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No outro dia Aurora entendeu exatamente com quem estavam lidando quando se trata de Umbridge.

A mulher tinha proibido varinhas em sua aula de Defesa Contra a Arte das Trevas, e tinha feito todos copiarem a mesma informação três vezes no caderno, por que segundo ela, era assim que se aprendia. A pior parte foi quando Potter tentou a confrontar.

- E como vamos nos defender de quem está lá fora?

- Quem iria querer atacar crianças? Francamente. - A professora desdenhou.

- Voldemort, talvez?

A sala toda caiu em um silêncio desconfortável, todos os olhos dardilhavam entre Harry para Umbridge, querendo saber de onde viria o próximo ataque. A mulher deu um sorrisinho persistente:

- Vocês foram informados de que um certo bruxo das trevas voltou. Tal informação, simplesmente não é verdade.

- É sim! Ele voltou! Lutei contra ele!

- Mentiras!

- Então segundo a senhora Cedrico Diggory caiu morto por que quis?

- A morte do senhor Diggory foi um acidente terrível...

- Assassinato! Voldemort o matou!

- Detenção! - Umbridge gritou, o rosto ficando tão rosa quanto suas roupas. - Eu não irei tolerar mais tantas mentiras, detenção senhor Potter.

E a aula continuou mais tensa do que nunca, e mais desconfortável do que nunca.

- Não acredito que ele realmente achou que iria vencer em uma briga como essa. - Aurora revirou os olhos.

- Potter faz as coisas sem pensar, ele só está dando mais munição para todos o chamarem de louco. - Oliver diz.

- E quanto mais ele faz isso, mais o Lorde cresce. - Draco concordou.

De fato, na mesma tarde, boa parte da escola chamava Potter de mentiroso, diziam que ele queria mais fama além de ser o menino que sobreviveu. Os cinco amigos que sabiam a verdade não abriam a boca sobre o assunto, se fizessem suas cabeças estariam em jogo.

A aula de Dolores foi traumática não só para eles, mas para as outras duas Casas também. Todos tinham sofrido sobre a ideia de sem varinhas e somente livros e cópias. No fim do dia, os murmurios de raiva contra a nova professora já estavam em alta.

- Nenhum professor de DCAT foi tão odiado quanto ela. - Blasio comenta no jantar. - Nem mesmo o maluco do Lockhart, e olha que ele foi bem odiado.

- Pelo menos ele deixava a gente tocar nas varinhas. - Pansy comentou, chateada. - Pô, passamos o ano passado todo treinando feitiços e tudo mais, iríamos ser imbatíveis esse ano em tudo que envolvesse feitiços, e ela tirou isso da gente.

- Ainda temos a aula de Feitiços com a Minerva, vamos mandar bem. - Oliver suspira, nada satisfeito.

- E amanhã mesmo vamos voltar a treinar dobrado na Câmara. - Draco diz. - Com todo o lance de Aurora estar marcada, melhor não darmos bobeira.

Todos concordam, mas Aurora comia tranquilamente.

- E como a Aurora não parece estar preocupada, nós vamos ter que cuidar dela por ela. - Oliver diz.

Aurora levanta os olhos, deu um sorrisinho pra o amigo, vendo seu rosto duro para ela.

- Tem como você relaxar, Oli? Eles só vão fazer algo se eu falar algo que não devo, e eu não sou tão idiota pra dar motivos pra ser morta. Vou ficar na minha, como todos vocês, me proteger, e vou ficar bem. Aliás, tenho que comer, hoje Snape tem aquela aula pra mim, sabe? Que eu falei.

Todos eles concordam, Aurora tinha dito sobre a aula para se proteger mentalmente, e todos estavam tão animados quanto ela para saber do que se tratava. Sabiam também que qualquer coisa que Aurora aprendesse lá, ela iria os ensinar logo depois.

Depois do jantar, Aurora foi com seus amigos de volta para o Dormitório assim como todos os outros. Ela tomou um banho rápido e se vestiu com uma capa preta, e logo desceu, aonde encontrou seus amigos a esperando.

- Quando voltar eu conto o que aconteceu. Aliás, Draco, ainda temos que falar sobre nossa aposta anual!

- Eu não me esqueci dela. - Draco sorriu.

Deu um tchau para seus amigos, um selinho em Draco, então saiu do lugar. Foi rapidamente para a sala de Snape, agora com Dolores por aí ela não queria dar bobeira andando quando não deveria. Chegou rapidinha na frente da porta da sala de Snape e deu duas batidinhas, sem demora a porta se abriu sozinha. Aurora passou rapidamente, fechando a porta atrás de si.

A sala pessoal de Snape era diferente da sala das aulas de Snape, não tinha nenhuma carteira. O lugar era grande, havia grandes prateleiras com garrafinhas de poções bem fechadas, armários com varias propriedades magicas para fazer poções, uma longa mesa estava no centro do lugar, nela havia alguns papeis, cadernos e uma grande garrafa de água cheia, atrás dele, uma janela grande dava visão para o fundo do Lago Negro.

- Boa noite senhorita Slytherin, esta pontual, ótimo.

Snape estava sentado atrás de sua mesa, o rosto duro como sempre, os olhos observando cada passo que Aurora dava, as mãos cruzadas encima da mesa. Aurora andou para a frente da mesa, uma cadeira apareceu ali, e ela se sentou.

- Não quis demorar, isso tudo me parece importante. - Ela diz.

- De fato. - Concordou. - A senhorita já ouviu falar de algo chamado Oclumencia?

- Uhm... Mais ou menos, senhor. Eu sei o básico. Oclumencia é uma magia antiga de ocultamento da mente, é como... Fortificação?

- Estamos no caminho certo. - Snape concordou levemente. - Oclumencia é o ato de fechar a mente a ataques externos, isso quer dizer, você protege sua mente de invasores. Como eu disse ontem, o Lorde costumava a entrar na mente das pessoas, para descobrir seus segredos, ou o que estavam fazendo, e em caso de inimigos, ele implantava falsas visões, os levando a loucura. É uma forma delicada e precisa de tortura. Oclumencia ira a proteger de tais ataques.

- Acha que o Lorde ira tentar me enlouquecer?

- Talvez não enlouquecer, mas ele pode muito bem querer saber se você não esta falando de mais por ai, ou coisa do tipo. Não temos certeza sobre os passos do Lorde, mas se pudermos a proteger disso, talvez seja um começo. Pronta para começar?

- Sim senhor.

Snape levantou, puxou a varinha e com um leve aceno a cadeira de Aurora se afastou da mesa, indo para o centro do lugar e a arrastando junto, dando assim espaço para Snape contornar a mesa e ficar de frente para Aurora. Ele apontou a varinha para a menina:

- O que eu vou fazer é simples, eu vou tentar entrar em sua mente e ver alguma memoria sua, vou ir devagar assim você pode saber quando se defender. Seu trabalho é tentar me bloquear.

- Como faço isso? - Aurora pergunta, se ajeitando na cadeira.

- Feche sua mente, seja forte e não desista.

Aurora não sabia ainda como iria fazer aquilo, mas concordou prontamente com qualquer ideia que ele tivesse, e se concentrou, as mãos agarradas nos braços da cadeira. Mal tinha concordado, sentiu sua cabeça doer como se tivesse levado um soco de cada lado, por um momento ela não via mais nada além de uma escuridão imensa, e então, surpreendentemente, estava voando.

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Oi pessoal! Lembrem de curtir e comentar bastante, o próximo capítulo tá prontinho pra lançar!

Slytherin Heir - Draco MalfoyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora