Todos concordaram, confiavam cem por cento em Draco quando se tratava de poções, se ele dizia, era o que era e ponto final.

Três minutos chegaram, e nada. Quatro, cinco. Nada. Todos começaram a ficar mais preocupados, o corpo de Aurora não deveria estar produzindo nenhum tipo de substancia tão pesada assim, aquilo não era bom. Quando deu onze minutos, finalmente a coisa borbulhou.

- Onze minutos. - Draco disse, puxando um caderno e anotando.

Uma fumacinha negra começou a sair, o cheiro estranho mais uma vez. Draco espiou ali dentro, vendo o que estava acontecendo:

- Esta borbulhando, e tem o cheiro, fumaça negra... - Anotava tudo. - Ok, vamos começar a tirar. Oli, pode tirar os pratinhos de ensaio.

Oliver abriu o quite que Pansy tinha trazido, aonde havia pequenos pratinhos de vidro redondos, Oliver os colocou ao redor do caldeirão, de facil acesso para Draco. O garoto loiro voltou a pegar a varinha, desligou o fogo e começou a se concentrar.

Colocou a varinha ali dentro e a puxou com cuidado, trazendo consigo um liquido branco que flutuava no ar, o colocou em um os pratinhos, então voltou a fazer o mesmo. A sala de estudos de poções ficou completamente calada, todos os olhos curiosos observavam Draco trabalhando com precisão e calma, trazendo liquidos - sejam eles brancos, pretos, cinzas - e os colocando em um pratinho diferente do outro, separando as propriedades. Foi algo demorado, quase meia hora depois, ele tinha finalmente conseguido retirar tudo, uma gotinha de suor descia por seu rosto, devido ao trabalho da magia e concentração.

Olhou os pratinhos, então suspirou. Agora sim a coisa começava a ficar mais dificil.

Haviam três pratinhos encima da mesa, cada um com o liquido de uma cor diferente. Para descobrir exatamente o que era, ele teria que estudar cada um deles, um por um, os colocar de volta no caldeirão - sozinhos dessa vez - e começar a os dividir sozinhos para tentar saber o que era aquilo. Aquilo sim seria um trabalho.

Todos os outros ajudaram também, para tentar adiantar o serviço, e mesmo que nenhum deles seja um prodígio de poções como Draco era, eles também eram bons. Deram apoio a Draco como podiam, e facilitaram as partes mais simples do trabalho, enquanto ele tomava conta das coisas mais difíceis e passos mais importantes.

Não havia janela nenhuma naquela sala, por estarem nas masmorras, então nenhum deles percebeu o tempo passando. Uma, duas, três horas ali. Todos os cinco, ao entorno daquela mesa, mexendo e movendo nos caldeirões, puxando propriedades, enfiando de volta, colocando e tirando novos elementos de dentro daquilo. No final das três horas todos eles já estavam suando pelo trabalho, e todos eles já estavam cansados e irritados com aquilo.

- Draco, tem certeza que estamos no caminho certo com isso? - Aurora pergunta.

- Absoluta. - Ele garante. - Descobrimos que o liquido contem acido, não acido do estomago, nem acido composto, mas com toda a certeza é acido. Descobrimos que o liquido tem propriedades magicas, não magica normal como todos nós, parece ate... Animal.

Todos ouviam com atenção enquanto ele falava, Draco tinha anotado tudo em seu caderno, e repassava o que tinham descoberto ate agora, buscando alguma coisa que ele tenha deixado para trás.

- Descobrimos que você não tem mais sinal disso na sua boca, então foi algo momentaneo. - Draco continua. - Sua saliva agora esta normal, sem sinais de nada diferente. Você teve isso logo depois de usar feitiços do livro de Salazar, na Camara, então talvez isso possa ter sido seu corpo estranhando magia.

- Meu corpo nunca estranhou magia. - Aurora diz, exasperada.

- Mas também nunca tinha esperimentado feitiços assim. - Draco a olha. - Todos sabemos que Salazar foi um bruxo muito poderoso, e estes feitiços que descobrimos dele não passaram por nenhum tipo de teste para saber se fazia mal ao corpo. O corpo magico aguenta magia ate certo ponto, nós nos cansamos se usamos muita magia, ou feitiços muito pesados, por que tira muito de nós. Vamos imaginar que Salazar tenha mais ou menos três vezes mais poder do que nós, ele não deve ter sentido o peso de feitiços que ele fez por que ele os fez para uso próprio segundo a quantidade de magia que ele tinha, mas isso não quer dizer que outros não vão sentir.

- Esta dizendo que o corpo dela esta rejeitando? - Pansy se preocupa.

- É algo a se pensar, não é? - Deu de ombros. - Não sei se é isso, mas não quero descartar a possibilidade sem antes pensar direito nela. E de qualquer modo, seja o que for, não consigo descobrir o que raios é a outra coisa.

Draco tinha descoberto dois itens daquela gosma. Uma era realmente saliva, outro, acido animal. O terceiro item, a todo o caso, o liquido preto, este se mantinha um misterio para eles. Draco tinha tentado de tudo o que sabia, de tudo o que achou no livro, inventou ideias e mais ideias para tentar separar e descobrir que raios era aquilo. Nada deu certo.

- Que fazemos com ele então? - Blasio pergunta. - Viemos longe de mais para desistir, e se tem algo dando errado nela, a gente tem que saber.

- Vamos pedir ajuda. - Draco diz. - Isso esta fora de qualquer coisa que eu sei, ou qualquer coisa que esse livro saiba. Precisamos de um mestre em poções. Um de verdade.

E eles sabiam exatamente quem era o mestre em poções que precisavam.

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Slytherin Heir - Draco MalfoyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora