Soquei seu braço até que consegui o afastar, me afastei quando ele veio para cima.
Consegui subir em cima de seu ombro e antes que desse uma chave de virilha ele me bateu no chão, gemi sentindo minhas costas doerem, tentei soltar minha perna que estava em seu ombro, ele se levantou e me bateu de novo no chão.
-Rafa... -Tentei e recebi um soco, senti o sangue em meu nariz.
Me levantei quando se afastou e tentei recuperar minhas forças.
-Nathy... -Ouvi Fernando e fiz um sinal para pararem.
-Não interferem. -Mandei e eles se afastaram. -Ei, sou eu. -Disse e corri quando ele correu atrás de mim, usei um pilar subindo e parando atrás dele.
-Não vamos poder ajudar, estão atirando em nós. -Ouvi Angel pelo fone.
-Vão para o mercado. -Mandei e prestei atenção no que Rafa fazia.
Chutei sua perna o fazendo cair de joelhos, antes que eu o batesse me deu uma rasteira e bati minha cabeça no chão. Me afastei quando tentou pisar em cima de mim e dei uma cambalhota para trás.
-Nathy! -Fernando gritou e desviei de uma faca que Larissa jogou.
-Sou eu Rafa, não vou lutar contra você. -Disse e ele segurou meu pescoço, fiquei sem ar na mesma hora. -Desculpa por isso. -Disse e chutei o meio de suas pernas, ele se afastou e eu corri em sua direção subindo em cima e conseguindo dar a chave de virilha.
Joguei meu corpo o fazendo cair comigo de joelhos em cima. Ele mudou as posições ficando por cima de mim e gemi sentindo meu corpo inteiro pedir arrego.
-Vai matá-la. -Matheus gritou tentando chamar a atenção de Rafa.
Segurou minha garganta e eu procurei por alguma coisa, senti o cano de uma arma e tentei a pegar, bati meus pés e ele apertou mais, consegui pegar a arma e mirei para ele, ouvi as exclamações de todos e fiz uma loucura, mirei em minha testa e ele parou de apertar e segurou a arma.
-Tudo bem, tudo bem. -Disse sentindo todo o meu corpo dolorido e o sangue sair de vários lugares. -Sou eu, eu te amo. -Disse e acariciei sua mandíbula. -Ei, eu te amo, Rafa. -Disse com seus olhos me olhando. -Sempre vou te amar, não importa pelo o que passamos, isso nunca vai mudar.
Falei e vi suas pupilas que estavam dilatadas voltarem ao normal.
-Agora! -Thomas gritou e então peguei a arma ficando por cima e prendendo seus braços com minhas pernas, peguei a metralhadora que estava do outro lado e atirei no que estava segurando Matheus e no de trás.
-Recuar! -Larissa disse e antes que eu atirasse Rafa se mexeu e então me deu um soco me fazendo perder todos os meus sentidos.
-Nathy... -Thomas gritou e vi Rafa saíndo com Larrisa, a porta se fechou e então começou a pegar fogo. -Temos que sair daqui.
-Por onde? -Perguntei e Matheus me ajudou, gemi sentindo as dores.
-Vem, temos que ir por cima, lá resolvemos.
Começamos a correr e a subir as escadas, ignorei todas as dores e saímos no terraço.
-Ok, pensa Nathalia. -Olhei em volta e então vi dois paraquedas. -Quais são as chances de ter paraquedas aqui em cima?
-Acho que estamos com sorte. -Thomas falou pegando um e colocando.
-Não, nunca temos sorte. -Disse ainda não entendendo. -Vou com Matheus e vocês vão juntos.
Disse e eles pularam, olhei para Matheus que suspirou colocando, logo pulamos e seguimos a caminho do mercado, não podíamos correr nenhum risco de nos seguirem.
-Tudo bem? -Angel perguntou quando entrei. -Nathy...
-Só quero ficar sozinha. -Segui para uma parte distante, peguei uma coisa que tinha reflexo e vi como estava.
-Acha possível que alguém tenha deixado os paraquedas para nós? - Olhei para Matheus atrás de mim. -Está horrível.
-Sobre deixarem os paraquedas, acho impossível alguém souber, ninguém sabia que iríamos. Agora a parte horrível, devo concordar. Estou dolorida.
-Vou limpar os ferimentos. -Disse e eu suspirei me sentando no banco que tinha no café do mercado. Ficou entre minhas pernas colocando o kit na mesa.
Começou a limpar o sangue seco do meu rosto, boca, nariz e o supercilio. Fez os curativos e eu suspirei.
-Acha que pode ter sido o Rafa? -Ele me olhou.
-E estar fingindo? Nathy ele te feriu de verdade, não era mentira, fizeram alguma coisa com ele.
-Quando mirei a arma em minha testa e falei aquelas coisas, as pupilas dele voltaram ao normal. Depois quando ele conseguiu me tirar de cima elas voltaram a se dilatar.
-Estão controlando ele. -Falou e eu me levantei. -Devem ter colocado alguma coisa dentro dele, para que isso acontecesse. -Disse e eu concordei. -Tira a roupa.
-O que? Não! -Ele ficou me olhando. -Por que?
-Precisamos ver se não está ferida, pode não sentir agora, mas talvez esteja com algum ferimento.
Revirei os olhos e tirei a camiseta, em seguida a calça. Ele observou e franziu a testa, olhei para baixo vendo os hematomas roxos enormes.
-Estou bem, apenas dolorida. -Informei e ele suspirou. -Temos que descobrir como acabar com isso logo.
-Primeiro tem que descansar. -Disse me estendendo uma camiseta enorme. -Iremos tentar descobrir o que pode ter acontecido. -Concordei colocando a camiseta.
Me deitei em cima de um colchonete e Angel se sentou ao meu lado, limpei as lágrimas.
-Ele pode ter te traído, se unido com os inimigos, mas ele vai voltar, somos uma família. -Eu a olhei. -E família sempre fica unida no final.
-Obrigada. -Ela me olhou. -Por estar comigo nas horas boas e ruins. -Disse e ela sorriu.
-Sempre estarei, sempre irei ficar ao seu lado, não importa que esteja errada ou certa. É para isso que serve as irmãs.
-Minha irmã, de mães diferentes, mas continua sendo. -A abracei e gemi.
-Desculpa. -Pediu e eu me deitei. -Precisa descansar, vamos ver se conseguimos encontrar um jeito de o salvar.
-Tá, vou pensar em um plano para ir até Londres, será uma longa viagem. -Falei e ela se levantou.
-Então dorme que irei falar com os rapazes.
*Curiosidade: A atriz que eu imagino fazendo Angel, é Ruby Rose, igual ao book trailer da serie.*
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The Diary
Science FictionUma garota sozinha no mundo depois de uma epidemia, um verdadeiro apocalipse zumbi. Ela terá que aprender a sobreviver, lutar e que nem todos os sobreviventes são bons e confiáveis. A única coisa que te tira da solidão é o seu diário que ela tem cer...