Arrancada

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Ela cumpriu o que me disse e logo no dia seguinte começamos a fisioterapia nas minhas pernas, a dor já não me incomodava mais, mas quando ela movimentava meus membros atrofiados ela voltava, então começamos a colocar compressas nas regiões e tudo se tornou mais suportável.

Mas foi naquela manhã, como em uma cilada do destino que tudo aconteceu.

Ela não tinha passado a noite comigo, sequer sabia se ela estava na casa, eu já estava acordado a algum tempo e nem sinal de sua figura. Pensei em chamá-la, gritar por ela mas algo me fez ficar quieto.

Talvez estivesse preparando mais uma de suas surpresas...

Foi quando ouvi um ruído, um som bem diferente do que já ouvi antes.

Eu ouvi os passos mas eles pareciam distantes

Todo meu corpo se sobressaltou

Eram mais duros e pesados dos que conhecia

E eu conhecia os passos dela muito bem

Tentei me ajeitar na cama apreensivo

Havia alguém na casa?

Alguém além de nós dois?

Não foi preciso que eu tivesse qualquer ato, de repente a porta se abriu e ele apareceu diante de mim

-Meu Deus...Senhor Uchiha!

O homem, um policial, tinha uma lanterna na mão apesar de ser dia, o ambiente daquela casa era frio e nublado, nebuloso, e uma pistola na outra.

Abaixou ambos quando se aproximou da cama alarmado

-Não acredito que está realmente vivo!

Eu ia dizer algo

Eu tentei, mas realmente estava completamente aturdido

Ele se aproximou de mim e foi quando retirou as cobertas de minhas pernas ficando de pé outra vez já preparado para pegar o rádio sobre o ombro que aconteceu

A punhalada foi certeira

O homem gritou e ela surgiu de trás dele, pequena mas nem um pouco frágil

O homem gritou de dor e se virou cambaleante deixando tanto o rádio quanto a arma e a lanterna caírem.

Ali eu vi a tesoura de jardinagem cravada no centro de suas costas

Ele começou a cambalear e tentar alcançar o objeto em sua carne, mas o que mais parecia é que abanava os braços sem um rumo certo.

Eu via tudo aquilo com meus olhos assustados

Foi ela mesma quem retirou o artefato das costas dele o agarrando com as duas mãos e usando o pé na junta de uma das pernas dele como apoio

Ele gritou mais uma vez e caiu ajoelhado no chão

Antes dela fazer ele olhou para cima, para a jovem com as mãos ainda com as luvas sujas de terra

Mal teve tempo de dizer algo, logo a tesoura foi cravada em seu crânio com um único golpe

Ela o perfurou através do globo ocular e o sangue jorrou a melando e sujando o chão

Eu estava em choque?

Só podia ser já que não conseguia denotar som algum

Ele caiu e ainda continuou se debatendo, parecia guinchar, até que seu grande corpo simplesmente parou

Instintivamente meus olhos foram para ela que parecia hipnotizada com a imagem do policial morto no chão do quarto

Estava ofegante, além de possivelmente ter vindo correndo, as punhaladas gastaram energia já que o homem era quase o dobro de seu tamanho

Louca PaixãoWhere stories live. Discover now