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As escadas feita por magia era de madeira clara, nada muito grande somente o bastante para sua passagem.

Aurora subiu ali rapidamente, mas manteve a varinha em mãos. Se tinha um basilisco antes, nada impedia de ter outras coisas perigosas ali. Achava que o cuidado era sempre o melhor.

Quando chegou a boca de Salazar, espiou ali dentro, mas tudo estava escuro, tão escuro que ela não conseguia ver a própria mão a sua frente.

- Lumus.

A ponta de sua varinha acendeu, e a primeira coisa que Aurora viu foi uma tocha pregada na parede, apagada. Aurora deu passinhos até ali, sentindo o terreno pra ter certeza que não iria cair em lugar nenhum.

- Inflamare.

A tocha se ascendeu com fogo, e com ela, outras foram juntas, iluminando o lugar.

O que seria talvez a garganta de Salazar era um corredor agora de tochas acesas, e Aurora logo pode ver uma grande passagem aberta. Se aproximou com a varinha em punho, espiando o lugar.

Havia uma porta aberta, e lá dentro, uma sala imensa, realmente muito grande, haviam ossos no chão e pele de cobra, além de uma gosma cobrindo o chão. Era ali que o basilisco vivia antes.

Aurora não tomou tempo ali, e sem nada para ver no lugar, ela seguiu caminho pelo corredor iluminado de chamas. Era gelado, dava um friozinho na espinha, mas era tudo imenso e curioso. Aurora percebeu que nas paredes do corredor, entre tochas e tochas, haviam outras cobrinhas de pedra ali.

A primeira porta não demorou para aparecer, Aurora empurrou, abrindo, não deixando de perceber a maçaneta em formato de cobras enroladas. Cada detalhe parecia trazer cada vez mais sentimentos de um ofidioglota e Sonserino orgulhoso.

Tateou a parede até achar um interruptor e ligar a luz. Estava fraca e piscando pela falta de uso, mas estava ali, e foi o bastante para iluminar o lugar.

Era uma biblioteca pessoal, o que deixou Aurora de queixo caído. Deu passinhos para dentro, observando cada cantinho do lugar. Haviam prateleiras e mais prateleiras cheias de livros de capas grossas e empoeiradas, sofás e poltronas tão sujas pelo tempo, e teias de aranha pra todo o lado. Um lugar esquecido e abandonado.

Aurora tossia pela poeira, mas entrou do mesmo jeito. Olhou envolta, vendo as coisas, começou a serpentear entre as imensas prateleiras de livros. Aquilo ali era mais pesado do que a Seção Proibida de Hogwarts. Haviam livros sobre as piores azarações que Aurora nem poderia pensar, e magia negra tão terrível que faria até um adulto estremecer.

Logo depois de dar uma olhada no lugar, Aurora decidiu mover, saindo dali, respirando um pouco de ar puro, e voltando a andar. Desceu escadas, e a cada passo que dava sentia o frio se intensificando, sabia que agora estava provavelmente até debaixo do Lago Negro, nas profundezas mais baixas dele.

A primeira porta que viu, ela abriu. Era um banheiro, não muito diferente dos banheiros da Sonserina, somente maior, um box de chuveiro, uma banheira, privada, uma imensa pia e um espelho adornado em verde. Aurora se aproximou, ao lado da pia havia um armário negro, ela abriu, querendo descobrir tudo o que possível.

Viu muitas teias de aranhas, viu escovas de dente e pasta, viu toalhas sujas pelo tempo, e algumas poções que ela não identificou. Fechou o armário, seguindo em frente.

A próxima porta era muito interessante, na verdade, era um quarto.

Havia uma imensa cama toda suja de pó, mas ainda perfeitamente feita. Havia uma mesa cheia de poções, livros, papéis. Havia um guarda roupa imenso negro, Aurora abriu, tossindo logo depois com o tanto de pó que veio pra cima dela.

As roupas eram de época, como calças bufantes, camisas de manga elegante e os longos trages de vestido masculino que os bruxos usam. A paleta de cores era clássica variava entre preto, cinza e verde, em seus diferentes tons. Aurora sorriu, pensando em um velho homem todo pomposo, vestido com aquelas roupas, andando pelo castelo, sentindo o orgulho de ser um fundador.

Reparou na mesinha de cabeceira e foi até ela. Viu um copo cheio de pó, e viu um tinteiro com tinta seca, a pena grudada ali dentro, presa pelo tempo sem uso. Abriu as gavetas do lugar, mas não havia muito. Seus olhos logo viram o caderno preto encima da mesa, e ela foi até ele, o abrindo na primeira página.

- Diário de Bordo. Conquistas, testes, feitiços e Poções.

Folheou o caderno, completamente estática com aquilo. Era um diário escrito por Salazar Slynterin, com feitiço de resistências, já que sobreviveu ao tempo somente com algumas páginas amareladas.
Aurora enfiou aquilo em sua mochila aonde levava as coisas da aula em que não compareceu, ela queria poder ver isso melhor depois. Depois de fuçar tudo o que tinha no quarto, Aurora decidiu prosseguir então para a última porta fechada.

Quando abriu, se viu em um escritório. Havia uma mesa grande, apinhada de papéis e livros, e ao redor haviam armários com poções, potes de vidro com pequenos cadáveres de animais, fora uma variedade imensa de ingredientes para poções.

Entrou sorrateira, indo direto para a mesa. Não se sentou na cadeira toda suja, mas começou a olhar os papéis escritos a mão, todos muito bem trabalhados e organizados.

Teste número 148, poções com veneno
Teste número 210, feitiço protetor
E mais outros milhares de nomes em papéis, Aurora estava encantada. Agarrou mais cadernos, vendo seus títulos.

Criação de poções, de Ditamio a mortal.

Criação de estátuas protetoras.

Manual do usuário de estátuas cobras.

Proteção estudantil, rotas de fuga.

Aquele título a chamou a atenção, e ela abriu. Ali, haviam milhares de ideias e rotas de fuga para fora de Hogwarts. Salazar descrevia sobre como iria tirar seus alunos dali se a caça as bruxas chegasse a eles, segundo o livro, ele tinha orquestrado milhares de possibilidades, cada uma diferente, cada uma pensando em um tipo diferente de ataque, ou mudando uma situação que pudesse mudar a rota.

Aurora sorriu, pensando no quanto Salazar se importava.

- Senhorita Slyterin?

Ela ouviu Barão Sangrento chamar, o que a despertou de seus devaneios. Tinha que voltar.

- Estou indo senhor Sangrento!

Saiu correndo dali, mesmo sabendo que não demoraria nadinha para voltar.

🐉

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Slytherin Heir - Draco MalfoyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora