Slytherin Heir - Draco Malfoy

112

Ok, talvez chamar tantas cobras de mármore não tenha sido a melhor ideia.

Oliver estava encima da grande estátua de Salazar, atirava feitiços dali de cima e fazia as cobras cairem de volta para longe dele, era mais fácil as afastar do que matar, elas estavam se mostrando extremamente resistentes. Draco, Pansy e Aurora estavam a redor de Blasio, o protegendo enquanto ele tentava achar um feitiço que acabasse com as cobras de mármore. Suas mãos trêmulas passavam rapidamente pelo livro aonde tinha achado o feitiço para as mover, e agora ele tentava achar algo que pudesse ajudar. As cobras reais, a todo o caso, já tinham se escondido dentro do lugar delas, Salazar era o único que tinha ficado, estava ali parado ao lado de Aurora, sua calda batia contra as cobras de mármore que se aproximavam muito, as jogando pra longe, mesmo com a linha de frente de feitiços, elas ainda se mostravam um perigo real.

- Blasio! - Aurora chamou, cansada. - Alguma coisa?

- Qualquer coisa séria bom! - Pansy exclamou.

- Esperem!

Draco xingou ao chutar uma das cobras que tentava se agarrar ao seu pé, elas se agarravam a ele e tentavam puxar, e nenhum deles queria ser levado pro meio delas.

Aurora estava tentando usar feitiços mais ofensivos, tinha deixado os feitiços pequenos pra trás, abandonou a ideia de tomar cuidado, não era mais brincadeira, aquilo realmente tinha saído do controle.

- Salazar, direita!

A longa calda de Salazar foi na direção mandada, atirando cobras para longe. Ele e Aurora estavam trabalhando juntos para tentar melhorar as coisas, como o Basilisco estava sempre vendado, Aurora tinha que falar para onde ele deveria atacar, ele também podia sentir vibrações pelo chão, o que era uma vantagem.

Foi quando algo aconteceu, algo que mudaria tudo.

Uma cobra maiorzinha agarrou a barra da capa de Aurora sem ela perceber, e com um puxão firme de sua força de mármore a menina foi ao chão. Deu um grito agudo, sentiu mais delas se agarrando em sua capa e seu corpo começou a ser arrastado para longe dos amigos.

- Aurora! - Gritos assustados foram ouvidos.

Aurora se debateu tentando se colocar de pé, mas as cobras de mármore eram muito mais fortes do que ela.

No próximo momento, Salazar disparou, seu longo e imenso corpo deslizou com uma rapidez fora do normal para frente, a língua bifurcada para fora, achando o cheiro de Aurora rapidamente.

- Salazar! - Aurora gritou, esticando as mãos, tentando alcançar o animal que vinha em sua direção.

Foi o bastante, a língua de Salazar se enrolou nos braços de Aurora, ela pode sentir o cheiro de veneno se empregnando em suas roupas e braços, um puxão firme em seu corpo a fez pular do chão. Deu um grito agudo ao sentir seu corpo sendo jogado no ar, fechou os olhos com força, esperado o impacto do chão, esperando a dor de cair.

O impacto veio, mas não era o chão.

Era gelado, sentia escamas contra seu rosto, cheiro de veneno de cobra. Abriu os olhos, os arregalando logo depois. Estava encima da cabeça de Salazar, podia ver as escamas negras brilhantes de um anima saudável, os longos chifres negros curvados estavam ali, um de cada lado.

Se apoiou nos cotovelos, levantando o corpo. Os chifres de Salazar estavam aos lados dela, e Aurora se segurou neles, sentindo que o Basilisco ainda se movia rapidamente, batendo em cobras e as jogando para longe dele.

Ficou de pé, vendo tudo de cima, e viu quando Salazar desceu sua calda contra as cobras, desta vez não foi para afastar. Uma batida forte as destruiu, as transformando em pequenos pedaços de mármore.

Aurora arregalou os olhos, se segurando bem ali.

- Salazar...

- Mestre, você está bem?

- Estou. Você me salvou!

- Eu nunca deixará isso a machucar. Se segure, eu vou levá-la de volta para seus amigos humanos.

Aurora se segurou bem, sentindo a cobra se mover, mas antes que possa virar, Blasio exclamou:

- Aurora! Piertotum Estatum em língua de cobras!

- Salazar, parado! - Ele obedeceu. Aurora levantou os braços, a varinha na mão, exclamou o mais alto que podia. - Piertotum Estatum!

As cobras de mármore pararam no mesmo momento, então, como se nada tivesse acontecido, eles viraram e voltaram a deslizar em direção aonde deveriam estar, nas paredes.

Todos ficaram muito parados, somente observando. Respiraram fundo, finalmente relaxando.

- É isso que eu chamo de treino. - Oliver murmura.

- Você está bem? - Draco se aproximavam de Salazar e Aurora.

- Sim, foi só um susto. - Suspirou. - Salazar, me ajude a descer.

O Basilisco abaixou a grande cabeça, se deitando, Aurora pulou para o chão, sendo recebida por um abraço de Draco. Ela respirou fundo, mas então se voltou para Salazar, tocou a ponta das duas fendas nasais do Basilisco:

- Obrigada. Você foi ótimo.

- Não precisa me agradecer. Foi um bom treinamento para vocês?

Mas no momento em que ele disse isso, uma nova ideia surgiu na mente de Aurora.  Uma ideia bem mas legal do que lutar contra cobras de mármore.

- Salazar, o que você acha de treinar comigo? Como uma dupla?

O Basilisco se agitou animado:

- Eu adoraria, Mestre.

Aurora sorriu grandemente, olhou para os amigos:

- Vamos tentar de novo, dessa vez, eu e Salazar vamos pra linha de frente juntos. Vamos tentar algo.

- Algo? - Pansy pergunta.

- Nada de mestre e monstro. - Aurora os olhou sorrindo. - Uma dupla, eu quero atacar com ele.

Todos se olharam, pensando. Draco foi o primeiro a se animar:

- Tire a máscara dele.

- Que? - Oliver arregala os olhos.

- Nos ficamos longe, lá encima da estátua. Se quer lutar com ele como iguais, tire a venda e deixe que ele lute de verdade. Você vai estar encima da cabeça dele de qualquer modo, não vai ver nada.

Aurora sorriu, aquela sim era uma ideia. Virou para Salazar:

- Eu vou tirar sua venda, e quero que você lute com tudo o que tem, nos dois, juntos. Vamos tentar de novo, certo?

- Certo!

Aurora concordou, os amigos se afastaram, indo para cima da estátua, aonde ficariam ali de olho. Aurora subiu encima de Salazar de novo, ficando de pé na cabeça do Basilisco, se abaixou e desfez o nó da venda.

- Está pronto pra isso Salazar?

- Sim mestre.

- Então lá vamos nós!

A venda caiu no chão.

Salazar, o Monstro, abriu seus olhos amarelos, e olhou somente para frente. No mesmo momento em que fez isso, Aurora pode sentir algo estranho. Sua boca tinha um gosto estranho, salivava sem razão.

Sentia gosto de veneno. Veneno de cobra.

🐉

Oi pessoal! Lembrem de curtir e comentar bastante.

Se vocês estão lendo no dia certinho que eu postei, então é natal. Feliz Natal pessoal!