Capítulo 16

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Os cavalos estavam correndo o mais rápido que podiam

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Os cavalos estavam correndo o mais rápido que podiam. Eu estava montada com o James, com as mãos amarradas. Como estava posicionada na frente dele pude sentir claramente suas mãos asquerosas sobre mim com segundas intenções. Chegando ao reino de Stewwart, me deparo com a última pessoa que esperava ver. A rainha Carolina.


— Como pôde, James? — Fala trêmula.
— Carolina? Achei que não viria mais aqui. — Diz James se virando para ela.

— Desde o começo era ela que você queria, não é? — Os seus olhos começam a lagrimejar. Fazendo assim, ele tomar passos em direção a ela, a tocando no rosto.
— Você não deveria estar aqui, querida — Passando as mãos no rosto dela.

— Ela não deveria estar aqui — Tira as mãos dele de perto — Você me usou para chegar até ela. Não teve misericórdia de mim e de como meus sentimentos iriam ficar depois dessa traição.


Lágrimas desesperadas caem sobre o rosto da rainha. Estava claro em seu rosto, o quanto estava machucada e perdida, era como se ela estivesse depositado toda a sua esperança no amor de James. Suas mãos trêmulas já não conseguiam mais enxugar as lágrimas que não paravam de descer.

— Eu te amo — Diz em alto e bom tom, fazendo todos a volta ficarem calados, incluindo James, que parecia estar se segurando para falar. — Deixe-a ir embora comigo. Nenhuma de nós duas comentará a respeito. Você ainda tem uma oportunidade, James. Só precisamos de uma chance... — Então, ela parte para cima dele o envolvendo com os seus braços e dando o beijo mais apaixonado que já pude presenciar. Ele retribui com a mesma intensidade e posso ver que existe muito mais amor ali.
— Vá embora Carolina — Diz sessando o beijo — Lhe deixarei ir para o seu reino e esqueceremos tudo que aconteceu. Você não falará nada com o seu marido, pois você ajudou na causa dessa guerra. — Fala com firmeza, a tirando de seus braços.


— Então... — abaixa sua cabeça — ...está me pedindo para te esquecer?


Meu coração dói. Ele aperta de tal maneira que pude sentir a dor da rainha, e a entender melhor que qualquer um. Quando ela falou tais palavras lembrei do que disse para Arthur ontem.

"Não poderei casar com o seu filho, nós tendo essa relação. Eu não sou sua amante e não quero ser. Então, rei, eu irei embora, voltarei para meu reino e esquecerei que um dia lhe conheci."

Sim, é impossível esquecer. Pedir algo assim para uma pessoa apaixonada é como a quebrar por inteiro. Uma parte de você está faltando e você não consegue viver sem ela.

James não a responde, apenas inclina sua cabeça para baixo, esperando que ela saia, e assim faz. Sai em passos lentos e seu salto faz o único barulho predominante no local. Logo, ouvimos a porta se fechar, e todos do local saem para fazer suas obrigações. James me puxa pelo braço, me arrastando por todo o seu castelo, que exalava perversidade e maldade.
Chegamos a um quarto totalmente fechado, sem janelas e com uma porta que só abria por fora. Jogou-me para dentro do quarto e cortou a corda que prendia meus pulsos com uma faca. Se distanciando de mim, indo em busca do espelho, o qual começou a tirar sua blusa.


— O que você está fazendo James? Porque não se conteve apenas com o acordo de paz que o rei Arthur estava disposto a dar? — Sento-me no primeiro banco que vejo, cansada pelas cavalgadas.
— Como se Arthur respeitasse os acordos que faz com os reinos não é mesmo, "princesinha"? — Diz ironicamente falando o apelido que, geralmente, Arthur me chamava. — Você é a própria prova, que Arthur não respeita os acordos que faz. Como deixarei alguém tão imprevisível ficar mais forte apenas com o seu casamento?


Assim, ele senta em um sofá grande e confortável, pegando a bandeja que possuía várias frutas.


— E você deu mais trabalho do que o planejado querida. — Diz levando uma uva a sua boca.
— Como assim? — Ouso perguntar.
— Tentei antecipar esse sequestro na festa dos Mont. Mandei espirarem somente algumas borrifadas de dopante perto do seu nariz na festa. Você nem percebeu, pois estava correndo depois que dançou com o rei.
— Por isso acabei dormindo na dispensa... — Sussurro o olhando.
— Exato, o remédio só deu resultado muitos minutos depois. Porém, não pude arriscar entrar lá dentro. Já que vi o rei entrando logo após você e sua serva. — Diz com um sorriso malicioso, já querendo saber detalhes.
— E quais seus planos atuais? — Digo com o queixo levantado.
— Quem sabe... — levanta do sofá e vem até mim — Casar com você me abriria grandes oportunidades. —Começa a pegar no meu rosto.
— Pode não se casar com quem ama? — Olho em seus olhos, o fazendo recuar.
— Irei aos meus aposentos. Não tente nenhuma brincadeirinha. O quarto está cercado. — Fala saindo do quarto.

Meu coração cheio de tristeza me faz soltar um longo suspiro. Levanto-me, indo ao encontro de uma cama com lençóis pretos. Lembro-me do Arthur, e do quando queria que ele estivesse do meu lado agora.

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