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Aurora e Draco, porem, não estavam nem um pouco afim de ficar sentados ali esperando, principalmente quando a Felix que Dumbledore voou pelo lugar, acertando as pedras e abrindo espaço para passar.

Aurora espiou pelo buraco que ela deixou, vendo que o caminho continuava. Depois daquilo, decidiu que iria começar a fazer o trabalho para Snape, e puxou a varinha.

- Você vai nos enterrar aqui. - Rony avisa.

- Se eu enterrar só você já vou estar satisfeita.

- Mais uma vez, me lembrem por que vocês vieram com a gente? Por que pelo o que eu saiba vocês nem gostam de nós.

- Não mesmo. - Draco concorda.

- Mas isso não quer dizer que um de vocês pode cair morto e nos não vamos ligar. - Aurora completa.

- Sabe, ainda somos humanos, vocês sabem disso, não é? - Oliver revira os olhos.

Rony não disse nada, estava sentado ao lado do corpo inerte de Lockhart. Aurora e Draco começaram a tirar algumas pedras menores que não fariam muita diferença sobre cair ou não cair o teto encima deles.

Enquanto isso, Oliver as mandava direto para o teto com sua varinha, as grudando ali e tentando reconstruir aos poucos o teto.
Foi quando ouviram o som de capa batendo, e logo, uma sombra negra apareceu ali a frente deles. Voar sem vassoura era uma magia muito difícil, de fato, um caso de magia negra, já que não era aparatação. Aurora já tinha visto magia negra algumas vezes em sua casa, mas sempre se impressionava. A fumaça negra se torcia e destorcia, ate que chegou na frente deles.

Blasio apareceu, cambaleando e caindo sentado, parecia enjoado. Já Snape estava de pé, a capa ainda direitinha em seu corpo, os olhos estreitos para o lugar. Ele olhou envolta, medindo a situação com cuidado.

- Senhor, o Potter já foi enfrentar o Basilisco. - Aurora diz.

Snape respira fundo, como se quisesse se controlar.

- Por favor, abra espaço, senhorita Slytherin.

Ela saiu rapidinho dali, ajudando Draco a levantar Blasio do chão, o moreno ainda estava todo tonto, parecia pálido e prestes a vomitar.

- Eu odiei a volta... - Ele resmungou.

Snape puxou a varinha, levantou os braços.

- Bombarda!

A parede de pedra explodiu, mas antes que as coisas começassem a cair encima deles, Snape movimentou os braços, parando as coisas no ar. As pedras foram voltando ao lugar, e logo, o teto estava de volta em seu lugar de origem.

Rony foi o primeiro a sair correndo pelo túnel, o que fez Snape sibilar de raiava. Eles todos seguiram, mas com mais cuidado, as varinhas nas mãos.

- Todos atrás de mim. - Snape pede.

Eles obedecem, ficando atrás do homem, mas sempre espiando. Chegaram em uma parede, havia uma porta redonda com varias cobras, estava aberta, mas Aurora percebeu que havia um outro caminho além daquele que eles entraram. Entraram pela porta de cobras, aonde acharam um longo corredor, era imenso, caberia uma multidão ali. Ao redor havia água, estatuas de grandes cobras. Lá na frente havia uma imensa estatua do rosto de um homem, sua boca estava aberta, a estatua parecia estar meio quebrada em uns cantinhos. Na frente dela, Gina era abraçada por Rony, Harry estava bem ali do lado com a Fenix de Dumbledore em seu colo.

- Potter! - Snape se aproxima rapidamente. - O que ouve aqui?

- A Gina esta bem, senhor. Matei o basilisco.
Foi quando Aurora percebeu, uma espada ensanguentada. Mais ao lado, o basilisco estava caído morto, boa parte do corpo dentro da água, a cabeça virada encima do piso, os olhos amarelos estavam cegos com arranhões.

Aurora correu direto para o basilisco, esticou a mão, tocando a cabeça do animal.

- Eu sinto tanto que isso aconteceu... Eu sinto tanto... Não foi culpa sua, você só estava seguindo ordens.

Mas o basilisco não podia mais ouvir. Draco estava ao seu lado, deu uma boa olhada no basilisco, então pegou a mão de Aurora:

- Vem.

Tirou a menina de perto do animal morto. Snape estava olhando o animal, muito impressionado.

- Afinal, quem foi que abriu a Câmara? - Aurora quis saber.

- Isso daqui. - Ele mostrou o caderno todo rasgado. - É o diário de Tom Riddle.

- Lord Voldemort. - Snape pega o diário, olhando.

- Ele usou o diário para guardar uma memória dele. - Harry se levanta. - O diário parou nas mãos da Gina, então Voldemort possuiu ela, a fazendo vir aqui e abrir a Câmara, atiçou o basilisco para cima dos nascidos-trouxas. Mas ela não sabia o que estava fazendo, senhor.

- É claro que não. - Snape ajuda Gina a levantar, ela estava fraca e pálida. - O Lorde das Trevas é muito persuasivo quando quer. Vamos sair daqui, a senhorita Weasley vai para a enfermaria, Potter vai levar isso direto para Dumbledore, ele já esta de volta.

Dumbledore tinha sido afastado do cargo, mas parece que já tinha voltado. Mas enquanto os outros saiam da Câmara Secreta, muito animados para cair fora dali, Aurora ficou, olhando para a estatua do homem ali.

Snape percebeu isso, mandou os outros continuarem indo, sabendo que a Fênix iria os liderar para o lugar certo, mandou levarem o corpo de Lockhart junto, enquanto ele mesmo voltou. Andou até o lado de Aurora, os dois ficaram ali em silencio, olhando a estatua.

- Salazar trabalhou muito neste lugar. - Snape diz.

- É uma estatua dele, não é?

- É sim.

- É linda. Eu sei que não deveria, mas estou triste que o basilisco morreu. Ele só estava fazendo o que Voldemort mandou. Eu o ouvi algumas vezes pela escola, nunca consegui controla-lo... Talvez se eu tivesse sido mais dura ele largasse a as ordens de Voldemort.

Snape negou:

- O Lorde das Trevas é mais velho que você, o basilisco iria ter que o obedecer pois ele era o herdeiro mais velho de Salazar.

- Mas o Lorde não tem mais poderes, ele perdeu quando tentou atacar o Potter.

- Mas ao que parece ele deixou rastros dele por ai. O diário.

- Fui vencida por uma memória de um bruxo que perdeu para uma criança. - Bufou.

- Não foi vencida. Acharam a Câmara, destruíram o diário, salvaram a Weasley, e ainda desmascararam um professor incompetente. - Ela o olhou, Snape deu de ombros. - Blasio me contou sobre a farsa de Lockhart. Mas o que eu ia dizendo... Não foram vencidos, na verdade, eu consideraria isso como uma grande vitória.

- Senhor, o que vai acontecer com a Câmara agora? - Ela olha envolta. - Vão destruir? Não podem! Salazar trabalhou muito nela, e era aqui que ele ensinava seus melhores alunos.

- Irei falar com Dumbledore sobre isso, mas duvido que esse lugar será destruído, é bem embaixo da escola, vai saber o que ele segura lá encima, não podemos dar o luxo da escola colapsar. Será fechado de novo, é claro, mas não destruído.

- Mas um ofidioglota ainda vai conseguir entrar.

Snape a olha, orgulhoso que ela entenda aquilo. Aquele lugar era uma das heranças de Salazar, era de Aurora por direito de sangue.

- Sim, uma ofidioglota poderá entrar aqui.

Ela da um sorrisinho, sabendo bem que aquela não seria a ultima vez que estaria ali.

- Agora vamos, melhor descobrirmos aonde aquele segundo caminho vai dar.

- Mesmo? - Ela se anima.

- Sim, claro. - Concorda, andando com Aurora para fora dali. - Melhor sabermos, para o caso de alguma ofidioglota querer entrar outra vez.

Aurora entendeu, sorriu para o professor, mas ele se manteve firme ali.

Aurora pensou que talvez Snape gostasse mais deles do que o homem mostrava.

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Slytherin Heir - Draco MalfoyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora