Three Empy Words • Shawmila

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este capítulo é dedicado a duas pessoas importantes na minha vida.

cmilamoon, por me inspirar a
continuar.

skiexsuit, porque eu tenho orgulho
de você. sempre.

amo vocês. nunca se esqueçam disso.

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Por Shawn Mendes

Eu escutava sempre a mesma música antes de dormir.

Era uma música que me fazia lembrar dos meus momentos felizes. Dos dias em que eu tinha tudo. Dos dias em que eu tinha Camila, tinha o apreço e carinho da minha família, e principalmente de quando eu tinha confiança. Amor próprio.

Acho que acima de tudo, é disso que eu mais sinto falta. Eu sinto falta de estar feliz comigo mesmo, de estar satisfeito vivendo em minha própria pele. Eu sinto falta de me amar.

Eu nunca soube o quanto eu me amava, o quanto eu era feliz, até isso deixar de acontecer. Até eu me perder no caminho. Até eu me perder de mim mesmo.

Eu estou tentando. Se existe alguém lá em cima, esse alguém sabe o quanto eu estou tentando não ficar louco.

Todo mundo está falando o quanto eu estou diferente. Minha família não me suporta mais, o que, sinceramente, eu já estou acostumado. Claro que, sempre é difícil levantar da minha cama, sair do meu quarto, e ter que lidar com o olhar de decepção dos meus pais. Eu sei que não era isso o que eles esperavam de um filho.

Eles esperavam alguém forte, como eles, como minha família. Os momentos ficam difíceis para todos, mas eles conseguem passar por isso. Eles sempre se unem quando algo difícil acontecem, e sempre se curam juntos.

Não era isso o que eles queriam. Eles não queriam ter um filho fracassado, autodestrutivo. Não era isso o que eles haviam planejado.

Mas eu sou assim e eu já aceitei minha derrota. Eu era um fraco, um perdedor. Eu sabia e aceitava isso.

E era exatamente por isso que eu estava saindo de casa.

Eu sabia que não iria mudar. Eu sabia que eu ia definhar até os finais dos meus dias, e eu não queria que meus pais acompanhassem esse processo de perto. Eu queria que eles tivessem ao lado deles alguém como eles — fortes, seguros. Felizes. —, como minha irmã. Ela era tudo isso.

Eles eram unidos. E era isso o que eu queria para eles. União e felicidade.

Peguei a minha última mala e levei para o táxi que esperava em frente a porta da minha — agora antiga — casa, fechando o porta malas. Minha mãe estava na porta, com os braços cruzados e expressão séria enquanto me encarava. Meu pai e minha irmã estavam próximos a ela, mas não me encaravam, apenas conversavam entre si.

Eu estava indo para a antiga casa dos meus pais, uma que eles moravam quando ainda não eram pais. Era uma pequena casa de três cômodos, perto do centro. Era legal e aconchegante. Eu gostava de lá, e acho que minha vida seria razoável naquela casa. Não digo boa, mas sim, razoável.