Capitulo 22

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"Você está louca!!"


Essas foram as únicas palavras usadas por Gabriel antes de sair furioso e bater à porta. Ainda estou anestesiada pela a suposição que fiz, mas não sinto que estou enganada, se for verdade, Gabriel está se envolvendo em uma enorme confusão com todo do reino, principalmente os súditos, que esperam uma princesa como noiva dele. Saio do meu quarto, contudo, logo na porta já sou abordada por um guarda segurando cartas enviadas a mim. Abro a primeira e vejo que são de meus pais, pedindo que eu lhes escrevesse para confirmar se estava bem. Sorrio e pego um pincel para começar a escrever. Porém, olho para o lado de relance e vejo a palavra "James" escrito. Meus olhos se voltam novamente a carta misteriosa e a pego rapidamente. Abrindo-a e lendo-a.

" A muito tempo atrás, existia uma rainha tão boa que era capaz de trazer paz a todo seu reino com apenas o seu olhar. Porém, um dia a rainha se apaixonou por um príncipe cujo a fama era perversa. A mando dele, se casaram 3 dias depois que se conheceram. Anos se passaram e as malvadas ações do novo rei se tornaram tão cruéis que a rainha tentou impedi-lo, acreditando até mesmo que podia mudá-lo. Contudo, a rainha se via cada vez mais apaixonada pelo rei, começando assim, a ser má também. A minha pergunta é: a rainha escondia sua crueldade ou se transformou?
Todos nós temos escolhas, pois temos o mal e o bem dentro de nós, só temos que escolher qual vai aparecer. Faça a sua escolha e tenha consequências. Não quero que mude, quero que você mude as pessoas a sua volta.
Te encontro no lago da floresta."

Meus pensamentos não sabem por onde começar, virando uma confusão dentro de mim. Essa carta tem o nome dele, será que é o mesmo James que estou pensando?
Levanto-me rapidamente. A chuva havia passado, porém já iria começar a escurecer, tinha que me apressar o mais rápido que podia. Já tinha ouvido falar desse lago da floresta, é só seguir o rio que chegaremos até lá. Andando pelos corredores ouço um barulho, e me escondo atrás da parede.

— Vamos preparar meu casamento com a princesa de Albana, pai. — Diz Gabriel.
— Ela acabou de ser sequestrada.
— E desde quando você liga para os outros Arthur? Vamos apressar o dia do casamento, não esperarei nem mais uma semana.
— Quem manda aqui sou eu, espero que saiba o seu lugar.
— A cada dia que se passa, os reinos estão percebendo o quanto essa união nos deixará fortes. Estamos perdendo tempo.
— Calado Gabriel! Esse casamento só acontecerá quando eu mandar.

Não tenho tempo para ouvir toda a conversa, mas o pouco que ouvir fiquei feliz. Saio silenciosamente para que não me escutem e quando estou longe o suficiente, começo a correr. Eu estava feliz, não pelo o que ouvir, mas sim por ter uma pequena chance de James está vivo.

Chego no lago, mas nada havia lá senão as águas e plantas. Fiquei me perguntando se estava no local certo, ou muito atrasada ou adiantada. Coloco meus pés dentro da água, que estava gelada pelo clima frio. Olho para o céu, nuvens escuras tomavam conta, vindo assim pequenas gotículas de chuva. Logo iria escurecer e não poderia esperar muito tempo.

Horas depois...

Nada. Simplesmente ninguém veio. Estava casada e totalmente encharcada pela a chuva que já havia aumentado a intensidade. Virando-me para trás, levo um pequeno susto ao ver Arthur, me encarando sério.

— Você só tem permissão de sair acompanhada, Anya.

Sem dizer nada, tiro meu olhar dele e olho ao meu redor para garantir que não havia ninguém. Suspiro. O olho novamente e ando, quando estou do seu lado, ele diz:

— Por que veio aqui?
— Procurando alguém, mas não veio.
— Quem?
— Ninguém, vamos voltar.

Ele ri com tom sarcástico e me olha para garantir que essa seria mesmo a minha resposta. O olho levantando somente uma sobrancelha.

— Quando você irá aprender princesinha? — Diz indo em minha direção pegando-me no braço e levando-me para dentro do lago.
— Me solta Arthur, nós vamos ficar doentes. — Digo me debatendo.

Sem dizer uma única palavra, ele nos joga para dentro, nos fazendo mergulhar na água gelada.

— Arthur a água está gelada, você não tem noção? — Digo ao subir para fora d'água conseguindo respirar.
— Então me deixa te queimar. — Fala puxando minha cintura, fazendo-me bater no peitoral dele com meus seios e barriga.

Puxando-me para um beijo quente, começando a esquecer o frio. Coloco minhas pernas em volta da sua cintura para transformar o beijo para mais selvagem. Ele tira suas calças por baixo da água e começa a levantar meu vestido. Então com uma mão me segurando pela cintura e a outra indo a encontro da minha vagina, tive o melhor sentimento de todos. Ele começa a inserir dois dedos dentro de mim, como preliminar. Não conseguindo mais beijá-lo com exatidão pelo enorme prazer sentido, começo a ficar ofegante e sorri maliciosamente. Tirando seus dedos de dentro de mim, penetrou algo ainda mais prazeroso. O som da chuva, da água batendo pelo movimento dos nossos corpos e nossos gemidos, transformaram essa memória única. Soltamos um gemido alto, indicando que assim chegamos ao nosso ápice.

— Arthur — Digo ofegante, fazendo-o prestar atenção em mim — Eu gosto de você.

Ele paralisa, me tira de seus braços e começa a passar a mão nos seus cabelos, parecendo confuso. Ele coloca suas calças novamente embaixo da água e me olha sério. Sai de dentro do lago e começa a andar para longe de mim.

— Simplesmente ignorou... — Digo séria para mim mesma — e ainda se chama de homem... — Suspiro, dando um mergulho na água fria, para que diminuísse o fogo que ainda havia entre as minhas pernas.

Não posso perder tempo com os jogos dele. Tenho que saber o que será do meu futuro. Caso Gabriel ame outra pessoa, como será nossa relação? E Arthur, irá fazer algo sobre a nossa relação?

O rei tirano Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon