CAPÍTULO XXIX

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29. Nova vida, novo lar, Nova Iorque!


Dois dias se passaram e meu peito ainda doía. Questionei-me se essa dor seria eterna e como esperado não tive respostas.

Eu sentia que o melhor a se fazer era sair de Connecticut, minha vida em Stamford caminhou para o mais alto abismo e se jogou sem algum aviso prévio. Eu não queria continuar na mesma escola, com os mesmos alunos me olhando como se eu fosse um monstro a ser estudado, tampouco queria mandar outra matéria para o Sr. Crowns, eu não merecia nada, muito menos ir para a faculdade e estudar o que não me sinto mais conectada.

Naquele momento eu estava no aeroporto, com uma passagem de ida para Nova Iorque no bolso e uma pequena mala de rodinhas em mãos. Eu sentiria falta da cidade e ainda mais do meu pai, no entanto, sair de Connecticut e esquecer o que aconteceu aqui era o que meu coração desejava.

Papai me entendeu e não tentou me impedir, de alguma forma ele sabia que seria melhor assim, mas ele não conseguiu esconder a sua tristeza em um momento sequer, pois seus olhos embargados o denunciavam.

— É a segunda vez que vejo uma mulher que amo partir. — sua voz saiu tão fraca que quase não a escutei enquanto nós nos abraçavamos. — Você ainda vai me amar?

— Pai, eu ainda vou te amar. — e ele não era o único a segurar as lágrimas naquele momento.

— Me perdoa por isso, eu não queria que nada disso acontecesse. Eu estraguei tudo. — Senti suas lágrimas molharem o meu suéter.

— Nós vamos ficar bem, confie em mim. — No entanto, eu não sabia se isso era verdade.

A comissária de bordo convocou todos os passageiros para o voô destino a Nova Iorque. Papai afrouxou o seu aperto e segurou as minhas mãos, eu não o havia visto dessa maneira desde o seu divórcio, eu sentia muito por tudo o que nos ocorreu, mas infelizmente as coisas mudaram tão drasticamente para pior, que a minha única saída era ir embora.

— Você precisa ir. — Ele depositou um beijo na minha testa e sorriu amarelo.

Com a cabeça baixa segui para o avião. Ainda embargada em lágrimas, coloquei a mala no compartimento de cima, após isso, sentei-me em minha poltrona ao lado de uma senhora de cabelos grisalhos.

— As despedidas são as partes mais dolorosas da vida. — ela comprimiu os seus lábios enrugados enquanto eu balançava minha cabeça em confirmação. — Mas algumas não deixam de ser necessárias.

 — Mas algumas não deixam de ser necessárias

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