EPÍLOGO

2.8K 411 185
                                    

No fim da história, a maioria dos formandos sabem para onde ir ou o que cursar, por alguns motivos eu fazia parte dos adolescentes que não tinham ideia do que fazer e Jared estava no mesmo barco comigo

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

No fim da história, a maioria dos formandos sabem para onde ir ou o que cursar, por alguns motivos eu fazia parte dos adolescentes que não tinham ideia do que fazer e Jared estava no mesmo barco comigo.

Papai nos aconselhou que tivéssemos um ano sabático, para assim descobrirmos a carreira que devemos seguir no futuro. Jared e eu optamos passar todo este ano em Paris, na França. Decidimos ir de trem e fazer paradas entre várias cidades, como dois mochileiros em busca de aventura. No começo fiquei um pouco apreensiva e os meus pais também, pois não conhecíamos a França e tampouco saberíamos como chegar em nosso destino. Entretanto, Jared havia decorado todas as rotas em que precisamos passar até Paris, porque era o seu sonho desde criança conhecer o museu do Louvre, a Torre-Eiffel e o palácio de Versalhes, e também tínhamos o velho e bom mapa.

Meus pais aceitaram, contando que pagássemos um guia turístico para que a gente não se perca. Mamãe até tentou nos convencer a levarmos um tradutor, no entanto descobrimos que Jared havia feito aulas de francês na infância, até ser fluente no idioma.

Eu sentiria saudades de Nova Iorque e das pessoas incríveis as quais conheci durante quatro meses, mas estava tudo bem ficar um ano afastada, pois Elizabeth voltou a morar com o Sean e papai se encontrava em um relacionamento com Abby, a senhora de cabelos curtos presente na minha festa de aniversário. Ela era legal, viúva, dona de uma rede de restaurantes e acima de tudo era apaixonada por Rob. Nunca passou pela minha mente que ele conseguiria esquecer a mamãe e seguir em frente com a sua vida amorosa, no entanto só precisou de uma pessoa ideal se achegar a sua vida para poder amar outra vez.

Jared e eu estávamos na estação ferroviária à espera do nosso trem. Toda a família estava reunida em forma de despedida, até mesmo Sean e Abby. O senhor Callahan e eu não éramos próximos, mas ele me respeitava e eu fazia o mesmo pela felicidade de Nancy. Sean até mesmo decidiu arcar com toda a viagem como um presente de formatura para mim. No começo Jared e o papai não gostaram da ideia, eles queriam bancar tudo, mesmo sem ter total condição financeira para os gastos. No entanto, decidimos que seria melhor Jared não mexer na poupança que os seus pais fizeram para ele ir para a faculdade e também que o papai cuidasse da vovó Patterson, assim ele estaria pagando uma parte da viagem.

O som do trem se locomovendo nos trilhos invadiu o ambiente, ele estava próximo e aquela seria a nossa última despedida. Papai e Abby me deram um abraço de urso, seguindo após para Jared, mas diferente disso, os três conversaram sobre algo aparentemente sério. Mamãe depositou alguns beijos molhados na minha bochecha e pediu para que eu me cuidasse, já seu esposo apertou a minha mão dizendo um breve e rápido até mais.

Elizabeth me deu um olhar cúmplice antes de me abraçar. Eu era muito grata por ter a conhecido e toda a sua bondade me serviu de aprendizado para não julgar alguém por inveja ou pelas coisas que ouço.

— Lembra de quando você me disse que eu podia te pedir o que eu quisesse? — sussurrou em meu ouvido enquanto o nosso corpo ainda estava grudado. Maneei a cabeça sinalizando que sim. Elizabeth manteve o seu olhar firme no meu e disse.  — Use camisinha.

Minhas bochechas se esquentaram violentamente e Elizabeth soltou uma risada.

— Eu vou sentir sua falta. — confessou, segurando minhas mãos.

— Eu também.— dei-lhe um sorriso fraco, mas sincero.

— Espero que se divirta — aproximou seus lábios ao meu ouvido. — e que use camisinha.

Assenti, mordiscando meu lábio inferior, pois Betty tinha razão e provavelmente Jared e eu faríamos aquilo.

O trem parou à nossa frente, Jared e eu entramos no vagão, colocamos as malas no compartimento sobre os nossos assentos. Nós estávamos lado a lado quando o meio de transporte começou a se locomover, ele segurava a minha mão de uma forma em que nossos dedos se entrelaçavam. Eu sentia o suor na palma de Jared e não somente por estarmos no verão.

— Está tudo bem? — Me atrevi a questioná-lo.

— Está, só estou com medo de furtar algumas coisas importantes em Paris. — sorriu nervoso. — Seríamos presos ou chutados de lá, e eu não quero estragar a nossa viagem.

— Que tal você me beijar todas às vezes em que senti vontade de roubar? — minhas bochechas estavam ardentes de vergonha, mas descobri que provocá-lo o fazia esquecer de tudo para flertar comigo.

Jared aproximou seus lábios dos meus em um beijo doce e sorriu.

— Agora eu só sinto vontade de te beijar.

Dei-lhe um sorriso cúmplice, pois eu queria o mesmo que ele naquele momento.

Com Jared aprendi a amar e também o significado da palavra rudimentar. Pelo dicionário notei que a palavra rudimento vinha de algo inicial, básico, primitivo e sem evolução moral ou intelectual. Por alguns anos essa palavra seria a minha definição perfeita, pois era alguém que não tinha metas ou sonhos próprios, sem contar o fato de eu me isolar das pessoas e pensar que eu seria melhor sozinha. Por causa disso, acabei sendo primitiva com algumas pessoas, algumas ideias e até mesmo com o cara que estava a fim, como consequência, eu cometi alguns erros no meio do caminho. Precisei sair da minha zona de conforto e como recompensa o destino me presenteou com uma chance de tentar outra vez, eu ainda tinha tempo para errar, consertar e acertar, este era o ciclo dos seres humanos e a minha nota mental mais importante era não ser rudimentar outra vez.

FIM.

A verdade é que todo mundo é Rudimentar, nem que seja só poucos vezes na vida ou para sempre

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.


A verdade é que todo mundo é Rudimentar, nem que seja só poucos vezes na vida ou para sempre. E não é um erro você não saber das coisas ou ter dificuldade em aprender outras, como Alex disse, é normal nós humanos errarmos, mas acima de tudo devemos aprender com os erros e crescer. E é sobre isso a história de Alex e Jared, ele a ajudou a crescer mentalmente, pra depois no fim ela perceber que ela pode fazer isso sozinha, que ela consegue ser alguém melhor a cada dia mais sem precisar de um ombro para tudo. E assim acaba Rudimentar, eu agradeço a cada um de vocês que tiraram um pouco de tempo para ler a obra e conhecer o vasto ambiente que é a mente de Alex. Eu agradeço pelos votos, comentários e todo o apoio que vocês me deram durante esse caminho. Estou muito feliz com este fim e também triste, vou sentir saudades da Alex e do Jared, mas fico ainda mais feliz por saber que agora eles podem caminhar sozinho em rumo a felicidade.

Para quem não me segue ou gostaria de conhecer as minhas outras histórias, convido a entrarem no meu perfil. Aliás, como disse no capítulo passado estou escrevendo o livro August que assim como rudimentar é um romance adolescente, a diferença é que vou abordar outros assuntos e que a história se passa no bom e velho verão. Vocês serão muito bem vindos. ♥️

Enfim, é isso. Amo todos vocês e obrigada por tudo ♥️

RUDIMENTAROnde as histórias ganham vida. Descobre agora