Uma viagem (in)esperada

·Mas guerras requerem mortes·

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Juro solenemente não fazer nada de bom
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Uma vez, quando eu tinha 7 anos
Minha mãe me disse: Vá
Faça alguns amigos ou você vai ser solitário
(...)
Era um mundo muito grande, mas pensávamos que éramos maiores
Empurrando uns aos outros até o limite, estávamos aprendendo mais rápido
(...)
Eu tenho meus amigos comigo, ao menos aqueles à favor
E se nós não nos vermos antes de eu partir, espero vê-los mais tarde

{7 years -- Lukas Graham}

🌙

Astória acordou cedo como sempre e observou enquanto os outros dormiam, sabia que com certeza alguns deles tinham demorado para dormir. Se levantou o mais silenciosamente possível, enquanto seguia para o banheiro percebeu a falta de uma pessoa na sala.

Seguiu sua rotina habitual, ou o mais habitual possível num tempo diferente, desceu as escadas com sua mente ainda na ausência de Malfoy, não que ligasse para o garoto, só estava curiosa.

Foi então que percebeu a porta na sala, em sua defesa era difícil reparar nela, a empurrou sem obter sucesso.

--Alohoma.-- fala usando o feitiço e empurrando de novo, dessa vez a porta se moveu.

Agora sabia onde Malfoy se metera, ele estava dormindo, era interessante ver como seus cabelos loiro-platinados se misturavam com o branco do travesseiro, mas ao contrário daquilo não era nenhum pouco agradável ver como ele se remexia como se tivesse tendo pesadelos e, percebeu, também murmurava coisas.

Talvez não fosse o correto, mas se aproximou para escutar o que ele dizia.

"Mãe, eu vou conseguir, vai ficar tudo bem."

"Eu estou me esforçando, Bellatrix."

"Só preciso que me diga como consertar."

"Não é da sua conta!"

Então ele gritou, a sonserina surpreendida pelo som acabou caindo para trás.

--Que droga!-- diz se levantando.

Não sabia se foi o barulho que ela fez ou se Draco acordara sozinho mesmo, mas se deparou com os olhos dele abertos.

--O que faz aqui, Greengrass?-- pergunta irritado.

--O que você faz aqui?-- retruca.

--Estava dormindo em paz.

--Eu diria que a última coisa que estava era dormindo em paz.

--Você escutou.-- ele constata.

--Escutei.-- admite.

--Deve ter se divertido muito.

--Nem um pouco.-- ela diz.-- Por que gritou?