Arthur

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Arthur

A conheci quando ainda não sabia amar. A odiava por ser tão linda e não poder ser minha.
Com um tempo, na minha infinita ignorância, a vi como algo que só experimentaria. O que poderia acontecer? No máximo seria uns beijos para provar a mim mesmo que poderia ter tudo. Porém, depois do nosso primeiro beijo, não conseguir. Não conseguir, mas a deixar. Isto pode ter me levado até onde estou. Perdidamente apaixonado por Anya Albana. Depois de termos passado e superado várias coisas, finalmente a pedi em casamento. Do meu jeito, mas o importante é que no final ela aceitou. Eu estava tão ansioso naquele momento como estou agora. Segurando uma arma completamente suja de sangue, ao lado de vários mortos. Quando percebo que Eliot não estava entre os soldados que iriam invadir Albana, meu olhar se direciona a cidade. Completamente queimada e soltando fumaça pelo céu. Grito a todos e começo a correr, indo me encontrar com o meu único amor. Chegando à cidade, posso vê-la completamente arrasada e destruída. Ando lentamente agora por não encontrar Anya com os meus olhos.

— Procurem a rainha! — Grito aos outros. Meu desespero estava visível. Eu tinha que encontrá-la. Porém, chuva dificultou nossa busca incessante. — É a chuva! Só precisamos olhar melhor! Ela deve estar escondida em algum lugar. - replico ao soldado que insistia em vim me desmotivar.

Horas se passaram e já não conseguia respirar direito. O medo incontrolável de ontem à noite, veio de novo ao meu coração. A mesma sensação que estou sentindo agora. Dói tanto que transborda pelos meus olhos. Estes que ficam vermelhos.

Chorei, como nunca havia chorado em toda minha vida. Eu acabei de consegui-la. O tempo que tivemos não foi suficiente. Coloco a mão no rosto para tenta me manter calmo, pois não desistiria. Iria procurá-la em todo lugar.

— Rei... — Diz o líder dos vikings tocando em meu ombro fazendo-me olhar para frente. Vendo-a, entre aqueles destroços e rodeada da chuva incessante, meu coração para e parece que irá sair pela minha boca.

— Vencemos! — Ela diz tranquila, sorrindo para mim.

O grito de todos ecoam sobre o local, mas nenhuma reação consigo expressar. Apenas corro ao seu encontro, abraçando-a. Ela retribui. E de novo... consigo ter esperança no amanhã. A puxo para um beijo. Algo quente sobre todo aquele frio úmido que o vento estava proporcionando junto com a chuva. Sinto que praticamente a seguro pois estava fraca o suficiente para se manter em pé por conta própria.

— Eu te amo — Digo sem medo.
— Nós também te amamos.
— Nós? — Começo a rir, lembrando-me do dragão. — Não vejo Amaru.
-

— Não me referia a ele... — Fala tocando em sua barriga.

Nesse minuto meus olhos se alargam e parece que nenhum sentimento do mundo poderia ser descrito sobre o que eu estava sentindo. Seus olhos se enchem de lágrimas e a vejo tensa em me contar. Minha boca estava entre aberta e meu semblante surpreso logo se esvai, com um enorme sorriso. A seguro e a rodo, demonstrando alegria com a boa e nova notícia.

O rei tirano Where stories live. Discover now