·Prólogo·

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Juro solenemente não fazer nada de bom
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1979

Sirius Órion Black

--Deixa que eu vou -- digo quando a terceira batida soa pela casa.

--Obrigada, Sirius -- Lils diz com um sorriso.

--Quem é? -- Retiro a varinha do meu bolso quando ninguém responde -- Não vou perguntar de novo.

Nenhuma resposta, fico alerta.

--Se é assim que quer.

Me afasto da porta e com um feitiço a abro, não vejo ninguém e sigo devagar até a porta.

Então vejo um cesto na varanda e faço alguns feitiços para detectar arte das trevas.

--Ruiva, vem aqui.

--O que foi? -- Pergunta.

--Tem um cesto aqui, já fiz alguns feitiços para detectar arte das trevas e nada.

--Temos que vê o que tem dentro do cesto -- ela pega a varinha e com um feitiço o cesto começa a segui-la.

Ela para o cesto na mesa da cozinha.

--Está se mexendo -- franze o cenho e se aproxima.

--Deixa que eu vejo -- me aproximo do cesto e reparo que tem um bebê -- Lils, é um bebê.

Ela se aproxima.

--De quem será?

--Tem duas cartas aqui -- digo as pegando e lendo -- Uma diz para Sirius Black e a outra para Mêtis.

--Abre logo, Sirius -- a ruiva pede.

Abro devagar e pego o papel que tinha dentro do envelope, leio mentalmente.
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Sirius,

Eu sei que há muito tempo nosso laço fraternal se rompeu. Por muito tempo te culpei, te culpei por me abandonar, por preferir o Potter, por não ter voltado e por muitas outras coisas, mas a verdade é que eu que sou o culpado de tudo.

Fui um péssimo irmão caçula, enquanto você tentou, por um tempo, ser o melhor irmão mais velho.

Te peço perdão, mas não é só por isso que te escrevo. Essa bebê que está no cesto é minha filha, surpreso?

E eu queria que você a protegesse, eu não posso ficar com ela pois vou para um tipo de missão e a mãe dela, bem, Voldemort atacou a vila onde ela vivia há dois dias. Ela era mestiça e ele a matou, porém eu consegui salvar minha filha.

Sirius, talvez seja tarde demais para você me perdoar, mas sei que nunca negaria proteção a uma criança. E eu só confio em você para isso.

Por muito tempo acreditei nos ideais de Walburga e Órion, mas desde o começo desse ano eu venho mudando de ideia e isso vai resultar em uma única coisa: minha morte.

Não tenho medo dela, acho que será como abraçar uma velha amiga, contudo tenho medo da bebê ficar sem proteção, por isso cuide dela por mim, te imploro.

Uma viagem (in)esperadaDonde viven las historias. Descúbrelo ahora