eu escrevo, ou não, sei lá o que você pensa, mas irei dizer que normalmente escrevo antes de dormir, conto tudo detalhadamente, tudo o que passei e enfrentei naquele dia ou nos dias que não escrevi. Mas prosseguindo."
Parei em um posto de polícia, me lembrava dali, morava perto em um bairro, iria para lá e procurar um lugar para ficar, mas primeiro tinha que procurar por uma mochila e armas.
Entrei no posto que não era tão grande, não se tinha ninguém lá. Fui para uma sala onde tinha alguns armários, abri cada um pegando uma mochila que encontrei, peguei roupas e também outro boné que são os meus companheiros.
Em outra sala vi um armário de armas, olhei bem vendo apenas dois pentes de munição, coloquei um e guardei o outro. Abaixei atrás de uma mesa quando escutei barulho de carro.
-Deve ter alguém aqui, olha a moto. -Um falou e eu tampei minha boca com minha mão.
-Deve ter abandonado, está quase sem gasolina.
-Pega ela, vamos levar para o acampamento. -Uma voz grossa disse e me arrepei, logo tudo ficou em silêncio, gritei quando puxaram o meu cabelo. -Olha o que eu achei. -Tentei pegar minha arma, mas minhas mãos ficaram presas em minhas costas.
-Vamos levá-la. -Um quarto homem disse me arrastando para fora.
-Me solta! -Gritei e me deu um tapa no rosto, gemi. -Desgraçado!
-Que boquinha suja, terei que lavar com sabão. -Sorriu e vi um dentro do carro, eu o conhecia de algum lugar, ele me olhou também me reconhecendo.
Pisei no pé do que estava me segurando e saí correndo, eles vieram atrás de mim, dois correndo e os outros na camionete.
Corri o mais rápido que eu consegui e cheguei no retorno da cidade, fui para a direita que entrava no bairro, o carro parou em minha frente me fazendo o olhar quando parou, corri e pulei pelo capô continuando a correr.
-Ela é da onde? Da CIA? -Gritaram e fui para a esquerda descendo uma rua, passei pela casa onde morava e pela sorveteria que virou um bar, virei para a direita e segui em frente.
-Peguem ela! -Gritaram ao longe e tentei respirar, não podia parar.
Desci a rua desviando dos zumbis e vi a escola onde eu estudava, o portão da quadra estava aberto então eu entrei e depois para a esquerda entrando na escola, me abaixei dentro do banheiro masculino.
Fiquei quieta tentando controlar minha respiração, minha arma caiu quando me pegaram e estava sem nada. Saí do banheiro não vendo ninguém, quando fui me virar um zumbi pulou em cima de mim, gemi quando quase me mordeu e fiquei com a mão em sua garganta.
Meus dedos penetraram em sua pele e o sangue caiu em cima de mim, vi os caras entrando pelo portão e eles pararam para me ver, ficaram apenas me olhando. Se achavam que iria morrer daquele jeito, estavam muito enganados.
-Quer ajuda? -Gritou e vi que só tinha dois, onde estavam os outros?
Olhei para o zumbi que estava fedendo, eu fiz a mesma coisa que já havia feito, o ergui e coloquei meus pés nos ossos de seu quadril e com um impulso e força o joguei para trás de mim.
Me levantei saíndo correndo e indo para a esquerda, parei assim que vi o tanto de zumbis, olhei para trás e os caras deram seus sorrisos vendo que estava presa. Ok, tinha que dar uma de louca ou era isso ou iria ser pega.
Respirei fundo e comecei a correr na direção dos zumbis, não estavam aglomerados o que facilitou, empurrei alguns que caíram por cima de outros, consegui sair e corri para o pátio vendo os dois do outro lado, eles estavam dando risadas.
Pulei por cima das mesas e saí pelo portão, desci e pulei o muro, assim que caí no chão vi a camionete em minha frente e apontaram as armas.
-Meus parabéns, é muito boa para fugir.
-Já fugi de muitos como vocês. -Falei e ele ficou sentado em cima do muro, o portão começou a se mexer e vi que não estava trancado.
-Olha, ela fala! -Deu risada e eu andei de costas para o portão. -E então, o que você é? Do exército? -Ele perguntou olhando minhas roupas.
-Não, apenas uma garota esperta! -Dei um sorriso e ele ergueu uma sobrancelha, abri os portões e saí correndo para a igreja, na esquina parei quando um cara parou a minha moto em minha frente, ele saiu da mesma e me segurou forte.
-Melhor parar de fugir, isso está ficando cansativo. -Falou atrás de mim e vi todos os zumbis mortos no chão. -Vamos levar ela.
Me puxou em direção ao carro me obrigando a entrar na Hilux, o motorista me olhou pelo retrovisor durante o percurso inteiro, estávamos indo para o estádio de futebol, não sabia muito bem do porque, seguraram firme minhas mãos.
-O que foi? Gostou? Tira foto que dura mais tempo. -Falei e o motorista deu um sorriso desviando o olhar.
Abriram os enormes portões e o carro entrou, vi que em um lado tinha alguns carros e mais ao meio do campo um lugar de treinamento, a direita tinha várias barracas, literalmente uma base.
-Daqui você não foge. -O do passageiro disse e percebi um sorriso irônico no que estava dirigindo.
-O que querem comigo? -Perguntei e o que estava do meu lado me olhou.
-Sua ajuda, percebi que conhece muito bem essa cidade. Então vai nos ajudar.
-Isso é uma ordem? -Perguntei e ele piscou não me respondendo, saiu do carro me puxando em seguida.
Algumas crianças me olharam e vi mais a frente uma deitada no chão, ela estava molhada e não sabia como sendo que não tinha água por perto. Me soltei e andei até eles.
-Foi mordida? Tem alguma doença? -Perguntei para a mulher. -Responde!
-Não, ele veio desse jeito, estava na piscina.
-Afogamento. -Falei e comecei fazer a massagem cardíaca, em seguida respiração boca a boca, só fiquei com a massagem até que ele começou a tossir, o virei colocando de lado. -Ele está bem agora. -Ela acenou várias vezes e então fui puxada.
-Vamos. -Me arrastaram para uma cabana. -Ficará aqui, nem pense em fugir.
Apontou o dedo e sumiu, olhei em volta vendo a cama de solteiro e cobertas. Saí e olhei em volta, vi a jaqueta de couro do Rafa, fui até ela e entrei na barraca vendo arrumada, vi uma foto minha com Rafa.
-O que faz aqui? -O motorista perguntou sem camiseta, nem tinha o visto.
-Como conseguiu isso? -Perguntei mostrando a foto. -Responde a porra da pergunta! -Gritei dando um passo em sua direção e ele ficou me olhando.
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Ué, o que a foto dela e a jaqueta de Rafa estão fazendo com ele?
