CAPITULO7: Preocupações

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Já era tarde da noite, Teddy estava dormindo ao lado de Henrique que estava quietinho.

O menino estava sem sono algum. Havia acordado de madrugada e o sono simplesmente não voltou mais.

O jovem se mexeu na cama. Naquela momento Henrique estava em modo "adulto".

Olhava seu celular... Havia recebido uma mensagem dos pais.

Eles queriam lhe ver... Iria ficar alguns dias na cidade e queriam que o filho ficasse com eles. Pelo menos um final de semana.

Henrique suspirou... Nunca haviam lhe dado atenção e agora queriam aquilo?

Ele estava nervoso, Teddy certamente iria querer vê-los. Fazia muito tempo que não via os sogros... Na realidade havia lhes visto apenas uma vez e na época Henrique e ele estavam apenas se conhecendo. Era o segundo encontro dos dois.

Christian também iria adorar conhecer os pais do namorado do filho. Afinal Henrique vivia mais com eles e era da família já.

Sua vida havia mudado completamente... Não sabia se conseguiria manter a compostura e ser gentil depois de tudo.

E o jovem sabia que tanto Teddy quanto Christian tinham tolerância zero com Henrique sendo desrespeitoso com os mais velhos.

O menino estremeceu na cama pensando nos pais e no possível encontro com os Grey.

Ele os odiava tanto, mas também os amava na mesma proporção, tinha muito rancor dentro de si.

—Amor... Henrique? O que houve está acordado por que?

Henrique olhou o namorado na cama e forçou um sorriso.

— Insônia...

Diz se mexendo e abraçando o loiro.

— Amor...

— Relaxa... Está tudo bem.

Diz desligando o celular para que Teddy não visse.

—Henrique, eu te conheço meu amor, o que aconteceu realmente que te tirou o sono?

Indaga teddy carinhoso segurando o namorando em seus braços com carinho.

Ele iria dar espaço para Henrique caso não quisesse falar, mas precisava saber se era grave.

—Anda querido, está tudo bem.

Henrique soltou um suspiro baixo e pegou o celular.

Desbloqueou e entregou a Teddy, para que ele visse a conversa que estava lhe tirando o sono.

Henrique era sincero com o namorado. Sempre fora.

Teddy amava a confiança que ela mais novo tinha nele, era uma via de mão dupla.

Sempre que Henrique quisesse seu celular, tinha livre acesso a ele, Teddy não se importava.

Quando olhou a mensagem, sabia que tinha alguma coisa errada.

Seu pequeno sempre falava o quanto tinha uma má relação com os pais.

E agora do nada eles queriam visitar o menino? Aquilo era muito estranho.

—Amor, se não quiser vê-los, não precisa, não vão chegar a um metro de você.

— Eu não sei... Não vejo eles há mais de 1 ano... Sabe disso. – Suspirou Henrique olhando Theodore nos olhos. – Mas muito obrigado pelo apoio amor... Sabe que isso significa muito para mim.

Diz Henrique sincero enquanto segurava a mão do namorado.

Ele se sentia tão protegido quando estava com Teddy.

—Não precisa agradecer amor, só quero o melhor para o meu baby.

Falou ele em um tom baixo com o intuito de tentar acalmar um pouco  o coração de Henrique.

—Você precisa descansar depois de tudo que passou, precisa de um bom sono.

Teddy falou vendo Henrique se deitar na cama ao lado dele de forma manhosa.

—Anda, pelo menos oito horas de sono amor, você precisa ficar disposto e bem.

— Ficarei... Eu prometo.

Diz Henrique dando um beijo suave nos lábios do namorado.

Isso antes de se acomodar melhor nele.

Não demorou muito para que acabasse pegando no sono.

Afinal Teddy havia confortado seu jovem coração.

O filho de Christian pensou um pouco e deixou seu pequeno dormir em cima dele sem dizer uma palavra.

Sabia que Henrique estava tenso e muito nervoso com a chegada repentina dos pais.

Devagar acomodou Henrique na cama e seguiu até a cozinha sem que Henrique acordasse, iria preparar uma mamadeira com leite morno para ele. Sabia que aquilo era um ótimo remédio caso o garoto ficasse agitadodurante a noite.

Certamente iria relaxar seu namorado bem rápido.

Enquanto esquentava o leite e colocava em uma mamadeira, viu Christian entrando no cômodo.

—Henrique teve um pesadelo? O que faz acordado a essa hora meu filho?

— Ele recebeu uma mensagem dos pais. Isso acabou lhe deixando bem tenso.

Explica Teddy soltando um suspiro baixo.

— Sabe que se eu pudesse o protegeria de tudo e todos... Mas disso... Eu não posso simplesmente fazer isso. É a família dele.

Diz o loiro confuso.

Ele sabia que era uma situação complexa.

E que só dependia de Henrique.

Christian bocejou e acariciou os cabelos do filho com cuidado enquanto o ajudava a preparar as coisas.

—Ele tem que fazer a escolha que preferir, você apenas deve apoia-ló.

—Eu sei papai.

Teddy falou vendo o pai dando as costas para ele e indo deitar, estava exausto.

Não demorou para o loiro fazer o mesmo e ir para a cama com Henrique. Devagar colocou o bico da mamadeira entre os lábios do namorado.

Henrique aceitou enquanto dormia.

Assim que começou a sugar de forma inconsciente, Teddy sorriu.

Ver seu pequeno relaxando aos poucos em seus braços não tinha preço.

Isso era fato.

Teddy esperou até que o recipiente estivesse completamente vazio para colocar o objeto sob a mesinha de cabeceira. Em seguida se aconchegou junto a Henrique.

O mais novo abraçou Theodore com carinho.

Teddy sorriu, Henrique era único e tê-lo ao seu lado era a melhor coisa que poderia ter lhe acontecido.

O Que Poderia Ter Sido. Where stories live. Discover now