CAPITULO22: deixe ir.

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Henrique olhou e suspirou de forma pesada, por mais que odiasse castigos, a dor em seu peito era muito grande, como se estivessem espremendo seu coração, aquilo doia demais, em pensar que poderia desapontar Teddy em algum momento, que quase o perdeu por uma burrice que tinha feito, não era justo para seu namorado, não era mesmo.

  Então com olhinhos lacrimejando, o menino tremeu, não sabia como dizer ou como parecer tão confiante e certo de si que era aquilo que ele queria no momento, afinal, Teddy o conhecia melhor do que todo mundo, as vezes melhor do que a si mesmo.

  —Eu mereço ser punido com seriedade, eu preciso ser punido com seriedade, o que eu fiz... não tem desculpa, não foi justo e... e... e eu fui um idiota que agiu sem pensar em como isso afetaria todos ao meu redor, principalmente você. —Falava ele tentando mostrar confiança.

  Teddy levantou uma sobrancelha, vendo que o menino estava tentando colocar tudo para fora, mas não conseguia, sabia que um castigo físico não era nada, comparado ao que ele estava sentido naquele momento, a dor deveria estar grande para Henrique.
 
  —Como você achar melhor meu bebê, eu sei que é difícil escolher, que dói ter que pensar nisso, mas é um caso que se eu simplesmente batesse, xingasse, não iria ser justo, você está com dor, fez coisas erradas e sente que merece e precisa de mais, posso te ajudar, semrpe vou estar aqui, mas preciso que entenda no que vai entrar...

  O menino de cabelos azuis entendeu o que ele estava dizendo, sabia que se fosse algo realmente severo, Teddy estava pedindo seu consentimento, sabendo que iria ser difícil e não teria volta quando começassem, o loiro queria ter certeza de que o namorado aguentaria e não ficaria magoado ou machucado.

  —Eu entendo, confio em você mais que tudo nesse mundo, sei que você não me machucaria, que não passaria do limite, não precisa me perguntar sobre consentimento, para você sempre será um sim... eu... realmente sinto muito por não ter pensado em você na hora.

  Teddy não conseguia deixar de notar a doçura de Henrique, mesmo quando fazia uma coisa ruim, ele era muito doce e se arrependia com facilidade, pensava nos outros, sentia a dor dos outros, conseguia ver e sentir por todos de uma vez só, isso era uma benção e uma cruz.

  —Esta bem meu bebê, as regras vai ser ser as seguintes, quando começarmos, só irei parar quando eu achar necessário, pedidos, interrupções e escândalo não farão parte dessa vez. Está bem? Não vai ser nada fácil... mas como você disse, eu sei a hora de parar, obrigado por confiar em mim.

  Henrique acenou com a cabeça de forma positiva, sentiu o corpo tremer e começar a suar frio, não era segredo que estava nervoso, nervoso?sim, com medo? Não, sabia que Teddy conseguiria fazer tudo, seu namorado sabia exatamente como agir.

  —Ok, agora eu quero que você pegue a sua escova de madeira e a palmatória, não vou usar a mão dessa vez, eu falei que seria duro, então... não há necessidade para um aquecimento.

  Henrique andou até a estante onde as coisas estavam, que pessoalmente seriam assustadoras se não fossem tão fofas, Teddy foi muito espero em fazer as coisas desse tipo, com tons de azul claro e branco, com desenhos e laços.

  Isso fazia Henrique não se sentir tão nervoso, apesar de saber que a fofura era somente uma fachada, doia de mais quando entravam em contato com a pele e carne do corpo, fazia qualquer um pular no lugar e chorar como se fossem crianças ainda pequenas.

  O menino as pegou e levou para o namorado que estava esperando por ele, sentando agora em uma cadeira de madeira no centro do quarto, assim que Henrique entregou para ele, Teddy abaixou suas roupas com cuidado e o puxou para deitar em suas pernas.

O Que Poderia Ter Sido. Where stories live. Discover now