Capitulo 26

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O olhar dele queimava sobre todo o meu corpo, mas sou tirada dos meus devaneios quando Al e Ana fazem barulho, direciono meu olhar a eles e os vejo brigando. Nesse momento, eles me fizeram lembrar o porquê voltei. Me reorganizo, tentando tirar meus olhos de Arthur.

— O que significa isso? — Digo ao meu pai.
— Como a sua aliança pelo casamento não deu certo, ele insistiu para que fizéssemos uma escrita, somente no papel. Era menos instável, mas foi o melhor no momento.
— Então agora ele é nosso aliado e tenho que vê-lo a cada comemoração ou reunião dos reinos? — Meu pai me olha como se estivesse pensando que realmente isso seria ruim.
— Não mude de assunto Anya, por que trouxe piratas a sua coroação?
— Você que está mudando, "rei" — Digo ironicamente.

Saio de cima do altar onde fica as cadeiras dos reis e vou em direção a Ana, porém meus olhos repousam sobre Carolina, que me olha fixamente, parecendo que viu um fantasma. Paro de encará-la e continuo andando.

— Dá para acreditar? — Pego uma bebida que estava na mesa próxima — O reino de Glinder agora é aliado! — Dou um longo gole na bebida.
— Não faça isso assim — Ana tira a bebida da minha boca — Vou ter que te ensinar como se comportar de novo

— Quando for rainha, você vai quebrar esse acordo, só isso — Diz Al.
— Se eu fizer isso vou ter que pagar uma multa, esse acordo tem que permanecer vivo por 6 anos.
— Complicado. — Levanta as sobrancelhas
— Você está bem? — Ana se preocupa.

BOOMM!!!

Todos se abaixam pela a explosão. Saio empurrando as pessoas para ver o que tinha acontecido no lado de fora do castelo. Ao abrir os portões vejo Vinkings. Sorrio de lado ao reconhecer seu bando. Todos saem do castelo com seus olhos curiosos, mas ficam com medo.

— Filha vou chamar os guardas! — Meu pai avisa.

— Não será necessário. — Falo andando devagar para perto deles.

Ao me aproximar suficiente, eles se abaixam em forma de reverência. Nesses tempos em que fiquei fora, lutei por várias pessoas, para que pegasse experiência em batalhas. Não filtrei por quem lutaria, nem sempre foi por pessoas boas. Esse grupo era conhecido por serem sanguinários e cruéis, todos sabiam das suas vitórias em guerra, e das últimas que tiveram eu participei.

— Em nome dos Vinkings, venho aqui para lhe dá um presente de coroação — O líder chamado Frank, sorri maliciosamente de lado fazendo sinal para trazerem algo. Todos gemem quando veem que eles trazem um bebê de dragão em uma gaiola de ferro.
— Um dragão?
— Eles crescem rápido rainha — Olha nos meus olhos — daqui a 5 dias será maior que esse castelo.
— Como agradecer? — Digo sorrindo.
— Virando uma rainha Vinking e cumprindo a sua promessa.
— Até parece — Diz Al em um tom audível e irônico.
— Ah você está aí barbatana? — O vinking fala esnobe.

Solto risos com a discussão deles encarando o filhote de dragão que estava na minha frente. Me aproximo, com joelhos ao chão, olho para o homem que segurava a gaiola e ele a solta no chão, e então todos se calaram.

— Você sabe que dragões não são seres domáveis, não é?
— Vamos descobrir — Frank sobe em seu cavalo pronto para ir, mas permaneceu me olhando. Até que solto o dragão da gaiola, e surpreendentemente ele vem até mim, subindo em minhas mãos. Olho feliz para o líder. Esse que solta uma risada presunçosa e sai no seu cavalo, partindo. Começo a da carinho no pequeno dragão e me viro para os nobres que me encaram surpresos. Olho para o céu.

— O sol já vai se pôr! — Olho para eles, porém meus olhos batem em Arthur. — Irei me arrumar.

Passo por todos, que estão pasmos e sem reação, quando o meu dragão começa a berrar para quem estava perto de mim, querendo que se afaste. O coloco em meu ombro e desapareço pelo o castelo. Indo em direção ao meu quarto.

— Que presente foi esse? — Ana chega logo atrás de mim.
— O melhor que eu já pude receber — Digo tirando o dragão de meu ombro, o colocando em cima da cama confortável.

— Então, como irá se arrumar hoje? — Seu tom desesperanço me contagia.
— Do seu jeito! — Um brilho paira sobre os seus olhos e logo um sorriso surge.

