·Quase Reconciliações·

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Juro solenemente não fazer nada de bom
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Meninas, tão bonitas e equilibradas
E suave ao toque
Mas Deus me fez áspera
Meninas, com coroas tão pesadas
Elas carregam isso alto
Mas isso está me pesando

{Princesses Don't Cry -- Aviva}

🌙

Régulus andava com calma pelo corredor, até que alguém se pôs no seu caminho.

--Onde está indo, Black? -- Avery questiona.

--Não te interessa, Avery -- responde ríspido.

--Mas pode interessar ao Lorde -- ele fala baixo.

--Que tal dizer logo o que quer e poupar meu tempo?

--A chegada desses viajantes, uma filha sua, talvez abale suas convicções, mas é bom lembrar que quando já se tem a marca não tem mais volta.

--Eu não preciso de um lembrete, já abri mão de muitas coisas para deixar que uma garota mude isso, Avery.

--O amor de um pai é diferente do amor fraterno, Black.

--Eu não sabia que alguém como você soubesse algo sobre qualquer tipo de amor -- rebate e raiva incendeia o olhar do garoto -- Agora que a nossa conversa acabou, tenho coisas mais proveitosas para fazer.

Segue seu caminho até o lugar que já era para estar há um tempo se não fosse pela interferência de Avery:  a biblioteca, tinha que começar alguns trabalhos e manter sua fama de aluno perfeito.

Entrou em um dos corredores procurando um livro, aquela hora o espaço estava vazio pois a maioria dos alunos estava almoçando ou nos jardins, por isso ele sempre escolhia aquele horário.

--Ashwinder -- passa a mão nas lombadas procurando um nome que se associasse a criatura mágica.

Escuta passos, mas não se dá o trabalho de se virar para ver quem é.

--Régulus

Ele se vira e se depara com olhos azuis acinzentados.

--O que você quer, Sirius? -- pergunta voltando a atenção para os livros novamente.

--A gente -- o mais velho pigarreia -- Poderíamos conversar?

Isso faz ele voltar a atenção para o mais velho.

--Conversar?

--É.

--Estou ocupado -- ele fala ajeitando a mochila nas costas.

--É claro, você sempre está.

--Olha, você quer que eu acredite mesmo que de repente você quer conversar? Não, obrigado, mas poderia sair?

Uma viagem (in)esperadaWhere stories live. Discover now