CAPITULO33: Obrigado.

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Maddie não resistiu quando o pai a pegou no colo com delicadeza e desligava o filme que passava e a levou com cuidado para o quarto dele, ele tinha que fazer um quarto para a filha.

  Por mais que gostasse de ter a filha com ele, sabia que ela precisava de um cantinho para si, um lugar que fosse seu assim como Teddy tinha o seu próprio quarto.

  Enquanto a menina já se ajeitava para dormir, Christian ligava para um reformista, tinha quartos vazios em seu grande apartamento.

  Maddie esticou o pescoço olhando para o celular, Christian não se importou, abaixou um pouquinho a tela para ela ver melhor o que ele estava fazendo.

  —Eu vou poder realmente ter meu próprio quarto papai? Tipo fazendo da maneira que eu gostar? Sério mesmo papai?! —Falava ela em um tom muito animado.
 
  Christian deu uma risadinha, estava feliz que sua filha gostava da ideia, e mostrou diversos modelos de camas, guarda roupas, paredes... tudo.

  A menina estava realmente animada com aquela ideia, ela tinha tantas coisas que queria, não eram caras, o homem não se importava com a quantia para ser sincero.

  Maddie apesar de viver no luxo e gostar de coisas luxosas, não fazia questão de ter coisas caras ou um quarto luxuoso com as melhores coisas do mundo.

  Ela parecia querer coisas simplórias, que lembravam seu quarto de quando ela era menor e morava com sua mãe, fazia ela se sentir próxima a ela.

  Faltavam dois dias para o o corpo de sua mãe chegar, já que ela morava em outra cidade longe de Christian e de Maddie.

  Ela havia sido cremada, sempre fora um desejo da mãe de Maddie, a garota nunca soubera o porque, mas não queria pensar nisso agora.
 
  Maddie pensava em imagens e jeitos que poderia fazer seu quarto, mas de uma forma um pouquinho mais "turbinada" do que seu antigo quarto.

  Até que pegou no sono, no meio dos cobertores de Christian que a cobriu de forma carinhosa, a observando dormir pacificamente.

  O homem se levantou em silêncio, enquanto ia até o quarto do filho dando leves batidinhas e depois empurrando a porta.

  Teddy estava com um roupão preto de seda, com o tronco nu, bebendo um drink e olhando para o espelho que tinha na parede do quarto.

  Henrique estava deitado de bruços na cama enorme, com cobertores vermelhos um pouquinho enrolados em seus tornozelos e pernas.

  Dava pra ver que o bumbum dele estava bem vermelho, provavelmente teddy tinha punido o garoto pela birra que tinha feito antes durante o tempo que estivera acordado.

  Mas Christian como dominador, como pai, como homem, sabia bem que Teddy não havia somente feito isso, o rosto do menino estava com um brilho.

  —Parece que alguém andou se divertindo... mas bebendo a essa hora filho? Não acha melhor um leite ou suco? Vai ficar com dor de cabeça.

  Qualquer filho normal teria ficado com vergonha por seu pai saber na Lata sobre algo como isso, mas Christian já sabia de tanta coisa a respeito de Teddy.

  Apesar de ser ciumento, Christian sempre procurou ser compreensivo com o filho, suas relações, gostos, escolhas e tudo mais.

  Aceitou Henrique como baby, como se fosse seu próprio filho, ele gostava muito do garoto, era como um mentor para os dois em vários aspectos.

  Eram poucos os pais que eram tão abertos a questões de sexualidade, sexo, fantasias, tudo, Teddy sempre soube que poderia vir falar com ele a qualquer momento.
 
  Ele se lembrava de quando descobriu que Teddy era gay, de primeira foi um impacto enorme em seu peito, ele não sabia como reagir, no início ficou com raiva e pensou seriamente em dar uma surra no garoto.

  Eram outros tempos, mas depois de umas bebidas e muita reflexão, o homem lembrou que aquele era seu garotinho, apesar de ter escondido dele, Teddy continuava o mesmo, Christian pode vier.

  A mesma língua ligeira, o mesmo jeito extrovertido, engraçado e carinhoso, ele somente gostava de um homem, ele não via crime algum ou pecado, era seu menininho.

  Mas a sociedade poderia ser cruel, mas ele não ia deixar ninguém machucar ele ou seu namorado que na época era secreto para ele.

  Ele também tinha seus segredos, na época ser dominador não era algo que podia sair falando a quatro ventos, tudo era muito discreto, ainda mais para um pai solteiro.

  Seu filhote seguiu os seus passos, quando um descobriu o segredo do outro, a briga foi grande, não por serem dominadores, por sexualidade ou parceiros, mas sim por esconderem um do outro.

  Teddy ficou uma semana sem falar com Christian e no dia ambos foram cruéis uns com os outros, Teddy levou uma surra por ter passado de todos os limites do mundo.

  "Vai fazer o que? Me bater como bate nos seus escravos?" Foi o que o garoto disse, Christian sentiu como se fosse um soco, chegando a ficar pálido.

  Mas lembrou que era pai, que teddy estava com raiva, mas não ia deixar seu filho o desrespeitar de tal modo, sua vida sexual não tinha nada a ver com sua vida familiar.

  Um tempo depois, os dois se abriram mais, começou a ajudar Teddy com qualquer problema que tinha, respondendo suas dívidas, cuidando de seus medos...

  Eles não conversaram obviamente sobre atos sexuais e coisas afundo, a vida pessoal era pessoal, mas dúvidas, medos,  e coisas do gênero sempre deveriam ser faladas um para o outro.

  —Bateu muito nele? Tadinho, ele só estava estressado... mas birrento que Jesus Cristo... —Falou o homem sorrindo.

  Teddy cobriu o namorado dormindo e sorriu para o pai de forma carinhosa tentando responder para aquilo.

  —Nem tanto, apenas para não deixar passar...

Christian ia saindo do quarto dando boa noite para o filho e o pequeno que já estava apagado.

  —Papai? —Teddy chamou um pouquinho urgente fazendo Christian parar e dar meia volta.

  —Sim bebê?

  —Obrigado... obrigado por tudo!

  Christian apenas sorriu, acenou com a cabeça de maneira pequena e seguiu seu caminho até seu enorme apartamento.

O Que Poderia Ter Sido. Where stories live. Discover now