Obsessão

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Meus olhos estavam pesados e foi com um esforço fora do normal que consegui abri-los. Minha boca tinha um gosto estranho e eu me sentia entorpecido, grogue, fora da realidade.

Quando consegui os abrir tudo que vi foram fortes luzes sobre mim.

Fechei-os novamente para me acostumar a claridade, eu que passei tanto tempo nas penumbras daquela casa, ter a luminosidade assim sobre mim machucava meus olhos.

Respirei fundo, não sentia nada, absolutamente nada.

Será que ela havia me levado para outro lugar? Outra casa já que eu havia descoberto aquilo...

Estávamos no meio do nada e eu era um prisioneiro.

Tentei me lembrar dos últimos acontecimentos e constatei que a última coisa de que recordava era da picada e depois o vazio.

Tentei esticar o braço para tocar na região mas a sensação foi estranha

Abri meus olhos constatando que eu não conseguia o mexer

Me ergui em um rompante, estava deitado então me levantei e ergui meus braços, ambos de uma só vez

O grito que dei foi ensurdecedor

Meu braço esquerdo...onde estava meu braço?

Quase caí da maca onde estava, os tubos ainda estavam conectados no membro que me sobrava e a bolsa com o que parecia soro caiu fazendo um estrondo quando me movimentei

As lágrimas escorreram por meus olhos e eu simplesmente não conseguia para de gritar.

Foi quando a porta foi aberta.

E por ela passou a mulher de cabelos rosados

-Ora, vejam só quem acordou, faz um tempo que está aí, achei que nunca mais fosse acordar da anestesia.

Sínica

Dissimulada

-SUA DESGRAÇA!!! O QUE VOCÊ FEZ COMIGO?

Ela parou sem se aproximar mais

-Fiz o que era necessário Sasuke-kun

-VOCÊ AMPUTOU O MEU BRAÇO SUA LOUCA DOENTE!!

-NÃO ME CHAME DE LOUCA!

Ela esbravejou

Eu ofegava com força e somente minha respiração podia ser ouvida naquele instante

Então ela passou a mão pela roupa e pelos cabelos os ajeitando e me olhou sorrindo...

Ela era uma doente, como pude ter sido tão cego? Tão ingênuo? Tão estupido!

Quando voltou a se aproximar eu gritei

-NÃO SE APROXIME DE MIM!

Ela travou o lugar alarmada

Mesmo assim apenas respirou fundo e voltou a se encaminhar

Tudo que fiz foi a estapear com as poucas forças que tinha com a única mão que me sobrava

As lágrimas de ódio fluíam de meu rosto

-Calma, vai ficar tudo bem

Ela tentava me segurar mas eu estava insano

-Sua cadela maldita! Não me toque

Por fim ela se virou e eu ouvi um som metálico e o barulho de instrumentos caindo no chão

-NÃO!

Mal tive tempo de me defender, lá estava a agulhada outra vez

Lá estava eu novamente rendido ao mundo dos sonhos

Louca PaixãoWhere stories live. Discover now