Então ela começa a tirar minhas peças de roupas, escolhendo o vestido para hoje. Meus olhos estão sobre o espelho e só conseguia pensar nele. O quanto o tempo lhe fez bem, estava mais forte e revigorado.

— Ele não falou comigo.
— Você não quer que ele se afaste?
— Sim, mas...
— Viu que a Carolina estava lá? Ainda estão casados!
— Você viu Gabriel? — Me lembro dele.
— Não o vi! — Ana fica surpresa.
— Será que me odeia tanto para não conseguir me ver novamente? — Digo e ela sorri fraco.

Depois de tomar banho e me trocar. Saio do quarto com meu coração eufórico. Ando lentamente em direção a sala do trono, onde será minha coroação. Chego aos portões e todos estão a minha espera. Já era noite e a minha hora finalmente chegou. Há dois anos, nunca imaginei está nessa situação. Meus planos sempre foram se casar e da herdeiros, estava acostumada e adaptada a ideia, mas fui obrigada a sair da minha zona de conforto e foi a melhor coisa que me aconteceu. Trombetas começaram a tocar e percebo o silêncio por parte dos nobres que esperavam minha chegada. Os portões se abrem e todos me olham encantados. Ana realmente escolheu o melhor vestido.

A Música estava sendo tocada enquanto andava entre todas aquelas pessoas. As olho fixamente sem demonstrar fraqueza até ver Arthur, ao lado de Carolina. Meus olhos logo se direcionaram para o chão, fazendo-me suspirar. No altar, estava os meus pais, porém agora nenhum deles usavam coroas. Quando chego nas pequenas escadas, as subo levantando o vestido, ficando de frente para o meu pai. Que começou a falar palavras de forças e coragem para todos que estavam lá. Não conseguir ouvi-lo corretamente, pois meus pensamentos estavam todos entrelaçados. Só ouço quando ele finalmente diz:

— Aqui está a coroa sendo entregue a vossa rainha! — Levanta a coroa mais linda que já havia visto para cima de minha cabeça. Ela era totalmente dourada e com pedras brancas realçando sua beleza. Fecho os olhos quando finalmente sinto ela sendo posta sobre minha cabeça. Abro os olhos.

— Quem precisa de um genro para governar, quando tenho uma guerreira? — Diz meu pai aos sussurros me olhando.

Meus olhos lagrimejam quando escuto tais palavras vinda dele. Sorrio e me viro para frente de todos, que começaram a aplaudir tão forte que o barulho poderia ser ouvido pelos camponeses. Assim pude sentir o poder sobre a minha cabeça, enchendo o pulmão de ar para sentir essa sensação melhor, vindo um sorriso convencido nos meus lábios.

Horas depois...

Estou sentada no trono, com as pernas cruzadas olhando todos dançando e conversando. Nesse tempo, vários Lords e Reis aliados se apresentaram a mim para cortejar-me. Porém, me acostumei com a ideia de ser rainha sozinha. Me assusto quando vejo Arthur puxando Ana para fora do salão, me deixando muito enfurecida. Olho para Al que estava bêbado deitado sobre a mesa. Levanto-me do trono rapidamente, indo na direção deles. Os sigo até um corredor distante de todos, quando bruscamente param.

— Me solte Arthur! O que você pensa que estáfazendo? — Ana tenta tirar suas mãos do braço dela.
— Não é você que eu quero, querida.
— Solta ela! — Falo.
— Olha quem voltou — Solta o braço de Ana, a jogando para mim bruscamente. Elalogo sai de lá com medo, me deixando sozinha com ele.
— Adeus Arthur — Começo a tremer.
— Você não é digna de ser rainha!
— Como ousa?
— Uma pessoa que foge dos problemas não está preparada para ser rainha! — Me encaraferozmente, me deixando paralisada.
— Do que você está falando?
— Não se faça de desentendida! — Da passos até mim — Não aguentou a pressão quefoi me amar e foi embora.
— Já chega! — Me viro de costas para ele, fazendo menção que iria embora.
— Vai fugir de novo? — Segura o meu pescoço por trás, levantando delicadamentemeu rosto para cima. Fazendo todo o seu corpo colar nas minhas costas. Senti-lotão perto de mim, me fez perceber o quanto ainda estou sensível aos seustoques. A ele.

— Vocênão sabe o quanto pensei em lhe matar todo esse tempo... — Sussurra no meuouvido com sua voz rouca e sexy.

O rei tirano Onde histórias criam vida. Descubra agora