·O quadribol não para·

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Juro solenemente não fazer nada de bom
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Lílian Evans

--Lils?

--O quê? -- pergunto.

--Você está aérea, aconteceu algo?

--Não é nada, Tiago.

--Ontem quando fui te encontrar para fazermos uma parte do trabalho você arrumou uma desculpa e se afastou, eu me preocupo com você, quero dizer...como amigo, óbvio -- ele passa as mãos pelo cabelo, um ato que eu interpretava como um gesto de arrogância, mas que na verdade mostra seu nervosismo. -- Você pode conversar comigo, afinal amigos desabafam um com os outros e somos amigos não é?

Nunca imaginei ver Tiago Potter inseguro.

--Claro que somos amigos, Ti. É que é complicado.

--Eu sou ótimo em lidar com coisas complicadas.

--Não me sinto a vontade para falar sobre isso, mas quando estiver nós conversamos.

--Estarei esperando.

--Agora ao trabalho -- desenrolo o pergaminho. -- Faltam trinta centímetros.

--Ainda?

--Para de reclamar, preguiçoso.

--Deixa que eu escrevo, sua letra é muito pequena.

--Não acredito nisso -- olho para a letra dele quando começa a escrever -- Você aumentou sua letra.

--Essa é minha letra normal.

--Conheço sua letra, Tiago.

--Me observando, Evans?

--Lógico que não.

--Você corou -- ele ri.

--Mary tem razão, eles são fofos juntos -- aponto para Theodore e Mêtis que estão rindo de algo em uma mesa um pouco distante para desviar do assunto.

--Um pouco estranho uma corvina e um sonserino.

--Ele parece ser bem discreto e legal.

--Não sei não.

--Por causa do verde e prata?

--Vamos concordar que lá não tem muitas pessoas legais.

--A grifinória também tem umas pessoas insuportáveis.

--Quem por exemplo?

--Hope Kirsch.

--Isso é por causa do abraço que ela me deu na última vitória da Grifinória?

Uma viagem (in)esperadaWhere stories live. Discover now